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Egoísmo, sim ou não?

1/6/2023

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Fotografia
O egoísmo será saudável ou prejudicial? Que efeitos apresenta? Como influencia os relacionamentos? Considerar os vários aspetos deste tema permite descobrir a chave para uma postura saudável.
​Por Rute Cabrita


in REVISTA PROGREDIR | JUNHO 2023

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
​

Quem nunca foi chamado de egoísta? Quem nunca se sentiu egoísta? Quem nunca precisou de ser egoísta? Quem deixou de fazer algo em seu proveito com receio de ser egoísta? Todos nós, a dado momento, certo? E quando julgamos alguém egoísta por não pensar em nós – não será isso também egoísmo? A vivência do egoísmo é inerente ao ser humano, parecendo responder ao instinto natural de preservação. Costuma ter uma conotação negativa, porém importa considerar todos os seus aspetos e efeitos para que se lhe possa dar um bom lugar.

O egoísmo é, em modo geral, o foco nas vontades e circunstâncias pessoais sem ter em consideração a envolvência (os outros, o ambiente, os recursos alheios…). Pode envolver uma busca desenfreada por satisfação e benefícios pessoais, cega às consequências em seu redor. Dessa forma, pode trazer prejuízo a outras pessoas e ao meio circundante. Como também pode prejudicar o próprio indivíduo, que acaba por desenvolver sensações de vazio, solidão, depressão e relacionamentos frágeis permeados por desconfiança e rivalidade. Esse seria o egoísmo puro. No outro extremo há o excesso de altruísmo. Na ausência total de egoísmo o indivíduo vive para os outros, negligenciando os seus interesses e necessidades pessoais. Esta polaridade também acarreta efeitos nocivos, como a perda de individualidade e de realização, com sensações de esforço e desânimo. Pode então considerar-se uma escala de egoísmo - desde a sua total ausência até ao expoente do individualismo–, sendo que os extremos geram enfraquecimento. A postura saudável será no ponto médio dessa escala, onde se pode manter a individualidade que respeita os interesses pessoais e coletivos. É nesse ponto que se encontram atitudes e soluções de “ganho-ganho”, ou seja, que beneficiam o indivíduo e a envolvência (ou, pelo menos, não geram prejuízo).

Como encontrar esse ponto saudável, esse caminho do meio? Observemos qual a característica comum aos dois extremos. No egoísmo profundo o olhar é exclusivamente para si; no altruísmo puro, o olhar é exclusivamente para os outros. Ambos são olhares limitados, que excluem partes. O ponto de equilíbrio será a inclusão de ambos: um olhar para si e para os outros, com atenção ao que é próprio e ao coletivo. Esse é um olhar sistémico, que considera o todo e as suas partes. A cultura do individualismo ignora que cada indivíduo pertence a uma rede de conexões e interações, mas é necessário reconhecer que o movimento de uma das partes de um sistema interfere com as demais e com o todo no geral. Naturalmente, cada um só pode fazer a sua parte, porém as ações realizadas no lugar singular impactam os outros elementos relacionados a si.  Esta perceção da teia inter-relacional promove movimentos saudáveis de cooperação e crescimento, com empatia e confiança. O egoísmo nocivo acontece na postura individualista. E pode até atuar de formas bastante dissimuladas! Por exemplo alguém que faz tudo por todos, no fundo, atesta incompetência aos demais, julgando que o seu modo de operar é melhor ou o único certo. A vitimização também pode ser uma dinâmica de um egoísmo subtil, pela captura de atenção exagerada sobre si, enquanto se demite de agir.

“Egoísmo não é viver à nossa maneira, mas desejar que os outros vivam como nós queremos.” Oscar Wilde

Ao nos reconhecemos membros integrantes de um sistema (seja familiar, social, de casal, profissional, cultural, ocasional…) sabemos que o enfraquecimento da rede debilita os elementos que a constituem e vice-versa. É nessa compreensão que podem haver atitudes mais conscientes e adequadas aos interesses pessoais e globais. Esse olhar sistémico exige expansão e responsabilidade. Uma responsabilidade total. Apenas possível numa postura adulta, que lida com as consequências pessoais e sistémicas dos próprios movimentos e decisões, que não se demite de ir ao encontro dos seus propósitos e valores, enquanto inclui e considera os demais.

A descoberta da postura saudável dentro da escala de egoísmo é um movimento para toda a vida. Que se vai adequando às novas circunstâncias, necessidades e valores. É um caminho de oscilação entre as duas polaridades, no qual se vão conquistando aprendizagens através da experiência dos seus efeitos. É o próprio contato com um sentimento egoísta que traz a oportunidade de ponderar as possíveis condutas e resultados, de modo a autorizar ou invalidar um comportamento subsequente. Aí reside a liberdade de expressar um sim ou um não. A chave que facilita esse processo é a expansão da consciência pela inclusão das diferentes partes relacionadas, para que então se possa viver realização, satisfação, crescimento e sucesso sem infligir dano a si próprio ou aos outros.

Fotografia
RUTE CABRITA
TERAPEUTA TRANSPESSOAL E SISTÉMICA
www.rutecabrita.com  

in REVISTA PROGREDIR | JUNHO 2023
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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A Fórmula de um Relacionamento poderoso

1/5/2023

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Fotografia
E se houvesse uma fórmula que transformasse qualquer relacionamento num relacionamento poderoso? E se tudo pudesse partir de si? Todos temos o poder de transformar qualquer coisa nas nossas vidas, incluindo os nossos relacionamentos.
Por Telma Martins


in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2023

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
​

A construção de um relacionamento saudável, harmonioso e poderoso deveria ser o objetivo principal de qualquer casal que pretenda constituir uma família de sucesso e feliz.

Mas o que é um relacionamento poderoso? Um relacionamento poderoso é aquele que assenta em 3 pilares inegociáveis e inabaláveis.

Em primeiro lugar: o pilar do respeito. Não há relacionamento saudável sem respeito mútuo. Respeitar o parceiro implica aceitar as suas diferenças, os seus pontos fortes, mas principalmente os seus pontos fracos (que todos temos) e as suas falhas, pois quanto mais aceitamos as imperfeições do outro mais o outro aceita as nossas. É a regra do espelho: sejamos o reflexo do que queremos ver no nosso parceiro.

