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Sobre Vencer

1/7/2022

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Vulgarmente, a palavra Vencer é empregue sempre que alguém ou organismo é reconhecido pelos seus pares, por se ter distinguido superiormente de outros, ou por ter ultrapassado algo pessoal de difícil superação. Por Isabel de Jesus

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2022

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Há sempre lugar para gratificar aqueles que, por mérito próprio, qualidades pessoais ou académicas conseguem destacar-se, não com o objetivo de vencer alguém, mas sim de fazer o seu melhor, com qualidade e, nesse caminho, obter resultados vencedores. Este é o mérito de trabalhar para a excelência por si só, contribuindo simultaneamente para o todo.
 
Apesar disso, vivemos tempos em que, na perspetiva da maioria da população, vencer seja o que for traz consigo a ilusão do reconhecimento, associada a popularidade e, na maioria das vezes, a lucro financeiro. Sacrifícios injustificados a todos os níveis são muitas vezes aplicados para conseguir vencer a todo o custo, não raramente com propósitos menos dignos.
 
A verdade é que, para além das competições, sejam elas de desporto, ou de outro carácter onde o reconhecimento é público, vencer os obstáculos pessoais, familiares ou de relações humanas no geral, são os mais desafiantes para a construção de uma vida plena e feliz.
 
Cada ser é constituído por um aglomerado de características — umas provenientes da sua própria personalidade, outras do ambiente familiar, do país e até do estrato social. São estas componentes que estão presentes na forma como consideramos o que é ser vencedor, o que é fracasso, ou a forma como tudo isso o é visto no meio onde vivemos. Mas, na realidade, o fracasso é muitas vezes o caminho de aprendizagem necessário para chegar a um acontecimento  vencedor.
 
Ao reparar nesta realidade, o conceito de Vencer começa, para alguns, a ter um carácter mais profundo e apaziguador, menos competitivo, com menos pressão e menos associado ao medo da opinião geral. Vencer começa a criar espaço no quotidiano e a superar o esforço descontrolado para obter um caminho vencedor, mas supérfluo, que não gera paz, nem tempo, nem qualidade de vida. Pelo contrário, Vencer torna-se sinónimo de percorrer caminhos que integram valores e necessidade autênticas.
 
Vencer tem um significado único para cada pessoa. Quem ainda não despertou para o verdadeiro significado da vida acredita que Vencer é ter mais títulos e objetos que reflitam riqueza e que isso, além de lhes trazer mais reconhecimento social e estatuto, caminha de mãos dadas com o seu valor enquanto pessoa. Infelizmente, esta crença é generalizada na realidade de hoje e funciona ilusoriamente.
 
Para quem começa a compreender que Vencer pode ser muito mais do que isso, a liberdade para fazer escolhas em qualquer momento da vida e abdicar daquilo que é seguro e confortável com base no que sente o Coração é absolutamente transformador. Essa, sim, é uma atitude vencedora.
 
Muitos começam a tomar consciência que, quer por cansaço, por tristeza, ou por incompatibilidade entre a vida que têm e a que sentem que precisam, necessitam de se conhecer melhor, substituir crenças limitadores e Vencer traumas pessoais ou limitações familiares para finalmente serem fiéis a si próprios. No fundo, vencerem o medo de mudar e saírem de terreno conhecido, mas previsível.
Ao invés de comparar as suas conquistas com as que outros têm conseguido ao longo da vida, cada um pode e deve olhar para o seu próprio percurso e avaliar, de uma forma justa, quantas vezes ultrapassou obstáculos que à partida tinham tudo para bloquear o seu caminho, mas que, com esforço, dedicação e, muitas vezes, sacrifícios, acabaram por resultar num bem para si e também para outros.
 
Acreditar que os obstáculos podem ser ultrapassados e não desistir quando o caminho escolhido foi decidido pelo Coração e não pelo Ego traz por si só vantagens no sentido da obtenção de um final gratificante.
 
Vencer é estar disponível para vibrar com os ritmos da vida, ser simples, ter paz, respeitar o outro e ultrapassar preconceitos e dogmas demasiado enraizados na sociedade que limitam as escolhas individuais.
 
Vencer é o caminho a percorrer para alcançar um propósito escolhido pelo Coração. O objetivo é simplesmente percorrer um caminho que terá desafios, fracassos e vitórias, mas que será feito com prazer, alegria e integridade.
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ISABEL DE JESUS
TERAPEUTA HOLÍSTICA LEITURA DE AURA CÓDIGOS DE LUZ ASTROLOGIA
isabeldejesusterapias@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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Autonomia

1/6/2022

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Autonomia: conceito que determina a liberdade do indivíduo em gerir livremente a sua vida, efetuando racionalmente as suas próprias escolhas. Será?
​Por Marlene Caselato


in REVISTA PROGREDIR | JUNHO 2022

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Autonomia é um termo de origem grega cujo significado está relacionado com independência, liberdade ou autossuficiência. A autonomia de um governo pressupõe a elaboração das suas próprias leis sem interferência de um governo central.
 
A autonomia do estudante revela capacidade de organizar sozinho, sem dependência do professor. A duração do funcionamento de um aparelho sem recorrer à fonte de energia é seu tempo de autonomia.
 
Este parece um termo com uma definição simples, prática e clara. Porém, quando adicionamos o componente da humanidade nesta equação, nada mais é simples, pois a nossa subjetividade coloca-lhe significados que são únicos para cada pessoa.
 
E como seres únicos, absorvemos as informações e reagimos a elas de modo diferente e construímos necessidades distintas, que têm como base o inato, o que nasce connosco, a cultura, o meio em que vivemos, as nossas relações e as pessoas com quem convivemos.
 
Em cada momento da nossa história pessoal essa palavra tem um significado diferente, assim como na história da humanidade e da nossa sociedade.
 
A autonomia, a liberdade e a transformação andam juntas.
 
Ao longo da história, foram numerosos os fatores que condicionaram o modo de pensar, sentir e agir das pessoas. No campo da psicologia e da filosofia, a autonomia refere-se à capacidade de uma pessoa viver e agir de acordo com a sua decisão, os seus desejos ou crenças, sem ter de obedecer às influências ou pressões externas.
 
Ter autonomia significa não se submeter as decisões externas, quer de modo direto ou indireto. Porém, sem abandonar a civilização, estamos sempre submetidos a estruturas e regras que vão interferir na nossa total liberdade e na nossa autonomia.
 
É importante, termos consciência da necessidade de encontrar um equilíbrio em que tal influência externa não nos impeça de perseguir os nossos objetivos, e que a nossa autonomia respeite o direito daqueles com os quais convivemos.
 
A autonomia traz bem-estar e segurança. Na medida em que se não há dependência de outra pessoa, podemos decidir, escolher e agir apenas pelas nossas regras, valores e missão.
 
