Revista Progredir
  • Home
  • Publicações
  • Conteúdos
    • Entrevistas >
      • Sofia Pereira
      • Carolina Palmeiro
      • Anna Luizza
      • Carla Shakti
      • Vasco Catarino Soares
      • João Rodrigues
      • Mafalda Navarro
      • Diana Pinheiro
      • João Fernando Martins
      • Marine Antunes
      • Mara Gomes
      • Paulo Cordeiro
      • Sónia Brito
      • Joana Pinto
      • Bárbara Ruano Guimarães
      • Cristina Marreiros da Cunha
      • Inês Afonso Marques
      • Mauro Nakamura
      • Sara Cardoso
      • Carolina Granja
      • Margarida Albuquerque e Gisela Guedes
      • Barbara Ramos Dias
      • Lisa Joanes
      • Simone Veiga
      • Cristina Felizardo
      • Isabel Zibaia Rafael
      • Helena Sousa
      • Maria Inês Antunes
      • Catarina Lucas
      • Miguel Raposo
      • Eunice Maia
      • Filomena de Paula
      • Paulo Borges
      • Cristina Valente
      • Pedro Colaço
      • Margarida Vieitez e Patrícia Matos
      • Menna Sa Correa
      • Joana Barradas
      • Silvia Oliveira e João Magalhães
      • Inês Pereira Pina
      • Juiz Joaquim Manuel da Silva
      • Cecilio Fernández Regojo
      • Maria Gorjão Henriques
      • Paula Margarido
      • Yosef Shneor
      • Izabel de Paula
      • Sandra Ramos
      • Fernando Mesquita
      • Mónica Magano
      • Isabel Gonçalves
      • Virginia Henriques Calado
      • Lourdes Monteiro
      • Sónia Ribeiro
      • Liesbeth Jusia
      • Tiger Singleton
      • Vera Simões
      • João Medeiros
      • Tâmara Castelo
      • Rita Sambado e Rodrigo Maia de Loureiro
      • Sofia Vieira Martins
      • Elia Gonçalves
      • Karina Milheiros Kimming
      • Ana Tapia
      • Daniela Ricardo
      • Esther Liska
      • Anabela Francisco
      • Sandra Oliveira
      • Margarida Vieitez
      • Janine Medeira
      • Mafalda Rodrigues de Almeida
      • Manuel Pelágio
      • Cátia Antunes
      • Susana Rodrigues Torres
      • Peter Deadman
      • Fernando Mesquita
      • Maria da Luz Rodrigues Lopes
      • Ricardo Fonseca
      • Paulo Pais
      • Tânia Zambon
      • Sister Jayanti
      • Karen Berg
      • Alexandra Solnado
      • Mariana Pessanha
      • Dulce Regina
      • Ligia Neves
      • Susana Cor de Rosa
      • José Soutelinho
      • Paula Ribeiro
      • Maria Helena Martins
      • Lee Carroll
      • Festival Andanças
      • Pedro Mello
      • Ana Teresa Silva
      • Gen Kelsang Togden
      • Tony Samara
      • Marta Gautier
      • Adelino Cunha
      • Pedro Vieira
      • Joe Dispensa
      • Michal Shneor
      • Laurinda Alves
      • Eric Pearl
      • Gustavo Santos
      • Ana Rita Ramos
      • Vera Faria Leal
      • Pedro Sciaccaluga Fernandes
      • Isabel Ferreira
      • Luís Resina
      • Teresa Robles
      • Cristina Leal
      • Francisco Varatojo
      • Pedro Norton de Matos
      • Paulo Borges
      • Miguel Real
      • Andrew Cohen
      • Deborah Jazzini
      • Lauro Trevisan
      • Sofia Bauer
      • Vítor Cotovio
      • Laurinda Alves
      • Beatriz Quintella
      • Nelson Theston
      • Álvaro Sardinha
      • Satori Darshan
      • Leonel Moura
      • João Alberto Catalão
      • Paul Aurand
      • Izabel Telles
      • Anne Hoye
      • Maria José Costa Félix
    • Artigos por Pedro Sciaccaluga >
      • Responsabilidade
      • Dualidade
      • Sejamos Essência!
      • Um caminho a Percorrer!
      • Superar a Morte em Vida...​
      • Um caminho para a Felicidade...
      • Sê Egoísta! Nós agradecemos!
      • Relações para que?
      • Bengalas nos relacionamentos? saltar de galho em galho?
      • Quem vê caras não vê corações?
      • Dar ou controlar?
      • O que ganho com isso de ser “ZEN”?
      • És estúpida ou que?
      • Pois, Pois, a teoria já eu sei! E na prática? (A Arte de Amar...)
      • Será que gosta de mim?
      • Aceito-te como és… mas…
      • Já te pintaste Hoje? És uma Obra de Arte!
      • Preferes ser um facilitador ou um dificultador?
      • O que não pode faltar no teu novo ano?
      • Queres uma relação estável mas foges a sete pés?
      • Cada um tem de mim exatamente aquilo que Sou…
      • Como encontrar o Verdadeiro Amor?
      • A Voz da Consciência…
      • Sopra para longe o que te aperta o coração...
      • Amor ou Liberdade?
      • Como nos podemos sentir mais fortes e em Paz?
      • Culpa! Culpa! Culpa! Ahhhhhhhhhhh!
      • O que queres Hoje?
      • A importância dos Amigos e da Amizade…
      • Já sentiste solidão? (e sufoco?)
      • E que tal sermos honestos?
      • Tentei sair da zona de conforto! Sabes o que aconteceu?
      • Queremos alguém compatível ou alguém “forçado”?
      • Quanto mais corres menos me apanhas? A fila Anda...
      • É fácil partilhar quem somos?
      • Os homens são todos uns......!!!
      • Haja paciência para te encontrar!
      • Eu sei… mas ele vai mudar...
      • Como reagir a uma morte?
      • O Tempo e a Vida…
      • Estás Vivo ou Morto?
      • És Linda! Sabias?
      • Que tipo de pai “somos”?
      • É tolice dizer que gosto de ti?
      • Não será isto a amizade? Obrigado Amigos!
      • O que não nos mata torna-nos mais fortes? Será?
      • Já te arrependeste de alguma coisa?
      • Somos normais? Sim… E depois?
      • Falar ou não falar?… Eis a questão…
      • Como SER a pessoa certa? (Num Relacionamento Espiritual ou Maduro…)
      • A relação íntima é a resposta para todos os males?
      • A vida é bela! Mas às vezes dói como o raio!
      • Roubamos energia aos outros?
      • 5 Princípios para um relacionamento Feliz
      • Será que é Amor?
      • Apaixonaram-se e foram aprendendo a Amar…
      • Momentos de Verdade…
      • Tens medo da intimidade? Eu também!
      • Começar em Amor, Terminar em Amor…
      • Descongelar o coração e voltar a Amar…
      • Um pássaro numa gaiola???
      • Consideramos os outros objetos ou… Pessoas?
      • Namorar...
      • “Devemos” ser independentes…? Ou não...?
      • O que tiver que ser será!… Karma… escolhas e aprendizagens…
      • Outra vez...?
      • Órfãos de pais vivos...
      • Logo se vê… Deixa andar…
      • Amor e Liberdade…
      • Digamos que me sinto o homem mais Feliz do Mundo…
      • Com que olhos vês o Mundo?
      • Terminar (ou não) um relacionamento?
      • Será que és introvertido?
      • Sabes que por vezes me sinto à deriva?
      • Desistir... ou voltar a Amar?
      • Solidão… dores de transição… e Amor…
      • Porque é que não somos mais felizes…?
      • Uma combinação maravilhosa de sofrimento e bem-estar...
      • Somos escravos ou Seres Humanos?
      • Falar mal dos outros…? Eu…?
      • A Magia do Amor...
    • Glossário
    • Polaroids & Slides
    • Artigos
    • Partilhas do Leitor
    • Blog artigos revista progredir
    • Vídeos
  • Loja
  • Quer Ganhar?
  • Parceiros
  • Agenda
  • Pub
  • Sobre nós
    • Estatuto Editorial
    • Visão, Missão e Valores
    • Equipa >
      • Pedro Sciaccaluga
      • Maria Melo
      • Sílvia Aguiar
      • David Rodrigues
      • Catia Mota
      • Liliana Gomes Silva
    • Participe
    • Eventos >
      • Greenfest 2016
    • Contactos
    • Ideias e Harmonia
  • Subscrever

