Revista Progredir
  • Home
  • Publicações
  • Conteúdos
    • Entrevistas >
      • Sofia Pereira
      • Carolina Palmeiro
      • Anna Luizza
      • Carla Shakti
      • Vasco Catarino Soares
      • João Rodrigues
      • Mafalda Navarro
      • Diana Pinheiro
      • João Fernando Martins
      • Marine Antunes
      • Mara Gomes
      • Paulo Cordeiro
      • Sónia Brito
      • Joana Pinto
      • Bárbara Ruano Guimarães
      • Cristina Marreiros da Cunha
      • Inês Afonso Marques
      • Mauro Nakamura
      • Sara Cardoso
      • Carolina Granja
      • Margarida Albuquerque e Gisela Guedes
      • Barbara Ramos Dias
      • Lisa Joanes
      • Simone Veiga
      • Cristina Felizardo
      • Isabel Zibaia Rafael
      • Helena Sousa
      • Maria Inês Antunes
      • Catarina Lucas
      • Miguel Raposo
      • Eunice Maia
      • Filomena de Paula
      • Paulo Borges
      • Cristina Valente
      • Pedro Colaço
      • Margarida Vieitez e Patrícia Matos
      • Menna Sa Correa
      • Joana Barradas
      • Silvia Oliveira e João Magalhães
      • Inês Pereira Pina
      • Juiz Joaquim Manuel da Silva
      • Cecilio Fernández Regojo
      • Maria Gorjão Henriques
      • Paula Margarido
      • Yosef Shneor
      • Izabel de Paula
      • Sandra Ramos
      • Fernando Mesquita
      • Mónica Magano
      • Isabel Gonçalves
      • Virginia Henriques Calado
      • Lourdes Monteiro
      • Sónia Ribeiro
      • Liesbeth Jusia
      • Tiger Singleton
      • Vera Simões
      • João Medeiros
      • Tâmara Castelo
      • Rita Sambado e Rodrigo Maia de Loureiro
      • Sofia Vieira Martins
      • Elia Gonçalves
      • Karina Milheiros Kimming
      • Ana Tapia
      • Daniela Ricardo
      • Esther Liska
      • Anabela Francisco
      • Sandra Oliveira
      • Margarida Vieitez
      • Janine Medeira
      • Mafalda Rodrigues de Almeida
      • Manuel Pelágio
      • Cátia Antunes
      • Susana Rodrigues Torres
      • Peter Deadman
      • Fernando Mesquita
      • Maria da Luz Rodrigues Lopes
      • Ricardo Fonseca
      • Paulo Pais
      • Tânia Zambon
      • Sister Jayanti
      • Karen Berg
      • Alexandra Solnado
      • Mariana Pessanha
      • Dulce Regina
      • Ligia Neves
      • Susana Cor de Rosa
      • José Soutelinho
      • Paula Ribeiro
      • Maria Helena Martins
      • Lee Carroll
      • Festival Andanças
      • Pedro Mello
      • Ana Teresa Silva
      • Gen Kelsang Togden
      • Tony Samara
      • Marta Gautier
      • Adelino Cunha
      • Pedro Vieira
      • Joe Dispensa
      • Michal Shneor
      • Laurinda Alves
      • Eric Pearl
      • Gustavo Santos
      • Ana Rita Ramos
      • Vera Faria Leal
      • Pedro Sciaccaluga Fernandes
      • Isabel Ferreira
      • Luís Resina
      • Teresa Robles
      • Cristina Leal
      • Francisco Varatojo
      • Pedro Norton de Matos
      • Paulo Borges
      • Miguel Real
      • Andrew Cohen
      • Deborah Jazzini
      • Lauro Trevisan
      • Sofia Bauer
      • Vítor Cotovio
      • Laurinda Alves
      • Beatriz Quintella
      • Nelson Theston
      • Álvaro Sardinha
      • Satori Darshan
      • Leonel Moura
      • João Alberto Catalão
      • Paul Aurand
      • Izabel Telles
      • Anne Hoye
      • Maria José Costa Félix
    • Artigos por Pedro Sciaccaluga >
      • Responsabilidade
      • Dualidade
      • Sejamos Essência!
      • Um caminho a Percorrer!
      • Superar a Morte em Vida...​
      • Um caminho para a Felicidade...
      • Sê Egoísta! Nós agradecemos!
      • Relações para que?
      • Bengalas nos relacionamentos? saltar de galho em galho?
      • Quem vê caras não vê corações?
      • Dar ou controlar?
      • O que ganho com isso de ser “ZEN”?
      • És estúpida ou que?
      • Pois, Pois, a teoria já eu sei! E na prática? (A Arte de Amar...)
      • Será que gosta de mim?
      • Aceito-te como és… mas…
      • Já te pintaste Hoje? És uma Obra de Arte!
      • Preferes ser um facilitador ou um dificultador?
      • O que não pode faltar no teu novo ano?
      • Queres uma relação estável mas foges a sete pés?
      • Cada um tem de mim exatamente aquilo que Sou…
      • Como encontrar o Verdadeiro Amor?
      • A Voz da Consciência…
      • Sopra para longe o que te aperta o coração...
      • Amor ou Liberdade?
      • Como nos podemos sentir mais fortes e em Paz?
      • Culpa! Culpa! Culpa! Ahhhhhhhhhhh!
      • O que queres Hoje?
      • A importância dos Amigos e da Amizade…
      • Já sentiste solidão? (e sufoco?)
      • E que tal sermos honestos?
      • Tentei sair da zona de conforto! Sabes o que aconteceu?
      • Queremos alguém compatível ou alguém “forçado”?
      • Quanto mais corres menos me apanhas? A fila Anda...
      • É fácil partilhar quem somos?
      • Os homens são todos uns......!!!
      • Haja paciência para te encontrar!
      • Eu sei… mas ele vai mudar...
      • Como reagir a uma morte?
      • O Tempo e a Vida…
      • Estás Vivo ou Morto?
      • És Linda! Sabias?
      • Que tipo de pai “somos”?
      • É tolice dizer que gosto de ti?
      • Não será isto a amizade? Obrigado Amigos!
      • O que não nos mata torna-nos mais fortes? Será?
      • Já te arrependeste de alguma coisa?
      • Somos normais? Sim… E depois?
      • Falar ou não falar?… Eis a questão…
      • Como SER a pessoa certa? (Num Relacionamento Espiritual ou Maduro…)
      • A relação íntima é a resposta para todos os males?
      • A vida é bela! Mas às vezes dói como o raio!
      • Roubamos energia aos outros?
      • 5 Princípios para um relacionamento Feliz
      • Será que é Amor?
      • Apaixonaram-se e foram aprendendo a Amar…
      • Momentos de Verdade…
      • Tens medo da intimidade? Eu também!
      • Começar em Amor, Terminar em Amor…
      • Descongelar o coração e voltar a Amar…
      • Um pássaro numa gaiola???
      • Consideramos os outros objetos ou… Pessoas?
      • Namorar...
      • “Devemos” ser independentes…? Ou não...?
      • O que tiver que ser será!… Karma… escolhas e aprendizagens…
      • Outra vez...?
      • Órfãos de pais vivos...
      • Logo se vê… Deixa andar…
      • Amor e Liberdade…
      • Digamos que me sinto o homem mais Feliz do Mundo…
      • Com que olhos vês o Mundo?
      • Terminar (ou não) um relacionamento?
      • Será que és introvertido?
      • Sabes que por vezes me sinto à deriva?
      • Desistir... ou voltar a Amar?
      • Solidão… dores de transição… e Amor…
      • Porque é que não somos mais felizes…?
      • Uma combinação maravilhosa de sofrimento e bem-estar...
      • Somos escravos ou Seres Humanos?
      • Falar mal dos outros…? Eu…?
      • A Magia do Amor...
    • Glossário
    • Polaroids & Slides
    • Artigos
    • Partilhas do Leitor
    • Blog artigos revista progredir
    • Vídeos
  • Loja
  • Quer Ganhar?
  • Parceiros
  • Agenda
  • Pub
  • Sobre nós
    • Estatuto Editorial
    • Visão, Missão e Valores
    • Equipa >
      • Pedro Sciaccaluga
      • Maria Melo
      • Sílvia Aguiar
      • David Rodrigues
      • Catia Mota
      • Liliana Gomes Silva
    • Participe
    • Eventos >
      • Greenfest 2016
    • Contactos
    • Ideias e Harmonia
  • Subscrever

