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As Finanças do Prazer

1/8/2017

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A chave da expansão sustentável do prazer que vale a pena explorar é a sua verdade pessoal: Reflita sobre as bases em que usa as suas finanças para a cumprir.
Por Júlio Barroco


in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2017

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

​Talvez a pergunta mais imediata que se impõe quando queremos conjugar as ideias de prazer e dinheiro seja:
 
- De que formas podemos maximizar o prazer que o dinheiro nos traz?
 
A Wikipédia diz que o prazer é “uma classe ampla de estados mentais que os humanos e outros animais experienciam como positiva, agradável ou que valem a pena procurar”. E realça que “a experiência de prazer é subjetiva e diferentes indivíduos irão experienciar diferentes tipos e montantes de prazer na mesma situação“ (tradução livre de “Pleasure”). Ou seja: cada pessoa tem a sua própria experiência de prazer, que é um dos sinais mais inequívocos da sua expressão única e autêntica. O que nos aponta para outras duas questões:
 
- O que é que nos dá, a nós em concreto, prazer?
- Como é que o dinheiro nos permite ou ajuda a obter essas fontes de prazer?
 
Podemos seguir diferentes caminhos para encontrar as nossas respostas. Numa perspetiva de desenvolvimento humano, tendemos a estar interessados em criar e sustentar o prazer e o bem-estar de forma holística. Isso não quer dizer que sejamos obrigados a excluir esta ou aquela fonte de prazer, mas sim que procuramos que as fontes de prazer tenham mais consequências positivas e duradouras no nosso bem-estar como um todo do que o contrário, sejam elas quais forem: procuramos que essas fontes nos dêem mais e melhor daquilo que procuramos para sermos quem somos.
 
A este nível, as mesmas perguntas fundamentais que nos servem há milénios continuam a servir-nos de orientação aqui:
 
Quem sou eu?
No que me quero tornar?
O que quero alcançar?
 
Vamos imaginar, muito resumidamente, duas identidades (fictícias) nesta base, a da Joana e a do Pedro, diferentes mas equivalentes na dimensão de verdade pessoal enquanto chave de expansão sustentável do prazer que estamos a explorar.
 
A Joana, com 22 anos, vê-se como uma jovem séria, inteligente e determinada. No seguimento do trabalho de auto conhecimento que tem vindo a aprofundar percebeu que tem mesmo a alma de professora que a levou à licenciatura em Pedagogia, mas que não se identifica com o sistema de ensino tradicional, pelo que irá dedicar-se a criar soluções alternativas na área da aprendizagem e desenvolvimento para jovens: quer servir a nova vaga de educação holística em franca expansão deixando uma marca sem fronteiras. Ter dívidas de longa duração é algo fora das suas intenções, pois considera que lhe retiram liberdade de movimentos. Para ela, o sonho deve mesmo comandar a sua vida: tudo deve contribuir para ou ajustar-se a ele.
 
Já o Pedro (com a mesma idade) sabe que sempre gostou de viver descontraído e com bom humor, com uma boa dose de conforto. E assim quer continuar, pelo menos enquanto não lhe ocorrer nada melhor. Terminou o 12º ano e resolveu dedicar-se à atividade comercial, pois adora criar relações e fá-lo muito bem. Para si o trabalho é algo que deve oferecer o suporte de tudo o resto que vida tem para nos oferecer. Assim que puder, quer ter “o seu castelo”, e tenciona pedir um empréstimo à habitação a 30 anos para o conseguir assim que for viver com a futura esposa. Para ele o mais importante é ter condições para desfrutar de lazer com a família e os amigos, e ser o facilitador de união entre todos de que muito se orgulha.
 
Com base nestes dois “bonecos”, podemos equacionar respostas financeiras bastante distintas para a geração de prazer. O Pedro reserva uma fatia significativa do dinheiro que já ganha no trabalho que faz para circunstâncias como jantares, fins de semana ou viagens, sem se esquecer de pôr de parte uma quantia fixa para dar de entrada para a futura casa, e sente que vale a pena. Para ajudar o grupo, e também controlar melhor as despesas das saídas, procura ser ele a marcar os eventos dos seus grupos, e fá-lo com semanas ou meses de antecedência.
 
