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Viver em equanimidade

1/9/2017

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O que é equanimidade? Podemos viver de forma equânime as nossas experiências, tanto boas, como ruins? Como a equanimidade se expressa em nós?
Por Deise Aur


in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2017

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Antes de refletirmos sobre estas perguntas vamos entender o que significa equanimidade: Constância, igualdade de temperamento, de ânimo, em qualquer circunstância; Tranquilidade de espírito, moderação, comedimento; Ânimo não influenciado pela adversidade ou prosperidade; Espírito sereno, equilibrado;
 
Equanimidade significa serenidade de espírito e, também, é: Um estado de paz interior e concentração, permitindo experimentar de maneira equilibrada as diversas situações do mundo físico; Marcada por tranquilidade diante das oscilações da existência; Viver sem se deixar afetar pela dualidade, os opostos e extremos, aos quais estamos sujeitos em nossas vidas.
 
A Vida é um jogo de contrastes e diante deles, muitos de nossos recursos são desafiados e despertados.
 
Tudo depende de nossa forma de reagir, fazer escolhas e como nos vivenciamos nossas os acontecimentos do dia-à-dia.
 
Temos em potencial muitas capacidades, porém, distraídos ou preocupados com as demandas do nosso diário viver deixamos de ativá-las e usá-las.
 
A equanimidade é uma delas e está ao nosso alcance quando praticamos a atenção consciente no momento presente, nos auto-observamos e nos concentramos em tudo que fazemos.
 
Com essas atitudes damos espaço para a capacidade da equanimidade, possibilitando vivermos com constância e equilíbrio, respondendo, de forma inteligente e correta a cada situação, seja boa ou má; alegre ou triste; na prosperidade ou na pobreza; na saúde ou na doença; diante do nascimento ou da morte e por aí vai.
 
A temperança e a moderação são marcas da equanimidade e contribuem para que não nos identifiquemos com os extremos do mundo dual e polarizado no qual vivemos.
 
Sem equanimidade somos jogados, como uma bola de pingue-pongue, pelas circunstâncias e nos tornamos vítimas das mesmas.
 
De um lado: Imprevistos, mudanças repentinas, revezes, catástrofes. Do outro: conquistas, ascensões, riquezas, vitórias, alegrias. Sofremos quando estamos do lado que nos causa dor e ficamos felizes, do lado que nos traz prazer.
 
Só que vivemos num mundo que tudo é impermanente, fugaz e passageiro, em constante movimento, se não vivermos de forma equânime, iremos sentir-nos desiludidos e frustrados, pois, não é possível termos só momentos bons, alegrias e sermos felizes o tempo todo, surgirão dificuldades e momentos pesarosos.
 
A nossa postura diante dos acontecimentos é que fará toda a diferença. Se não nos deixarmos levar de um extremo ao outro e nos tornamos conscientes de cada situação que vivenciamos, procurando compreender e nos desenvolver, enquanto seres humanos que aprendem com as experiências.
 
Geralmente, em situações felizes e prósperas, ficamos eufóricos e nas tristes, ficamos desesperançados e depressivos.
 
Esquecemos que muitas tristezas, mais adiante, se convertem em alegrias e vice-versa, só precisamos seguir em frente, sem pressa e em paz, olhando o nosso caminho, enquanto caminhamos e atentos ao que se processa em nós.
 
Ao lidarmos, de forma equânime, com os fatos da nossa existência, procuramos nos aquietar, pacificar, observar e compreender, tanto a nós mesmos, como as situações e tudo o que se relaciona a essa vivência.
 
Se nos precipitamos e nos identificamos com as oscilações do nosso dia-à-dia, passamos a não perceber com clareza as possibilidades que se apresentam ou podem vir a apresentarem-se, para vivermos com mais sabedoria e lucidez cada momento.
 
Observando os nossos pensamentos, emoções, sentimentos, instintos e reações, diante de cada vivência, vamos nos apercebendo e tendo uma visão mais lúcida e ampla do meio à nossa volta.
 
Expandimos a nossa Consciência, nos auto conhecemos e, com isso, compreendemos melhor os outros seres e a Vida como um todo.
 
Permitimos que o Espírito, que está além da dualidade do mundo físico, estabeleça conexão com a Alma, para que se possa expressar de forma livre. Por isso, quando somos equânimes, agimos com serenidade, aceitação e lucidez.
 
Caso contrário, se deixamos que a nossa mente mecanizada e condicionada por conceitos e padrões pré-estabelecidos e ultrapassados apegados ao materialismo e consumismo, tome o controle da situação, somos movidos em momentos bons pelo prazer e nos maus pelo medo. Oscilamos com as nossas emoções, entre um e outro e acabamos por nos desequilibrar.
 
Ao permitir que o nosso Espírito, que está além do condicionamento da mente e que na quietude se comunica connosco, assuma o comando, vamos percebendo o que é viver em estado de contemplação e meditação.
 
Liberamos e despertamos a nossa Alma, a tornando mais forte e consciente e com mais leveza, liberdade, amor, simplicidade e sabedoria vamos passando pela nuances e transformações que ocorrem em cada acontecimento da nossa jornada existencial.
 