Em segundo lugar: o pilar da honestidade. Fundamental para o crescimento de qualquer relacionamento.  A verdade acima de tudo. Não há espaço para meias-verdades, para omissões e muito menos para mentiras. Se houver verdade há segurança e deixa de haver margem para a dúvida se gerar, porque é na dúvida que começa a desconfiança.

E por último, o pilar do amor, o princípio de tudo. O amor é a base de um relacionamento poderoso. É do amor que se gera tudo o resto. É o amor que cura e nos move. Mas aqui é onde entra a principal “rasteira”, porque não é o quanto amamos o nosso parceiro que realmente importa, mas sim o quanto nos sentimos amadas pelo nosso parceiro. A necessidade de nos sentirmos amadas é uma necessidade primordial tão importante como comer, dormir ou ter relações sexuais.

Mas tenha em consideração que tudo parte de nós e não do nosso parceiro. De nada adianta acusar, julgar nem muito menos exigir a mudança do outro se não vemos que somos nós que precisamos de mudar. A construção de um relacionamento poderoso exige autoconhecimento e autorresponsabilidade.

Saber quem eu sou e principalmente saber que eu sou a única responsável por tudo o que acontece na minha vida. Saber que foi tudo o que eu fiz/disse/pensei que me trouxe até ao momento presente e que se quero um resultado diferente tenho de ser eu a fazer/dizer/pensar de maneira diferente.

Agora, se aos três pilares inegociáveis associarmos uma visão extraordinária de futuro do casal temos a fórmula de um relacionamento de sucesso garantida!

Mas como construir uma visão extraordinária de futuro em comum?

Um casal poderoso alinha as expectativas, determina objetivos em comum: onde querem estar daqui por um ano, daqui por cinco, daqui por dez... O que querem alcançar? Onde e como querem chegar lá? Onde querem viver? Como e onde é essa casa de sonho? Se querem ter filhos, quantos filhos e como os querem educar? Quanto dinheiro querem ganhar? Para onde querem viajar? Quantas mais perguntas e respostas mais bem definida e precisa será essa visão positiva de futuro em comum. Respondidas a todas as perguntas, procurem juntos imagens na internet que correspondem às vossas respostas: famílias felizes, casas, carros, viagens… tal como sonharam juntos. Colem numa cartolina e falem sobre todas essas imagens: que sentimentos vos traz olhar para elas? Como se sentiriam se quela fosse a vossa casa? Como seria essa casa por dentro? Como se sentiriam ao viajar para aquele destino de sonho? A ganharem o ordenado que tanto desejam? Tragam a emoção, sintam tudo como se já fosse vosso.

Não há limites para o que nós podemos sonhar e a boa notícia é que o nosso cérebro não distingue o real do imaginário e ao visualizarem vezes sem conta a vossa visão extraordinária de futuro em comum estão a alinhar-se com aquilo que realmente querem trazer para a vossa vida. Estão a atrair o que querem para a vossa vida!

Casais com um mindset alinhado prosperam mais, são mais bem-sucedidos e vivem um relacionamento mais harmonioso e feliz!

Mas isso significa que aquilo que definimos um dia é válido para sempre? Não, de todo! O sucesso de um relacionamento depende disso mesmo: ajustes de rota! Mas sempre com um objetivo final inegociável: o bem comum do casal, tem de ser bom para ambos.

Tenha sempre em mente que um relacionamento de sucesso é como um jogo de voleibol em que o casal pertence à mesma equipa e que o objetivo principal é que um coloque a sua melhor bola nas mãos do seu parceiro para que também ele possa fazer a sua melhor jogada. Sabemos para onde vamos, como vamos e, mais importante, porque vamos.

Fotografia
TELMA MARTINS
MENTORA DE MULHERES E RELACIONAMENTOS
Instagram: @telmamartins_tm
info@telmamartins.com

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2023
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
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Relacionamento e Terapia

1/4/2023

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Fotografia
Relacionamentos são uma par te fundamental da vida humana. Aprender a lidar com seus desafios pode trazer grandes benefícios para a saúde mental e emocional. Descubra como a terapia pode ajudar a melhorar seus relacionamentos e transformar sua vida.
Por Marlene Caselato


in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2023

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
​

O que é relacionamento?
Relacionamento é uma ligação ou conexão que se estabelece entre duas ou mais pessoas, e pode ser de diferentes tipos e graus de intimidade e implicam um conjunto de sentimentos emocionais, sociais e/ou físicos entre as pessoas envolvidas.

Podem ser caracterizados por uma série de aspetos, como confiança, respeito mútuo, comunicação, proximidade física ou emocional, cooperação, entre outros. Esses aspetos são construídos ao longo do tempo, à medida que as pessoas vivenciaram experiências, vivências e sentimentos uns com os outros.
Eles podem ser de diferentes tipos, desde relações íntimas e profundas, como um casamento ou uma amizade duradoura, até relações mais vividas e transitórias, como encontros casuais ou relacionamentos profissionais e cada relacionamento é único.

Como a terapia pode ajudar nos relacionamentos?
Ela pode melhorar a qualidade da comunicação, entre parceiros, permitindo que eles se expressem de maneira mais clara e compreendam melhor o outro.

Na resolução de conflitos, que são inevitáveis ​​em qualquer relacionamento, mas podem se resolver de maneira mais construtiva.

Em uma melhor compreensão entre os parceiros, permitindo que eles se sintam mais conectados e empáticos.

Pode ajudar a identificar padrões de pensamento e comportamento problemáticos no relacionamento e ajudar a mudá-los.

Pode fortalecer o relacionamento de várias maneiras, como aumentar a intimidade e melhorar a confiança e a conexão emocional.

Promove a autoconsciência o que ajuda a entender como suas próprias experiências e emoções podem estar afetando o relacionamento.

Em geral, a terapia pode ser muito gratificante para ajudar a melhorar a qualidade dos relacionamentos.

E como a terapia pode ajudar quando o relacionamento termina?
O término de um relacionamento pode ser muito doloroso. A terapia pode ajudar uma pessoa a entender e lidar com a dor de forma saudável, ao invés de tentar fugir dela.