Já a Joana é uma consumidora ávida de livros, formações e tudo o que a faça sentir que se aproxima cada vez mais da confiança e dos resultados que precisa para cumprir o seu projeto. Ainda vive com os pais e não pretende comprar casa num futuro próximo, preferindo pensar em arrendar. Ela reflete sobre os passos que deve dar para orquestrar o leque de competências e saberes que quer ter, e tem estratégias e métodos para o fazer, como as listas de compras e investimentos desejados que usa para alimentar o seu orçamento mensal, que por sua vez relaciona com o percurso de aprendizagem que está a trilhar.
 
Independentemente das escolhas de cada um, e do maior ou menor nível de abundância e fluxos financeiros de que disponham, a chave é e será sempre a adesão das decisões financeiras à sua verdade pessoal, da forma como a vejam melhor em cada momento e com a firmeza flexível de ser fiel ao que isso implica.
 
É por isto mesmo que o principal desafio financeiro de cada um é o mesmo, para eles, para mim e para si: usar o que se tem e quer ter ao serviço do que se é e quer ser, fazendo os ajustes necessários ao caminho e dispensando os guiões alheios ou pré-definidos. Prazer pode e deve ser o que cada um quiser! Que seja pelo melhor.

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JÚLIO BARROCO
DREAMER & CHANGER EVENTOS, FORMAÇÃO, COACHING, CONSULTORIA
dreamsandchanges@gmail.com
“Sonhar Sem Agir É Como Amar Sem Cuidar.”

​in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2017
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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O Prazer da Espiritualidade

1/8/2017

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A espiritualidade nasce com cada um de nós. Todos somos Seres Espirituais. Errado seria pensar que o contrário fosse. Simplesmente cada pessoa é uma pessoa e o seu grau de espiritualidade vai diferenciar de acordo com as suas práticas. Ou seja, quanto mais integrares em ti os conhecimentos que tens vindo a adquirir ao longo da tua vida, maior é tua conexão espiritual.
Por Rute Calhau


in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2017

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

No campo da espiritualidade também existe muita auto sabotagem. Devemos estar atentos e criar um bom filtro para que a nossa intuição possa então ser uma aliada e não uma deturpadora. No entanto, independentemente de estarmos mais ligados ou não, devemos sempre aceitar com sabedoria as nossas vivências e aprendizagens, pois se não fosse exatamente aquela situação em si, aquela mesma que custou horrores a passar, não seriamos aquilo que somos hoje. Há que aceitar e respeitar o passado, presente e futuro. Porque cada coisa tem o seu tempo e devemos saber separar as “águas” (emoções).

Espiritualidade é saber gerir a conexão divina com a conexão terrena, independentemente de religiões ou crenças. É saber integrar o aprendizado no seu dia-a-dia. É agir em conformidade de pensamento. Dizer e fazer. Agir. Tomar a ação.

É aprender a estar no caminho do meio (equilíbrio).

De nada adiante tirar mil cursos (espirituais e energéticos) se não aplicarmos em nós. Há quem não tenha nenhum e seja mais conectado a nível espiritual. Uma coisa não invalida a outra.
Espiritualidade é tão simples e complexo.

O prazer da espiritualidade está exatamente nas pequenas coisas. Nas coisas simples. No simplesmente Ser. Na conexão com a tua essência.

Ao longo da nossa vida, vamos passando por várias fases. Umas mais atribuladas que outras. E isso vai-nos levando cada vez mais para longe de nós. Entrando em esquecimento aquilo que Somos.

Mas tudo faz parte de um aprendizado e tudo tem o seu tempo, pois tudo isso vai levar a um crescimento interno e a uma sabedoria que mais ninguém tem. A tua história é a tua história. E o máximo que podes fazer é partilhar com os outros, pois cada um tem o seu caminho a percorrer.

No meio de tanta peripécia terrena, grande parte das pessoas, busca algo em que possa acreditar. Uns em Deus, outros numa força Universal… seja o que for. O que é importante é perceber que é necessário criarmos união de forças para que nos traga mais esperança numa vida melhor e pacificar assim também o coração.

Na busca da espiritualidade muitos são aqueles em que se deslumbram de fanatismos. As polaridades; Os extremos; Por vezes são necessários; Como viver na Luz e na Sombra; Ambas estão interligadas.