Cessar o Conflito interno

1/4/2022

0 Comments

 
Imagem
Vivemos tempos de profunda crise espiritual individual e coletiva. O Yoga é uma prática holística de caráter espiritual que nos permite criar paz e união, ensinando-nos a lidar com o conflito de forma sustentável e equilibrada. Por Marialuna Wengorovius Nico

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

 Ao longo da história da humanidade o mundo sempre se deparou com inúmeros conflitos que desafiaram a capacidade individual e coletiva da humanidade de se superar e transformar de modo a progredir. O conflito, seja ele de que caráter e dimensão for, pode constituir uma oportunidade de movimento e progressão. O conflito pode, assim sendo, ser visto como uma força motora e transformadora, de avanço e desenvolvimento de uma sociedade.

Atualmente, vivemos tempos de conflito e guerra, não só externa, mas essencialmente interna, sendo que o coletivo da humanidade está a atravessar um período de profunda crise espiritual. Inúmeros estudos têm revelando nos últimos anos que as taxas de depressão, ansiedade, distúrbios alimentares e psíquicos têm aumentando exponencialmente por todo o mundo.

Apesar de termos conquistado o progresso tecnológico, económico e científico, prevalece a dúvida de saber se fomos capazes enquanto sociedade de atingir esse mesmo desenvolvimento a nível espiritual, pessoal e emocional.

Estamos perante uma dicotomia evidente, reflexo de uma sociedade que se encontra cada vez mais desconectada e em conflito, não só uns contra os outros, mas também cada um contra si mesmo. Muitos enfrentam crises de conflito interno, momentos de desfragmentação, que criam dentro de nós inúmeras guerras, um sentimento de vazio profundo.

Torna-se claro que para conseguirmos verdadeiramente atingir a transformação e progresso integrado da sociedade é necessário promover práticas e abordagens à vida e ao conflito capazes de nos facultar as ferramentas para nos libertarmos desse vazio, dessa incerteza constante que se reflete exponencialmente no aumento dos distúrbios psíquicos que se tem verificado. Diversos estudos da Harvard Medical School e de outras ilustres universidades por todo o mundo têm revelado como a prática consistente de Yoga pode ser extremamente benéfica para diminuir e controlar distúrbios mentais como depressão e ansiedade, sendo uma excelente prática suplementar para diminuir os efeitos negativos dos mesmos.

Assim sendo, considero relevante explicar em que consiste a prática de Yoga e como pode a mesma beneficiar a sociedade, levando cada um de nós a trabalhar no seu individual e, consequentemente, melhorando a qualidade de vida do coletivo e da sociedade.

O Yoga é uma prática ancestral e holística com origens na Índia e que visa promover a união entre mente-corpo-espírito, significado literal da palavra Yoga.

Assim sendo, o Yoga permite aquietar o fluxo negativo e conflituoso dos pensamentos da nossa mente, restabelecendo paz, compreensão, compaixão e aceitação. A espiritualidade, se devidamente alimentada, pode fortalecer o coletivo que é a sociedade por nela começarmos a ter indivíduos que estão não só mais presentes como mais conscientes, mais responsáveis pelo seu próprio bem-estar e, naturalmente, mais alinhados com o mundo.

Acredito ser fundamental, nos tempos em que vivemos, dedicarmos tempo a práticas que sejam catalisadoras de paz e reconexão, que nos alimentem de forma integrada e profunda, que nos satisfaçam espiritualmente e emocionalmente de modo a crescermos enquanto indivíduos e enquanto sociedade.

O yoga, através dos seus elementos essenciais como os asanas(posturas físicas) e pranayama (exercícios respiratórios),permite restabelecer o equilíbrio do sistema nervoso, fortalecer a nossa estabilidade físico-emocional, promovendo não só flexibilidade física como que mental e espiritual, tornando-nos pessoas mais abertas, plenas e receptivas ao mundo como a nós mesmos,assim como somos, em cada fase. A meditação é também outro elemento fundamental do Yoga que abre caminhos para regressarmos a casa, a nós mesmos, através da consciencialização multidimensional da nossa mente de modo a compreendermos a raiz do conflito para, assim, nos libertarmos dele.

Como B.K.S Iyengar referiu“It is through the alignment of the body that I discovered the alignment of my mind, self, and intelligence.”A prática recorrente de Yoga permite restabelecer a harmonia com aquilo que verdadeiramente somos, purificando corpo e mente de qualquer fonte de sofrimento ou conflito.

Adicionalmente, o Yoga é para todos e todos podem beneficiar do mesmo. Ajuda-nos a desacelerar num mundo acelerado, ensinando-nos a fazer silêncio das coisas grandes para ouvirmos as coisas pequenas. Passamos a compreender que nada na vida acontece contra nós, mas para nós. Através do Yoga, apreendemos a confiar no fluxo natural e divino das coisas, confiar que a vida escreve direito por linhas tortas, levando-nos sempre para o sítio onde precisamos de estar.

O conflito, por mais complexo e profundo que seja, é sempre possível de resolver pois a única certeza que temos na vida é que nada dura para sempre e que tudo o que verdadeiramente temos é este momento presente.

O Yoga ensina-nos a ter a coragem de viver em vez de somente existir, fornecendo-nos as ferramentas espirituais para sermos capazes de nos conhecermos a cada passo. Conquistamos assim uma profunda reconexão inabalável. Independentemente do que acontecer, temos-mos a nós mesmos, à nossa verdade e sabedoria interna à qual podemos regressar vezes e vezes sem conta, neste processo de alquimia que é o Yoga: uma caminhada em direção à leveza do ser e à liberdade da mente e espírito.

Que sejamos capazes de procurar e criar paz, ser o exemplo que procuramos ver no mundo. 

Imagem
MARIALUNA
WENGOROVIUS NICO PROFESSORA DE VINYASA YOGA
Instagram: @yogaluna.w
marialunawn@gmail.com

​in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

0 Comments

Conflitos nos relacionamentos e o Caminho da Alma

1/4/2022

0 Comments

 
Imagem
Ao longo da vida, inevitavelmente todos temos de enfrentar desarmonias e conflitos nos nossos relacionamentos. Este tema é hoje mais atual do que nunca, num momento da História de extrema divisão e polarização entre pessoas, grupos e nações.
Por Raquel Sacramento


in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2022

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Em caso de divergência, os seres humanos tendem a afastar-se uns dos outros, criando conflitos e até ódios e guerras. Se ninguém tentar fechar essa distância, a separação torna-se cada vez maior e, um dia, verifica-se que já não podem estar juntos, que se perdeu o amor, a amizade, a união, o respeito... Então as pessoas ficam tristes, ofendidas ou negativas, mas hesitam em refletir e admitir os seus erros, o que permitiria dar significado ao conflito e encontrar um novo entendimento.

Qualquer relação, pessoal, familiar, profissional ou social, é sempre um processo dinâmico em contínua mudança e evolução, tal como tudo neste Universo. As grandes Tradições Sagradas ensinam que viemos à Terra para aprender o que são “corretas relações humanas”: para aprender a amar, mais e melhor em todos os sentidos. No fundo, a Alma deseja e procura sempre a Paz, a Harmonia, o Amor e a Verdade.