Pode ajudar a pessoa a entender melhor a si mesma e seus padrões de relacionamento, identificando comportamentos que possam estar impedindo-a de ter relacionamentos saudáveis ​​no futuro.

E fornece um espaço seguro e acolhedor para a pessoa expressar seus sentimentos e emoções, sem julgamentos. Isso pode ajudar uma pessoa a se sentir menos sozinha durante esse período difícil.

Promove habilidades para lidar com o estresse e o foco, construindo resiliência emocional para enfrentar outros desafios.

A pessoa a aprende com a experiência do termino de um relacionamento e identifica lições úteis para levar para o futuro.

A terapia ajuda a ultrapassar o luto pelo término do relacionamento de maneira saudável, fornecendo suporte emocional e ferramentas úteis para se recuperar e seguir em frente.

Como a terapia pode ajudar nos relacionamentos abusivos?
A terapia pode ser muito útil para ajudar as pessoas em relacionamentos abusivos a entenderem e enfrentarem o abuso. Por exemplo:
Em muitos casos, as pessoas em relacionamentos abusivos podem não perceber que estão sendo abusadas. A terapia pode ajudar a identificar padrões de comportamento abusivo e fornecer informações sobre os diferentes tipos de abuso.

A terapia pode ajudar uma pessoa a entender melhor a si mesma e como ela contribui para o relacionamento abusivo. Isso pode incluir identificar seus próprios padrões de comportamento que podem estar permitindo o abuso.

As pessoas em relacionamentos abusivos muitas vezes têm a autoestima prejudicada. A terapia pode ajudar uma pessoa a desenvolver uma imagem mais positiva de si mesma, aumentando a autoconfiança e a autovalorização.

Com a terapia a pessoa aprende a estabelecer limites saudáveis em seu relacionamento, incluindo limites físicos e emocionais e assim se proteger do abuso e estabelecer um senso de controle sobre a situação e também fornece um espaço seguro e acolhedor para a pessoa expressar seus sentimentos e emoções, sem julgamentos.

Como melhorar os relacionamentos?
A terapia pode ajudar a melhorar os relacionamentos, fornecendo ferramentas e habilidades para se comunicarem melhor, resolverem conflitos de maneira construtiva e entenderem melhor a si mesmos e aos outros. Como por exemplo:
Autoconhecimento: entender melhor a si mesmas, suas necessidades e desejos.

Empatia: desenvolver empatia e compreensão pelos outros, especialmente seus parceiros.

Respeito: aprender a respeitar as diferenças entre elas e aceitar que nem sempre terão a mesma opinião ou desejo.

Na terapia você aprende como ouvir atentamente e a fazer perguntas abertas para compreender melhor o que seu parceiro está dizendo.

Quando e como posso saber que preciso de terapia?
A decisão de buscar terapia é uma escolha pessoal e pode depender de vários fatores, incluindo seus sintomas, nível de sofrimento emocional, efeito sobre seu trabalho e relacionamentos, e frequência e duração dos sintomas.

A Dificuldade em lidar com situações ou eventos estressantes, como perda de emprego, separação, luto, doença ou trauma e sintomas emocionais como tristeza, ansiedade, irritabilidade, raiva ou desesperança.

A terapia é um processo de autoconhecimento que fortalece nossas habilidades e capacidades para fazer escolhas mais assertivas, lidar com as relações de forma saudável e ser feliz!
 
Referência Bibliográfica
GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. 2 Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
Johnson, SM (2019). Teoria do apego na prática: terapia focada nas emoções (EFT) com indivíduos, casais e famílias. Guilford Press.
Stanley, SM, Rhoades, GK e Whitton, SW (2010). Compromisso: funções, formação e garantia de apego romântico. Journal of Family Theory & Review, 2(4), 243-257.
​
Fotografia
MARLENE CASELATO
PSICÓLOGA/PSICOTERAPEUTA TRAINNER & COACHING EM INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
​www.saudavelmente.com.pt
marlene@saudavelmente.com.pt

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2023
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)​

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Recolher para saber SER

1/3/2023

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Fotografia
Há uma dança invisível e inconsciente dentro de cada um de nós. É essencial tornar a “narrativa” dessa dança consciente, através do processo de individuação, do recolhimento e da auto-observação. Por Susana Baptista Dias

in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2023
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)


Recolher é estar conosco e em nós, num lugar de observação profunda de nós mesmos. Observação da nossa mente, dos processos e arquétipos mentais que funcionam quase que de forma autómata. É observar as nossas emoções sem nos envolvermos emocionalmente. É observar os gatilhos inconscientes que fazem disparar comportamentos pré-estabelecidos.
 
Eu sinto que grande parte de qualquer processo terapêutico de autoconhecimento, de descoberta pessoal, de tomada de consciência, é feito através da nossa capacidade de nos irmos auto-observando em ação na vida, nas relações, nas circunstâncias – observação sem crítica, sem julgamentos, sem comparações.
Observar, observar, observar o que é, pelo que é.
E este processo só é possível, se decidirmos alocar parte do nosso tempo, da nossa vida ao recolhimento, ao estar conosco e em nós.
 
Observar, observar, observar o que é, pelo que é.
Este processo só é possível, se decidirmos alocar parte do nosso tempo, da nossa vida ao recolhimento, ao estar conosco e em nós.

É um processo, um caminho que se vai trabalhando numa observação de “quem está ao comando”, que com o tempo, com a prática, vai-se tornando mais fácil.
Com o tempo, vamos conseguindo observar as várias camadas, as várias dimensões que se ativam dentro de nós e ganhar uma consciência do auto-observador, que se observa a si mesmo.
Há uma imagem que me surge, a das bonecas russas - Matrioskas, em que cada uma representa um nível de consciência e conforme vamos “despertando” vamos acedendo a outro nível ainda mais profundo, mais antigo, mais inconsciente - e quando pensamos que já “acordámos”, abrimos espaço para outro mundo inconsciente ainda não explorado.
 
Este é um trabalho de maturidade, que sinto que vamos começando a despertar para ele por volta dos 28/30 anos, aquilo em que astrologia chamamos do primeiro retorno de Saturno, o primeiro nível, o primeiro anel, de um processo de adultez, de crescimento, de maturidade.
 