No início, quando se busca respostas com a espiritualidade (meditações, práticas energéticas e espirituais), pode tornar-se um pouco chato todas aquelas técnicas que se aprende, no sentido em que não estamos habituados a elas mesmas. No entanto, não desesperem. Tudo faz sentido. Com a prática, começamos a ganhar a sabedoria de as colocar em prática de uma forma mais subtil, e isso torna-se prazeroso no nosso dia-a-dia, no sentido em que estando mais conectados e com o nosso filtro mais limpo (porque trabalhamos, fazemos um esforço para isso), as canalizações que iremos obter serão mais cristalinas, mais límpidas.

O prazer da espiritualidade está mesmo é na sabedoria de colocar em prática no seu dia-a-dia todas as ferramentas que se foram adquirindo ao longo da vida, para nos ir auxiliando nos nossos processos internos.
​
O prazer da espiritualidade está em sermos nós próprios a cada momento, aceitando-nos, amando-nos e respeitando-nos. Porque sem isso, nada nem ninguém irá fazê-lo por nós. Devemos sim buscar dentro o que não se encontra fora. O segredo está mesmo na essência de cada um. Por isso mesmo, a proposta é voltares a ti e tornares-te espiritualmente prazeroso (harmonizado/a). 
​
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RUTE CALHAU
NATUROPATA E TERAPEUTA HOLÍSTICA; LIFE COACH – PNL – HIPNOTERAPIA;
MESTRE DE REIKI ESSENCIAL; MASSAGEM TERAPÊUTICA / ESSENCIAL; LIBERTAÇÃO DE CORDAS COM OS ANJOS; ORIENTAÇÃO ESPIRITUAL E EMOCIONAL
www.facebook.com/RuteCalhauTherapies
rutecalhau.therapies@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2017
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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Prazer, um aliado da saúde

1/8/2017

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É importante que cada um descubra o que lhe dá prazer. Para além de comida e sexo existe o mais importante: O prazer das pequenas coisas. A ansiedade e a culpa impedem o usufruto pleno do prazer. Memorizar momentos de prazer aumenta a nossa sensação de saúde e bem-estar.
Por Cristina Marreiros da Cunha


in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2017

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

​“Estou a escrever este texto na varanda acompanhada por um copo de sumo de toranja com gelo. Neste momento muitos dirão: toranja? bahh que horror, como é possível?”

Pois, o prazer tem destas coisas. O que apraz a uns não apraz a outros; e por isso é tão importante que cada um descubra o que lhe dá prazer e que dê a liberdade aos outros de o fazer também.

Iniciei, dando este exemplo, pois, para mim, é um prazer poder estar, num dia quente, a usufruir de alguma brisa em jeito de carícia fresca, acompanhada de uma bebida do meu agrado, ao mesmo tempo que reflito e procuro palavras para transmitir o(s) caminho(s) do(s) meu(s) pensamento(s). Ao ter consciência disso, (e, para mim, escrever não é um prazer, mas consigo, assim, que de alguma forma o esteja a ser) posso memorizar este momento de prazer aumentando a minha sensação de bem-estar. E, como se calcula, a sensação subjetiva de bem-estar faz bem à saúde.

Saúde e prazer parece que nem sempre combinam. Há alturas em que nos deixamos levar inteiramente pela compulsão de aumentar os níveis de prazer, numa busca constante e ansiosa de mais e melhor, esquecendo que, o que algumas vezes se passa, é que estamos com uma incapacidade de tirar partido do momento presente, na maior parte das vezes por problemas passados, que nos projetam sempre e sempre em antecipações futuras e nos roubam o prazer de simplesmente estar no presente. A ansiedade constante arruina a fruição do prazer. E, não conseguir desfrutar do prazer, dificulta também a vivência da dor duma forma adaptativa.

Seria quase impossível falar de prazer não abordando dois dos maiores prazeres: O prazer da mesa e o prazer da cama, ou, dito de outra forma, o prazer da comida e o prazer do sexo.

O prazer que os sabores de que mais gostamos nos dá, pode ser, dependendo do gosto de cada um, a nossa perdição. Quando sonhamos com enchidos e açordas, com ensopados e feijoadas, com gelados e doces conventuais e com tudo o mais que regala o olho e o palato, seja doce, salgado ou picante, mas muito calórico, demasiado gordo, etc, é natural que tenhamos alguma dificuldade em usufruir deste prazer sem consequências drásticas para a saúde, porém, isto jamais poderá significar que prazer e saúde são incompatíveis, ou que ter prazer é inimigo da saúde, ou, que para se ser saudável há que renunciar ao prazer.