É preciso ter liberdade para escolher praticar o bem.
 
Na Filosofia, autonomia é um conceito que determina a liberdade de indivíduo em gerir livremente a sua vida, efetuando racionalmente as suas próprias escolhas, sem ceder as pressões externas.
 
 
Para o filósofo Epicuro, os preceitos básicos para se viver bem, eram os prazeres moderados e serenidade do espírito, ou seja, uma vida sem excessos e sem perturbações.
 
Para ele, ser autossuficiente, aprender a se contentar com pouco, com o que é fácil conseguir, significa viver com prazer, sem exageros e dessa forma evitar os sofrimentos físicos e da alma.
 
Para Aristóteles, podemos cultivar a virtude através da nossa autonomia racional de escolher o que fazer e do hábito de praticar boas ações.
 
Assim a virtude, está ligada ao hábito de praticar boas ações, mas ele enfatiza que a virtude é consequência da nossa disposição, da nossa escolha racional, da nossa autonomia para praticar estas boas ações.
 
Portanto, precisamos de autonomia para cultivar virtudes e praticar o bem.
 
Embora sejam duas perspetivas diferentes do que é autonomia, ambas só existem através da liberdade de escolher, escolher o simples para não sofrer, escolher boas práticas para ser bom, e definir quem seremos e como seremos, por via da autonomia de escolher.
 
O que nós queremos, deve ter a mesma importância daquilo que os outros querem.
 
Embora a nossa rotina, muitas vezes, não deixe espaços vazios para reflexões complexas sobre a nossa autonomia, é fácil perceber o quanto da nossa felicidade e realização dependem dela.
 
Podemos definir a autonomia como a capacidade de se relacionar de igual para igual com qualquer outra pessoa e estarmos no comando das nossas ações .
 
Essa liberdade nos proporciona sentimentos autossatisfação, orgulho respeito e admiração por tudo que somos e conseguimos.
 
Este bem-estar pode se prolongar no dia a dia e se manter mesmo nos momentos de adversidades, nos trazendo serenidade para tomar decisões práticas de forma assertiva e coerente.
 
Nos vários papéis que desempenhamos na nossa vida, seja na vida pessoal ou profissional, geralmente estamos ligados a outras pessoas, situações, interesses e até sentimentos, que interferem na nossa autonomia, na nossa liberdade de escolher.
 
Embora a realização efetiva da ação seja sempre privada e individual, pode acontecer que a pessoa seja forçada ou simplesmente motivada a fazê-la por outro motivo que não a dela.
 
Um sentimento que tem um peso muito grande nas nossas decisões é o amor e muitas vezes é ele quem decide, pois, em algumas situações, é mais forte do que a nossa vontade.
 
A autonomia não nasce connosco, mas podemos desenvolve-la em qualquer momento da nossa existência.
 
Os bebés humanos são dos animais mais lentos, os mais dependentes quando nascem e se transformam através do conhecimento.
 
Podemos dar os passos iniciais na conquista da nossa autonomia ao identificar os nossos desejos, e os hábitos que precisam ser modificados para alcança-los.
 
Temos que imaginar como queremos ser e como alcançar esse objetivo. Isso requer exercitar a nossa autonomia e quebrar hábitos desalinhados dos nossos propósitos.
 
Podemos mudar um hábito por vez e quando ele se tornar “automático” passamos para o seguinte.
 
É preciso monitororizar cada alteração, e acompanhar diariamente cada mudança, assim conseguimos identificar o nosso progresso e evitar a frustração. Uma prática eficaz é fazer um registo por escrito. Numa folha com duas colunas, colocamos na primeira “como eu escolhia antes”, na segunda “como eu escolho hoje”, e registamos todos os dias as nossas mudanças de hábitos.
 
Pratique a autonomia e alcance a liberdade através da transformação.

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PSICÓLOGA / PSICOTERAPEUTA
TRAINNER & COACHING EM INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
www.saudavelmente.com.pt
marlene@saudavelmente.com.pt

​in REVISTA PROGREDIR | JUNHO 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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O poder de Confiar

1/5/2022

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É preciso superar o medo e reconhecer a essência interior, deixar de lado a insegurança e seguir em frente com confiança, firmeza e determinação nas várias áreas da vida.
Por Sílvia Cabral


in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2022

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Confiar em si próprio, permite-lhe ter resultados naquilo que mais deseja, quer a nível pessoal como familiar. Na realidade, com confiança, pode conquistar o mundo.
 
Sim, imagine as coisas fantásticas que faria se tivesse a certeza absoluta de que iria ter sucesso! Se não tivesse medo de fazer, de dizer, de arriscar e de sair da zona de conforto!
 
Todos nós temos objetivos em todas as áreas da vida (pessoal, profissional, relações, etc) e, independentemente dessa área, é preciso estabelecermos com que energia e determinação os queremos alcançar mas, pelo caminho podemos encontrar obstáculos e por isso, também precisamos de ser resilientes, persistentes e confiantes.
 
A autoconfiança e a auto-estima são determinantes na grandeza dos seus objetivos e ainda mais determinantes para a obtenção de resultados.
 
É a nossa confiança que nos permite sair da zona de conforto. 
 
Mais de 90% das pessoas não fazem nada para alcançar os seus objetivos precisamente porque não querem sair da zona de conforto.
Primeiro porque tem medo.
 
Sair da zona de conforto implica “ir para o desconhecido”, e o desconhecido traz medo. Depois porque sair da zona de conforto dá trabalho! 
 
Por estes dois motivos preferem manter-se exatamente no mesmo sítio onde estão, apesar de saberem que ao saírem da zona de conforto vão alcançar o que sempre desejaram.
 
Mas na verdade, têm tudo o que precisam para superar estes medos, para serem confiantes, terem mais auto-estima, serem resilientes para viverem a vida que querem e merecem.
 
É preciso superar o medo e reconhecer a essência interior, as capacidades e habilidades para deixar de lado a insegurança e seguir em frente e com confiança, firmeza e determinação nas várias áreas da vida, desde relacionamentos ou projetos pessoais e profissionais.
 
A mente é poderosa
 
Nem sempre se está no ponto máximo da confiança e da auto-estima, é verdade, principalmente se dentro de si tiver um crítico sempre em ação, ou mesmo quando é demasiado tímido ou introvertido. No entanto, podemos recorrer a técnicas e suportes para silenciarem este crítico interior e até ajudarem o introvertido e o tímido a “desabrocharem” em direção à sua melhor versão.
 
A mente tem o maior poder de todos e é dela que o ser humano deve tirar o máximo proveito!
 
Precisa de reprogramar a sua mente para que esta consiga responder de forma construtiva e positiva aos desafios, obstáculos e adversidades da vida. Assim, consegue desvalorizar os pontos fracos e valorizar os pontos fortes de forma a desenvolver altos níveis de confiança e determinação.
 