A evolução da Consciência passa necessariamente por esta aprendizagem:  lidar com os conflitos de personalidade de forma mais consciente permite-nos ir limando as arestas do “ego” e construirmos relações mais harmoniosas e verdadeiras.

Mas a nossa visão de felicidade nos relacionamentos não tem de satisfazer um ideal rigoroso. Não somos robôs, mas seres complexos e (in)completos, feitos de corpo, mente, coração e Alma. Todos estamos em diferentes graus de desenvolvimento e consciência, o que pode criar desentendimentos - mas é aí que também poderemos crescer juntos. Um relacionamento saudável manifesta-se quando as pessoas se apoiam e resolvem as suas diferenças.

Uma relação harmoniosa:
  • não é uma luta pelo controlo, domínio ou poder sobre o outro,
  • não é fruto de medos, carências, co-dependências, vitimização, raivas ou culpas,
  • não limita ou condiciona a liberdade de expressão do outro.


A tão desejada “harmonia através do conflito” nos relacionamentos requer a expressão saudável das emoções em todas as nossas interações, com respeito, sabedoria e dignidade.

Geralmente, se houver conflitos não resolvidos dentro de si, um parceiro irá trazê-los à superfície (muitas vezes involuntariamente) para serem reconhecidos. É o chamado “efeito espelho”… Tendemos a projetar as nossas expectativas e padrões inconscientes, ou até reavivar antigas dores e ressentimentos do passado quando enfrentamos uma discussão. A maioria das pessoas evita o conflito a todo o custo sem se aperceber que todos os relacionamentos saudáveis enfrentam problemas e tensões, mas aprendem a navegar juntos as tempestades da vida.  Ficar calado pode ser útil em alguns casos, mas se isso afetar a sua auto-estima ou incitar algum abuso, discriminação ou violência, será um preço demasiado alto a pagar e deixará a relação sem futuro… 

Quando há desentendimentos frequentes, a relação precisará de se pôr em causa e “subir de nível”. É importante procurar entender a origem destas constantes tensões. As pessoas poderão já não estar em sintonia vibratória, nem partilhar visões de vida compatíveis, o que conduzirá a um possível afastamento.

​Noutros casos, o laço pode até tornar-se mais forte, pois será baseado em maior verdade e compreensão.

Uma relação “real” não significa que nunca haja divergências ou momentos difíceis: significa que se pretende ultrapassá-los juntos, com comunicação, presença, integridade, amor e respeito.

9 Dicas para lidar com conflitos:
1) Não faça comentários negativos, não diga palavrões, nem use ataques de personalidade.
2) Implemente uma técnica de "time out" ou de pausa para se acalmar quando as coisas se complicarem - diga "Preciso de algum tempo para pensar" ou "Preciso de uma hora".
3) Diga como se sente - exprima os seus sentimentos (e não os seus julgamentos).
4) Esteja disposto a ouvir - ouça o que o seu parceiro tem a dizer sem interrupção.
5) Flexibilidade: tente ver as coisas de outra perspetiva – ponha-se no lugar do outro.
6) Saber admitir que está errado e pedir desculpa é essencial, em alguns casos até para salvar essa relação. Não espere que a outra pessoa dê sempre o primeiro passo.
7) Novas soluções – depois da “tempestade acalmar”, ambos podem apresentar ideias sobre a forma de melhorar a situação.
8) Solução em harmonia, que funcione para todos: que resultados vos tornariam mais tranquilos e felizes?
9) Colaboração: encontrem formas de integrar na vida diária a nova solução.
 
Seja a Paz que deseja ver no mundo
Se mudarmos a forma como pensamos e sentimos, se nos tornarmos mais amorosos e pacíficos interiormente, iremos ver o exterior modificar-se de forma cada vez mais positiva.

Assim, aproveite este momento para parar, respirar, e reconhecer a Paz que já está presente dentro de si. Procure depois expressar essa Paz em todos os seus relacionamentos e em todas as circunstâncias, num estado de maior atenção e presença.

Isso não significa que a sua vida será livre de conflitos, tensões ou desafios. Significa que terá encontrado uma nova perspetiva, um santuário interior onde, independentemente das circunstâncias, a verdadeira Paz e a Verdade estarão sempre presentes.

Imagem
RAQUEL SACRAMENTO
TERAPEUTA, CONSULTORA DE SAÚDE NATURAL, ASTRÓLOGA E FORMADORA
quantumpsionics@gmail.com
www.quantumpsionics.com
www.facebook.com/NovaTerraPortugal
www.instagram.com/sacramento.raquel

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

0 Comments

O conflito como expressão de um mal-estar interno

1/4/2022

0 Comments

 
Imagem
O conflito é inerente ao ser humano, é uma via de comunicação, uma reação à perceção de agressão pelo meio, seja ela real ou sentida/imaginada, pois depende da sua significação para um dado sujeito. Por Jessica Tacoen

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

O conflito pode ser entendido como uma incompatibilidade, uma divergência de perspetivas numa dada interação, em que emergem objetivos/aspirações/valores opostos, causadores de tensão. Os conflitos influenciam o ambiente laboral, o desempenho e a satisfação dos trabalhadores. Mas também é a partir destas desarmonias que surgem espaços potenciais, no sentido elaborativo e criativo, contribuindo para um desenvolvimento, maior compreensão e novas respostas aos fenômenos corporativos.
 
O trabalho adquire uma dimensão muito importante na vida do sujeito adulto, já que é usualmente um veículo de socialização, de autorrealização, de valorização e desenvolvimento pessoal, capaz de promover a mudança interna, influenciando profundamente a existência humana na sua busca de satisfação e evolução. Em contrapartida, pode igualmente acarretar descompensação, sofrimento, frustração, desequilíbrio e constituir-se como uma fonte de ataque à autoestima. Desta forma, um conflito profissional deve ser apreendido e observado na perspetiva da singularidade de cada sujeito.
 
A avaliação do meio face à investida do sujeito no seu trabalho atua como reforço, estruturação e confirmação das suas capacidades intelectuais/físicas, bem como da sua identidade. O trabalho é assim um dos eixos potenciadores de equilíbrio psíquico do sujeito, um mediador e uma oportunidade para alcançar uma maior saúde mental e plenitude. Deste modo, qualquer desequilíbrio oriundo deste meio pode causar um conflito intrapsíquico e/ou interpessoal.
 
Um conflito tem sempre aspetos objetivos, mas também apresenta aspetos emocionais e inconscientes. Uma queixa externa encobre sempre outras questões internas. O sofrimento sentido é oriundo da apropriação que o sujeito faz da realidade externa, da representação e leitura que ele faz da mesma, do significado que esta tem para ele, com base na sua própria história de vida, personalidade e estrutura emocional. Um sujeito pode ter excelentes condições intelectuais, mas a sua condição emocional interfere sempre.
 
A falta de comunicação e de escuta emocional no contexto profissional pode levar a interpretações erróneas e mal-entendidos, uma vez que interpretamos com base nos nossos sentimentos, naquilo que dada situação evoca em nós. A autocompreensão é valiosa para combater uma interpretação baseada na experiência passada e não na realidade. Somos mais suscetíveis a certos tipos de comentários com base no nosso sentir, independentemente da intenção do sujeito que profere as palavras. Muitas vezes, uma reação aparentemente exagerada numa dada discussão explica-se pelo significado inconsciente que está na origem da angústia do sujeito. Refletir e empatizar com o nosso sentir, antes de o expressar, favorece o entendimento e a empatia alheia. Assim sendo, uma consciência alargada ajuda a compreender e gerir a emoção, antes de qualquer reação.
 