Nada poderia estar mais errado. Para se ter saúde tem de se evitar excessos, mas nunca o prazer. O que podemos é educar o prazer. Como? Precisamente saboreando melhor e mais lentamente degustando e não, comendo sofregamente. Também será importante ir encontrando prazer na descoberta de muitos e variados alimentos e bebidas saudáveis, tentando que a ingestão do que é tido como “fazendo mal em excesso”, seja feita com menos frequência e em menores quantidades, mas sempre sem culpa. A culpa impede o usufruto pleno do prazer! Quem tem prazer em correr, caminhar ou praticar desporto, consegue reequilibrar alguns excessos de mesa e ainda melhorar a saúde.
 
No prazer do sexo, a culpa está também muitas vezes presente, e, mais uma vez, onde há culpa não há possibilidade de usufruto pleno de prazer.

A sexualidade bem vivida é, das melhores e maiores fontes de prazer e bem-estar, e um excelente exercício físico, mas tal como noutros campos, a ansiedade e a incapacidade de viver o momento com a vulnerabilidade e intimidade necessárias, podem levar, ou ao não-prazer, ou à necessidade de procurar intensificar o prazer de modos menos saudáveis (por exemplo recorrendo ao uso de substâncias tóxicas duma forma sistemática, ou quase).

Esta estratégia surge numa tentativa de abrilhantar sensações que se vão sentindo como mais pálidas e a escoar por entre os dedos, por vezes porque se procura no sexo o que ele não pode dar só por si, falo de verdadeiro envolvimento afetivo com os outros e com a vida. Embora nalguns casos o sexo possa ser uma ótima ajuda para uma maior aproximação, motivação e gratificação, uma vez que gera prazer, noutros casos, onde ele tenta substituir outras necessidades, pode criar um vazio ainda maior.

Mas, há muitíssimos prazeres para além de comida e sexo. Temos tendência a esquecer o mais importante: O prazer das pequenas coisas, que, por norma, são extremamente saudáveis, não envolvendo consumos, nem excessos.

Aquele prazer que temos em dar, em partilhar, em descobrir, em observar, em cheirar, em escutar, em acariciar, em conviver, em sorrir, em abraçar, em partir, em chegar, em relacionar, em planear, em fazer (construir, esculpir, cozinhar, dançar, cantar, tocar, pintar, bordar, ler, escrever, etc), ou seja em toda uma série de atividades que estão, ou podem estar, presentes no nosso dia-a-dia, mas que tantas vezes deixamos escapar sem notar, sem permitir que os nossos olhos “retinem”, que os nossos sentidos absorvam, sem permitir que a memória os retenha e lhes dê significado.
​
É conseguindo saborear esses pequenos prazeres da vida, que podemos aumentar a nossa coleção de momentos de felicidade que nos proporcionam uma incrível sensação de bem-estar.
​
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CRISTINA MARREIROS DA CUNHA
PSICÓLOGA E PSICOTERAPEUTA
www.espsial.com

​in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2017
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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O prazer de ser ninguém especial

1/8/2017

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Vivemos em nós memórias de gerações que nos dizem que o prazer é sinónimo de pecado. Que temos que estudar e trabalhar muito para podermos pertencer e ter algo. Recheamos o currículo. A nossa marca: Vende-se! Será que não demonstramos apenas a nossa carência de nós mesmos?
Por Ana Infante


in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2017

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Prazer. Deleite. Delicia. Satisfação. Alegria. Jubilo. Exultação.
As palavras têm uma força colossal. Têm um impacto muito grande em nós. O que sentem ao ouvir a palavra prazer? O que sentem ao ouvir a palavra prazer entrelaçada com a vossa vida profissional?
 
Vivemos em nós memórias de gerações que nos dizem que o prazer é sinónimo de pecado. Transgressão. Crime. Comer um gelado, comer um bolo, fruir da cama depois de acordar, dar um longo beijo na rua, dar um demorado e dilatado abraço, tirar os sapatos no jardim e andar descalço, não usar relógio, tomar um longo banho de imersão, tirar férias.
 
Habitamos memórias que nos dizem que temos que estudar muito, trabalhar ainda mais, para podermos pertencer e ter algo. Fortunas. Bens. Posses. Relações. Esforço é a palavra de ordem. Exigência é requisito para a subida de escalão. Imposição para a necessidade de Ser.
 