É importante que tenha estratégias e ferramentas que lhe possibilitem um auxílio à confiança.
 
Aromaterapia: uma ferramenta poderosa no aumento da autoconfiança
 
A Aromaterapia é uma ferramenta natural que vai facilitar o processo da autoconfiança através de recursos naturais.
 
Uma terapia complementar milenar que atua no corpo e na mente através das propriedades dos óleos essenciais, vegetais e hidrolatos.
 
Os Óleos Essenciais são extratos vegetais de plantas que possuem as suas moléculas químicas naturais. Estas moléculas são o que permite à planta defender-se de pragas, condições climáticas ou seca e água em exagero, por exemplo, e são estas moléculas que vão ter ação terapêutica no nosso organismo.
 
Desta forma, os óleos essenciais são perfeitos aliados no que diz respeito ao aumento da confiança.
 
Idealmente devem ser utilizados pela via aromática, por ter uma ação mais rápida. Assim podem ser inalados diretamente do frasco (sem encostar ao nariz), através de difusão (em difusor ultrassónico) ou inalados num inalador pessoal, muito prático, que pode ir consigo para todo o lado.
 
3 óleos essenciais para aumentar a autoconfiança
 
Hortelã-pimenta (Mentha piperita)
O Óleo que ajuda a restaurar a energia, é fresco e traz leveza. 
Acalma a agitação interna, acalmando os nervos e restaurando a confiança. 
É ainda indicado para usar quando precisa de se focar em novas ideias ou projetos.
 
Sálvia Esclareia (Salvia sclarea)
Principalmente feminino, este Óleo Essencial vai ajudá-lo a manter o sonho presente na memória.
Promove ainda o estado de bem-estar, calma interior e autoconfiança.
 
Bergamota (Citrus bergamia)
Conhecido como o “sol dentro do frasco”, é um grande aliado neste sentido.
Além de trazer motivação e reequilibrar a nível emocional, acalma o stress, a ansiedade, o medo da exposição e estimula a confiança e a assertividade.
 
Pode fazer inalações diretamente do frasco, num difusor ultrassónico ou pessoal e levar este “suporte de confiança” sempre consigo.
 
Além destes aliados naturais há pequenos exercícios diários que permitem aumentar a autoconfiança.
 
Desta forma proponho-lhe um deles:
 
1- Num ambiente relaxante e sossegado, pegue num papel e caneta e escreva as áreas/situações da sua vida onde precisa de aumentar a confiança.
 
2- Classifique-as de 0 a 5, em que o 0 considera que já não precisa aumentar mais e o 5 precisa muito.
 
3- Defina qual delas vai ser a sua prioridade e determine o seu nível de empenho para o fazer.
 
4- Foque-se, e diariamente, ao espelho, olhe para si e repita 5 vezes a seguinte frase: “eu consigo, eu sou capaz, eu mereço!”
 
Com estas dicas e ferramentas poderosas vai conseguir reconstruir a sua mente, aumentando a autoconfiança e diminuindo o medo e a insegurança, tornando-se uma pessoa de ação em todas as áreas da sua vida.
 
Alcance tudo o que deseja e merece com o poder da confiança.
 
A sua mente é o limite.
 
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SÍLVIA CABRAL
AROMATERAPEUTA PROFISSIONAL
www.silviacabral.com
geral@silviacabral.com

​in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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Serão os conflitos sempre negativos?

1/4/2022

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O conflito é sentido como algo negativo. No entanto, será que quando entramos em conflito é sempre negativo? Nas relações humanas existe mudança ao longo do tempo e a gestão de conflitos é algo que potencia o nosso desenvolvimento pessoal.
Por Carla das Estrelas


in REVISTA PROGREDIR |ABRIL 2022

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Quando falamos em conflitos é normal pensarmos em algo negativo que envolve desgaste de energia, confusão, tristeza, entre outras emoções menos agradáveis. Mas serão os conflitos algo a evitar e serão assim tão prejudiciais? 

As relações humanas são dinâmicas. Não são estanques, vão-se modificando ao longo do tempo independentemente do tipo de ligação e da sua duração (quer à escala de meses ou de anos). Assim, o conflito é natural e até imprescindível para o desenvolvimento do grupo e individual. 

Quando somos crianças o conflito tende a manifestar-se de forma mais física. É uma fase em que conflituamos por território, posses, atenção, entre outras coisas e situações. Embora seja aborrecido para o adulto assistir aos conflitos entre os mais novos, este é um comportamento que ajudará a criança a perceber qual o seu lugar no grupo, a percecionar-se a si mesma e ao outro. Aqui, o conflito ajudará a criança no processo de individuação.

Os conflitos dentro de uma relação de amizade, por exemplo, ajudarão a criança a gerir as suas emoções, a perceber a qualidade da amizade presente e a percecionar que tudo é cíclico na vida - há momentos de paz e bonança e há momentos de maior reboliço nas relações. Assim, a nível relacional é percetível que nas amizades mais sólidas, aprendam que mesmo com quezílias entre pares, a relação se mantém e daqui advém um upgrade na mesma, uma evolução onde cada um aprende a tomar o seu lugar. Portanto, em situações de conflito relacional há um “acertar de agulhas”, um reequilíbrio de todos perante uma situação que gera stress e desacordo. Mesmo que o resultado final seja a rutura da relação, ainda assim há a possibilidade de acontecer uma aprendizagem e evolução para todos. 

Não se está, aqui, a querer apelar ao conflito, a justificá-lo ou banalizá-lo. Não é disso que se trata. Apenas se está a referir que nem sempre o conflito terá de ser totalmente negativo, embora existam vicissitudes quando ele acontece. E continuando com o exemplo das relações, sempre que existe conflito, o comportamento entre as pessoas envolvidas não fica de todo igual, podendo existir mesmo a rutura ou não. No entanto, o que se pretende referir aqui, é que mesmo com toda a parte menos positiva de um conflito, este não terá de ser totalmente negativo, uma vez que poderá gerar aprendizagem e crescimento em todos os intervenientes. 

No exemplo que se deu, de conflito nas amizades e na sua gestão quando somos crianças, é uma forma de nos tornarmos adultos mais atentos e conscientes dos nossos comportamentos quando experienciamos situações de desentendimento. Portanto, toda a nossa vivência no que diz respeito a situações de conflito quando somos crianças precede o nosso comportamento em adultos na gestão de conflitos e na procura da pacificação relacional e perante a vida.

Em qualquer sociedade, os grupos e as pessoas não vivem sem um sistema de trocas, sejam elas de ordem económica, cultural, social e relacional. É aqui que aprendemos a ser, os nossos limites, o nosso lugar na sociedade, onde nos sentimos úteis e valorizados. É com este sistema de trocas que tentamos balancear o conflito e a paz nas nossas vidas.