Porque Resistem as pessoas aos relacionamentos?

1/4/2018

0 Comments

 
Imagem
Parece que são indispensáveis nas nossas vidas, mas por outro lado parecem ser tão complicados e consumirem tanta energia. O que está por detrás dos relacionamentos e o que nos faz resistir a eles? Por Rui Galhós

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2018
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

A melhor forma de responder a essas questões é procurar perceber o verdadeiro significado das palavras. A palavra resistir, como quase todas as palavras da língua portuguesa, pode ter vários significados como o de defender, lutar contra, não ceder a tentações, aguentar, etc. A sua origem, no entanto, vem da junção da palavra opor e da palavra parar, que juntos querem dizer negar-se a não fazer nada, ou seja, esta pessoa não vai deixar-se levar naturalmente, mas vai sim, contrariar aquilo que está a acontecer.
 
Por sua vez, a palavra relacionamento (interpessoal) subentende uma interação entre duas ou mais pessoas num contexto social, podendo este ser do foro amoroso, profissional, amizade e/ou familiar por um período determinado de tempo.
 
As relações no meu ver, são uma aproximação que ocorre naturalmente entre pessoas, uma interação fluída e orgânica com um movimento próprio. No mundo das relações não deviam haver regras, apenas liberdade, guiada por uma intuição individual, existente em cada um de nós.
 
O que faz então as pessoas terem a perceção que as relações dão muito trabalho? Será por essa razão que resistem às relações? O que as faz contrariar aquilo que está acontecer naturalmente? Do que temos medo afinal? De nos aproximarmos tanto dos outros que deixamos de saber quem somos? Teremos medo de perder a nossa individualidade?
 
As relações são talvez a melhor forma de autoconhecimento, são como um espelho daquilo que vai dentro das nossas mentes, da nossa essência e do nosso verdadeiro potencial. No início, todas a relações parecem ter uma vida própria alimentadas por um otimismo incrivelmente prazeroso, do qual retiramos imensa energia e satisfação.
 
Com o passar do tempo as coisas mudam, os sentimentos alteram-se, e inocentemente, olhamos para fora á procura de soluções com o intuito de melhorar as nossas relações, basicamente queremos outros sentimentos, melhores que os atuais, e é aqui que as pessoas se perdem, ficam confusas. A parte racional toma conta e a realidade do dia-a-dia passa a ser vista como uma ameaça ao bem-estar e á segurança do individuo. A partilha e a dedicação ao outro entram em conflito com os interesses e objetivos individuais, dando início à resistência. No entanto, aparentemente, essa resistência surge não como que um ato de egoísmo visível, mas sim como uma tentativa de o individuo preservar a sua autoestima e personalidade, pelo menos assim sugere a sociedade.
Parece-me haver aqui outra relação, mais íntima e oculta, que passa despercebida pela maioria de nós, e no entanto, está por detrás de tudo o que fazemos, afetando todas as nossas relações. Não é uma relação entre pessoas, mas sim entre aquilo que acontece verdadeiramente e aquilo que pensamos que acontece.
 
Para resolvermos ou melhorarmos qualquer outra relação na nossa vida temos primeiro de perceber essa relação interior.
 
É essa relação que vai determinar a forma como olhamos para tudo o resto, é algo implícito e permanente que nos acompanha desde que nascemos ate que morremos.
 
A forma como nos vemos acaba por influenciar como construímos as nossas realidades, a partir de um centro que pensamos ser a nossa identidade e tudo o resto se relaciona com ele. Se é inseguro e instável, é fácil perceber que vamos procurar no mundo e nas nossas relações formas de o melhoramos, de o tornarmos mais seguro, mais estável, mais feliz. O problema aqui é que este centro é tudo menos sólido e estável. Está assente numa estrutura mental tão complexa e sensível que está sempre em contante mudança, sempre a procura de algo para se entreter, sempre a analisar aquilo que é e como poderia ser bem melhor. A maioria de nós fica preso nesta estrutura e identifica-se 100% com tudo o que é criado aqui, todas as histórias, todas as perceções daquilo que se passa lá fora. Eu chamo a esta estrutura de mente, a mente humana.
 
A relação com a nossa mente é crucial para não vivermos como vítimas das circunstâncias. É a nossa mente que cria a resistência com base em análises e comparações que faz e não começa por ser uma resistência aos outros, mas sim uma resistência ao não deixarmos de cuidar do nosso Eu, de nos preocuparmos com ele, tudo tem de ser a volta dele.
 