Perseguimos e recheamos o currículo. Títulos. Rótulos. Somos embalagens de supermercado com códigos de barra. Quantos mais melhor. A nossa marca: Vende-se! Quem nos quer comprar? Será que não demonstramos apenas a nossa extrema carência e ausência de nós mesmos? A necessidade que temos em sermos vistos? Reconhecidos? Aceites? Mas por quem? Não será isto antes uma penhora de nós próprios? De um falso Ser?
 
Elana Lindquist diz que sucesso significa realizar os nossos próprios sonhos, cantar a nossa própria canção, dançar a nossa própria dança, criar do nosso coração e apreciar a jornada, confiando que não importa o que aconteça, tudo ficará bem.
 
A ausência de prazer na nossa vida instrumentaliza-nos. Afasta-nos do nosso corpo e da nossa alma. Prazer do corpo. Prazer da alma. Será que nos permitimos a Ser prazer? A sua inexistência transforma-nos em máquinas. Afasta-nos da nossa necessidade de sentir. Tocar e ser tocado. De sonhar. Criar. Eleva-nos a um trono solar sem raízes profundas. Títulos de egos. Profissionais. Não pessoas. Vestimos batas brancas, fardas de muros para fortalecer o ego. Proteções para não sentir. A educação, instrumento, que nos deveria ajudar a uma melhor comunicação impede-nos de falar e de nos reconhecermos como seres humanos. Seres. Com espaço, leveza, apenas por Sermos. Num mundo robotizado deveríamos talvez inaugurar a escola do prazer! Prazer de Ser.
 
Será que conseguimos pensar e escrever 10 coisas que nos dão prazer? Conseguimos encaixar este prazer no nosso dia a dia?
 
Vivendo numa sociedade que passa a maior parte do tempo a trabalhar, será que conseguimos escrever 10 coisas que nos dão prazer no nosso trabalho?
 
Será que conseguimos dizer que o nosso trabalho é um dos nossos grandes prazeres da vida?
 
Na nossa cultura é considerado normal e saudável procurar o melhor! Ensinam-nos a desejar obter o máximo, a preencher as nossas necessidades e a saber manipular com sucesso os relacionamentos. Quando alguém consegue um bom partido ou um bom trabalho, ostenta um belo anel, uma bata, anuncia nas redes sociais. É elogiado e o seu estatuto eleva-se.
 
Quando alguém foge deste padrão sente-se inadequado. A nossa identidade está inteiramente ligada à capacidade que temos de controlar e manipular. Imensas terapias tentam ajudar, inclusivamente, indivíduos a tornar-se mais bem-sucedidos no mundo e a satisfazer os seus desejos pessoais. Temos que produzir para ter valor. Temos que controlar para dominar e manter em segurança o que conseguimos obter. Vivemos com a sensação de perigo iminente.
 
Como é possível sentir prazer desta forma? Porque será tão importante a forma como os outros nos vêm? Porque será tão importantes acumular rótulos? Que mochila carregamos nós? De onde vêm as nossas dores nas costas?
 
Henry Miller diz que o único verdadeiro milagre é sentar-se quieto. Ser o que se é agora. Neste momento. Será que termos coragem de ser quem somos agora? Reconhecendo e aceitando o que sentimos e agindo em conformidade? A prática de meditação ensina-nos a arte da aceitação. Não controlar independentemente do que estejamos a sentir, dentro e fora do corpo. Permitimos que o mundo dos fenómenos desempenhe o seu papel. Não nos mexemos! Implica um respeito imenso pela natureza intrínseca das pessoas e acontecimentos, por um desígnio maior inerente ao universo que nos traz o nosso bem e retira aquilo que já não faz parte de nós. Quantas vezes tentamos alcançar e agarrarmo-nos àquilo que já não nos é adequado? Quantas vezes tentamos obter por todos os meios aquilo que nos é completamente errado? Quando não nos movemos entregamo-nos a uma sabedoria superior e permitimos que a vida siga o seu curso natural. Meditamos em nós no agora como agora somos! Contemplamos o prazer das coisas como elas são! Sem apego. Sem aversão.
 