Já em adultos conseguimos ter maior perceção das nossas ações e reações perante situações conflitantes. Um olhar mais atento e compassivo sobre esse acontecimento na nossa vida poderá levar-nos à ideia de que o conflito externo nada mais é que o reflexo de todo um processo interior que se encontra em conflito, manifestando-se e plasmando-se na nossa vida. 

Segundo o Princípio Hermético da Correspondência “Tudo o que está em cima é como o que está embaixo. Tudo o que está dentro é como o que está fora”. Desta forma o conflito está enredado interiormente e exteriormente. Muitas vezes ele já existe de forma latente, na história da própria pessoa ou do grupo. O conflito é já cultivado entre as emoções negativas e pensamentos mais sombrios e reprimidos pelo indivíduo. Quando surge a oportunidade, este conflito interno lança-se e projeta-se para o exterior em momentos de raiva ou de maior aspereza. Ou, em última instância sob a forma de um sintoma físico, de uma fragilidade que começa a surgir no corpo da pessoa. Temos, então no exterior o reflexo do que vai dentro da pessoa ou do grupo. 

Como encontrar Paz dentro do conflito? A resposta a esta questão é muito individual e simultaneamente muito sistémica. Começa no reconhecimento de que estamos todos interligados, numa unidade dinâmica de equilíbrio dinâmico, pois a vida é movimento. O caminho para a paz é um caminho de amor.

“Além do certo e do errado, existe um lugar; somente ali nos encontraremos” (Rabindranath Tagore). 
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CARLA DAS ESTRELAS
TERAPEUTA HOLÍSTICA
www.metamorphosestrelas.wixsite.com/terapiaseformacao
calcityme@gmail.com

​in REVISTA PROGREDIR |ABRIL 2022
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Valorizar

1/3/2022

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Valorizar... que valor damos a nós mesmas... realmente? Que valor damos às pessoas que nos rodeiam, àquilo que gostamos e nos faz sentir felizes? Quantas e quantas vezes nos deixamos enredar nos afazeres do dia-a-dia e esquecemos a importância de cuidar de nós mesmas, dos nossos relacionamentos, das nossas amizades? Provavelmente, vezes de mais. Por São Luz

in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2022

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Para nos justificarmos, podemos dizer que a culpa é da falta de tempo e de um sem fim de circunstâncias que nos servem de argumento para continuarmos na mesma, mas a verdade é que a responsabilidade é nossa. Uma parte de nós sabe-o, saberá sempre e não se deixa enganar. Procurar calar a sua voz é uma vitória temporária que se paga cara.

Valorizar algo implica, necessariamente, estabelecer prioridades, fazer escolhas e assumir a responsabilidade por aquilo que fica para trás.

Será que nos sentimos capazes de lidar com as consequências das escolhas que fazemos em consciência ou preferimos acomodar-nos ao que é esperado?

Há muitos anos ouvi, no final de um curso, a formadora incentivar-nos a dizer, em alto e bom som: "Nada muda se eu não mudar!". Um anfiteatro cheio de pessoas repetiu-o uma e outra e outra vez... "Nada muda se eu não mudar!" A energia criada foi extraordinária, transformadora, poderosa. Experimente dizê-lo, agora, para si mesma... "Nada muda se eu não mudar!"

Precisamos parar, avaliar as nossas emoções, perceber se as justificações que damos são reais ( e se sim, verificar o que é possível fazer para melhorar o seu estado) ou se são um conjunto de crenças que nos foram incutidas pela família, pela sociedade, por vivências do passado que deixaram marcas e que estão a condicionar o nosso presente.

Se para si é realmente importante ter tempo para ler ou ir ao ginásio ou simplesmente tomar um pequeno-almoço com calma ou almoçar com a sua filha e raramente isso acontece; se aquela conversa que anda para ter há tempos é sistematicamente adiada, talvez seja bom perguntar-se o porquê de não o fazer. O que se intromete nos seus objectivos? Que sentimentos ficam calados cada vez que adia os seus planos em prol de algo "urgente"?

As emoções são um excelente barómetro para avaliar como estamos. Observe quais são as emoções que mais frequentemente experimenta e qual a sua habitual intensidade. Eis algumas: Alegria, tristeza, contentamento, vergonha, gratidão, mágoa, frustração, irritação, admiração, culpa, esperança, serenidade.
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Ser feliz não tem de ser uma utopia nem tem de ser constituída por um conjunto de regras mais ou menos complexas ou de objectivos inalcançáveis. Ser feliz é um estado, é uma filosofia de vida que pode ser aplicada todos os dias, em todos os momentos.

Uma das pesquisas mais elevadas nos motores de busca é "Como ser feliz". Andamos desligadas de nós e procuramos fora as respostas que só conseguem ser dadas escutando o nosso interior.

Algumas reflexões poderão ajudar a que se alinhe com a sua verdade. Proponho-lhe um exercício:
Reserve algum tempo para si. Pegue numa folha e numa caneta. Desligue-se dos ruídos, das interrupções, respire fundo e...
1) Avalie as diferentes áreas da sua vida - pessoal, familiar, relacionamentos, profissional. Subdivida em categorias, se fizer sentido para si. Numa escala de 0 a 10, que valor dá a cada uma dessas áreas? Quão feliz está com cada uma delas? Tome o seu tempo e seja sincera.
2) O que será necessário para que a pontuação suba?
3) Estabeleça um objectivo que seja realista e que, quando alcançado, que lhe irá dizer, sem sombra de dúvida, que a sua vida, nessa área, melhorou.
4) Defina um tempo para levar a cabo aquilo a que se propõe.
5) Comece! Aja! Seja flexível e compassiva consigo mesma, mas determinada e corajosa quanto à busca da sua felicidade!!

Assim, o que precisa para ser feliz? Valorize-se, a si e à sua vida. Afinal... nada muda se nós mesmas não mudarmos!

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SÃO LUZ
COACHING E ASTROLOGIA
www.saoluz.pt
saoluz@gmail.com

​in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2022
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Olho por olho, dente por dente: o cérebro vingativo

1/2/2022

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Punição ou vingança? Será que temos um cérebro “vingativo”? E seremos capazes de tomar decisões racionais no que toca à correção de injustiças? Enfrentamos desafios modernos com equipamento antigo! Por Ana Guimarães

in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2022

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Com ferro matas, com ferro morres. Ladrão que rouba a ladrão tem 100 anos de perdão. Paga-lhe na mesma moeda!

A sensação de injustiça esteve, desde sempre, na origem de boa parte dos conflitos. Tribais, familiares, profissionais, institucionais, internacionais, diplomáticos.