Experiências de desqualificação, humilhação, desconfiança e/ou desvalorização podem ser gatilhos para a violência, pois o sujeito sente-se atacado e ameaçado. A frustração afetiva está na origem da raiva e da hostilidade. Em acréscimo, tais experiências podem reativar/exacerbar uma frustração prévia, alimentando o conflito. Designadamente, um dado comportamento de um colega pode evocar uma intolerável memória afetiva de um trauma passado. Como tal, um colaborador que se sentiu sempre desapoiado pela mãe, que sempre foi muito indisponível, pode exibir uma reação de zanga perante um colega que, pela segunda vez, não apoia a sua ideia, fazendo eco em angústias precoces. Outro exemplo, um colaborador cujo pai foi sempre muito crítico e desqualificante, pode reagir com tristeza e zanga perante uma crítica do chefe, embora envolta em outros demais elogios. O colaborador vai focar-se na crítica na medida das suas inseguranças e reagir de forma extrapolada. São exemplos de experiências pessoais que são reeditadas/reatualizadas no contexto profissional.
 
O mecanismo de deslocamento é ocasionalmente observável nas interações profissionais, no qual a agressividade é deslocada inconscientemente para uma pessoa que não é o real alvo da frustração inicial. Imaginemos um chefe a passar por uma fase complicada do ponto de vista pessoal, que desloca a sua angústia para com os seus funcionários, zangando-se numa situação aparentemente injustificada.
 
A promoção da qualidade de vida no trabalho, por via de mais autonomia, relativo grau de responsabilidade no cargo, mais recursos e feedbacks sobre o desempenho, potenciando o enriquecimento pessoal, previne situações de frustração/conflito interno ou externo.
 
Aquando de uma discussão perante um conflito iminente ou preexistente, a melhor forma de resolvê-lo passivamente e com sucesso é mostrarmos uma ampla compreensão e reconhecimento da posição do outro, de forma ao outro sentir-se acolhido, diminuindo a probabilidade de respostas defensivas, posições rígidas e críticas e expandindo a capacidade mútua de compreensão pela via empática.
 
Falar do que sentimos cria compreensão, aproximação, enquanto a zanga afasta e promove a agressividade. É ainda essencial abrir espaço para as dúvidas e atender ao tom de voz, bem como às palavras usadas. A escuta atenta das motivações e necessidades do outro favorece a sensibilização do interlocutor e promove o diálogo, no sentido de uma coconstrução e de uma solução comum.

Imagem
JESSICA TACOEN
PSICÓLOGA CLÍNICA E PSICOTERAPEUTA PSICANALÍTICA EM ESPECIALIZAÇÃO
https://jessica-tacoen.netlify.app/
tacoenjessica@gmail.com

​in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

0 Comments

Conflito ou a ausência de paz!

1/4/2022

0 Comments

 
Imagem
O conflito como base para o impulso do crescimento e do desenvolvimento económico e financeiro, tem marcado a história dos dois últimos séculos. Poder-se-á mudar ou harmonizar esta história?
​Por Emídio Ferra


in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2022

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Do mesmo modo que o crescimento depende de conflitos internos e externos, que estimulam as necessidades básicas e impulsionam o ser humano para encontrar as respostas adequadas às questões que nos assolam, por outro lado a Paz depende de se encontrar internamente, ao nível psicológico, físico e emocional, a harmonização dos conflitos que nos perturbam.

Justifica-se estabelecer um paralelo entre a história que tem demarcado o dinheiro e o símbolo do princípio da filosofia chinesa, o Yin e o Yang.

Tratam-se de complementos, que sendo forças opostas, num movimento circular constante, encontram o equilíbrio e a harmonia, nesse movimento que tende para a instância e o infinito.

As duas esferas do símbolo, ao apresentarem cores opostas e complementares, assim também se pretende afirmar que dentro de cada um de nós, temos o manifesto do nosso oposto, procurando-se em permanência a junção com o nosso complemento, mas nunca se realizando esse encontro ou se tocando nele, de forma definitiva. Contudo, o desejo acende uma chama que alimenta a busca e a continua busca pelo eterno retorno...

Numa primeira instância, esta imagem pode-se traduzir numa ansiedade constante e insolúvel. Porém, também nos transporta para a nossa condição de movimento como Anima, o que proporciona a existência de vida num permanente ciclo de mudança e simultânea constância!

Talvez deste modo, se torne mais simples percecionar, porque tendo o dinheiro uma função de gerar a paz, devido a facilitar e premiar as trocas entre seres e a justiça nas relações entre os povos, comunidades e indivíduos, num ápice se transforma num instrumento gerador de dissonâncias, ganância, cobiça e guerra!

Após esta breve explanação, voltando a focar no tema principal desta edição, conflito, e no tema desta rubrica, finanças, é oportuno aceitar que ambos os conceitos têm tido uma afinidade latente. Até poderemos afirmar que se trata de uma crença e que no percurso do desenvolvimento humano, ao se aceitar a nossa condição como seres divinos, a abundância e acesso aos recursos de que necessitamos, estariam inerentes como fruto da nossa verdadeira natureza.

Bom, de algum modo, a realidade que se tem presenciado, ainda não nos permite acreditar plenamente nessa possibilidade, da simbiose entre o dinheiro, que vive fora de nós e o divino que nos habita incondicionalmente.

Mas, como dita o senso comum, trata-se obviamente de um conflito a ser resolvido, interiormente, para então, após essa conquista, tornar-se luz na consciência, seguidamente, pacificar-se a questão social e comunitária, de forma a se construir uma verdade amadurecida pela pacificação e pelo amor próprio dos seres e de cada um, em si.

Grande parte deste conflito é gerado pela não aceitação da abundância, que reside em nossos subconscientes e na herança da imagem adulterada que nos habituaram a fazer crer, ao longo da história das civilizações, pervertida pelo fascínio do poder e pelas riquezas materiais, e simultaneamente pela escassez crescente dos valores éticos e humanizados.

 O medo, dor e a tragédia são assombrações que têm assolado nossas almas ao longo de milénios. Tendo o dinheiro personificado e assimilado esses fantasmas nas sociedades tecnocratas, torna-se dificílimo olhar com clareza para essa energia de troca e assimilar o lado divino que transporta. Para superar este conflito e trazer a paz para as sociedades é preciso inaugurar o processo de iniciação da pacificação grupal.

De mãos dadas, como irmãos, fruto da valorização da cooperação, como modo de estar, encontraremos a tal maturidade de aceitar que nas diferenças se encontrará a similitude e complementaridade, de que tanto precisamos para obter o bem-estar e o florescimento humano, que em harmonia com a natureza, poderemos redescobrir o amor universal e a pureza nas relações entre pares.

Tendencialmente, parecerá uma utopia, mas na verdade, falamos da essência inerente à nossa espécie, enquanto ser social e comunitário, que precisa impreterivelmente do outro, para se realizar e ser verdadeiramente quem é.

Traduzindo estes apontamentos para a realidade financeira na atualidade, em parceria com a economia local, indica para primeiramente, a evolução da raça e sociedade humana, como ser senciente, responsável e transcendente, capaz de superar a sua história hostil e insólita em prol de um bem incomensuravelmente mais qualificado e dimensional mente humanizado.

Assim sendo, verifica-se uma necessária ascensão de uma camada significativa da raça, e não só de elementos diferenciados de estatuto elevado e qualificado, porque sem a presença de representantes de todos os quadrantes, é inviável realizar uma ascensão global. Tal como na Génesis, Noé na sua arca transportou para a salvação do diluvio premente, a sua família e uma família de cada espécie de animal existente à face da terra. Nesta era global e digital, a Arca de um novo Noé, terá de transportar para a salvação, representantes de todas as hierarquias, humanas, animais e vegetais e assim recriar uma nova era de Paz.