Este é um trabalho de maturidade, que sinto que vamos começando a despertar para ele por volta dos 28/30 anos, aquilo em que astrologia chamamos do primeiro retorno de Saturno, o primeiro nível, o primeiro anel, de um processo de adultez, de crescimento, de maturidade.
 
Sem este trabalho de recolhimento interno, e de auto-observação, dificilmente viveremos relações saudáveis, iremos atrair relações que espelham apenas partes de nós ainda não redimidas, não conscientes e não acedidas.
Carl Jung, fundador da psicologia analítica, tem um frase que explica este processo de uma forma muito clara:
“Até tornares o inconsciente, consciente; o inconsciente vai direcionar a tua vida e tu vais-lhe chamar destino”.
 
“Até tornares o inconsciente, consciente; o inconsciente vai direcionar a tua vida e tu vais-lhe chamar destino”, Carl Gustav Jung
 
Antes de vivermos um relacionamento a dois, precisamos de viver plenamente uma relação conosco mesmos e inteira.
Em astrologia chamamos a isto a experiência de casa 1 e casa 7, o eixo Carneiro e Balança, o eixo do Eu versus Relação.
E apenas dois Carneiros inteiros podem viver um relacionamento (Balança) saudável.
 
Uma perspetiva astrológica sobre relacionamentos
 
Carneiro é a primeira experiência do Zodíaco, o que inicia a vida e simboliza a busca da identidade individual.

Em Carneiro eu assumo a expressão do EU SOU, é o arquétipo da vida, da energia solar, do orgulho em si mesmo, da sua capacidade criativa, do impulso natural em realizar os seus desejos e a sua vontade no mundo exterior.

Onde encontramos Carneiro no nosso mapa de nascimento, encontramos excitação, entusiasmo, impulso, autoconfiança, um forte senso de descoberta e de impaciência para descobrir o mundo. De alguma maneira, é o lugar onde ainda não houve tempo para a sociedade ou o mundo reprimir ou moldar a energia criativa da vida, do Ser.

Em Carneiro e/ou na Casa 1, eu tenho a força para Ser quem Sou no mundo, nos meus próprios termos (consciente) alinhados com quem nasci para vir a ser.

É na experiência de Carneiro que eu aprendo a aceder e ser quem Sou.

E é com o trabalho de recolhimento e auto-observação que eu tenho a capacidade de aceder a este arquétipo que tem a força da Vida.
 
No lado sombra, Carneiro pode ser demasiado “cheio de si mesmo”, demasiado brutal, impaciente e implacável.

O lado sombra abre sempre espaço para a experiência do seu signo oposto complementar: Balança.

Na experiência de Balança, ou de casa 7, eu encontro o outro e tenho uma tendência natural para tomar decisões sempre com base no que é melhor para mim e para o outro.

Equilibro, harmonia ou a procura de uma alma gémea são palavras para Balança.

Ao contrário de Carneiro, a energia de Balança vai pender sempre mais para o Nós e menos para o Eu (Carneiro).

Há, por isso, uma tendência à indecisão e aos relacionamento dependentes. Este é o lado sombra de Balança que precisa de aprender com a energia do seu oposto, da assertividade de Carneiro para Ser e tomar as melhores decisões para si mesmo.

E Carneiro precisa do equilíbrio e da harmonia de Balança para não ser demasiado brutal e ter em conta o outro e os sentimentos do outro.
 
Há uma dança invisível e inconsciente dentro de cada um de nós. É essencial tornar a “narrativa” dessa dança o mais consciente possível, através do processo de individuação que só ocorre se eu tiver disponível para o recolhimento e a auto-observação.
 
Há uma dança invisível e inconsciente dentro de cada um de nós. É essencial tornar a “narrativa” dessa dança o mais consciente possível, através do processo de individuação que só ocorre se eu tiver disponível para o recolhimento e a auto-observação.

O que estiver dentro de mim a vibrar é o magnetismo que vai atrair o tipo de relação que eu preciso viver.

Idealmente, quereremos magnetizar relações inteiras e saudáveis, relações co-inter-independentes.

Relações onde não perco o meu Carneiro, quem Sou, mas tenho a delicadeza e harmonia (Balança) em mim de encontrar espaço para acolher e receber o outro tal qual como ele é (Carneiro).
​
Fotografia
SUSANA BAPTISTA DIAS
MÃE, TERAPEUTA TRANSPESSOAL, PROFESSORA DE YOGA TERAPÊUTICO. TRABALHA COM ASTROLOGIA E REGISTOS AKÁSHICOS. CRIADORA E GERADORA DO PROJECTO DHARMA FLOW
www.susanabaptistadias.com

in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2023
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
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Eu sonho, tu sonhas, nós sonhamos

1/2/2023

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Quando penso na capacidade de imaginar e sonhar lembro -me sempre das crianças. Para elas é tendencialmente inato e simples ir para este lugar do imaginário e do “faz de conta”. Sonham, imaginam, verbalizam e põem em prática através da brincadeira, chamando -nos a nós, adultos, muitas vezes para esse mundo encantando.
​Por Núria Sciaccaluga Lourenço Fernandes


in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2023

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
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​E nós lá vamos, uns mais abertos à experiência do que outros. E hoje quero falar-vos disto. Desta nossa parte que muitas vezes fica esquecida lá atrás, mas que existe e nos impulsiona sempre que acedemos a ela. O sonho faz-nos efetivamente vibrar e é indicador do que a alma nos pede. Não importa a sua natureza, mas reflete evidentemente algo que nós gostaríamos muito que acontecesse, e, portanto, está ligado às necessidades que existem dentro de nós e que estão em fila de espera para serem cumpridas ou potencializadas.
 
Então o sonho funciona também como esta bússola interna pois abre espaço ao auto-conhecimento: qual o meu sonho? De onde vem essa vontade, ou seja, porquê é que tenho esse sonho? Quais são as necessidades que estão por trás dessa vontade? De que forma as posso satisfazer? Quais os passos para conseguir ir materializando esse sonho? E muitas outras questões que podem surgir em cascata com base nas respostas que vão surgindo dentro de nós. E com isto não pretendo anular a magia que está inerente ao sonho. Ele pode e deve continuar a ser mágico.
 