Passamos a experimentar a existência com Equanimidade, nos expandindo como seres,  permitindo que tudo flua melhor na nossa Vida.
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DEISE AUR
ESCRITORA E PRODUTORA DE CONTEÚDOS VOLTADOS PARA EXPANSÃO E EXPRESSÃO DOS SERES E SUAS POTENCIALIDADES
PUBLICAÇÕES DESSES CONTEÚDOS:
deiseaur.blogspot.com.br
www.facebook.com/avidanosfala
www.youtube.com/user/DeiseAur8

​in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2017
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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O seu trabalho é uma montanha russa de emoções?

1/9/2017

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Não pelas competências técnicas que tem que evidenciar, mas pelo comportamento e gestão emocional que esse momento exige. As relações humanas são o centro de qualquer organização. Como lidar com estes desafios sem que eles o afetem?
Por Ana Diniz


in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2017

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Sente que o seu temperamento se altera frequentemente?

Estar em determinados ambientes, como o trabalho por exemplo, tornou-se uma montanha russa de emoções? Sonha em voltar a sentir-se tranquilo(a), estar feliz por si, pelo simples facto de ser e de estar?
A mudança faz parte da vida por isso tudo o que sente é natural. O ritmo da vida e os fatores que nos levam a alterar o centro da nossa atenção e a canalizar as nossas energias levam a que, de repente, nos sintamos diferentes. Parece que nos desencontrámos de nós próprios. Identifica-se? Tenho boas notícias para si! Tem uma qualidade dentro de si que, se bem desenvolvida, tornar-se-á libertadora.

Comece por estar atento(a) às suas reações, seja na alegria, felicidade, bondade ou na crítica,mal estar ou tristeza. É natural que se sinta mal perante uma crítica. Mas será que pode ficar atento(a) a esse sentimento de mal estar sem se perder nele? Perceber o que sente, como o sente e se há reflexos no seu corpo físico. De facto, com dedicação e vontade podemos desenvolver um estado de consciência sobre as nossas reações, sem nos deixarmos levar por ela. E podemos fazê-lo em qualquer lado.

Para conquistarmos uma liberdade interior autêntica temos que observar os nossos modelos de comportamento. Observar sem julgar, testemunhar apenas. Só assim surgirá a força libertadora: a compreensão. Tornando-nos conscientes da forma como cuidamos de nós, libertamo-nos da opinião dos outros. Vivenciamos o prazer sem nos apegarmos, tentando perdurá-lo.

Se for para si dificil fazê-lo sozinho procure um grupo de meditação e experimente. Ser guiado numa meditação não é mais que receber algumas orientações que o levam a desenvolver esta consciência. Ao silenciar a sua mente enquanto medita poderá não lhe agradar tudo aquilo que surge. Contudo, a disponibilidade em permanecer com o que está a acontecer é o que lhe trará libertação.

Pela prática da atenção tornamo-nos mais conscientes da impermanência inerente a qualquer emoção ou sentimento. Se tudo tem um efeito temporário, porquê deixar que nos afete de modo duradouro? Quanto mais orientado(a) estiver para encontrar o seu equillíbrio, em relação às condições que o(a) rodeiam, menos necessidade sentirá de se sentir percebido(a). Descobrirá uma paz que não depende de ninguém, uma serenidade de espírito a que se dá o nome de equanimidade.
​
Viver num estado equânime é viver um estado mental que não pode ser influenciado por preconceitos e preferências. É reagir de forma equilibrada entre alegria e tristeza, protegendo-se assim da agitação emocional. Este estado envolve um nível de imparcialidade que nos permite vivenciar pensamentos ou emoções desagradáveis sem reprimi-los, negá-los ou julgá-los, assim como ter experiências agradáveis sem sobrevalorizá-las ou tentar prolongá-las, o que contraria a tendência natural do Ser Humano. Isto não significa que nos tornemos ser passivos. Significa que temos um centro para onde canalizamos aquilo que não podemos modificar. Um centro onde equilibramos energia física, emocional, mental e espiritual. Esse centro é a sua equanimidade. Ele está dentro de si – encontre-o!
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ANA DINIZ
INSTRUTORA DE MEDITAÇÃO TRANSPESSOAL, FACILITADORA DE
MEDITAÇÃO INFANTIL – CRESCER A SER
FUNDADORA DO PROJETO ABRAÇA-TE:
www.facebook.com/abraca.te

​in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2017
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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Equanimidade:nem apego nem aversão

1/9/2017

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Equanimidade é um estado de aceitação, gratidão e tranquilidade por tudo o que nos acontece. Nem apego nem aversão apenas deixar a vida fluir sem esforço.
Por Fátima Lopes


in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2017

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

​Uma das bases do budismo são as Quatro Nobres Verdades, a primeira das quais é que “a vida é sofrimento (dukka)”, mas o sofrimento vem essencialmente do nosso apego ou aversão às condicionantes que a vida nos apresenta. Assim, o desejo e as expetativas criam sofrimento porque nos apegamos a um resultado, e quando esse resultado não se concretiza, sofremos. Por outro lado, quando o objeto do nosso desejo ou da expetativa se materializa, tememos perde-lo, o que também causa sofrimento. Por vezes também criamos aversão a coisas, pessoas e situações, que queremos a todo o custo afastar das nossas vidas. Isso também é uma fonte de sofrimento.