Naturalmente para que as sociedades utilizem o dinheiro como fonte de troca é, mesmo antes do dilúvio purificador, necessário cocriar um modo de vida em partilha, amor e paz. Contudo, para tal, será imprescindível uma purificação da alma ao nível individual e uma mudança de paradigma das alianças das novas comunidades, que premeiem a pacificação dos conflitos e a presença da paz nos corações de cada um, inerentemente da sua maioria.

Imagem
EMÍDIO FERRA
CONSULTOR EM BIOECONOMIA, FINANÇAS E INOVAÇÃO
www.empowertolive.pt
geral@empowertolive.pt
“Empreendedorismo e Inovação”

​in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

0 Comments

O teu Potencial Ilimitado

1/4/2022

0 Comments

 
Imagem
O conflito retrata uma divergência, um ponto de vista diferente, contudo, um conflito não tem necessariamente de se traduzir em confronto direto ou indireto. Com a informação correta e disponível para ambos intervenientes, chegar a uma solução será sempre mais viável. Um conflito normalmente é a base de uma solução que tem de ser partilhada e aceite pelas partes. I.e., a solução pode permitir situações de melhoria ou evolução de ideias, posições, atitudes e até a manifestação do teu potencial ilimitado. Por Jeanelie Urbina

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2022

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

O teu potencial ilimitado pode surgir à Luz a partir do conflito, tenha ou não origem numa situação de caos.

O conflito retrata uma divergência, um ponto de vista diferente, contudo, um conflito não tem necessariamente de se traduzir em confronto direto ou indireto. Com a informação correta e disponível para ambos intervenientes, chegar a uma solução será sempre mais viável. Um conflito normalmente é a base de uma solução que tem de ser partilhada e aceite pelas partes. I.e., a solução pode permitir situações de melhoria ou evolução de ideias, posições, atitudes e até o teu potencial ilimitado.

Será o conflito inevitável?

"Cada um é como cada qual", por isso, falar com outra pessoa e tentar negociar nunca será fácil, depende de muitos fatores (interesses prévios, conhecimento ou não da informação correta e atualizada, interesses ou pressões externas aos interlocutores, imprevistos, etc., etc.) onde os imprevistos serão um dos agentes mais desestabilizadores na comunicação.

As primeiras opções que surgem após o interlocutor se encontrar numa situação onde tem de decidir, são aquelas onde as suas opções imediatas já foram previamente analisadas e encontram-se dentro da sua base de experiência, considerando ter um maior controlo sobre as mesmas. Não entanto, as podemos enunciar como seguem:

Lutar para me defender... quando entende que a ameaça é uma afronta pessoal direta. Normalmente que possa colocar em causa a integridade como pessoa ou bem-estar. Pode ser uma reação típica de quem tem uma natureza mais agressiva.

Consentir... e nada fazer... sempre que a natureza do problema for sentida como superior à capacidade de resposta. Mais frequente em personalidades passivas.

Fugir ou esconder-me... sempre que a natureza do conflito for demasiado assustadora, ou que tema enfrentar o problema de frente.

Contudo, como alternativa poderá sempre procurar soluções mais eficientes … onde para chegar a elas deverá realizar uma análise mais detalhada …. todo o problema, visto desde a ótica certa, deixa de o ser e passa a ser um desafio.

O que nos ajuda a lidar com o conflito se ele faz parte da nossa vida?

Primeiro é tomar consciência daquilo que está a acontecer, tudo o que vem ao nosso encontro – incrementando a nossa experiência -, embora possa parecer difícil é algo que nos ajuda a que novas áreas no nosso Ser sejam descobertas. Dito de outra forma, precisamos de identificar qual é o verdadeiro desafio para que o nosso potencial ilimitado se manifeste e nos ajude a encontrar a solução, no entanto, muitas vezes a nossa própria subjetividade nos impede saber ao certo qual é o desafio, seja porque acreditamos que é uma coisa quando na verdade, é outra ou pode ser algo que simplesmente não queremos ver no momento. Qualquer que seja a situação, fazer-nos disponíveis para colaborar desde uma atitude de “A humildade” é a chave para encontrar a causa ou origem e a solução.

O que é a humildade e para o quê?

A palavra humildade provém do latim “humilitas” que significa “pegado à terra”.  Também é definida como "a virtude que consiste no conhecimento das suas próprias limitações e fraquezas em agir de acordo com este conhecimento". É uma virtude que o ser humano possui no reconhecimento das suas fraquezas, qualidades e capacidades, aproveitando-se delas para agir em benefício dos outros, sem o dizer. Desta forma, mantém os pés no chão, sem pretensões de vaidade e orgulho.

A sociedade moderna, entende a humildade como falta de recursos (pobreza), fraqueza ou sinal de debilidade, assim como se promove a competição e não a equidade.

A humildade é uma característica que permite-nos ver as nossas próprias limitações e as nossas fraquezas para atuar de forma consciente, também nos dá a possibilidade de abrir mão e assas para aprender novas formas de Ser e estar. Em concreto, abre-nos os olhos para ver mais longe daquilo que conhecemos ou pensamos saber, ser humilde nos dá a capacidade de abrir a nossa mente e aprender conhecimentos novos, que de outra maneira não poderíamos aprender.
​
Uma vez que aceitamos a humildade na nossa vida, aumentamos a nossa adaptabilidade e resistência à frustração, podemos reconhecer o conflito ou o desafio claramente. Essa clareza dá-nos a habilidade de ter uma melhor visão, assim o caminho para uma solução faz-se mais possível.

Imagem
JEANELIE URBINA
COACH, TERAPEUTA HOLÍSTICA, FACILITADORA DOS EXERCÍCIOS REGENERATIVOS, EXPLORADORA DA VIDA ESPIRITUAL E LICENCIADA EM CONTABILIDADE PELA UNIVERSIDADE CENTRAL DE VENEZUELA
www.instagram.com/jeanelieurbina
www.facebook.com/jeanelieurbinaalquimiaespiritual
jeaneliealquimiaespiritual@gmail.com

​in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

0 Comments

Como Sair da Sofrência

1/4/2022

0 Comments

 
Imagem
Como sair da sofrência através de escolhas conscientes que podem ser colocadas em prática para manter a saúde e alcançar o bem-estar a todos os níveis. Por Ana Paula Ivo

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2022

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Definir a sofrência é ir ao encontro dos fatores que causam dor física ou moral. O sofrimento encerra em si mesmo tanto a dor física como a dor emocional. Nesta mudança de paradigma que vivemos atualmente, existe um conjunto de fatores como a pandemia, a guerra e as alterações climáticas que estão inevitavelmente a estimular inúmeros conflitos dentro e fora de nós, uns porque não os podemos controlar e outros porque nos colocam em posições de impotência para mudar, alterar ou modificar no momento imediato. Assim, o estado de espírito inicia um processo de debilidade e assume-se em forma de carência de segurança e de bem-estar a vários níveis até chegar ao sofrimento psicológico.

A nossa humanidade é uma engenharia complexa, tanto para o bem como para o mal. Aquilo que somos depende também muito da nossa memória genética mas também das experiências que acumulamos ao longo do tempo e o meio onde crescemos tem uma influência extraordinária na pessoa em que nos tornamos.

A saúde não é apenas a ausência de sofrimento físico, ela depende do bem-estar, que é um conjunto de condições físicas, emocionais, mentais e espirituais. Aquilo que entendemos por bem-estar é bastante frágil. Basta uma das condições não estar equilibrada para que o sofrimento surja.