Como referi acima, uma relação assenta em princípios completamente opostos ao do que o Eu precisa. Se uma pessoa não se permite explorar como a sua mente cria a noção de um Eu e como o mantém em primeiro plano todo o tempo, não tem qualquer hipótese numa relação duradoura, seja ela de foro amoroso ou qualquer outro tipo. Mais cedo ou mais tarde o Eu vai tomar conta do “Jogo”, impor as suas regras e aí vamos começar a ver sinais de resistência, porque o Eu não quer deixar de ser o protagonista e vai jogar com todas as cartas, criando obstáculos que parecem vir de fora, das outras pessoas, puras distrações para nos afastar daquilo que esteve e estará sempre lá, a verdadeira conexão entre seres humanos    
 
Penso que a dificuldade das relações é exatamente essa, a relação primária que temos com a nossa mente e a capacidade de pensar, que nos iludem alimentando o medo de perdermos a nossa suposta individualidade, de resistir à mudança, de nos deixarmos ir ao sabor de uma nova aventura, de largarmos o controlo, de sermos levados por quem quiser assumir o comando, de simplesmente ser livre.
 
Não tem de ser assim, porque se as falsas perceções não forem alimentadas, deixa de haver necessidade de resistir e os relacionamentos podem simplesmente fluir.
 
Porquê resistir ao irresistível…
​
Imagem
RUI GALHÓS
COACH
www.akademiadoser.com/ruigalhos
www.facebook.com/UnfoldYou
rgahoz@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2018
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

0 Comments

Vamos falir a Resistência

1/4/2018

0 Comments

 
Imagem
Dinheiro. Podemos considerá-lo uma tentação, uma perdição, algo valioso para a nossa vida, ou apenas um objeto/um meio que nos permite levar a um fim?
Por Paulo Marques


in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2018

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

​O dinheiro tal como o conhecemos surgiu no século VII a.c, com as primeiras moedas feitas de forma manual na região da Turquia. Contudo, já bem antes dessa altura, os Homens sentiram necessidade de efetuar trocas de bens, pois havia alguém que tinha em sua posse algo que outro desejava adquirir e vice-versa. Deixamos a troca simples de produtos, para passarmos a trocar dinheiro por produtos.

Como pudeste ler, servia para TROCA! O dinheiro não foi criado para ser uma forma de vida, uma dependência, um drama, uma forma de poder, etc.. As moedas serviam apenas como troca, em que, de forma livre, se davam para receber bens de consumo e afins. Ao longo do tempo, o humano foi dando mais valor ao dinheiro do que na realidade ele tem. As pedras podiam ser uma “moeda de troca”, para quê dar tanto valor a metal ou papel? Se as pedras tivessem valor comercial como tem as notas do euro, iriamos querer ter serras e pedreiras, ao invés de contas milionárias num qualquer banco. Não?

Para que serve trabalhar? Não, não serve para receber dinheiro em troca, essa é apenas uma consequência dos contratos assinados. Primeiro, trabalhar deveria ser uma forma de realização pessoal, de bem-estar, pois era suposto que o trabalho fosse uma tarefa de que gostamos e nos faz sorrir. Eu sei, a maioria de nós não faz o que gosta, até entendo.

Apesar de que, por norma há medo de mudar, de arriscar, de lutar pelos sonhos loucos que nos fazem sentir vivos. E assim, preferimos sobreviver dia a dia, desmotivados, tristes, por vezes chateados. Para quê? Para ter dinheiro, para tentar ter cada vez mais, ou pelo menos, o suficiente para sobreviver. Bem, já paraste para pensar nisso, trabalhas para ter o suficiente para viver /sobreviver. Em vez de trabalhares para te sentires bem e realizado(a), recebendo um vencimento que podes usar para viver, te divertires, te cuidares, te mimares, para amar, para te apaixonares, para conhecer, passear, no fundo, aprender, para crescer mais como ser humano… não, é quase o oposto! Vale a pena?

Temos medo, fazemos de tudo para fugir desse medo, mas na prática, estamos totalmente presos a ele. E assim, resistes, aguentas com todas as tuas forças, sendo que a cada dia o desgaste é maior. A resistência vai se esgotando, a vida vai passando e aos poucos, dás conta de que como pouca coisa valeu a pena, em como podias ter vivido mais, aproveitado mais, sentido mais a ti e aos outros.

Acredita, não precisas ser rico(a) para viver pequenas coisas, momentos inigualáveis a sós ou com as pessoas de quem gostas. Basta para isso deixar o medo de lado, ou melhor, assumi-lo e decidir enfrentá-lo! Deixar todas as resistências de tantos e tantos padrões emocionais e mentais que foram criados pela sociedade e por nós para ser livre, seres tu. Permitir ao teu olhar brilhar, à tua alma sentir, a quem és viver… será que não mereces isso? Nascemos para sermos livres e felizes, resiste à tendência depressiva da prisão pelo medo mas não resistas à paz interior, à entrega, à vida, ao amor!
​
Imagem
PAULO MARQUES
MILITAR, AUTOR E FACILITADOR
www.facebook.com/amoteemmim
www.facebook.com/autor.paulomarques

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2018
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

0 Comments

Qual é o seu porquê?

1/4/2018

0 Comments

 
Imagem
Quando estamos perante momentos de mudança é importante ter clareza do nosso porquê. Este porquê pode muitas vezes ser o nosso farol, que nos guia e que nos ajuda a superar as dificuldades, os medos e as dúvidas. Por Lígia Silva

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2018

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

“Ele estava prestes a entrar em palco, sabia que aquela era uma oportunidade única, mas o medo não lhe permitia usufruir dessa experiência. Sentia o coração a bater muito depressa, a boa seca e as mãos a tremer. Se aquele era o momento para ele sentir coragem, ele não o estava a conseguir. Até que naquele instante se recordou do porquê. O porquê de ter escolhido dar esse passo, o seu filho. Ele sabia dentro dele que independentemente do que acontecesse pelo menos mais tarde ele poderia dizer ao filho para ultrapassar os seus maiores medos, pois ele também o tinha feito. “
 
Não sei se já aconteceu consigo, mas ao longo da minha vida defini objetivos, comportamentos ou ações em que no inicio estava cheia de força para implementar, mas depois por alguma razão “lógica” não o fiz, ou não consegui dar o passo ou não consegui manter. Em tantos momentos, sabia que tinha que cuidar mais de mim, da minha autoestima e do meu amor próprio e não o fiz. Em tanto momentos sabia que tinha de começar a ter comportamentos diferentes para atingir aquilo que queria, mas não o fiz.   
 
Acredito que em muitos momentos da nossa vida, estamos no meio de uma ponte. Num lado temos o mesmo comportamento, caminho, pensamento ou ação de sempre, em que já sabemos qual é o resultado que obtemos, ao escolher esse caminho, por vezes este caminho leva-nos para o não enfrentar dos nossos medos. Nessa mesma ponte, existe um outro lado, um caminho novo, um comportamento novo, uma ação nova. Mas ao avançar nessa direção não sabemos qual é o resultado. Existe nevoeiro e não sabemos o que pode acontecer, sentimos medo ou então uma enorme resistência em experimentar.