Conhecermo-nos cada vez melhor serve apenas para conseguirmos viver a vida de forma mais prazerosa e alinhada com aquilo que realmente somos. Se enquanto indivíduos caminharmos rumo a um lugar de maior autenticidade, viveremos de uma forma mais plena e seremos mais felizes. E o conceito de felicidade aqui não aparece como uma coisa estática nem absoluta. Na minha perspetiva, a felicidade vai e vem e vai sendo, tal qual um eletrocardiograma. Terão de existir sempre movimentos e oscilações, caso contrário estaríamos perante um cenário de “não vida”, de morte, de estagnação. 
 
Temos de certa forma esta responsabilidade (e oportunidade) de nos irmos conhecendo melhor, de entendermos as nossas necessidades, de percebermos como as poderemos satisfazer e de sentir as emoções que daí resultam para vivermos num lugar de maior alegria.
 
Nos relacionamentos ainda mais importante é esta questão, pois para além de seres individuais e mundos muito particulares e complexos que somos, em conjunto formamos um novo organismo vivo. Então podemos também sonhar e ser em conjunto, respeitando os sonhos de cada um, dando espaço a esse cumprimento individual e regando, igualmente, o solo em que juntos vamos colocar novas sementes. Para mim, aqui as questões basilares são a Comunicação e o Respeito pelo outro. Não julgar nem impor vontades, arar a terra com tempo e paciência, conversar de forma honesta sobre o que sentimos e o que sonhamos para a relação que estamos a viver e perceber onde essas vontades, esses sonhos se cruzam. E aí, nesse campo comum em que nos encontramos, trazer consciência ao que queremos nutrir. Com amor e com autenticidade. Olhando de frente os desafios (frustrações, zangas, medos, etc.) que podem surgir por nos afirmarmos como somos e por dizermos o que queremos. Reaprendermos a comunicar eficazmente, com tudo o que isso pode trazer.
 
Vamos sonhando, vamos sendo.
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NÚRIA SCIACCALUGA LOURENÇO FERNANDES
DOULA NA PRÉ-CONCEÇÃO CONSCIENTE, GRAVIDEZ E PARTO CONSTELADORA
Instagram: nuriasciaccaluga.doula
E-mail: nsciaccaluga@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2023
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A minha Cura é a nossa Cura

1/1/2023

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As relações poderão mostrar-nos padrões, espelhar o que trazemos de bom e menos bom. É o trabalho em nós mesmos que nos ajuda a curar-nos e consequentemente a curar as nossas relações.
​Por Carla das Estrelas


in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2023
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As relações são um tema muito desafiante e de grande crescimento individual e de grupo. Aqui vamos colocar grande parte da nossa energia, das nossas expectativas, do nosso tempo, dos nossos objetivos. Sejam relações de carácter amoroso ou apenas de amizade. Sendo o ser humano um ser social é natural que este tema seja importante para a nossa espécie.

Ao longo das nossas vidas, crescemos com as pessoas que se cruzam no nosso caminho. Umas vão ficando connosco, outras vão deixando a sua marca e ficam para trás. Independentemente da duração de uma relação de amizade ou amorosa, nem sempre tudo corre bem. Muitas vezes somos espelhos uns dos outros, o que nos faz ter menos paciência, responder mais rispidamente e surgirem atritos. O outro vai-nos mostrando o que temos de bom e o que não gostamos de observar em nós. Nesta última situação… é que vem o desafio. Quando o outro espelha o que não gostamos de ver em nós. Aqui está uma oportunidade de cura, tanto da relação como dos indivíduos.

As relações são janelas de oportunidade para que nos olhemos e para nos curarmos a nós mesmos, pois antes de sermos um ser em relação somos um ser individual. E há que lembrar esta ordem, o Eu, enquanto indivíduo vem antes do Eu, enquanto ser social. Assim, há que olhar primeiro para as emoções do indivíduo. Quando, individualmente, conhecemos as nossas emoções, o que nos move no mundo, os valores que sustentam a nossa personalidade, aí conseguimos compreender os outros, as suas seguranças e inseguranças, as suas questões e situações. Passamos a agir de maneira mais consciente, clara, tolerante e com uma visão mais abrangente sobre o que significa compreender as emoções, os pensamentos, as reações e as atitudes do outro. Passamos a ter a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, como observadores desapegados. Sem critica e sem julgamento. Sem desejarmos que o outro sinta, pense e entenda como nós. Passamos a ser empáticos. Comunicamos de forma mais afetiva e com maior acolhimento. Sem nos anularmos, colocamo-nos numa posição de entendimento profundo e genuíno. Para tal… é necessário o trabalho enquanto ser individual.

O mesmo raciocínio poderá ser aplicado para relacionamentos amorosos.

Pensar em restabelecer ou recuperar alguma coisa, quando o tema são os relacionamentos, remete-nos para a cura de algo no casal. Algumas questões se levantam: O que pode o casal fazer? Como se poderão ajudar? Que medidas a tomar para ultrapassar o ou os desafios pelos quais estão a passar e a viver? Certamente, muitos serão os conselhos que se poderão dar de modo a encontrar uma solução ou resposta a estas perguntas: procurar fazer terapia de casal; abrir o coração num diálogo franco entre os dois; estipular limites; chegar a um acordo sobre o que cada um pretende da relação; rever os objetivos que tinham e que ainda permanecem; entre tantas outras dinâmicas e soluções que possam existir de modo a acertarem agulhas e decidir o melhor.

“Para se dançar o tango são precisas duas pessoas” e para que uma relação tenha fluidez e resulte é preciso que exista vontade de ambas as partes. Mas também aqui, antes de serem duas pessoas unidas pelo laço da amizade e do amor, são um individuo único que se deverá conhecer e trabalhar independente do outro.

Cada um de nós traz a sua bagagem familiar com as suas histórias, onde adquirimos as nossas crenças, experiências, limitações, sonhos, conquistas, ganhamos força, etc. E é com todas estas características que nos tornamos únicos e distintos uns dos outros.