Enquanto a nossa mente oscila entre apego e aversão não temos serenidade. Há sempre um desejo a ser satisfeito, um resultado a ser protegido ou alcançado, ou algo de que fugir. Neste estado mental não há descanso, nem pode haver verdadeira felicidade.

Assumimos muitas vezes, erradamente, que a felicidade se alcança por meio do que conseguimos extrair ou usufruir do mundo exterior, contudo, várias filosofias ensinam, e entre elas o budismo, que a verdadeira felicidade em nada se relaciona com ganhos exteriores, que é antes um estado de ser.

O modo de vida da sociedade ocidental, o marketing e a publicidade, levaram-nos a acreditar que só seremos felizes se tivermos o mais recente gadget topo de gama, a roupa da última moda, o carro mais desportivo e vistoso, a casa mais moderna e bem equipada, enfim, os items a adquirir não acabam nunca e nunca estamos verdadeiramente satisfeitos. Será isto a felicidade?

De que nos serve a fama, a riqueza ou o sucesso, se mantemos uma mente inquieta e sempre em busca de mais? De que nos serve o ódio ou a aversão a pessoas ou situações se quem perde a tranquilidade somos nós?

Acreditamos muitas vezes que ter mais, seja do que for, nos dá segurança e felicidade. Esta ideia parte do pressuposto errado de que temos controlo absoluto sobre os eventos da nossa vida. Não temos. Na verdade, controlamos muito poucas coisas no nosso quotidiano. E é o aceitar essa ausência de controlo, o soltar o apego ou a aversão, o simplesmente deixar a vida fluir, que se traduz por equanimidade (upekkha).

É importante não confundir a equanimidade com indiferença pois não são a mesma coisa. Indiferença não significa aceitação, significa apenas que não temos uma ligação com a situação, pessoa ou acontecimento, já na equanimidade há um sentimento de aceitação do que é sem qualquer tentativa, esforço ou expetativa de alterar a realidade.

Claro que, para atingir um estado mental que nos permita ser equânimes, há algumas ideias que devem estar na base do modo como conduzimos a nossa vida. Uma dessas ideias, também transmitida no budismo, é a de que tudo, neste mundo tridimensional, é impermanente. Nada nesta realidade existe para sempre, logo, querermos agarrar-nos às coisas como se fossem eternas, causa sofrimento.

Um exemplo disso é a perda de um ente querido. Sofremos sempre muito quando alguém que amamos parte deste mundo, contudo, a morte é algo absolutamente intrínseco à vida. Para haver vida é preciso haver morte. É da escuridão do Inverno que nasce a Primavera. Tudo na natureza se move em ciclos de morte e renascimento e assim é com todos nós. Se aceitarmos plenamente a ideia de impermanência não nos agarraremos às coisas e às pessoas como tábuas de salvação, em vez disso, aprendemos a soltar, a deixar ir o que tem de ir, o que já cumpriu a sua função nas nossas vidas e no mundo. Claro que podemos ficar tristes e até sentir muito a falta de um ente querido, mas o sofrimento agonizante só nos desgasta e não altera a situação. É sábia a capacidade de aceitarmos a morte como algo natural e expectável.

Um outro exemplo é a perda de um emprego. Quantas vezes perder um emprego é uma oportunidade para construirmos um novo rumo para nós? Um rumo que de outra forma nem teríamos considerado? E quantas são as pessoas que permanecem agarradas à dor da perda e a esgotarem-se na tentativa de abrir a mesma porta que acabou e se fechar para elas? Se aprendermos a soltar e a mantermo-nos num estado de aceitação, abertos ao que de novo possa surgir, estaremos a fluir com o movimento rítmico da vida, tal como um rio que se permite ser conduzido para o mar sem oposição.

Também beneficiaríamos bastante de aceitar a Primeira Nobre Verdade do budismo: não é possível viver toda uma vida sem passar pelo menos por alguns momentos de sofrimento. Querermos a felicidade permanente é uma ilusão, e uma ilusão que causa ainda mais sofrimento. É importante termos a capacidade de abraçar os momentos menos bons como parte da vida. É muitas vezes graças a eles que crescemos e nos transformamos além do que julgaríamos possível.

Pode parecer difícil aplicar a equanimidade nas nossas vidas, mas não será mais difícil manter o jogo do “puxa-empurra”, que nos mantém num estado de permanente alvoroço entre o apego e a aversão?

A melhor forma de praticarmos a equanimidade no nosso dia-a-dia é através do treino da mente: meditar, ser testemunha dos pensamentos sem nos apegarmos a eles. Se uma coisa nos faz felizes devemos aceitar, ser felizes no momento e soltar; se uma coisa nos deixa tristes devemos aceitar, ficar tristes no momento, talvez chorar um pouco, e soltar.