O que nos faz avançar por esse caminho que não conseguimos ver com clareza?
Um PORQUÊ emocionalmente forte!
Cada um de nós tem o seu porquê.  O porquê é aquilo que nos impulsiona avançar mesmo sentindo medo. É aquilo que nos ajuda avançar pelo meio do nevoeiro, pelo caminho que não conhecemos e a manter a consistência de novos comportamentos, de novas ações, de novos pensamentos.

O grande desafio é que normalmente não o utilizamos como uma ferramenta para alavancar os nossos resultados, ou simplesmente para nos ajudar a enfrentar aquilo que nos deixa mais desconfortável.

Acredito que esta é a variável determinante, que nos pode ajudar a fazer as mudanças que queremos e acima de tudo a manter a sua consistência. O nosso porquê tem que estar presente quando recebemos um não, ou quando a nossa expetativa não se concretiza. O nosso porquê tem que estar presente quando a dúvida se instala.

Um porquê emocionalmente forte é a gasolina que o nosso carro necessita para se manter em movimento, rumo ao destino que eu quero.

Por isso se está num momento da sua vida em que está no meio da ponte, identifique o seu porquê, e usa esse porquê no seu dia-a-dia, sempre que sentir medo, sempre que sentir dúvida.

Para descobrir o seu porquê, coloque a si próprio as seguintes questões:
Porque é tão importante para mim fazer esta mudança?
Porque é tão importante para mim avançar por este caminho que não conheço?
Porque é tão importante para mim começar a cuidar de mim?
Qual é o exemplo que estou a dar se fizer esta mudança?
Quem posso influenciar com esta mudança ou com este novo caminho, comportamento?
Com quem poderia partilhar mais tarde esta experiência?
Após responder a estas questões, perceba o que ressoa mais em si, nesse instante está bastante próximo do seu porquê!
Espero que este artigo o ajude no seu dia-a-dia.
Um beijo enorme e até já! 
​
Imagem
LÍGIA SILVA
LIFE COACH E TERAPEUTA
www.ligiasilva.com

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2018
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

0 Comments

Resistir à tempestade

1/4/2018

0 Comments

 
Imagem
Resistir à tempestade é não embarcar na loucura que são as exigências da vida moderna e criar espaços para parar, respirar e conectarmos com nós próprios no dia-a-dia agitado do século XXI. Resistir à tempestade é não desistir de ser Feliz. É criar instantes de vida que valham por si mesmos.
Por Ana Galhardo Simões


in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2018
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

​Vivemos num mundo moderno, em pleno século XXI, onde as exigências são enormes.
 
As mulheres com todas as suas conquistas, passaram a trabalhar fora de casa, sim porque antes também trabalhavam muito, mas dentro de casa, onde infelizmente não eram vistas nem apreciadas. Passaram a ter voz ativa, uma palavra a dizer, mas não deixaram de estar um pouco sozinhas da gestão doméstica e educação dos filhos. Alguns homens, justiça seja feita, adaptaram-se e aprenderam não só a partilhar como a responsabilizarem-se pela dinâmica familiar, outros nem tanto.
 
As crianças estão mais sozinhas, com menos apoio familiar e em dinâmicas sociais vazias, num culto de imagem que torna as relações mais líquidas e quase sem vínculo.
 
Ensinamos desde pequenos que a vida é dificil e que a carreira se começa a desenvolver desde o nascimento, com um conjunto infindável de atividades extra-curriculares que pensamos serem úteis no seu desenvolvimento, mas que na verdade as impede de brincar e de serem simplesmente crianças.
 
A ansiedade e a depressão são as novas doenças do século, que avassalam todos sem dó nem piedade e cada vez mais as pessoas estão desesperadas, sem saber que caminho seguir. Na generalidade não compreendem a razão de estarem assim, mas sentem-se incapacitadas para prosseguir como antes. Não identificaram os sintomas que com certeza já iam aparecendo e quando finalmente não conseguem mais ignorar porque o mal-estar é permanente e parece comandar as suas vidas, já não podem passar sem medicação. Infelizmente isto é verdade também para crianças e jovens, que cada vez mais sofrem de distúrbios de ansiedade, que lhes retiram qualidade de vida.
 
Sofremos cada vez mais de hiperatividade mental! Sobrecarregamos o nosso pequeno computador, como se ele não se desgastasse e cansasse de tanto pensamento, tantos afazeres, tantas listas que inundam a nossa cabeça e não nos deixam dormir! Precisamos fazer tudo em tempo útil, estar em todo o lado, cumprir com as obrigações familiares e profissionais e ainda assim ter tempo para amar e ser feliz!
 
Parece que tem sido impossível completar essa tarefa que a vida moderna nos impõe e o custo tem sido a tristeza das nossas crianças, a nossa tristeza e todos os distúrbios e patologias que temos vindo a desenvolver.
 
O mar que em tempos beneficiava de períodos de tranquilidade, hoje está repleto de ondas ininterruptas, que batem com força na areia e por vezes fazem buracos complicados de tapar ou disfarçar. O mar está claramente bravo e difícil de navegar.
 
“A nossa mente é como a água, quando está calma e em paz, pode refletir a beleza no mundo. Quando está agitada, pode ter o paraíso em frente e não o reflete!” David Fischman
 
O que é que cada um de nós pode então fazer para resitir a esta tempestade???
 
Diria que antes de mais precisamos todos de Respirar!
Precisamos de sair do alheamento que a hiperatividade nos confere para vivermos mais inteiros, mais conscientes, mais presentes em nós e nos outros. Precisamos criar tempo e espaço para simplesmente parar e Respirar!
 
Por parar não nos estamos a referir a meditações complexas logo pela manhã, quando sabemos que existe um conjunto infindável de tarefas para completar antes de podermos sair de casa. Não! Basta acordar 15 minutos antes da hora fulcral, em que tudo terá que ser feito à pressa, para poder executar todas as tarefas com calma e de forma consciente. Se for possível, porque não tirar uns minutos para nós próprios para começar o dia respirando o seu dia, sem pensar. Praticar esse estado de presença consciente ou mindfulness, não é nada que requeira muito do seu tempo e muito menos da sua cabeça!
 
É um estado que possibilita a nossa autoregulação, vivendo no momento presente e aliviando esse excesso de energia na zona da cabeça, essa hiperatividade mental, preocupação e confusão que nos esgota e nos obriga a ligar o piloto automático na execução das tarefas quotidianas, anulando a possibilidade de estarmos atentos e conscientes.
 
Quando vivemos com o piloto automático ligado é como se vivêssemos na estratosfera! Ora viver na estratosfera é o contrário daquilo que o mundo moderno exige de nós e todas as nossas tarefas ficam dificultadas.
 