Quando nos cruzamos com os outros são as bagagens e histórias conscientes e inconscientes de indivíduos únicos que se cruzam e se adaptam. Mas é trabalhando em nós como indivíduos, é curando-nos a nós mesmos que facilitamos a existência de relações mais saudáveis e mais empáticas. Antes de sermos duas pessoas em relação (amorosa ou de amizade) somos um ser individual e há que seguir esta ordem também na cura. A cura do indivíduo será a cura das suas relações atuais ou futuras. E o que cura o individuo… é o Amor.

“O Amor é terapia, no mundo não há nenhum outro tratamento senão o Amor. É sempre o Amor que cura, porque o Amor faz você inteiro.” Bert Hellinger
​
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CARLA DAS ESTRELAS
TERAPEUTA HOLÍSTICA
metamorphosestrelas.wixsite.com/terapiaseformacao
calcityme@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2023
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A Fama nos relacionamentos

1/12/2022

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Muitas vezes idealizamos uma pessoa por aquilo que ela representa nas redes sociais, por via da sua imagem social: maior par te desta imagem é uma imagem criada. Por Rita Mendes

in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2022

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
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​Apaixonarmo-nos por uma pessoa famosa pode começar, por aquilo que ela representa e não pela pessoa real.

E aqui reside o erro. Apenas o convívio “fora de cena” poderá trazer a verdade dessa pessoa à relação. Pois a idealização forte, ou a mais, pode acabar numa desilusão e numa confusão de sentimentos. Será admiração ou paixão?

A fama atrai a ilusão, a veneração, o sonho, a perfeição e estas são características que à partida não encaixam num relacionamento saudável. Esta visão utópica sobre a outra pessoa, frequentemente romantizada por nós mesmos afasta-nos da realidade e afasta-nos da pessoa na sua parte mais verdadeira.

A base da relação (seja ela qual for) deverá ser construída par a par com o contacto concreto, real das pessoas envolvidas, em contexto daquilo que é comum a todos, sem holofotes, apenas com a luz da alma sem purpurinas.

Lady Gaga diz que a fama é a prova de fogo dos seus relacionamentos: “há um preço para o estrelato”
E na verdade, mesmo nós comuns mortais sem fama, atraímos nas nossas redes sociais um “tipo de estrelato” de todas as vezes que expomos as nossas relações. Ficamos premiáveis à opinião de quem nos olha, quer com carinho e nos encoraja quer com inveja e nos dá uma espécie de competição para atingir a perfeição.

Todos nós temos a nossa fama, nem que seja na rua onde vivemos. Somos olhados, analisados e rotulados por amigos, família ou vizinhos… e será que nos conhecem o avesso?!

Na primeira pessoa confesso que um relacionamento que tive durante 12 anos, casada com uma figura pública paguei o preço desse “estrelato”. Falando no meu exemplo, de um relacionamento amoroso, sei que o casal precisa de códigos para lidar com as suas janelas abertas à sociedade.

Por mais vidros e cortinas que possamos colocar, há sempre uma janela ou outra, que ficou entreaberta e que permite comentários sobre nós, muitos errados com os quais a maior parte das vezes não sabemos gerir.

A fama, retira-te liberdade se tiveres dependente da opinião alheia e isso afecta as relações, porque segundo o dicionário:

Fama = apreciação favorável em que o público tem sobre alguém

A meu ver, antes de um casal saber lidar com a fama será necessário que a própria pessoa aprenda a lidar com isso de uma forma muito individual para que depois (e só depois) o faça de forma plural.

Muitas vezes este tipo de pessoas quer passar incógnito na rua, num restaurante. E aqui surge o tal preço: terá que ter sempre esta disponibilidade para ser penetrado com olhares, comentários, fotografias… imaginem isto num jantar a dois para namorar, conversar e rir alto… este preço vai em conta corrente e corroendo a relação!

Há que ter maturidade para arranjar escapes.

Vejamos o caso do nosso tão talentoso e famoso Cristiano Ronaldo que no início de namoro com a atual esposa, teve que usar peruca, num disfarce quase de mendigo para deixar de ser ele … como isto deve doer, incomodar… damos razão à Lady Gaga…certo?

Lidar com a popularidade vai depender dos valores pessoais e dos limites definidos com o público. A gestão daquilo que é um talento e um ego insuflado, tende a ser uma gestão diária e na maior parte dos casos é fundamental a ajuda de um profissional, de bons amigos e família.

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RITA MENDES
PROF. INTERNACIONAL DE YOGA & MEDITAÇÃO , FACILITADORA DE VIAGENS À ÍNDIA E A MARROCOS, COUNSELOR, HIPNOTERAPEUTA CLÍNICA
www.ritamendes-counseling.pt
ritamendes.counseling@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)​

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Relacionar com Vulnerabilidade

1/11/2022

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Relacionar com vulnerabilidade é permitir mostrar quem somos sem reservas, despir o nosso Ser de todas as barreiras e defesas, para permitir um autêntico conhecimento de nós mesmos, permitindo assim viver relacionamentos mais conscientes e saudáveis. Por Ricardo Fonseca

in REVISTA PROGREDIR | NOVEMBRO 2022

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

A palavra vulnerabilidade, assim que é escutada por alguma pessoa, é logo associada a fraqueza, ou seja, à demonstração dos nossos pontos mais fracos, como se fosse algo errado mostrar-nos tal como somos, com as nossas qualidades e com aqueles pontos que menos gostamos em nós.

Ser vulnerável, no entanto, é permitir que haja um verdadeiro conhecimento de nós mesmos, quando em consciência, permitimos aceitar a nossa essência tal como ela é, sem barreiras e sem defesas e, muito menos, sem qualquer receio do que o Outro possa ou não pensar sobre o nosso ser.

Quando nos relacionamos com alguém, seja em que contexto for, há uma grande tendência em mostrar as nossas forças, as nossas emoções positivas, como se fosse essa demonstração, o caminho para o Outro nos aceitar e gostar de nós, pois, deste modo, não se estaria a mostrar aquilo que nem nós gostamos em nós mesmos e que podiam ser uma forma de afastar o Outro de nós.

No entanto, como viver relacionamentos conscientes e saudáveis se receio mostrar quem realmente sou, o que sinto e como vivo? Como relacionar-me com o Outro com vulnerabilidade, sem que isso seja uma forma de magoar mim mesmo?