A equanimidade permite-nos aceitar e ser gratos por todos os eventos da nossa vida, bons ou menos bons, sem lutar contra eles e sem querer forçar a vida a moldar-se à nossa vontade, pois a vida sabe o que faz. 
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FÁTIMA LOPES
TERAPEUTA TRANSPESSOAL
www.fatima-lopes.weebly.com
www.facebook.com/cuidardaalma
fatima.m.lopes72@gmail.com

​in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2017
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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Equanimidade, o que é?

1/9/2017

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Um dos padrões mais importantes para avaliar a evolução espiritual, consistindo na capacidade de manter a consciência num estado de serenidade de ânimo, tanto perante as situações desafiadoras como das prazerosas, a que o ser humano é submetido ao longo do seu percurso de vida. Este estado de equilíbrio da mente, passa por um trabalho de auto conhecimento, tem um forte impacto na autoconfiança do indivíduo, na sua capacidade de aceitação e aprendizagem, bem como nos relacionamentos, culminado numa incrível experiência de harmonia e paz interior. Por Sandra Félix

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2017

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

​ “…O homem que não se deixa mais atormentar por essas coisas, - que se conserva firme e inabalável no meio do prazer e da dor, - que possui a verdadeira igualdade de ânimo: esse, creiam-me, entrou no caminho que conduz à imortalidade...”

Esta passagem foi retirada do livro “Bhagavad-Gita, a Mensagem do Mestre”, um grande clássico, muito apreciado pelos budistas e considerado o Livro sagrado do hinduísmo. Esta obra possui um profundo significado simbólico que está para além do sentido histórico, abrangendo a espiritualidade e o esoterismo em vários graus, revelando os conflitos travados pelo ser humano no seu íntimo - a batalha entre o bem e o mal, com vista a alcançar o equilíbrio entre as emoções contrárias, a “igualdade desânimo”– Equanimidade.

De um modo objetivo, poderemos definir Equanimidade, como sendo a capacidade de manter um estado de espírito profundamente sereno e tranquilo, perante as mais diversas situações a que o ser humano é submetido.

Atualmente, somos muitas vezes sujeitos a uma autêntica “montanha russa de emoções”, ora estamos super animados, super felizes, com alta motivação para fazer algo, ora ficamos desanimados, tristes, sem qualquer vontade para entrar em ação e vivemos esses acontecimentos com muita intensidade.Num momento de prazer, podemos vivê-lo tão intensamente até ao seu mais elevado grau, por outro lado quando somos atingidos por alguma coisa menos boa, sentimos essa dor como se fosse um punhal cravado no coração. Claro que não podemos generalizar, não estamos sempre nessas oscilações emocionais, mas o facto é que a grande maioria das pessoas não está num estado de equilíbrio constante – na “verdadeira igualdade de ânimo”, como refere no livro BhagavadGita.

Vamos a um exemplo prático, imagine que recebeu uma boa notícia: foi promovido no emprego e irá ter um aumento de ordenado. Segundo o princípio da equanimidade, não deverá animar-se ao extremo e fazer desse acontecimento, a razão da sua felicidade, deverá manter um estado de espírito estável, com serenidade e tranquilidade, apesar de se sentir feliz. Por oposição, imagine agora que lhe é dada a notícia, que em breve ficará sem emprego, seguindo o princípio da equanimidade, o seu estado de espírito deverá ser de igual serenidade e tranquilidade, apesar da notícia ser menos boa. O leitor poderá perguntar, mas se uma pessoa que vive sempre no mesmo estado de ânimo, tendo sempre tudo controlado não será desprovida de sentimentos, ou até mesmo insensível?

Não, antes pelo contrário, a pessoa que mantém o mesmo estado de ânimo, usufrui e sente tanto comooutra pessoa qualquer, os momentos de prazer e/ou dor. A diferença é que uma pessoa ao lidar com esses momentos em equanimidade, ela permite-se sentir, aceitar esses acontecimentos como são, de forma equilibrada, não se deixando abalar pelos acontecimentos, mantendo sempre a serenidade de espírito.

Este autocontrole é fácil? Claro que não, requer treino diário, um trabalho de autoconhecimento profundo, ao nível das emoções e em especial com o seu “Eu superior”. Para iniciar este trabalho interior, comece por se observar a si mesmo, sem apego. Preste atenção às suas emoções, à forma como rege às diferentes situações da vida, aceite-as e procure treinar a serenidade. Encare a realidade exterior como uma aprendizagem, e pergunte-se:” o que é que eu posso aprender com esta situação que me está a acontecer”? O objetivo é voltar o foco para si, para o seu interior. Poderá parecer egoísmo, mas é precisamente o contrário, ao focar-se no “EU”, irá desenvolver cada vez mais o Amor por si, não necessitando de aprovação externa, pois já tem a mais importante, a sua. Por outro lado, estará a criar alicerces sólidos que o tornarão apto para poder ajudar outras pessoas.A equanimidade surge, quando a realidade interna está fortalecida, rica e equilibrada consigo mesmo.

A Meditação, o Yoga, o Mindfulness, o Coaching, poderão ser excelentes meios para ajudar a trabalhar o seu auto conhecimento, alcançando a equanimidade. Ao alcançar esta serenidade de espírito, esta capacidade de experienciar de uma forma estável os diferentes acontecimentos do mundo físico,poderá experienciar uma paz e felicidade imensuráveis.