Precisamos de Caminhar e sentir os nossos pés no chão! Precisamos de nos enraizar na vida, no aqui e no agora, na nossa capacidade de ação e concretização. Precisamos de nos apropriar do nosso corpo e do nosso sentir. Caminhar possibilita não só a nossa autoregulação como o nosso enraizamento. Quando estamos ligados à terra estamos centrados e conetados a receber e escoar a energia do nosso corpo. Esse processo dá-nos a segurança e a base para que possamos experimentar a vida sem medo e em plenitude.
 
Estar vivo não é um acaso inútil ou um lanche grátis, que nem nos soube assim tão bem! Estar vivo é uma responsabilidade para connosco e para com os outros, para com a nossa felicidade e o nosso caminho! Dizem que felicidade é um instante de vida que vale por si mesmo. Vamos produzir mais instantes aos quais possamos chamar de Felicidade!
​
Imagem
ANA GALHARDO SIMÕES
PSICOTERAPEUTA CORPORAL / ESPECIALIZAÇÃO EM CRIANÇAS E JOVENS
www.espacocrescer.pt
anagalhardo@espacocrescer.pt

​in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2018
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

0 Comments

Resistir à Desmotivação também é promover a Saúde

1/4/2018

0 Comments

 
Imagem
A desmotivação que nos afasta dos nossos maiores desejos é muitas vezes um desafio. É possível adotar técnicas que nos ajudam a resistir à desmotivação e atingir os nossos objetivos.
​Por Lara Nayr


in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2018

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Entrámos no quarto mês de 2018. No início do ano, ao bater das doze badaladas, a maioria de nós faz promessas e pede desejos, muitos deles relacionados com a ambição de uma vida saudável em todos os sentidos: Algumas pessoas querem recuperar o peso com o qual se sentem bem, atingir vitalidade e níveis de energia elevados, diminuir o stress ao qual são expostas diariamente, entre muitos outros objetivos.

Apesar de iniciarmos o ano com imensa força e motivação, essa atitude vai sofrendo uma quebra ao longo das semanas, o que faz com que, por volta desta altura do ano, a maioria de nós já tenha desistido de atingir o que, a principio, nos fazia tanto sentido. A pergunta que se coloca neste caso é, Qual será a razão para esta resistência à mudança na nossa vida?

A mudança implica uma saída da nossa zona de conforto. A desmotivação surge quando se encontram as primeiras dificuldades e somos obrigados a explorar o desconhecido e adaptarmo-nos a uma nova realidade. A partir daí, a maioria de nós tende a esquecer aquilo a que se propôs, dizendo para si próprio que o irá fazer noutra altura, quando se reunirem as condições propícias, ou seja, exteriorizando pequenas desculpas que validem a sua atitude.

Como podemos, então, resistir a esta desmotivação que nos demove dos nossos mais importantes objetivos?

* Escrever uma lista onde conste o que é que querem mudar e que benefícios isso irá trazer à vossa vida. - Este exercício pode ser extenso, uma vez que o importante é a exteriorização de tudo o que sentem em relação a essa mudança e aos resultados que isso pode trazer.

* Visualizar os resultados que a mudança irá trazer às vossas vidas. - Se o vosso desejo é aprender a lidar e a diminuir o stress diário, imaginem-se calmos e em segurança. Sintam como é gratificante atingir esse resultado.

* Entender como é que podem tornar essa mudança em algo que implementam no dia a dia para significar uma transformação no estilo de vida. - Se o vosso foco está em elevar os níveis de energia, comecem por perceber de que forma podem ir descansar mais cedo e fazer refeições que vos ajude nesse sentido.

* Colocar em prática tudo o que listaram, relembrando o que sentem quando se visualizam a atingir os objetivos a que se propuseram.

* Todos os dias escrever o que fizeram para chegar ao objetivo que desejam, como se sentem e quanto tempo demoraram.

Para que seja possível resistir à desmotivação provocada pelo receio de sair da zona de conforto, é importante refletir sobre o facto de se sentirem como a maior prioridade para vocês próprios. É necessário que todas as atitudes tomadas sejam no sentido de promover o amor e não o desagrado, o pessimismo e o descontentamento, como por exemplo:  Queremos atingir um determinado peso porque queremos sentir-nos ágeis e saudáveis e não porque não gostamos de algum aspeto do nosso corpo.

Como reconheço a dificuldade que existe no levantamento de hábitos que podem significar total melhoria a nível da saúde e bem-estar, deixo-vos alguns que podem implementar já a partir de hoje: * Iniciar o dia com algum ritual que vos faça sentir bem, que leve o vosso corpo e mente a despertar de forma feliz. O ideal é fazerem algo que vos acorde como por exemplo alguns alongamentos, para o caso de terem apenas cinco minutos disponíveis, yoga, uma corrida, caminhada, entre outros.

* Beber água morna com sumo de meio limão em jejum para ajudar na hidratação e fortalecer o sistema imunitário;

* Fazer refeições que vos façam brilhar de dentro para fora, sem sensação de culpa;

* Ter uma rotina noturna que envolva desligar a mente. Podem recorrer a um chá calmante, queimar óleo essencial de lavanda, ou ler um livro.

O meu desafio para este mês de abril é que voltem novamente a relembrar os objetivos aos quais se propuseram no início do ano e que resistam a toda a desmotivação que pode implicar torná-los uma realidade na vossa vida. Posso contar com a vossa determinação?

Imagem
LARA NAYR
FUNDADORA DO PROJETO:“EUQUILIBRIO”
www.facebook.com/euquilibrio
euquilibrioblog@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2018
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

0 Comments

O Combate Espiritual: Uma Forma de Resistência

1/4/2018

0 Comments

 
Imagem
A vida espiritual é feita de combates interiores. É fundamental nunca desistir da prática: aquela que é melhor para si. Saiba como resistir à visão redutora do ego.
Por Paulo Hayes


in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2018

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

​Há uma certeza na vida: tudo muda. Gerir a mudança é fundamental para nos adaptarmos a novas realidades. Nascer, crescer, envelhecer e morrer, são talvez as maiores alterações da nossa vida, enquanto estamos num corpo. Essas fases da vida são ‘normais’ para todos os seres humanos, pelo que é impossível resistirmos, nomeadamente à sua não ocorrência. Podemos, isso sim, aceitar e tentar amplificar essas experiências e vivências, no sentido de nos trazerem maior autoconhecimento e felicidade.
 
No entanto, na doença e nos projetos, na profissão e nos objetivos, entre outros, devemos aplicar alguma resistência. Entenda-se que resistência não é, per si, negativa. Resistir é uma atitude natural na qual manifestamos um ´modus facere’ ou de encarar algum assunto correspondente à melhor opção disponível, num determinado momento da vida. Resistir é, também, acreditar que, mais tarde ou mais cedo, vamos receber os frutos resultantes da nossa conduta ética e espiritual. Resistir é, enfim, uma defesa: a dos princípios individuais, sociais, espirituais, que não devem mudar com a corrente das marés e com as modas temporárias, com aquilo que os outros nos dizem ou deixam de dizer.
 