Contudo, não sendo um assunto “sexy” nem amplamente difundido (como o stress, por exemplo), o conhecimento sobre o que se passa com as pessoas nas situações em que se sentem injustiçadas ou assistem a injustiças com terceiros, não é assim tão abundante.

Pouco se sabe sobre os mecanismos neurobiológicos responsáveis pelas decisões de punição, da severidade da mesma e da compensação (eventual) de terceiros prejudicados.

Se para “acertarmos as contas” com alguém tivéssemos que nos prejudicar um pouco, fá-lo-íamos? Se fosse garantido que esse pequeno “investimento” teria um efeito maior no alvo da nossa ira, será que iriamos em frente? Aceitaríamos fazer um pequeno estrago em nós para provocar um estrago maior nessa pessoa, em nome da reposição da justiça?

A probabilidade de respondermos que sim é grande, sabemos disso, certo?

E apesar de poder estar no limbo social, entre o aceitável e o reprovável, a verdade é que existem razões mais profundas associadas à preferência pela justiça baseada no castigo.
 
O estudo
Num estudo publicado em 2018 (1), os autores utilizaram o “Jogo da Justiça” para examinar como o cérebro decide entre castigo e compensação.

Os participantes recebiam 200 fichas que poderiam, no final da experiência, ser trocadas por dinheiro.

Depois observavam enquanto outro participante, que também havia recebido as mesmas 200 fichas, decidia entre ficar com as suas ou roubar fichas a uma vítima, que poderia ser o próprio participante ou uma terceira pessoa.

Quando o participante era a vítima do roubo, era-lhe dada a oportunidade de castigar o ladrão, retirando-lhe fichas ao custo de 1:3 – pagar uma ficha para que sejam retiradas 3 ao abusador.

Quando o participante observava o roubo de fichas a um terceiro, poderia optar entre ceder fichas suas à vítima para a compensar ou tirar fichas ao ladrão.

A um grupo de controlo foi administrada ocitocina (neurotransmissor da empatia e da conexão) para avaliar o seu impacto na perceção da injustiça.
 
As conclusões surpreendentes
Este estudo aponta várias conclusões interessantes:
· A probabilidade do participante castigar o ladrão é maior que a de compensar a vítima.
 
· Quanto maior a transgressão (quantas mais fichas roubadas), maior a punição.
 
· A vontade de castigar e a severidade do castigo são maiores quando o próprio é alvo de injustiça do que quando assiste a situações de injustiça perpetradas a terceiros.
 
· A administração de oxitocina (neuroquímico da empatia e da conexão) leva à modulação dos castigos aplicados: mais frequentemente aplicados mas com severidade ajustada à gravidade da violação das regras sociais.
 
Justiça, Vingança e Empatia
Em tempos ancestrais, era mais crítico para a sobrevivência da tribo o castigo exemplar de quem quebrasse as normas do que a compensação a quem tinha sido afetado: o castigo estabilizava toda a tribo, compensar as vítimas impactava só as próprias e, por isso, tinha impacto reduzido no grupo, ficando para segundo plano.

Em boa parte da nossa vida quotidiana continuamos a utilizar estes mecanismos ancestrais que garantiram a sobrevivência da nossa espécie ao longo de milhões de anos.

A recompensa sentida pelo cérebro em situações em que castiga uma pessoa que viola as regras, é mais “saborosa” do que a sentida quando se dá apoio à vítima da injustiça em si. Mesmo na situação paradoxal de ambas as partes perderem: tanto quem castiga como quem recebe o castigo. E a gravidade do castigo acompanha a do estrago provocado, como forma de desencorajar transgressões graves.

Por outro lado, o fortalecimento da empatia nos grupos leva a que se gerem castigos mais frequentes mas mais pedagógicos e ajustados ao erro: mitigação do “efeito vingança”.

O chamado atualmente vem no sentido de tomada de consciência: somos nós a “fornada” que tem a responsabilidade de tomar consciência, sair do piloto-automático e ter a capacidade de implementar upgrades a este nosso dispositivo de sobrevivência fabuloso, porém a precisar de um bom refresh!

A chave para a sobrevivência da nossa espécie atualmente reside na capacidade de cooperação, na orientação para a colaboração como o nosso maior trunfo de sobrevivência, face a todos os desafios que se apresentam no nosso caminho de evolução enquanto espécie.

A tendência para valorizar mais as injustiças que nos são infligidas diretamente do que as infligidas a terceiros é a chave para alguma da nossa indiferença perante situações graves mas que não nos afetam diretamente. Pensar de que forma este instinto nos fragiliza atualmente, enquanto sociedade, é um exercício mesmo muito simples!

Por outro lado, punição ligada a centros de recompensa, sem calibração racional ou empatia é… Vingança! “Bem feito! Toma lá, que já almoçaste!”. São frases que utilizamos frequentemente.

É isso que temos programado nas zonas mais primitivas do nosso cérebro. E quanto mais antigo o mecanismo, mais desafiante é mitigá-lo.

Tomada de consciência e aprofundamento do nosso autoconhecimento são as pedras de toque para esta grande revolução. Com maior conhecimento, vem sempre maior responsabilidade. E vem também maior potencial de transformação: está, realmente, nas nossas mãos!
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ANA GUIMARÃES
NEUROCOACH, TRAINER E SPEAKER
www.anaguimaraes.pt
coach@anaguimaraes.pt

​in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2022
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Assumindo a Responsabilidade pela nossa própria vida

1/1/2022

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Podemos começar a mudar a nossa vida, agora. Para isso é necessário dar um passo fundamental: Decidirmos conscientemente que somos os únicos responsáveis por ela. Por Paulo Cordeiro

in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2022

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Já somos seres livres, mas aprendemos a caminhar na vida como se isso não fosse verdade. Estamos muito habituados a procurar o confortável e a jogar pelo seguro, acreditamos que temos de fazer algo para provarmos o nosso valor, ou que não somos merecedores. São muitas as mentiras que ocupam espaço na nossa mente, e que guiam as nossas vidas. Viciámo-nos em dar-lhes demasiada atenção, e continuamos a reforçá-las quando agimos em função delas. Podemos, por exemplo, sentir-nos desconfortáveis quando recebemos algo de alguém e dizemos “não era preciso!”. Ou quando ficamos em relacionamentos que não nos estão a fazer bem, porque é mais seguro ficar do que enfrentar o desconhecido.

Estamos também muito habituados a culpar e a julgar o mundo à nossa volta, mas é apenas uma forma de libertarmos a frustração que sentimos por não nos sentirmos bem com quem somos. E mais uma vez, quanto mais o fazemos, mais reforçamos a ideia de que a culpa pelo nosso estado, é do que está lá fora.