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SANDRA FÉLIX
COACH
www.caochingsandrafelix.com
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in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2017
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Uma Saúde Mais Equânime

1/9/2017

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Para manter a saúde em pleno e de maneira equilibrada há que ter hábitos saudáveis e consciência que a vida é uma mudança constante e a maneira como lidamos com as adversidades e as prosperidades é que fazem a diferença.
​Por Joana Martins Coelho


in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2017

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Equanimidade na saúde
 
Um indivíduo equânime não tem perturbações, vive em harmonia e tranquilidade, a sua saúde é estável e lida em conformidade com as circunstâncias, o temperamento ou ânimo não sofrem alterações nas adversidades ou prosperidades.
 
Será possível nos tempos de hoje uma constância de equilíbrio na saúde?
 
Nos tempos que correm o stress é o fator que mais afeta a população.
Portugal é o 7º país, na Europa, com o índice de stress mais elevado, com uma taxa de 59%. As causas são diversas, mas na maioria dos portugueses está associada ao trabalho e às consequências do mesmo.
Não só as causas do stress são variadas, mas também a manifestação na vida de cada um. Estas podem ser mais do foro psicológico ou físico. 
 
O Yin Yang, o equilíbrio perante as oscilações da vida.
 
O Yin Yang, na Medicina Tradicional Chinesa, são forças opostas e complementares que mantêm o equilíbrio de todas as coisas, segundo os conceitos do taoismo. O caracter chinês Yang significa “o lado iluminado da colina” e o caracter chinês Yin significa “o lado sombrio da colina”.  
 
Quando traduzimos a teoria do Yin Yang para o quotidiano, podemos observar que tanto os momentos de luz como os momentos de escuridão são etapas da vida que coexistem, e que cada um aprende a lidar com cada etapa da vida de maneira diferente, mas sem excluir uma delas.
 
Para a Medicina Tradicional Chinesa, o Yin Yang é um principio de diagnóstico, que se combina para formar a saúde de cada indivíduo, quanto mais equilibrado está o Yin Yang, mais saudável se encontra o paciente. Tudo se baseia na equanimidade entre o Yin Yang.
 
Como podemos atingir a equanimidade
 
A equanimidade plena é difícil de atingir, pois todos os dias lidamos com condicionantes como o trabalho, a família, as relações pessoais, etc.
 
Existem alguns fatores que podem facilitar a serenidade na vida de cada indivíduo. Um destes fatores, e talvez o mais importante, é a alimentação.
 
A alimentação é cada vez mais descuidada e irregular. O pequeno almoço, refeição mais importante do dia, é muitas vezes substituído por alimentos de baixo valor nutritivo, como bolachas, café ou iogurtes. Ao longo do dia, são constantemente ingeridos açucares de rápida absorção, para um maior pico de energia e muitas vezes as refeições são deficientes em proteínas e vegetais.
 
Outro fator fundamental é o exercício físico, manter o corpo ativo traz uma mente sã. As práticas energéticas, como o yoga, Qi Gong e meditação, também ajudam a manter a calma e serenidade, dando mecanismos para encarar determinadas situações.  
 
Dicas para voltar à rotina, depois das férias, de maneira serena e equilibrada.
 
Depois da época de maior calor, e regresso de férias para muitos leitores, é importante regressar em equilíbrio. Todas as expetativas para o pós-férias passam por encarar de maneira diferente aquilo que nos stressa e nos destabiliza, ser pessoas mais serenas e com maior estabilidade física e emocional. Para que isso aconteça ficam algumas dicas.
 
Para a Medicina Chinesa a estação do ano que se aproxima, o outono, tem relação com o elemento Metal. O elemento Metal corresponde aos órgãos pulmão e pele, dando mais atenção aos mesmos. Para isso, o cuidado redobrado na alimentação deve estar no início das prioridades, a nova roda dos alimentos indica as proporções que se deve ingerir de cada alimento e derivados. Também é importante dar prioridade aos alimentos da época e que tenham influência sobre o sistema respiratório e pele, tais como abóbora, batata-doce, beringela, chuchu, pimento, rabanete, abacate, melancia, pera, romã e figo.
​
O exercício físico é uma maneira de manter a forma e a mente distraída. Um bom exemplo de exercício para estar de volta à rotina são as aulas de grupo, aproveitando a junção do convívio com a prática de exercício. As práticas energéticas, já referidas anteriormente, são bastante aconselhadas para equilibrar a mente e o corpo e mecanismo de relaxamento. 
​
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JOANA MARTINS COELHO
TERAPEUTA DE MEDICINA TRADICIONAL
CHINESA E ACUPUNTURA ESTÉTICA
joanamc.mtc@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2017
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Equanimidade, o inicio para uma vida plena e saudável

1/9/2017

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A equanimidade é uma qualidade libertadora que nos dá um coração aberto e equânime, calmo e estável, no meio das vicissitudes da vida.
​Por Marta Pacheco


in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2017

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Nos últimos anos, tem surgido, na comunidade de investigação psicológica, um interesse significativo pela componente positiva das experiências subjetivas das pessoas. Compreender o que são realmente estes conceitos, quais são os seus componentes, como se relacionam, quais os fatores que os influenciam e os seus efeitos no quotidiano das pessoas.