Na vida espiritual, de acordo com algumas tradições, fala-se em ‘combate espiritual’, isto é, a sublimação da natureza das paixões e desejos inferiores em características mais sublimes na vida do espírito. A noite escura referida pelos místicos, relacionada com o lado negro da alma, é uma oportunidade para o praticante resistir e dominar os seus sentidos, sublimar a visão egóica que o afasta de uma realidade perfeitamente feliz. A purificação do coração, através de orações, meditação, análise e pensamento autorreflexivo, posturas psicofísicas acompanhadas da regulação dos ritmos respiratórios ou relaxamento profundo, ações positivas em prol do bem comum, são algumas das técnicas possíveis. É verdade que todas estas práticas implicam um esforço e devem ser supervisionadas por alguém com mais experiência, a fim de contornar ou mesmo evitar alguns dos obstáculos lançados pelo ego. Esta operação é inequivocamente difícil, implica resistência e esforço, mas é a única estratégia para a transformação interior que, por fim, desagua no esclarecimento intelectual e espiritual. A luz, referenciada em diversas tradições, é o fruto da experiência luminosa e uma recompensa do nosso esforço, alavancado pela resistência interior, da demanda no aperfeiçoamento interior.
 
A desistência poderá localizar-se exatamente nas antípodas da resistência. Não se desiste, jamais, da vida espiritual, como de toda a vida em geral. Resiste-se sempre, acredita-se sempre! Todas as mudanças são possíveis e as experiências passadas, como já foi referido, são uma escola da vida. Não desistir é precisamente resistir e simultaneamente persistir.
 
A resistência, por sua vez, implica compromisso, esforço e disciplina. Por exemplo, na meditação ou em outras técnicas espirituais, é dito que a prática deve ser firme e continuada durante um longo período.
 
É mais do que certo que, nas sociedades modernas, nós temos cada vez menos tempo. Melhor dizendo, temos mais tarefas e projetos para encaixar no mesmo tempo. Há que fazer uma escolha qualitativamente consciente pois a história do tempo é mais psicológica do que cronológica. Nós construímos a nossa realidade temporal e somos o resultado das nossas escolhas.
 
Pare um pouco e aproveite intensamente o seu tempo: o de Ser. Resista à passividade, por vezes imanente, da ideia popular de que não podemos mudar o mundo. Mude o seu mundo interior, resista e esforce-se por algum tempo de qualidade para a sua vida, de felicidade e conhecimento interior. Isto só pode ser feito através de um compromisso com uma prática espiritual: aquela que cada um escolhe e sabe que é melhor para si próprio. 
​
Imagem
PAULO HAYES
DOUTORANDO EM HISTÓRIA E CULTURA DAS RELIGIÕES NA UNIV. LISBOA
FORMADOR DE YOGA, MEDITAÇÃO, YOGATERAPIA
www.paulohayes.com
paulo.hayes@gmail.com

​in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2018
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

0 Comments

Pelo direito de não Resistir

1/4/2018

0 Comments

 
Imagem
A Resistência encerra um medo. Romper com esse medo é diretamente proporcional ao sofrimento. Esta equação dará a força motriz para a mudança.
Por Sofia Pérez


in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2018

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Todos já sentimos aquela força interior que nos impele rumo aos nossos sonhos, e uma outra força que nos imobiliza, que nos torna escravos, uma Resistência que teima em permanecer em nós. Uma Resistência que nos faz permanecer em situações que nos trazem sofrimento, ignorando todos os gritos mudos do nosso corpo e indo até ao limite do absurdo, para nos agarrarmos a algo que muitas vezes nem sabemos definir muito bem, o porquê.

Há um medo entranhado em nós que nos paralisa, principalmente no que toca às grandes decisões, entre as quais a nossa vida profissional.

Resistir num emprego ou numa profissão de que não se gosta está muito assente no medo do desconhecido. Romper com esse medo é diretamente proporcional ao sofrimento vivido diariamente pela pessoa no desenvolvimento da sua atividade profissional. Esta equação dará, a essa mesma pessoa, a força motriz para a mudança, ou não.

A identidade cultural também tem influência nesta Resistência. Observemos o povo latino português: as expressões “vai-se andando” e o “tem de ser” são sobejamente utilizadas. O sonhar com o fim-de-semana e sentir, em cada domingo à noite, a ansiedade e a melancolia da segunda que está para chegar, para começar tudo outra vez, está muito imbuído na nossa forma de estar, tida como normal. Mas será mesmo? Também nos está “no sangue” este arrastar, esta tristeza latente que o nosso Fado expressa tão bem. Repetimos os padrões de gerações anteriores. Nunca nos questionamos se a vida profissional que, para a esmagadora maioria de nós, ocupa a maior parte do dia, tem de estar associada a sofrimento. Resistimos e vamos “andando”, às vezes já meio atordoados, numa espécie de “anestesia padronizada” e entranhada, autoadministrada.

E neste processo de Resistir, muitas vezes somos forçados a paragens intermitentes, e a outras definitivas. A mente por vezes cede a essa Resistência, e o corpo, que tudo somatiza, um dia, finalmente, ganha voz.

Não, não é nada fácil conciliarmos os nossos sonhos com a preocupação diária e real, a que damos o nome de sobrevivência. Quer queiramos quer não, o dinheiro faz falta. Mas estamos agarrados à ideia de que, para sobrevivermos, devemos dedicar todo o nosso tempo e a nossa energia a tarefas árduas e desagradáveis. E continuamos a Resistir. Não tem de ser assim, é imprescindível que revisitemos estas crenças que limitam e condenam muitas vidas a apenas um vislumbre do que poderiam ser.

A Resistência não se centra apenas na questão: mudar ou não mudar de emprego ou de profissão. Antes de uma eventual rutura, deverão ser analisados outros fatores, nomeadamente: se as nossas competências profissionais estão de acordo com aquilo que desejamos obter na nossa profissão ou no nosso emprego; observar a forma como comunicamos as nossas ideias e projetos, e aferir se é coerente com a “linguagem” utilizada pelo nosso chefe e com todo o ambiente profissional. Por outro lado, também é muito importante averiguarmos se as nossas queixas constantes dos colegas e das chefias não são também apenas outras formas de Resistência. Qual é o nosso grau de Resistência, quando se trata de fazermos esta autoanálise?