Sem nos apercebermos, retiramos a responsabilidade de nós e entregamos a responsabilidade pela nossa vida e pela forma como nos sentimos, aos outros. Entregamo-la de bandeja. Foi essa a nossa aprendizagem. Não fomos treinados para assumirmos as rédeas da nossa vida, e esperamos que os políticos, os pais, os maridos ou as mulheres, os amigos, façam alguma coisa e só assim nos vamos sentir bem. Acontece que, isso não tem nenhum poder, e deixa-nos numa posição extremamente dependente dos outros e das circunstâncias.

Então, o nosso bem-estar fica dependente do que acontece no exterior. Se as condições forem as ideais então sentimo-nos seguros, se não forem sentimo-nos deprimidos ou ansiosos. Damos prioridade à segurança em vez da liberdade. A liberdade para vivermos a vida que realmente queremos e com quem escolhermos. A liberdade para criarmos as nossas próprias regras. A liberdade para sentirmos amor, alegria, tristeza, medo, e tudo aquilo a que temos direito.

Para que isso aconteça, é necessário assumirmos cada vez mais a responsabilidade pela nossa própria existência. Ninguém é responsável por nós, nem nós somos responsáveis por ninguém. Os nossos filhos sim, quando são pequenos, o seu grau de autonomia não existe ou é muito limitado, e nós somos a sua ancora. Mas se queremos sentir-nos mais livres, é importante que olhemos de frente para a verdade, nua e crua, de que somos responsáveis pelo nosso bem-estar, mais ninguém. Os outros podem dar opiniões, dar-nos atenção, dar-nos carinho e por aí fora. E nós podemos fazer o mesmo. E é nesta interação que vamos progredindo, vamos crescendo e vamos experimentando.

Não é um processo de tudo ou nada, nem tanto de tentarmos nos tornar perfeitos. É sim, um caminho de progressão, em que estamos a sair cada vez mais dos hábitos de vitimização, para nos tornarmos cada vez mais líderes de nós mesmos. Um passo de cada vez, cada um ao seu tempo e ao seu ritmo.

E sim, vão existir momentos em que podemos sentir desconforto. São as chamadas dores de crescimento.

as ficar onde estamos e não querermos mudar, é muito mais desconfortável e muito mais doloroso.

Procurarmos constantemente segurança e conforto dói muito mais. A vida acontece entre o conforto e o desafio. Existem momentos para recolher e momento para nos expandirmos. Querermos contrariar a nossa expansão e crescimento, leva ao sofrimento. Isto porque todo o universo está em expansão, então, toda a dor que possamos sentir agora, é uma consequência de não estarmos alinhados com quem realmente somos e com a nossa expansão natural. E para que isso possa começar a acontecer, é necessário tomarmos a decisão consciente de que só nós podemos fazê-lo acontecer, responsabilizando-nos um pouco mais a cada momento. Responsabilizando-nos pelo que sentimos, pelo que dizemos pelo que fazemos e não fazemos. Ao assumirmos as consequências das nossas decisões, sejam elas quais forem, estamos a dizer que sim à liberdade que já somos. E ao dar espaço para que essa liberdade seja possível, começamos a ver a vida com outro olhar e não de uma forma distorcida. Só assim é possível ver as coisas como elas são, e passarmos a criar a vida que realmente queremos. Afinal de contas, não recebemos nenhum email a dizer como a vida deve ser vivida. 

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PAULO CORDEIRO
ESPECIALISTA EM TRANSFORMAÇÃO PESSOAL E PROPÓSITO DE VIDA
www.paulocordeiro.pt
info@paulocordeiro.pt

​in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2022
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A Dualidade do Ser Humano

1/12/2021

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Porque queremos e não queremos, gostamos e não gostamos, sentimos e não sentimos, somos e não somos, tantas vezes de formas diferentes e até em simultâneo? Por Susana Amaral

in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2021
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Segundo a Psicanálise, a dualidade é a construção ideológica de que existem forças opostas a agir num mesmo objeto, contribuindo para uma inerente batalha interna que faz parte da existência.

Sentimos alegria e tristeza, ilusão e desilusão, felicidade e dor, coragem mas também medo. Somos emoção e razão, fortes e fracos. Rimos e choramos ao mesmo tempo. Gostamos de luz e sol, mas há momentos em que queremos escuro e solidão. Podemos sentir-nos felizes e desesperados no mesmo dia. Apercebemo-nos com tendo uma série de traços muito específicos, decisivos e absolutos, mas, na realidade, quem somos, o que gostamos, o que queremos verdadeiramente?

Muitas vezes a nossa visão pessoal limita-se a ver tudo o que nos rodeia e a nós próprios, em termos absolutos e dicotómicos. As pessoas são boas ou más, racionais ou emocionais, felizes ou infelizes, inteligentes ou ignorantes, verdadeiras ou falsas... A Sociedade, a cultura, a educação, a família, impõem comportamentos apropriados e relegam comportamentos fora dos padrões estipulados. Há um padrão de normalidade que nos é imposto, de acordo com uma média que não se ajusta à diversidade e complexidade do Ser Humano. Medida essa que não serve para todos e que deixa muitos a crer que não podem ser ou sentir-se diferentes. 

Felizmente não somos todos iguais e é a diferença que torna o Ser Humano mais interessante, especial e único.

Embora todos cheguemos completos a este mundo, a nossa educação, experiências, o contexto e nós mesmos, escolhemos e decidimos, consciente e inconscientemente, o que queremos mostrar, desenvolver, ocultar ou rejeitar. Reunimos qualidades, capacidades e características que, por si só, constituem uma diversidade rica e às vezes até contraditória. 

Vivemos a vida à procura de coerência, quando é de incoerências que é feita a própria existência. E talvez uma das maiores missões de vida, seja aprender a viver no equilíbrio das dualidades.

É na liberdade de poder ser, estar, pensar e sentir diferente, que se dão as maiores expressões de criatividade, de conhecimento, de crescimento e desenvolvimento humano. E quando negamos os nossos defeitos, medos e erros, negamos a nossa essência, que é feita de perfeição e imperfeição, de bom e mau, de certo e errado. Não existimos como seres completos, sem os nossos comportamentos, sentimentos ou emoções ‘inaceitáveis’. Eis a dualidade.

O que não aceitamos, evitamos reconhecer ou melhorar em nós, é relegado à ‘sombra’. O ato de esconder o que não se quer assumir, gera sofrimento e contradição. 
(Carl Jung)

Compreender a dualidade do Ser humano é acolher que somos feitos de contradições, de amor e ódio, de felicidade e tristeza, de abundância e escassez, de corpo e mente, de crescimento e regressão, de matéria e energia, enfim, de tantas dualidades que influenciam o nosso viver!  É da conjugação das dualidades que se forma a unicidade de cada um.