O conceito de equanimidade é muito recente na nossa cultura, e o mesmo começou a ter mais enfâse quando em Portugal se inicia um novo ciclo de estudos ligado as terapias de terceira geração que ganham forma e força. Nestas terapias encontramos por exemplo as práticas mindfulness.
 
Equanimidade significa serenidade de espírito. É um estado natural e relaxado, a capacidade de experimentar de maneira estável as diferentes situações do mundo físico, das sensações, da mente e dos fenómenos. É caraterizada pela profunda tranquilidade, completamente livre de oscilações. Nada paga o preço de estarmos felizes por nós mesmos. Alcançando este estágio, até mesmo os relacionamentos ficam mais fáceis de se lidar. Isto traz uma paz incomensurável.
 
A ideia da equanimidade é muito forte entre os budistas, onde abraçam esta filosofia de vida, e entendem que a fonte de todo o sofrimento vem da ignorância, do apego ao desejo e do apego à aversão. Quem vive na ignorância não percebe que  o apego é o que traz o sofrimento. O princípio da equanimidade é a base da grande compaixão, que, por sua vez, alicerça o despertar da mente da iluminação, definida como "o desejo de atingir a iluminação para o benefício de todos os seres.

Em termos psicológicos, trata-se do processo de tomada de consciência dos nossos condicionamentos e do alinhamento no processo de transformação pessoal. Enquanto a renúncia se enraíza em considerações cada vez mais sutis e profundas acerca da ética – a ética da individuação – o despertar da mente da iluminação, implica um comprometimento com outro, a ponto de não ser mais possível a passividade diante de seu sofrimento.
 
Muitas vezes, ou a maioria das vezes, dizemos: “eu quero” ou “eu não quero” quando isto acontece, estamos a deixar de viver o momento presente para criar – na nossa mente – uma ideia de uma vida perfeita que simplesmente não existe no momento. Como a ideia não bate certo com a realidade sofremos.
 
"Este estado de equanimidade manifesta-se como uma reação equilibrada na alegria e na tristeza e que protege contra a agitação emocional” Bodhi
 
Deve-se notar que a forma ideal de equanimidade abraçada pelo Budismo também inclui ter uma atitude igual para todos os seres, sem os limites, que temos o hábito de desenhar, entre amigos, estranhos e aqueles que consideramos “pessoas difíceis”. Em outras palavras, Tsering citava “considerar todos os seres como iguais no seu direito a ter felicidade e a evitar o sofrimento”, e para Bodhi “tratá-los sem discriminação, sem preferências e preconceitos." Este aspecto da equanimidade pode ser cultivado com métodos específicos de prática contemplativa.
 
Há uma maneira de ver o mundo a preto e branco e há uma maneira de ver o mundo de todas as suas cores brilhantes. Somos programados para ambas as maneiras, no entanto a primeira é muito mais rápida, porque existe há muito mais tempo, devemos procurar assim, o que é brilhante e prazeroso para conseguirmos viver com mais plenitude e de forma saudável a todos os níveis, pessoais e relacionais.
           
Efetivamente, a forma como percepcionamos o mundo e a dinâmica que estabelecemos nas nossas relações em interação com as pessoas e todo o meio envolvente, é muito mais importante do que podemos imaginar. A realidade que criamos para a nossa sobrevivência individual influenciara também toda a dinâmica do mundo exterior. As relações interpessoais acontecem por meio da interação compartilhada por duas ou mais pessoas. As interações não ocorrem no vazio, acontecem em diversos contextos, sejam eles organizacionais, educacionais, familiares ou comunitários. 
 
Da mesma forma, num estado equânime pode-mos ter experiências agradáveis ou recompensadoras, sem se estar super-animado ou tentar prolongar essas experiências ou tornarmo-nos viciado nelas. Cultivar a equanimidade consiste em observar profundamente como reagimos a presença (dos opostos) no percurso da nossa vida.
 
A prática da equanimidade não significa que devemos tornar-nos seres passivos. Quando faz calor, nós abrimos a janela. Mas cada vez que não está em nosso poder modificar as coisas, é possível para nós um refúgio interior?

Esse refúgio interior é nossa capacidade de ser equânime.
​
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MARTA PACHECO
MESTRE EM PSICOLOGIA CLÍNICA
TERAPEUTA DE REIKI E REGRESSÃO
PROFESSORA DE MEDITAÇÃO
TRANSPESSOAL E REIKI
martapache@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2017
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Dinheiro,Ter mais ou Ser com Equanimidade?

1/9/2017

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Neste dia-a-dia que é a nossa vida, que valor damos ao dinheiro? Qual a nossa relação emocional com ele? E como podemos construir uma relação de paz e equanimidade com a nossa conta bancária?
​Por Marta Almeida


in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2017

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​“Acredito que o dinheiro é uma energia. E tal como qualquer energia, pode ser muito boa ou muito má. Tudo depende do uso e do sentido que lhe damos.”
 