Autoconfiança, foco e estratégia são a base para qualquer mudança. Quem está infeliz com o seu emprego ou com a sua profissão, e não ousar fazer diferente, continuará a colher exatamente o mesmo. A falta de autoconhecimento, autoconfiança e de automotivação, a par do medo, colocam-nos à mercê da Resistência. É incrível como desistimos dos nossos sonhos por medo: medo de falhar, medo da rejeição, medo de não termos apoio, medo de trocar o conhecido pelo desconhecido. Convencemo-nos, até, que Resistimos, não por medo, mas porque acreditamos que não temos alternativa ou outra saída. Pode não parecer à primeira vista, mas, realizar o sonho de fazer o que nos apaixona envolve muitos tijolos e sacas de cimento. E o caminho é tortuoso, cheio de curvas duvidosas, subidas difíceis e descidas repentinas. Um caminho que põe à prova a fibra de que somos feitos e que exige de nós toda a nossa força, foco e resiliência, se queremos ser bem-sucedidos. Sortudos são os que se apercebem de que um caminho é isto mesmo e não uma autoestrada de asfalto acabada de construir!

Não deveríamos ter todos nós, a responsabilidade de procurarmos ser melhores em todos os sentidos e de nos superarmos diariamente? Lapidarmo-nos, na alegria e no prazer, na dor e na frustração? De entendermos que tudo é impermanente e que não controlamos quase nada? É a nossa bússola interior que indica o caminho para a nossa felicidade, a felicidade que nos faz sentido, a de cada um, não padronizada nem direccionada. Combater a Resistência a essa Felicidade, é imprescindível e vale todas as nossas tentativas. Desistir não é de todo, uma opção.
 
Imagina! Eu imagino-os também, os que chegaram aos dias do fim. Esfomeados de vida, arrependidos, por nem sequer terem tentado.
​
Imagem
SOFIA PÉREZ
COACH HOLISTICO E HIPNOTERAPEUTA TRANSPESSOAL
www.coachsofiaperez.com
coachsofiaperez@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2018
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

0 Comments

Do Resistir ao suster

1/4/2018

0 Comments

 
Imagem
Do Resistir ao suster. Neste artigo encontrarás uma nova forma de encarar os desafios que se colocam no caminho para a materialização dos teus sonhos, com leveza. Além de ser apresentada uma prática concreta para desenvolveres em ti essa capacidade.
Por José Manuel Rodeia Rocha Parreira


in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2018

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

O convite para escrever este artigo para a revista progredir, como tudo na vida, não podia ter chegado em melhor altura.

Especialmente quando se tem ideais elevados e sonhos grandes (acredito que todos os temos no coração), acontece encontrarmos imensos desafios e resistências. Em nós, nos outros e na vida. A vida testa a nossa confiança, determinação e coragem. Dá nos sinais e guia nos. Não há que temer, mas observar, respirar, aceitar e compreender. Na verdade, não são pedras no caminho, são bênçãos encobertas, estão ali para nos ajudar a tornar pessoas melhores.  

Mas esquecemos nos muitas vezes. Pensamos em desistir. Se é a minha missão, a minha lenda pessoal, porque será que a vida não flui sempre? Porque encontramos resistências? criticas? opiniões contrárias e não parecemos ter toda a ajuda de que necessitamos?

Não sou adepto do esforço. acredito que quando a energia é necessária, surge. Mas a verdade é que há padrões que se repetem na nossa vida. se queremos realmente progredir, temos de tomar consciência dos mesmos, resistir a nos deixarmos ficar na nossa zona de conforto (bem protegidos pelo nosso instinto de sobrevivência) e agir de forma inovadora. Arriscar, quando damos o passo o chão aparece.

O futuro deixado a si mesmo apenas repete o passado, agora e no presente podemos fazer diferente.

Temos a liberdade de escolher, com sabedoria e coragem, o que fazer com o tempo que nos é dado.
​
De forma inovadora, gosto de pensar no verbo resistir com a leveza que a palavra não tende a transmitir. Gosto da palavra suster. Mais do que Resistir "à força" e com grande dor e conflito pessoal (interno e externo) a palavra suster transmite compreensão e aceitação. Desta forma, resistimos, sim. Persistimos, sustendo o presente de forma consciente e leve.

Enfrentamos a realidade da situação, mas com a luz da consciência do desafio e oportunidade de desenvolvimento pessoal que aí se encerra.

Perante uma surpresa menos agradável com que somos confrontados, podemos escolher reagir de forma automática e inconsciente ou observar, respirar e estar presente, sustendo e escolhendo agir a partir da consciência. Pode ser decisivo não nos identificarmos com as emoções que a situação nos leva a sentir. Criando uma distância justa e não nos deixando levar pelas emoções, não abdicamos da nossa intrínseca liberdade, do nosso poder pessoal.

Não fugimos da situação, a nossa atitude pode ser decisiva, atenção ao nosso corpo e postura. Podemos permanecer no mundo sem "sermos deste mundo".

Compreender, questiona qual o nosso papel e missão em cada momento?
Como posso servir a vida, em mais esta oportunidade de crescimento e aprendizagem?
O que tenho a aprender?
Que parte de mim se pode desenvolver e evoluir, neste momento concreto?

Qual é o propósito mais elevado que se pretende manifestar e servir? para além de mim e do meu ego?

Para além da nossa personalidade, da nossa pessoa há algo transpessoal que nos nutre, guia e orienta. como é que a situação em causa se encaixa, me pode ajudar a transformar me na pessoa que pode materializar os sonhos que tenho dentro de mim? Qual o próximo passo a dar?

Em 2003, na minha primeira viagem à Índia, contaram-me a metáfora do búfalo e do cavalo. O cavalo representa a nossa mente e o búfalo as nossas ações, o cavalo é muito mais veloz e chega mais longe, muito mais depressa (assim são os nossos pensamentos e visão), enquanto que o búfalo é mais lento, pausado e atento, desfrutando mais de cada passo dado. por maior e inalcançável que nos pareça a nossa visão e sonho. Há sempre um próximo passo simples, enraizado e concreto a dar, nessa direção.

Comecei por dizer que a escrita deste artigo vinha na melhor altura pois enfrento situações desafiantes (na minha própria escala) que me impelem a dar novo salto de crescimento e enraizamento neste mundo, ao mesmo tempo que sou chamado a estar presente com tudo o que sou. com a devida coragem em ser genuíno.

Cada pessoa tem os seus próprios e únicos desafios a superar no seu caminho que é precioso para o todo. Por vezes, quando pensamos e sentimos que já não aguentamos mais, a vida trata de nos relembrar, uma e outra vez, que temos acesso a uma fonte inesgotável de energia que está sempre lá e redescobrimos, como que por magia, forças que não sabíamos que tínhamos dentro de nós.