Procurar o autoconhecimento, o amor, a cura. Viver cada emoção no seu tempo, no aqui e no agora, aprendendo a encontrar a luz e acolher a sombra, a crescer e renovar, num movimento cíclico de metamorfose constante. Escolher viver, ao invés de fugir do que se sente. Não se pode escolher sentir ou viver pela metade. Fugir da sombra, da dor, do medo, não se permitindo sentir, é perder a luz, alegria e bem-estar que se pode ter. Não haveria consciência de um, se não fosse pelo outro. Precisamos Ser em plenitude, com o que magoa, amedronta e faz sofrer, mas também com tudo o que nos traz êxtase, alegria, felicidade, amor, compreensão, aprendizagem e tantas emoções e sentimentos positivos, que dão sentido ao nosso viver. Não há felicidade sem dor, alegria sem tristeza, luz sem sombra. Ser feliz exige esforço e dedicação.

Importa reforçar que a ideia não é deixar que o lado negativo, da dor, sofrimento, medo, sombra se apodere de nós sem nada fazer, mas sim reconhecer e acolher, para que possa ser trabalhado positivamente.

A vida não é absoluta e dicotómica, não é preto ou branco, certo ou errado... No ser humano, assim como na própria vida, tudo é relativo e pode mudar num dado momento. 

O autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, não é sobre tornar-se algo ou alguém, mas sobre ser honesto consigo mesmo e (re)conhecer as suas ‘imperfeições’, aceitá-las primeiro, para que possa ajustá-las, experimentando a liberdade de Ser, num equilíbrio possível entre mente e coração, razão e emoção, pensamento e ação. Tornar coerente a incoerência da dualidade, tomando as ‘rédeas’ da sua vida e fazendo as suas escolhas e decisões com consciência.

Este (re)conhecimento e (re)conciliação pode ser feito no campo terapêutico, permitindo conhecer de forma consciente, pensamentos, emoções, sentimentos, memórias, experiências que sustentam a verdadeira essência e identidade. Questionar possíveis crenças, regras, tradições, convidando a libertar-se do conhecido e abraçando a busca de um possível desconhecido, saindo da zona de conforto na expectativa de alcançar algo maior que traga liberdade e tranquilidade. 
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Há uma tendência para negar um dos lados da dualidade para evitar o sofrimento. Mas, o que é a realidade? O certo? O errado? O melhor e o pior? Haverá uma só realidade ou conjugação de diferentes perspetivas para cada um? Viver é aceitar cada uma das possibilidades e encontrar um equilíbrio personalizado para os seus polos. É permitir-se viver nesta realidade dual, encontrar equilíbrio neste desequilibro e coerência nas incoerências. Aceitar o bom e o menos bom do que é, afinal, Viver!
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SUSANA AMARAL
PSICÓLOGA CLÍNICA, FORMADORA E COACH
www.SusanaAmaral.pt
www.ClinicadasEmocoes.pt
www.akademiadoser.com/susanaamaral 
SusanaAmaralPsicologia@gmail.com

​in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2021
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A Essência da vida

1/11/2021

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O que é a essência da vida? A simples formulação desta pergunta já nos transporta para o mundo da reflexão profunda, levando-nos a questionar hábitos, crenças e comportamentos. Será que estamos vivos apenas para trabalhar para ganhar dinheiro, para comprar comida e para nos divertirmos? Será essa a essência da vida? Será por isso e para isso que existimos?
​Por Fátima M. Lopes


in REVISTA PROGREDIR | NOVEMBRO 2021

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Estar vivo será sinónimo de cumprir normas, preceitos e padrões culturais com breves interrupções em que nos permitimos infringir as regras, bebendo um pouco demais, gastando acima do nosso orçamento ou extravasando numa discoteca ao som de música tecno? Será que viemos ao mundo para estudar, arranjar emprego, comprar casa e carro, casar, ter filhos, trabalhar, ir de férias, trabalhar, ir de férias… reforma… morte… fim da história? Ou será que estamos aqui para evoluir enquanto seres cósmicos e espirituais a viver uma experiência humana? É nesta última hipótese que acredito.

Os acontecimentos, os dramas, as personagens e os enredos da nossa história pessoal são apenas o contexto para a nossa jornada evolutiva. A essência da vida é mudança, transformação e crescimento. Infelizmente, a nossa sociedade ocidental está presa naquilo a que Étienne Guillé chamou “o ciclo do produzir-consumir-morrer”. Vivemos mais a vida por via da imitação do que vemos os outros fazerem do que por via da autorreflexão, buscando no nosso interior a clareza de respostas que nos possam servir de guias no caminho. Se olhássemos mais para dentro e nos questionássemos sobre a essência da vida, veríamos que não viemos ao mundo para cumprir horários e rotinas, mas sim para alcançarmos a melhor versão de quem somos. Uma árvore procura crescer em direção ao céu; um rio procura chegar ao mar e os seres humanos procuram a transcendência. É essa a nossa natureza mais profunda. Mas os ritmos alucinantes da época em que vivemos não nos deixam tempo nem espaço para refletir a este respeito.

Assim, vamos olhando para o exterior em busca daquilo que achamos que é esperado de nós, e ajustamo-nos ao paradigma vigente sem sequer o questionar. Quando damos por nós estamos exaustos de tanto labutar e continuamos sem saber que raio andamos aqui a fazer. Para nos aliviarmos desse desconforto procuramos alívio no consumo de todo o tipo de bugigangas; em viagens para lugares exóticos ou em maratonas de séries televisivas. Não estamos presentes, estamos em piloto-automático. Não estamos de facto a viver a essência da vida, estamos apenas a lutar pela sobrevivência e a descansar dessa luta nos poucos tempos livres disponíveis. Alguns poderão dizer que sempre foi assim, mas não é verdade. O ser humano sofreu uma cisão entre si e o misterioso, entre si e o sublime, entre si e o transcendente nos últimos trezentos anos, com o advento do materialismo cientifico.  Esta visão mecanicista da vida convenceu-nos de que o universo funciona como uma máquina e de que até o nosso corpo se assemelha a uma máquina. Por isso passámos a comportar-nos como se fossemos de facto máquinas. E o que fazem as máquinas? As máquinas fazem operações, executam tarefas, fazem cálculos, executam processos. As máquinas não têm vida mental, emocional e muito menos espiritual. Mas nós temos tudo isso, só que esses aspetos menos pragmáticos da nossa natureza foram excluídos da equação. Para invertermos esta tendência destrutiva, deveríamos ser capazes de parar com frequência. Fazer pausas significativas para explorarmos o que nos vai na alma, deixando-nos conduzir por essa força misteriosa que vem do nosso interior (e que sabe sempre o que está certo); em vez de nos perdermos na catadupa de estímulos exteriores, que apenas nos anestesia da dor profunda que sentimos, pelo facto de nos termos desviado da essência da vida e do nosso caminho original. 