Numa sociedade construída através do valor monetário é normal que a questão financeira seja motivo de stress para muitas famílias e motivo de orgulho para outras tantas. Mas que valor tem realmente? Se ganhasse mais seria mais feliz? Vamos crescendo a acreditar que sim. Toda a sociedade parece indicar-nos que sim.
 
Quando somos bombardeados com publicidade que nos tenta fazer acreditar que seremos mais felizes com o produto ou serviço A, B, ou C sabemos que precisamos de dinheiro para alcançar o ideal. E apesar de termos crescido a ouvir frases como “o dinheiro não compra felicidade” a verdade é que todos nós já desejámos ter mais algum. Como se não bastasse o que dita a publicidade, ainda temos uma banca inteira a colocar uma série de créditos financeiros à nossa disposição.
 
Sem ferramentas de gestão financeira e emocional, o stress de nos metermos num buraco financeiro pode ser angustiante. Todos os pensamentos que teremos estarão relacionados com esse facto, provavelmente perto de 24 horas por dia, 7 dias por semana. E como ficam as restantes áreas da nossa vida se grande parte dos nossos pensamentos estiverem neste foco?
 
Tal como tudo na vida, o dinheiro tem o valor que lhe damos. Quando temos dificuldades em pagar escolas, hospitais ou rendas de casas tem um peso, quando apenas queríamos um extra para ir numa viagem de férias mais longínqua tem outro.
 
O dinheiro move-nos, mas a perceção que temos em relação a ele não é a mesma para toda a gente.
 
Ironicamente, quanto mais preocupados estamos em relação ao dinheiro, menos vamos atrai-lo e, em oposição, quando mais tranquilos estamos em relação a este tema, mais o vamos atrair. Parece estranho? Experimentem.  
 
Hoje em dia, na era da informação, existem ferramentas sem fim, formações presenciais ou online, plataformas, projetos novos, nichos de mercado, negócios em network marketing, apoios a start-ups e cursos extra que permitem a qualquer pessoa construir os seus sonhos e alavancar-se financeiramente. Nunca o mundo teve tantas oportunidades disponíveis. Nunca a riqueza foi tão democrática. Mas a riqueza ou pobreza da nossa carteira será sempre equivalente à mental. E para alcança-la é preciso querer, estar disposto a reaprender, a abrir a mente, a escutar, a crescer, a ter sede de mais.
 
O Autor Harvey Mackay diz “Ser rico não é sobre dinheiro. Ser rico é um estado mental.”
 
Se de facto isto é verdade, estarmos em equanimidade em relação às nossas economias, pode começar pela nossa mente. Então, talvez o segredo, seja enriquecer a nossa mente primeiro. A carteira será uma consequência. Crescer, desenvolver capacidades, escutar mais que nunca o nosso interior, confiar e, porque não, arriscar em algo que nos apaixona.
 
Como a história do ovo da galinha, não importa muito o que acontece primeiro. Claro que a uma conta bancária recheada pode (deve) dar tranquilidade mental, mas a verdade é que a tranquilidade mental também pode dar uma conta recheada se canalizarmos a energia para o lugar certo.
 
Comecemos pelo que temos mais à mão. A nosso estado emocional é possível ser trabalhado em qualquer altura e em qualquer lugar.
 
Se por um lado, é necessário esvaziar a mente em relação ao dinheiro para o atrair, fazer as pazes com crenças que nos foram dadas provavelmente na nossa educação e deixar fluir, por outro há que perceber que ele faz parte da nossa vida e aceita-lo com moeda de troca para as nossas realizações. Não é fácil. Mas existem prateleiras de livrarias cheias de livros de pessoas que o conseguiram e que se propõem a ajudar-nos também. Basta procurar o certo, no sitio certo.
 
“Se deixarmos de lado os pensamentos que temos diariamente sobre dinheiro, como será ocupado esse espaço na nossa mente? Que espaço ficará para criar e construir algo produtivo?”
 
Para sermos bem-sucedidos, é importante passarmos pelas seguintes três fases: pensar, sentir, ter. Nunca o contrário.
​
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MARTA ALMEIDA
EMPREENDEDORA TEAMWAY
www.growbymartaalmeida.com
idamamalis@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2017
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Equanimidade e o caminho para a Liberdade

1/9/2017

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É promovido no seu emprego e sente uma felicidade extrema, um ano depois é despedido e o seu mundo desaba. Já alguma vez refletiu se é normal ser arrastado nesse turbilhão de emoções? Vamos falar sobre Equanimidade.
​Por Sofia Pérez


in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2017

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

​Imagine estes dois cenários: é promovido no seu emprego e sente uma felicidade extrema; um ano depois é despedido e o seu mundo desaba.

Ao confrontar-se com cenários deste tipo, já alguma vez refletiu se é normal sentir-se tão imensamente feliz e tão profundamente desesperado? Ser arrastado num turbilhão de emoções e sentimentos que o puxam ora para cima ora para baixo?

E aquelas “pequenas coisas” do dia a dia, que em vez de passarem por nós, como as árvores numa estrada quando conduzimos, ficam apegadas à nossa mente e conseguem estragar-nos o dia? Dando como exemplo quando alguém nos critica.