Mas não nos enganemos, haverá momentos e situações em que não conseguimos, perante o chamamento da vida...paralisamos, não sabemos se havemos de dizer que sim, ou que não. Protegemos nos e permitimos nos amavelmente (de preferência) continuar na mesma. ainda assim, não há drama, nem problema nenhum, se não o quisermos criar. A vida encontra um novo equilíbrio e ocorre um novo ajustamento. tudo está bem assim. temos esse direito de brincar, na nossa zona de conforto, com o que nos dá prazer. De descansarmos e nos aceitarmos totalmente.

Podemos sempre olhar no espelho, olhos nos olhos e dizer sinto muito, perdoou me, amo me e sinto me grato pelo dom da vida.

A vida é perfeita assim como a nossa vontade de a mudar. Logo, no instante seguinte podemos continuar o caminho evolutivo com o espírito de serviço que nos transcende.

Na verdade, "só" temos de mudar é nossa Forma de ver o mundo. É simples e depois de ver já não podemos dizer que não vimos se ainda não viste, oportunidades não faltarão para te relembrar do que és.

Perante os desafios que o mundo atravessa hoje, de transformações profundas ao nível individual, social e ambiental, talvez nunca como hoje a necessidade de suster foi tão grande. Ao mesmo tempo tudo isto anuncia uma nova era de consciência, um novo patamar fantástico de progressão evolutiva.

Assim, não há que temer, mas pelo contrário, compreender que é uma bênção viver e testemunhar estes tempos. Nunca na historia se materializaram tantos seres humanos a caminho de descobrirem o seu único e precioso potencial humano e a poderem contribuir/enriquecer o todo.

Uma prática de reconecção, expansão de consciência e de autoconhecimento muito útil e importante é a meditação transpessoal. Que assenta em três pressupostos muito simples. Postura, respiração e atitude. Podemos e devemos sempre tirar uns minutos por dia para nos sentarmos em silêncio, com a coluna direita e respirarmos. Com a devida atitude mental de observação/testemunha sem Julgamentos, podemos nutrir este espaço/tempo de amor por nós. O nosso centro.

Somos, na verdade, seres espirituais numa aventura humana.

Levantamos nos, resistimos firmes, mas de forma leve sustemos, acompanhamos, sorrimos e avançamos confiantes, um passo de cada vez na direção que materialize os nossos sonhos. O sucesso é a realização progressiva de um ideal elevado.

A única forma dos nossos sonhos não se materializarem é se desistirmos deles.
​
Imagem
JOSÉ MANUEL RODEIA ROCHA PARREIRA (JP)
INSTRUTOR DE MEDITAÇÃO TRANSPESSOAL
www.jardineirodesonhos.com
www.jardineirodesonhos.com/meditaçãotranspessoal
meditadortranspessoal@gmail.com

​in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2018
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

0 Comments

    Voltar ao Início


    Autor

    Revista Progredir, o desenvolvimento pessoal ao seu alcance

    Categorias

    Tudo
    Desafios Do Feminino
    Espiritualidade
    Filosofia De Vida
    Finanças
    Life Style
    Mudança Tranquila
    Philosofias
    Relacionamentos
    Saúde
    Vida Profissional

    Arquivos

    Março 2023
    Fevereiro 2023
    Janeiro 2023
    Dezembro 2022
    Novembro 2022
    Outubro 2022
    Setembro 2022
    Agosto 2022
    Julho 2022
    Junho 2022
    Maio 2022
    Abril 2022
    Março 2022
    Fevereiro 2022
    Janeiro 2022
    Dezembro 2021
    Novembro 2021
    Outubro 2021
    Setembro 2021
    Agosto 2021
    Julho 2021
    Junho 2021
    Maio 2021
    Abril 2021
    Março 2021
    Fevereiro 2021
    Janeiro 2021
    Dezembro 2020
    Novembro 2020
    Outubro 2020
    Setembro 2020
    Agosto 2020
    Julho 2020
    Junho 2020
    Maio 2020
    Abril 2020
    Março 2020
    Fevereiro 2020
    Janeiro 2020
    Dezembro 2019
    Novembro 2019
    Outubro 2019
    Setembro 2019
    Agosto 2019
    Julho 2019
    Junho 2019
    Maio 2019
    Abril 2019
    Março 2019
    Fevereiro 2019
    Janeiro 2019
    Dezembro 2018
    Novembro 2018
    Outubro 2018
    Setembro 2018
    Agosto 2018
    Julho 2018
    Junho 2018
    Maio 2018
    Abril 2018
    Março 2018
    Fevereiro 2018
    Janeiro 2018
    Dezembro 2017
    Novembro 2017
    Outubro 2017
    Setembro 2017
    Agosto 2017
    Julho 2017
    Junho 2017
    Maio 2017
    Abril 2017
    Março 2017
    Fevereiro 2017
    Janeiro 2017
    Dezembro 2016
    Novembro 2016
    Outubro 2016
    Setembro 2016
    Agosto 2016
    Julho 2016
    Junho 2016
    Maio 2016
    Abril 2016
    Março 2016
    Fevereiro 2016
    Janeiro 2016
    Dezembro 2015
    Novembro 2015
    Outubro 2015
    Setembro 2015
    Agosto 2015
    Julho 2015
    Junho 2015
    Maio 2015
    Abril 2015
    Março 2015
    Fevereiro 2015
    Janeiro 2015
    Dezembro 2014
    Novembro 2014
    Outubro 2014
    Setembro 2014
    Agosto 2014
    Julho 2014
    Junho 2014
    Maio 2014
    Abril 2014
    Março 2014
    Fevereiro 2014
    Janeiro 2014
    Dezembro 2013
    Novembro 2013
    Outubro 2013
    Setembro 2013
    Agosto 2013
    Julho 2013
    Junho 2013
    Maio 2013
    Abril 2013
    Março 2013
    Fevereiro 2013
    Janeiro 2013
    Dezembro 2012
    Novembro 2012
    Outubro 2012
    Setembro 2012
    Agosto 2012
    Julho 2012
    Junho 2012
    Maio 2012
    Abril 2012
    Março 2012
    Fevereiro 2012

    Feed RSS

cONTEÚDOS

Entrevistas
Artigos por Pedro Sciaccaluga
Glossário
Polaroids & Slides
Artigos
Blog Artigos Revista Progredir
Partilhas do Leitor
Vídeos

Sobre nós

Estatuto Editorial
Visão, Missão, Valores
Equipa
Participe
Eventos
Contactos
Ideias e Harmonia


Publicações

Agenda

Quer ganhar?

parceiros

Publicidade

Loja

© Copyright 2012 - Revista Progredir | Rua Lino de Assunção nº 24, Paço de Arcos 2770 - 109 (Oeiras) | 21 443 83 05 | geral@revistaprogredir.com