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FÁTIMA M. LOPES
AUTORA DO LIVRO: “UMA VIDA COM PROPÓSITO”

​in REVISTA PROGREDIR | NOVEMBRO 2021
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Ser Integridade

1/10/2021

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”Qualidade de íntegro. Carácter daquilo a que não falta nenhuma das suas partes. Estado de são, de inalterável.” Por Ana Paula Rodrigues

in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2021
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Há muito tempo, havia um mestre que vivia num templo muito velho em ruínas, com um grande número de discípulos.

Todos sobreviviam de esmolas e de doações que conseguiam na cidade mais próxima, mas muitos dos discípulos começaram a reclamar das péssimas condições em que viviam.

Em resposta, o velho mestre disse: “- Deveríamos reformar as paredes do templo, uma vez que ocupamos todo o nosso tempo a estudar e a meditar, não há tempo para trabalhar e arranjar o dinheiro que precisamos para as obras do templo. Assim, pensei numa solução simples".

Todos se reuniram diante do mestre, ansiosos em ouvir as suas palavras.

 Então o mestre disse:

 "- Cada um de vós deve ir para a cidade e roubar bens que poderão ser vendidos para arrecadar dinheiro. Desta forma, seremos capazes de fazer uma boa reforma no nosso templo".

Os estudantes ficaram espantados por este tipo de sugestão vir de um sábio mestre. Mas, todos tinham o maior respeito por ele, e não levantaram nenhuma objeção.

O mestre disse logo a seguir, de um modo bastante severo: “- No sentido de não manchar a nossa excelente reputação, por estarmos a cometer atos ilegais e imorais, solicito que cometam o roubo somente quando ninguém estiver a ver. Eu não quero que ninguém seja preso!".

Quando o mestre se afastou, os estudantes estavam confusos “- É errado roubar!", disse um deles, "- Por que o nosso mestre nos solicitou para cometermos este ato?".

Logo um outro respondeu prontamente: "- Porque isto permitirá que possamos reformar o nosso templo, e isso é uma boa causa!"

Assim, todos concordaram que o mestre era sábio e justo e deveria ter uma boa razão para fazer este pedido. Rapidamente, partiram em direção a cidade, prometendo coletivamente que nenhum seria visto, nem preso para não causar desgraça para o templo.

 "- Sejam cuidadosos e não deixem que ninguém vos veja a roubar!", incentivavam uns aos outros.

Todos, com exceção de um, foram para a cidade. O sábio mestre aproximou-se dele e perguntou-lhe: "- Por que ficaste para trás?"

O menino respondeu: "- Eu não posso seguir as suas instruções para roubar onde ninguém esteja a ver. Não importa onde eu vá, eu sempre estarei olhando para mim mesmo e saberei que é errado.”

“- Os meus próprios olhos irão ver que estou a roubar". O sábio mestre abraçou o estudante com um sorriso de alegria e disse: "- Eu estava a testar a integridade dos meus estudantes e tu foste o único que passou no teste!"

Após muitos anos, o menino também se tornou num grande mestre. (Autor Desconhecido)

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A verdade é que não conseguimos esconder nada daquela pessoa que nos olha no espelho… nós mesmos.

Para viver em paz e as pessoas confiem em si, terá de preservar a sua integridade de todas as formas possíveis, uma vez que esta se manifesta nas mais pequenas “ações” da sua vida, no seu dia-a-dia… é aquela “zona sagrada”, que se ultrapassamos, deixa marcas a curto ou a longo prazo.

A integridade é uma daquelas qualidades que uma pessoa tem ou não tem, faz parte do ser e da sua personalidade. As pessoas íntegras têm uma conexão mais profunda com o mundo que as rodeia, não pensam apenas em si, são capazes de ver além, têm visão e encontram soluções positivas e criativas. Importam-se realmente com o outro, e dão o seu melhor para ajudar todos aqueles que precisam de apoio.

Um indivíduo íntegro mantém sua conduta, tal como o estudante em relação à ordem do mestre, apesar de o respeitar ou mesmo diante de situações que poderia tirar algum proveito para si. Esta conduta está relacionada diretamente à ética, responsabilidade, transparência, comprometimento, conexão, autenticidade.

Existe uma sintonia entre o que pensamos, dizemos e fazemos.

Quando há integridade, o comprometimento, o discurso e tomada de decisões são orientadas 100% pela transparência, ética e honestidade, além disso, todo o comportamento está alinhado com os valores, crenças e convicções.

Num mundo cada vez mais global, onde certos estilos e muitas tendências nos podem manter motivados para sermos algo que não somos e até menos do que somos, temos de nos concentrar em sermos nós mesmos, a integridade começa sempre em nós.

Seja inteiro, seja sempre você mesmo e certifique-se de ser o melhor que pode ser. As pessoas íntegras, apesar de saberem o seu valor, mantêm-se humildes, nunca se acham superiores aos outros, no entanto investem e trabalham sempre para melhorar.

Ser íntegro é fundamental para convivermos em sociedade e consequentemente para trabalhar em equipa. No entanto, algumas pessoas não percebem o conceito, outras ignoram, ou simplesmente não são. Pessoas íntegras são responsáveis, comprometidas entendem que a sua vida e o seu sucesso estão nas suas mãos, não arranjam desculpas.

Lembre-se que quando é “Extremamente simpático” para alguém para ter vantagens e depois fala mal pelas costas, não está a ser “ecológico” consigo, quando um comportamento não é natural e verdadeiro, vai existir um conflito interno, não há integridade interna, nem externa. A integridade é a coerência entre as suas palavras e ações, em relação ao seu mundo interior e exterior.

Faz parte do desenvolvimento pessoal ser íntegro consigo mesmo, ser autêntico, e isso muitas vezes não acontece, porque estamos sob a influência de alguém, de um grupo ou de situações que julgamos não controlar. As pessoas que se apresentam ao mundo tal como são, sem se esconder atrás de máscaras ou mentiras, elas vivem a sua verdade e mantêm-se fiéis às suas crenças e valores, não se importam com o que os outros pensam.

Acredite! SER quem realmente é será, provavelmente, o maior desafio de toda a sua vida. No entanto, as pessoas íntegras sabem o quanto é importante ter um olhar positivo a tudo o que acontece, porque mesmo as situações mais desafiantes podem trazer-nos grandes lições de vida, e o primeiro passo é descobrir quem realmente é.

O segundo passo será manifestar-se em harmonia, em relação ao seu mundo interior e exterior e com coerência entre as palavras e as ações, aí sim. A magia acontece.
​
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ANA PAULA RODRIGUES
YBICOACH - SUCCESS CAREER & LIFE STRATEGY COACH
www.ybicoach.pt
info@ybicoach.pt

​in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2021
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