Tudo o que podemos relacionar com emocional, mental, psicológico e espiritual, torna-se muito subjetivo porque não é visível e podemos viver durante muito tempo dentro de uma destas formas de sofrimento sem que ninguém se aperceba disso, por vezes, nem mesmo a própria pessoa em si. Mas a nossa engenharia humana, que é indiscutivelmente perfeita na sua conceção, dita o tempo limite para esse sofrimento invisível: o corpo torna-se no recetáculo desse sofrimento e acaba por adoecer. Nesse momento, olhamos para o sofrimento físico e iremos considerá-lo real.

Ao longo de décadas, comprovou-se através de estudos e pesquisas que as alterações que o sofrimento silencioso provoca modificam o cérebro e condicionam o equilíbrio do corpo. Por essa razão, dá-se muita importância e atenção na saúde mental hoje em dia, no sentido mais positivo. Valorizamos os estados de ansiedade, de depressão, de tristeza e de carência afetiva, como condições que precisam de ser cuidadas para o bem-estar na sua totalidade.

Afirmo que a natureza humana é uma engenharia perfeita, porque assisti à capacidade de suporte que o ser humano tem sobre a dor, seja ela qual for, ao longo de três décadas dedicadas ao acompanhamento e á recuperação da saúde.

Precisamos de confiar mais no ser humano e nas forças positivas que o caracterizam, mesmo nos momentos mais críticos. Cultivar a paz mental é fundamental para a saúde e bem-estar. A paz interior é temporária, porque ela é emocional, mas a paz mental é permanente, porque é psicológica e o nosso cérebro adapta-se e modifica-se mediante o nosso objetivo de vida.

Estamos indiscutivelmente num momento de mudança de paradigma e o bem-estar é um valor que tem de estar acima de tudo o que acontece à nossa volta. Somos seres sencientes, com sabedoria, donos da nossa energia que podemos orientar no sentido da compaixão. A vida tem a missão de nos colocar desafios no caminho e nós temos a missão de orientar a nossa energia ressignificando os nossos mapas mentais em autocuidado, empatia, autorresponsabilidade e até em liderança, se assim for necessário, para ajudar outras pessoas a reajustarem as suas rotas de bem-estar.

Por vezes, parece que as terapias holísticas estão desgastadas e já não conseguem acompanhar as necessidades que antigamente faziam milagres de cura. Precisamos de olhar para isso como algo novo que precisa de ser unido – a ciência e a espiritualidade.

A ciência, quando inicia uma pesquisa, nunca sabe onde vai chegar; a espiritualidade é a linha condutora que dá propósito ao resultado da ciência – a consciência.

Nesta segunda década do século XXI, temos o dever de ter aprendido com a história, com a ciência, com a medicina e com a natureza, que a saúde só é possível quando todos os elementos (físico, emocional, mental e espiritual) se encontram em equilíbrio, proporcionam o bem-estar que oferece o estado de felicidade. Não é a felicidade que oferece saúde e bem-estar, é o bem-estar que proporciona a felicidade.

Não podemos separar a filosofia – amor ao conhecimento –, nem a reflexão – amor ao pensamento comparativo, para afastar a saúde. É bom aceitar que a saúde é um assunto bastante sério, para ser apenas uma busca por um medicamento para a dor de cabeça ou para o reumático. Os medicamentos químicos são essenciais quando o corpo já não tem mais nada que lhe reste para a sua recuperação. Mas também existe a medicina holística com remédios naturais, suplementos e terapias holísticas, capacitadas para prevenir os desequilíbrios a todos os níveis, incluindo as escolhas alimentares, o exercício físico, a terapia do descanso e as práticas meditativas.

Devido à abundância de meios que nos são oferecidos hoje, a saúde está, de facto, nas nossas mãos. O autocuidado já não passa apenas pelo consultório do médico ou do terapeuta; antes de aí chegar, existem escolhas conscientes que cada um pode tomar e colocar em prática para desenvolver o seu autocuidado. Só assim pode tomar as decisões certas para sair de vez do estado da sofrência. Caminhamos na esperança de que somos capazes e conscientes do poder das nossas escolhas de bem-estar.
​
Imagem
​ANA PAULA IVO
www.anapaulaivo.com
​
​in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

0 Comments

Serão os conflitos sempre negativos?

1/4/2022

0 Comments

 
Imagem
O conflito é sentido como algo negativo. No entanto, será que quando entramos em conflito é sempre negativo? Nas relações humanas existe mudança ao longo do tempo e a gestão de conflitos é algo que potencia o nosso desenvolvimento pessoal.
Por Carla das Estrelas


in REVISTA PROGREDIR |ABRIL 2022

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Quando falamos em conflitos é normal pensarmos em algo negativo que envolve desgaste de energia, confusão, tristeza, entre outras emoções menos agradáveis. Mas serão os conflitos algo a evitar e serão assim tão prejudiciais? 

As relações humanas são dinâmicas. Não são estanques, vão-se modificando ao longo do tempo independentemente do tipo de ligação e da sua duração (quer à escala de meses ou de anos). Assim, o conflito é natural e até imprescindível para o desenvolvimento do grupo e individual. 

Quando somos crianças o conflito tende a manifestar-se de forma mais física. É uma fase em que conflituamos por território, posses, atenção, entre outras coisas e situações. Embora seja aborrecido para o adulto assistir aos conflitos entre os mais novos, este é um comportamento que ajudará a criança a perceber qual o seu lugar no grupo, a percecionar-se a si mesma e ao outro. Aqui, o conflito ajudará a criança no processo de individuação.

Os conflitos dentro de uma relação de amizade, por exemplo, ajudarão a criança a gerir as suas emoções, a perceber a qualidade da amizade presente e a percecionar que tudo é cíclico na vida - há momentos de paz e bonança e há momentos de maior reboliço nas relações. Assim, a nível relacional é percetível que nas amizades mais sólidas, aprendam que mesmo com quezílias entre pares, a relação se mantém e daqui advém um upgrade na mesma, uma evolução onde cada um aprende a tomar o seu lugar. Portanto, em situações de conflito relacional há um “acertar de agulhas”, um reequilíbrio de todos perante uma situação que gera stress e desacordo. Mesmo que o resultado final seja a rutura da relação, ainda assim há a possibilidade de acontecer uma aprendizagem e evolução para todos. 

Não se está, aqui, a querer apelar ao conflito, a justificá-lo ou banalizá-lo. Não é disso que se trata. Apenas se está a referir que nem sempre o conflito terá de ser totalmente negativo, embora existam vicissitudes quando ele acontece. E continuando com o exemplo das relações, sempre que existe conflito, o comportamento entre as pessoas envolvidas não fica de todo igual, podendo existir mesmo a rutura ou não. No entanto, o que se pretende referir aqui, é que mesmo com toda a parte menos positiva de um conflito, este não terá de ser totalmente negativo, uma vez que poderá gerar aprendizagem e crescimento em todos os intervenientes. 

No exemplo que se deu, de conflito nas amizades e na sua gestão quando somos crianças, é uma forma de nos tornarmos adultos mais atentos e conscientes dos nossos comportamentos quando experienciamos situações de desentendimento. Portanto, toda a nossa vivência no que diz respeito a situações de conflito quando somos crianças precede o nosso comportamento em adultos na gestão de conflitos e na procura da pacificação relacional e perante a vida.

Em qualquer sociedade, os grupos e as pessoas não vivem sem um sistema de trocas, sejam elas de ordem económica, cultural, social e relacional. É aqui que aprendemos a ser, os nossos limites, o nosso lugar na sociedade, onde nos sentimos úteis e valorizados. É com este sistema de trocas que tentamos balancear o conflito e a paz nas nossas vidas.

Já em adultos conseguimos ter maior perceção das nossas ações e reações perante situações conflitantes. Um olhar mais atento e compassivo sobre esse acontecimento na nossa vida poderá levar-nos à ideia de que o conflito externo nada mais é que o reflexo de todo um processo interior que se encontra em conflito, manifestando-se e plasmando-se na nossa vida. 