Estas são algumas questões que devemos colocar, para refletirmos um pouco sobre o modo como, em primeiro lugar nos relacionamos connosco mesmos, pois muitas pessoas, escondem as suas emoções menos positivas e aquilo que gostam menos em si, como se houvesse um tempo futuro, onde se pudesse lidar com tudo de outra forma, impedindo que essas situações causem mazelas no presente que vivemos. Escondemos a sete chaves a nossa verdadeira essência, pois consideramos que o Outro poderá não gostar de tudo aquilo que possa ver e assim, protegemos o nosso ser com capas e máscaras, que mostram apenas o que queremos mostrar.

Neste percurso, onde vamos escondendo partes de nós, impedimos o nosso ser de trabalhar as suas emoções de forma consciente e saudável, para que possamos compreender que a vulnerabilidade não é um sinal de fraqueza, mas sim um sinal de aceitação da nossa verdadeira essência, de quem realmente somos, como vivemos e como sentimos e, principalmente, de como nos queremos relacionar com o Outro.

Ao relacionar-nos com o Outro, dependendo do contexto no qual estamos, poderemos tomar a decisão de escolher com quem partilho a minha vulnerabilidade, sendo que essa escolha terá sempre os motivos mais conscientes para o nosso percurso, pois ser vulnerável, não quer dizer propriamente que temos que nos mostrar totalmente despidos de tudo, perante todos aqueles com quem nos relacionamos. Um dos exemplos onde podemos escolher o quanto vulneráveis nos queremos mostrar, pode ser no âmbito dos relacionamentos profissionais, onde perante os meus colegas de trabalho, podemos optar por mostrar apenas partes de nós, não pelo medo que não gostem de nós, mas tão-somente pelo tipo de relação que existe uns com os outros.

No entanto, muitas pessoas usam as mesmas máscaras e as mesmas defesas em todos os seus relacionamentos, não permitindo mostrar-se vulnerável, para que também possa ser cuidada e amparada. Mostrar a nossa vulnerabilidade também é permitir que, quem nos ama, possa cuidar de nós, apoiando o nosso percurso de vida, ajudando-nos a lidar com aquilo que menos gostamos em nós, para que possamos viver um processo de aceitação consciente de nós mesmos.

Nestes relacionamentos mais íntimos, onde as emoções vividas são mais fortes e consistentes, quanto mais escondemos a nossa vulnerabilidade, maior é o afastamento que podemos criar, pois impedimos que o Outro chegue ate nós, que saiba como nos pode ouvir e ajudar, pois estamos sempre a mostrar as nossas capas e defesas, como se conseguíssemos tudo por nós mesmos, esquecendo que um relacionamento é uma partilha do bom e do menos bom, do que possamos ou não gostar, desde que nos permitamos viver a nossa vulnerabilidade.

Mostrar e aceitar a nossa vulnerabilidade faz parte de um processo de aceitação de nós mesmos, como seres que cuidam e precisam ser cuidados, que amam e querem ser amados, mas para tal é preciso que, nos relacionamentos onde nos sentimos mais confiantes, nos possamos despir de tudo, sem medo que o Outro conheça demasiado de nós mesmos, sem receio que o Outro possa utilizar esses pontos menos fortes em seu proveito. Ser vulnerável é aceitar que o Outro nos Olhe tal como somos e arriscar viver nessa partilha, por igual.

Em cada relacionamento, podemos então escolher a forma como nos mostramos vulneráveis, porém sem assumirmos quaisquer receios ou sentimentos de culpa, quando há algo que não corre da forma como queríamos, pois, em verdade, a Vida está sempre a desafiar-nos a cada passo e a fazer com que possamos compreender melhor quem somos, para nos podermos aceitar e, em consciência, saber a melhor forma como nos queremos relacionar.

Por isso, que não haja receios de nos mostramos vulneráveis junto daqueles com quem comungamos emoções e sentimentos de partilha, de união, pois só despidos de tudo, podemos ser aceites e também reconhecer que, só assim, podemos aceitar o outro tal como ele é, na sua vulnerabilidade.

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RICARDO FONSECA
ENFERMEIRO / ESCRITOR
www.semearemocoes.com
Facebook: Ricardo Fonseca - Escritor
​Email: percursosdevida@gmail.com 

​in REVISTA PROGREDIR | NOVEMBRO 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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Como fazer florescer os Relacionamentos

23/9/2022

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É necessário mudar a mentalidade acerca dos relacionamentos, desenvolver potenciais de positividade, aceitação e liberdade para a diversidade em todas as áreas da vida. Só assim se pode contribuir para o Florescimento Humano e para um mundo saudável, pacífico e feliz.
​Por Ana Paula Ivo


in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2022

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Os relacionamentos são um campo vasto, profundo e complexo. Também é o mais importante na vida, pois somos seres sociais. Estamos sempre a comunicar: logo, estamos sempre em relacionamentos intra ou interpessoais.

Trata-se de uma troca constante: todos os relacionamentos oferecem sempre uma forma de aprendizagem porque é através deles que se aprendem e se ensinam lições de vida. São como um puzzle, em que precisamos de dedicar tempo, atenção e foco para fazer encaixar todas as peças que o completam e isso requer, acima de tudo, autoconhecimento e um desenvolvimento eficiente da nossa inteligência emocional.

As emoções produzidas, sentidas e manifestadas no campo dos relacionamentos são pesquisadas e estudadas há décadas. Os resultados têm sido amplamente considerados demasiado importantes para não olharmos para eles com a seriedade que merecem. Os relacionamentos são extremamente valiosos no bem-estar psicológico e emocional bem como na produtividade.

Um estudo realizado pelo Pew Research Center com a geração Y, conhecida por geração Millennials, demonstrou que as pessoas nascidas entre 1980 e 1994, valorizavam a felicidade como estando associada à riqueza material e à fama. Considerando estes dois fatores como essenciais para se sentirem realizados na vida.