Se tivermos a capacidade de sermos mais do que a pequenez da nossa psique egocêntrica, poderemos analisar se aquela crítica acrescenta alguma coisa válida e até nos permite melhorar, ou se é apenas uma crítica baseada na experiência e na visão do mundo de uma pessoa, e, naturalmente, deixarmos ir essa sensação.

Este tipo de análise exige que saibamos quem somos e é aqui que entra a Equanimidade: “uma reação equilibrada na alegria e na tristeza e que protege contra a agitação emocional” (Bodhi, 2005).

Um estado mental sereno e equilibrado independentemente da sua valência afetiva: agradável, desagradável ou neutra. A equanimidade envolve um certo tipo de imparcialidade, o que não implica nem indiferença nem distanciamento. Aqui o que é sugerido é experimentar pensamentos ou emoções desagradáveis, sem reprimi-los, negá-los ou julgá-los, ou ter experiências agradáveis sem prolongar essas experiências ou tornar-se viciado nelas.

A equanimidade sugere examinar, explorar sem nos apegarmos ao que observamos e não ficar preso à experiência transformando-a em algo mais. A forma como recebemos essas experiências vai depender da nossa capacidade de perceção do todo.

Parece uma tarefa impossível? Exige um treino diário, sem dúvida, mas não é impossível.

Nós, indivíduos, criamos um modelo de como a nossa vida deve funcionar e encetamos todos os esforços possíveis para o manter de pé. De repente, ocorre um acontecimento que sai fora desse modelo e, automaticamente, provoca-nos um desequilíbrio interior que põe em causa o modelo.

O que tentamos fazer diariamente é construir fortalezas em torno desse modelo para que nada o possa derrubar ou perturbar. E quem é que faz esse trabalho desgastante diário de construir fortalezas? A nossa mente.

É a eterna luta pela sobrevivência da espécie. A maioria de nós já não necessita de se proteger fisicamente, não temos que fugir constantemente de animais selvagens. A nossa luta atual é com a nossa mente onde lidamos com medos interiores baseados nas nossas inseguranças e nas nossas crenças.

Esta construção de um modelo é a tentativa de controlarmos o mundo exterior. É esta a tarefa que damos à nossa mente. É uma tarefa impossível em que inevitavelmente falhamos, pois criamos a ideia de um mundo que só existe dentro de nós. Qual é o propósito deste controlo? Evitar a dor. E para evitar a dor acabamos, paradoxalmente, por viver no sofrimento dessa instabilidade, à mercê dos altos e baixos de uma psique desequilibrada.

A dor faz parte da vida, é inevitável e, até, desejável pois é ela que nos permite evoluir e rasgar os limites da mente. Já o sofrimento é uma opção e tem origem no apego. Ser equânime promove o fim do sofrimento.

O apego não nos permite ser equânimes. Ocorre nas experiências “más”, mas também nas “boas” e faz com que estas fiquem bloqueadas, presas a nós: “Eu sou tão feliz com a minha namorada, sinto-me tão amado. Não quero que ela se vá embora.” Quando a experiência é boa, recriamos esse sentimento vezes sem conta e corremos o risco de nos apegarmos excessivamente de tal forma que nos tornamos dependentes de alguém ou de alguma coisa. Quando e se esse alguém sai da nossa vida, o nosso modelo de controlo do mundo exterior cai.

Como devemos lidar com esta experiência e consequentemente desenvolver a equanimidade? Quando acontece, devemos permitirmo-nos receber essa dor pois é a única forma de não a bloquear.

É natural e saudável sentirmos tristeza com o fim de um relacionamento, a questão aqui é se a nossa reação é de tal forma excessiva e desequilibrada que nos leva a bloquear essa experiência. Bloquear significa cristalizar essa dor.

Deveremos examinar e mergulhar fundo nessa dor, observando a forma como estamos a reagir, e entender por que é que o nosso modelo caiu e nos provocou tanta dor. Talvez cheguemos à conclusão que os pressupostos que levaram à criação desse modelo, não estavam certos e que os devemos redefinir.

Essa análise vai provocar a expansão da nossa consciência, trazendo-nos a tão esperada liberdade com o fim do sofrimento.

Ao nos desapegarmos, não nos tornamos distantes nem frios, muito pelo contrário, aceitamos que os bons e os maus momentos passam não deixando, contudo de participarmos intensamente da dádiva enorme que é a vida.

A equanimidade, traz-nos liberdade. Pratiquemos então a equanimidade dando atenção plena aos nossos pensamentos e ações de modo a nos tornarmos conscientes da impermanência da vida e da dualidade que esta encerra.

Sermos equânimes e atingirmos esse estado de paz e liberdade é deixarmos ir modelos rígidos de pensamentos baseados na nossa cultura, entendendo que as dicotomias do certo e do errado e do bom e do mau, não são mais do que parte de um fluxo contínuo que não deve ser bloqueado.
​
Aos poucos, vamo-nos apercebendo de que aquilo que nos prendia, afinal, é o que nos desperta. 
​
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​SOFIA PÉREZ
COACH HOLÍSTICO E MENTORING
​EM LISBOA, LINHA CASCAIS E SINTRA, ABRANTES
www.coachsofiaperez.com
www.facebook.com/CoachSofiaPerez
coachsofiaperez@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2017
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