Segundo o Princípio Hermético da Correspondência “Tudo o que está em cima é como o que está embaixo. Tudo o que está dentro é como o que está fora”. Desta forma o conflito está enredado interiormente e exteriormente. Muitas vezes ele já existe de forma latente, na história da própria pessoa ou do grupo. O conflito é já cultivado entre as emoções negativas e pensamentos mais sombrios e reprimidos pelo indivíduo. Quando surge a oportunidade, este conflito interno lança-se e projeta-se para o exterior em momentos de raiva ou de maior aspereza. Ou, em última instância sob a forma de um sintoma físico, de uma fragilidade que começa a surgir no corpo da pessoa. Temos, então no exterior o reflexo do que vai dentro da pessoa ou do grupo. 

Como encontrar Paz dentro do conflito? A resposta a esta questão é muito individual e simultaneamente muito sistémica. Começa no reconhecimento de que estamos todos interligados, numa unidade dinâmica de equilíbrio dinâmico, pois a vida é movimento. O caminho para a paz é um caminho de amor.

“Além do certo e do errado, existe um lugar; somente ali nos encontraremos” (Rabindranath Tagore). 
​
Imagem
CARLA DAS ESTRELAS
TERAPEUTA HOLÍSTICA
www.metamorphosestrelas.wixsite.com/terapiaseformacao
calcityme@gmail.com

​in REVISTA PROGREDIR |ABRIL 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

0 Comments

Conflito

1/4/2022

0 Comments

 
Imagem
Os conflitos fazem parte da natureza do ser humano, de acordo com o dicionário Aulete, o conceito de conflito é “oposição de ideias, sentimentos ou interesses”, estes podem ser de personalidade ou valores, muitas vezes podem estar ligados a confrontos.
​Por Ana Paula Rodrigues

​
in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2022

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

As situações de conflito nem sempre são prejudiciais, quando geridos de forma correta, um conflito pode ser uma força propulsora de mudanças positivas, ou seja, nem sempre os conflitos são negativos, podem até ser construtivos, porque abrem podem surgir a novas ideias e perspetivas e criar oportunidades para procurar soluções novas e únicas para os desafios, sendo o conflito é o choque entre forças contrárias ou opiniões divergentes, há conflitos, mas também grandes oportunidades de mudança.

Em todos conflitos há pessoas envolvidas e onde há pessoas, há emoções.

Tipos de conflitos:

PESSOAIS
Este tipo de conflito surge dos próprios pensamentos, emoções, ideias e valores. É uma luta interna e envolve o próprio indivíduo, pode ocorrer quando estamos em conflito entre o que “queremos fazer” e o que “devemos fazer” e podem surgir todos os dias, aprender a gerir estes conflitos ajuda a desenvolver o pensamento crítico e a capacidade de tomada decisão. Como gerir estes conflitos?

Avalie como este afeta os seus valores fundamentais e o que é importante para a sua vida nesse momento. Considere apenas soluções que se alinhem com as suas crenças e motivações.
Siga os seus valores.

Escreva: Reveja os prós e os contras relacionados com o seu conflito e antecipe os resultados das várias decisões que poderá tomar. Fixe um prazo para assegurar que o conflito seja resolvido rapidamente.

Seja gentil consigo mesmo – perdoe-se, não se coloque sob pressão, descanse um pouco. O ritmo e a firmeza ganham uma corrida!

Celebre todas as suas vitórias – aprecie todas as suas vitórias, incluindo as mais pequenas. Vai ajudá-lo a perceber que a sua vida não tem sido apenas uma série conflitos e necessidades. Isso vai dar-lhe esperança quando passar por outros momentos difíceis.

INTERPESSOAL - Este conflito entre duas ou mais pessoas. Pode resultar do choque de personalidades ou perspetivas diferentes sobre como atingir objetivos.

INTRAGRUPAL - Este nível de conflito ocorre entre membros de uma única equipa quando há várias pessoas com opiniões, antecedentes e experiências diferentes a trabalhar para um objetivo comum.

INTERGRUPAL - Este nível de conflito ocorre entre diferentes equipas dentro de uma organização maior ou entre aqueles que não têm os mesmos objetivos comuns.
 
COMPETÊNCIAS TRANSVERSAIS NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
Face à crescente importância das competências transversais que ajudam a diferenciar um estilo de liderança inclusivo, há que considerar a capacidade de identificar os conflitos para os gerir com sucesso, deverá estar disponível para:
  1. Agendar uma hora e local apropriados para reunir – Pedir a todos os envolvidos que reservem tempo para resolver o conflito. Encontre um lugar calmo e confortável onde possa falar abertamente sem interrupções;
  2. Permanecer calmo e ser objetivo – Manter a calma durante toda a reunião e concentrar-se em resultados tangíveis. Discutir os detalhes específicos de um conflito para que possam ser abordados abertamente; sem julgamentos pessoais, seja objetivo.
  3. Usar escuta ativa e empatia – Considere parafrasear a perspetiva da outra parte para mostrar compreensão quanto às suas preocupações e necessidades. Se estamos a mediar o conflito, este passo pode ajudara compreender o conflito;
  4. Celebrar o progresso e os sucessos – Reconhecer os esforços dos membros da equipa para mudar o comportamento ou a estratégia. Quando a equipa atingir objetivos, reconheça essas vitórias e celebre-as!
 
Conflitos, desafios, sonhos e conquistas fazem parte do nosso percurso de vida, como seres humanos, tanto a nível pessoal, sociais e profissionais, para compreender este caminho Maslow desenvolveu uma teoria e representou-a num esquema, bastante simples. 
Imagem
Abraham Maslow nasceu no Brooklyn, nos Estados Unidos. Licenciou-se em Direito no City College of New York (CCNY), mas interessou-se pela psicologia, curso que faria mais tarde na Universidade de Wisconsin, onde também fez mestrado e doutoramento. Estudou diversas correntes da psicologia como a psicanálise, Gestalt e humanista. Trabalhou em pesquisas sobre sexualidade humana com o psicólogo E. L. Thorndike na Universidade de Columbia. Também coordenou o curso de psicologia em Brandeis.


A hierarquia de necessidades (desejos) de Maslow baseia-se na ideia de que cada ser humano esforça-se muito para satisfazer as suas necessidades pessoais e profissionais, organizadas numa divisão hierárquica em que as necessidades de nível mais baixo devem estar satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto.

Segundo esta teoria, cada indivíduo tende a realizar uma “subida” hierárquica suprimindo as suas necessidades para atingir a sua autorrealização, como definiu, nas cinco necessidades do ser humano, dispostas numa pirâmide.

Esta teoria ajuda-nos a compreender o nível onde se encontra, e o que realmente é importante para aquela pessoa, nos momentos de conflito.

Necessidades podem ser geradoras de conflitos: (quando são negadas ou não estão a ser reconhecidas, ou supridas)

NECESSIDADES FISIOLÓGICAS - São as mais importantes: necessidades de manter-se vivo, de respirar, de comer, de descansar, beber, dormir, ter relações sexuais, etc. No trabalho: necessidade de horários flexíveis, conforto físico, intervalos de trabalho etc.

NECESSIDADES DE SEGURANÇA - Sentir-se seguros: sem perigo, em ordem, com segurança, etc. No trabalho: emprego estável, assistência à saúde, seguro de vida, remuneração justa, condições seguras de trabalho etc.

NECESSIDADES SOCIAIS -   Manter relações humanas com harmonia: sentir-se parte de um grupo, receber carinho e afeto dos familiares, amigos e pessoas. No trabalho: necessidade de conquistar amizades, manter boas relações, ter superiores gentis etc.