Esta pesquisa contrasta com o estudo de desenvolvimento adulto de longa duração que se iniciou em 1938 até aos dias de hoje, realizado pela Universidade de Harvard, em que se revelaram três questões importantes sobre a qualidade de vida anexa aos relacionamentos. A primeira está relacionada com a solidão, que pode matar devido a um envelhecimento precoce que debilita em grande medida a saúde física, deteriora o cérebro e encurta a vida. Chegou-se à conclusão do quanto é importante manter conexões sociais para aumentar a qualidade de vida. A segunda questão está relacionada com a qualidade dos relacionamentos que trazem grande satisfação, independentemente de serem relacionamentos familiares, afetivos, profissionais ou sociais. O que importa é ter e manter uma rede de bons relacionamentos que proporcionem grande satisfação, segurança emocional e psicológica. A terceira questão está relacionada com os relacionamentos de confiança que protegem o cérebro e que, nomeadamente, estimulam a memória. Estes relacionamentos, mesmo quando não são coincidentes, não causam ruturas, angústias nem desconforto. A diversidade de pensamento é bastante estimulante e a diversidade destes relacionamentos é o que promove segurança, confiança, aceitação e empatia.

Os relacionamentos não são fáceis. Trata-se de um campo vivencial exigente que requer tempo, dedicação e uma atividade constante que não tem linha de chegada
.
No entanto, tem um resultado altamente positivo e de florescimento humano. Por mais díspar que estes dois estudos científicos possam parecer, na verdade, são um investimento essencial e inestimável quando nos dedicamos aos relacionamentos com um sentimento genuíno de amarmos e sermos amados livremente, contribuindo para um mundo mais saudável, pacífico e feliz.

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ANA PAULA IVO
AGENTE DE FELICIDADE
www.anapaulaivo.com
path.harmony@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2022
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Ressignificar nos relacionamentos

1/9/2022

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Será que ressignificar os relacionamentos mais longos traz algum benefício? Ao dar um novo significado numa relação, o casal pode olhar e perceber o que pode ser feito dali para a frente para que não sejam cometidos os mesmos erros. Por Carla das Estrelas

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2022

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Nas relações mais longas, por vezes, é necessário colocar um outro olhar sobre a mesma, ressignificá-la. Sejam relações de carácter amoroso, amizade ou de laços familiares. As rotinas diárias, os desafios, mudanças ao longo do tempo podem levar-nos a procurar compreender os motivos de um relacionamento ainda se manter. Será um momento de ressignificar, ou seja, de dar outro significado, de trazer outro sentido para o relacionamento.

Nada é estático ou permanente. Ao longo da nossa vida, cada um de nós atravessa vários processos de mudança. Quando se vive um relacionamento a dois esta mudança individual tem impacto no casal ou parceria. Inicialmente pode existir a expectativa e a ilusão de que o que temos nos fará felizes e existirá para sempre, mas vem a vida e mostra-nos que nada é como esperávamos e que a permanência nas relações não existe. E aí sofremos, sendo nós mesmos os responsáveis por esse sofrimento criado pela ilusão da permanência. Talvez se consiga harmonizar a dor quando aceitamos que nada controlamos e entendemos o conceito budista de que “nada é permanente, a não ser a própria impermanência”.

A vida é movimento, fluidez, portanto, pensar que controlamos tudo é pura ilusão.

A ilusão cria expectativas que levam a sofrimentos causados por nós mesmos e a ideia de permanência nas relações é uma dessas ilusões quando nos apegamos a momentos, emoções e pessoas. Pensar que tudo é igual, quando nós mesmos vamos ficando diferentes ao longo dos anos faz criar hábitos e rotinas obsoletos entre pares que continuam juntos e quando notam, apenas remam sem direção definida. Habituaram-se a remar, mas sem norte, sem a bússola inicial, pois até esse destino primordial pode ter mudado com o tempo. É altura, então, de dar um rumo à relação, um novo significado. Analisar o caminho percorrido, as conquistas e derrotas feitas em conjunto e perceber as mudanças que foram acontecendo e que a rotina do dia a dia foi mascarando e deixando invisíveis. A partir deste lugar há que ressignificar e tomar decisões sobre o sentido da relação.

Quando observamos casais de idade avançada que ainda passeiam pela rua de mãos dadas vemos manifestações de muito carinho mútuo, tentamos perceber o que os faz manterem a chama do namoro acesa. Uma das coisas que fizeram durante a sua vida foi precisamente ressignificar. Perante os desafios quotidianos, as rotinas, os stress, o aparecimento dos filhos e mais tarde dos netos, bisnetos, a saúde e a destreza que vão sendo menores, etc., estes casais foram mudando individualmente, mas em comunhão, também, foram dando novo significado à sua relação, foram evoluindo na mesma. Isto talvez seja possível com muito jogo de cintura de ambos, respeito mutuo e diálogo franco. E claro está com um Amor que não se importou de ir mudando ao longo das décadas e de se ir adaptando e readaptando no casal.

Será que ressignificar os relacionamentos mais longos traz algum benefício? Permite-nos proporcionar-nos diante dos problemas, onde atuaremos na perspetiva do adulto que toma decisões em conjunto, quer seja para partir para o divórcio, quer seja para manter a relação, transformando as experiências negativas e as rotinas em aprendizagem e encontrando motivos para continuar (em conjunto ou sozinhos). Ao dar um novo significado numa relação, o casal pode olhar e perceber o que pode ser feito dali para a frente para que não sejam cometidos os mesmos erros e o caminho vai-se fazendo com este acertar de agulhas enquanto existir a vontade de ambos.
 
Quando o casal está disposto a ressignificar a sua parceria, a mesma irá ter mudanças. No entanto, é importante que olhem o passado de frente, ou seja, que as experiências passadas que os levaram a ter de dar um novo rumo na relação sejam pacificadas, procurando extrair as coisas boas e os ensinamentos que lhes trouxeram.
 
Honrar e respeitar a história vivenciada pelo casal significa que se devem orgulhar de tudo o que lhes aconteceu e de como superaram os desafios e obstáculos e de como as mudanças individuais foram transformando, também, a parceria que se foi adaptando, reinventando ao longo do tempo. No fundo, como se foi ressignificando, trazendo mais segurança e confiança ao casal, dotando-os de recursos necessários para vencer todos os desafios que a vida lhes traz.
​
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CARLA DAS ESTRELAS
TERAPEUTA HOLÍSTICA
metamorphosestrelas.wixsite.com/terapiaseformacao
calcityme@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2022
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