NECESSIDADES DE ESTIMA - Existem dois tipos: o reconhecimento das nossas próprias capacidades e o reconhecimento dos outros. É a necessidade de sentir- se digno, respeitado, ter reconhecimento, poder, orgulho e autoestima. No trabalho: Responsabilidade pelos resultados, reconhecimento por todos, promoções ao longo da carreira, feedback etc.

NECESSIDADES DE AUTO REALIZAÇÃO - Crescimento pessoal, realização, utilizar todo o potencial, ser aquilo que se pode ser, fazer o que gosta. Necessidade de contribuição, autonomia, independência e autocontrole. No trabalho: desafios no trabalho, necessidade de influenciar nas decisões, autonomia.

Quando uma etapa está satisfeita ela deixa de ser o elemento motivador do comportamento do ser, fazendo com que a próxima necessidade tenha destaque como motivação. Compreender as necessidades e motivações é fundamental para que compreendamos atitudes e sentimentos – tanto as nossas e como as dos outros – durante um conflito. No entanto, na maioria das vezes, essas necessidades e sentimentos estão ocultos e é preciso utilizar técnicas para trazê-las à tona e caminharmos em conjunto para a resolução dos conflitos.

Deixo-vos com uma pequena história

Certa vez, dois irmãos moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida trabalhando lado a lado, partilhando ferramentas e cuidando um do outro.

Durante anos percorreram uma estreita e comprida estrada ao longo do rio para, no final de cada dia, poderem desfrutarem da companhia do outro. Apesar do cansaço, faziam-no com prazer, amavam-se.

Mas agora tudo estava mudado. O que começara com um pequeno mal-entendido, explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.

Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta. Ao abri-la, viu um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro na mão, que lhe disse:
- Estou à procura de trabalho, talvez tenha um pequeno serviço aqui e ali. Posso ajudá-lo?
- Sim! - disse o fazendeiro. - Claro que tenho trabalho para si!
Vê aquela fazenda além depois do riacho?  - É do meu vizinho, na realidade, meu irmão mais novo. Estamos zangados e cortamos relações e não consigo suportá-lo.
Consegue ver aquela pilha de madeira perto do celeiro? - Quero que me construa uma cerca bem alta ao longo do rio para que eu não precise de voltar a vê-lo.
- Acho que entendo a situação, respondeu o carpinteiro… mostre-me onde estão o martelo e os pregos que certamente farei um trabalho que lhe deixará satisfeito.
Como precisava ir à cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partiu. O homem trabalhou arduamente durante todo aquele dia.
Já anoitecia quando terminou a sua obra, entretanto o fazendeiro voltava da cidade. Os seus olhos não podiam acreditar no que viam! Não havia nenhuma cerca!
No seu lugar estava uma ponte que ligava um lado ao outro do riacho. Era realmente um belo trabalho, mas, enfurecido, exclamou:
- Que falta de Respeito! como foi capaz de construir esta ponte depois tudo que lhe contei!!!
E as surpresas ainda não tinham terminado… Ao erguer os olhos para a ponte mais uma vez, viu o seu irmão na outra margem, correndo com seus braços abertos. Cada um dos irmãos permaneceu imóvel de seu lado do rio, quando, num só impulso, correram na direção um do outro, abraçando-se e chorando no meio da ponte.
Emocionados, viram o carpinteiro a arrumar as suas ferramentas e a partir.
- Não, espere! - disse o mais velho. Fique connosco mais alguns dias, tenho muitos outros projetos para si.
O carpinteiro respondeu: - Adoraria ficar. Mas, tenho muitas outras pontes para construir!
Na resolução de conflitos, sejam quais forem, construa pontes.
​​

Imagem
ANA PAULA RODRIGUES
YBICOACH - SUCCESS CAREER & LIFE STRATEGY COACH
www.ybicoach.pt
info@ybicoach.pt

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

0 Comments

    Voltar ao Início


    Autor

    Revista Progredir, o desenvolvimento pessoal ao seu alcance

    Categorias

    Tudo
    Desafios Do Feminino
    Espiritualidade
    Filosofia De Vida
    Finanças
    Life Style
    Mudança Tranquila
    Philosofias
    Relacionamentos
    Saúde
    Vida Profissional

    Arquivos

    Março 2023
    Fevereiro 2023
    Janeiro 2023
    Dezembro 2022
    Novembro 2022
    Outubro 2022
    Setembro 2022
    Agosto 2022
    Julho 2022
    Junho 2022
    Maio 2022
    Abril 2022
    Março 2022
    Fevereiro 2022
    Janeiro 2022
    Dezembro 2021
    Novembro 2021
    Outubro 2021
    Setembro 2021
    Agosto 2021
    Julho 2021
    Junho 2021
    Maio 2021
    Abril 2021
    Março 2021
    Fevereiro 2021
    Janeiro 2021
    Dezembro 2020
    Novembro 2020
    Outubro 2020
    Setembro 2020
    Agosto 2020
    Julho 2020
    Junho 2020
    Maio 2020
    Abril 2020
    Março 2020
    Fevereiro 2020
    Janeiro 2020
    Dezembro 2019
    Novembro 2019
    Outubro 2019
    Setembro 2019
    Agosto 2019
    Julho 2019
    Junho 2019
    Maio 2019
    Abril 2019
    Março 2019
    Fevereiro 2019
    Janeiro 2019
    Dezembro 2018
    Novembro 2018
    Outubro 2018
    Setembro 2018
    Agosto 2018
    Julho 2018
    Junho 2018
    Maio 2018
    Abril 2018
    Março 2018
    Fevereiro 2018
    Janeiro 2018
    Dezembro 2017
    Novembro 2017
    Outubro 2017
    Setembro 2017
    Agosto 2017
    Julho 2017
    Junho 2017
    Maio 2017
    Abril 2017
    Março 2017
    Fevereiro 2017
    Janeiro 2017
    Dezembro 2016
    Novembro 2016
    Outubro 2016
    Setembro 2016
    Agosto 2016
    Julho 2016
    Junho 2016
    Maio 2016
    Abril 2016
    Março 2016
    Fevereiro 2016
    Janeiro 2016
    Dezembro 2015
    Novembro 2015
    Outubro 2015
    Setembro 2015
    Agosto 2015
    Julho 2015
    Junho 2015
    Maio 2015
    Abril 2015
    Março 2015
    Fevereiro 2015
    Janeiro 2015
    Dezembro 2014
    Novembro 2014
    Outubro 2014
    Setembro 2014
    Agosto 2014
    Julho 2014
    Junho 2014
    Maio 2014
    Abril 2014
    Março 2014
    Fevereiro 2014
    Janeiro 2014
    Dezembro 2013
    Novembro 2013
    Outubro 2013
    Setembro 2013
    Agosto 2013
    Julho 2013
    Junho 2013
    Maio 2013
    Abril 2013
    Março 2013
    Fevereiro 2013
    Janeiro 2013
    Dezembro 2012
    Novembro 2012
    Outubro 2012
    Setembro 2012
    Agosto 2012
    Julho 2012
    Junho 2012
    Maio 2012
    Abril 2012
    Março 2012
    Fevereiro 2012

    Feed RSS

cONTEÚDOS

Entrevistas
Artigos por Pedro Sciaccaluga
Glossário
Polaroids & Slides
Artigos
Blog Artigos Revista Progredir
Partilhas do Leitor
Vídeos

Sobre nós

Estatuto Editorial
Visão, Missão, Valores
Equipa
Participe
Eventos
Contactos
Ideias e Harmonia


Publicações

Agenda

Quer ganhar?

parceiros

Publicidade

Loja

© Copyright 2012 - Revista Progredir | Rua Lino de Assunção nº 24, Paço de Arcos 2770 - 109 (Oeiras) | 21 443 83 05 | geral@revistaprogredir.com