Será que estamos dispostos a largar o que já não somos e a receber-nos mais inteiros? Será que estamos dispostos a aceitar que a vida é leve e que flui sem esforço? Estamos dispostos a aceitar as prendas que a vida todos os dias nos dá simplesmente porque estamos vivos, respiramos e somos constituídos por milhões de células hipersensíveis cuja única função é dar-nos prazer? Será que estamos dispostos a largar a mochila e a roupa que já não nos serve para nos vestidos de nós?
 
O único emprego do mundo é aquele que nos permite viver a nossa própria verdade, sem termos que nos perder de nós próprios. Sem máscaras. Sem jogos. Sem mentiras. Da próxima vez que estiver com alguém, estiver no trabalho, retire uma máscara. A seguir retire uma peça de roupa, a farda. Observe quem se está a esforçar para ser. Deixe simplesmente ir, do mesmo modo que largamos um sapato velho. Conceda a si próprio o prazer de ser ninguém especial.
 
Juan Pablo II disse ao chegar a Santiago:
“Vuelve a encontrarte, Se tu misma.”
Bom Caminho
 
Bibliografia consultada: Zen e a arte de amar de Brenda Shoshanna
​
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ANA INFANTE
ENFERMEIRA DE CUIDADOS PALIATIVOS, DOULA, TERAPEUTA DE REFLEXOLOGIA E MASSAGEM DE CONSCIÊNCIA CORPORAL E EMOCIONAL
www.facebook.com/ana.infante.796
infante.sanches@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2017
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Viver pelo prazer de Viver

1/8/2017

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Muitos de nós vivemos em função do prazer sem nos apercebermos. No dia a dia, inconscientemente, fazemos uma série de coisas, desde hábitos e rotinas, para nos proporcionarmos pequenos momentos de prazer. Outras vezes, fazemos o oposto.
Por Rui Galhós


in REVISTA PROGREDIR |AGOSTO 2017

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​Chegamos mesmo a desviarmo-nos dessas mesmas rotinas, porque acharmos que elas são a fonte do descontentamento que sentimos. E na grande maioria das vezes, quando atingimos todos esses momentos, o prazer que esperávamos obter (como se fosse possível “ele” vir de fora de nós) parece não ser o mesmo que imaginamos. Ficamos quase sempre com uma sensação de insatisfação, de insuficiência, aquela mesma sensação de quando éramos pequenos e nos vinham chamar mesmo naquele momento que a brincadeira estava no auge, ou como naqueles dias em que nos diziam que não havia mais fichas para as viagens de carrossel - Já, só isto! Mas ainda agora começou.
 
Será o prazer mais outra busca incessante como a felicidade, mais outra busca sem fim que nos consome antes mesmo de lá chegarmos? Será que alguma vez lá chegaremos? Onde fica o lá? Parece que há algo que temos de fazer ou um lugar onde temos de ir para experienciar o prazer, parece uma coisa de fora para dentro, e sempre condicional!
 
Tantas perguntas sem respostas, tantas metáforas para tentar descrever um sentimento, ou será uma emoção, talvez uma sensação.
 
Mas o que é na realidade o prazer e porque é que é tão importante para nós? 
 
Imaginemos um Mundo onde todos nós, sem excepção, de uma forma inata, temos acesso a todo um leque de emoções e sensações, um infinito potencial de possibilidades. Nesse Mundo feito de uma inteligência perfeita, também nós somos perfeitos e completos, sem qualquer lacuna, problema, limitação ou incapacidade.
 
Infelizmente a maioria de nós não parece ter acesso a este Mundo, e procuram compensar e de certa forma mascarar, todas essas imperfeições com as quais se identificam. É aqui, que ingenuamente, nos tornamos “escravos” de algo exterior a nós e passamos a acreditar que temos de fazer algo para podermos trazer essa sensação de volta para dentro de nós, para nos sentirmos completos e realizados.
 
É este o ciclo do prazer, uma experiência subjetiva e pessoal, que começa bem cedo, logo nos primeiros meses de vida, e vai se tornando cada vez mais complexa e enraizada, ao ponto de não nos permitirmos usufruir do que estamos a experienciar no presente enquanto não adquirirmos isto ou fizermos aquilo. O prazer, é assim, segundo esta perspetiva, condicional e condicionante.
 
Um novo paradigma sobre a experiência humana tem vindo a tomar forma e a transformar a vida de muitas pessoas. Esse novo paradigma aponta numa nova direção, numa direção de dentro para fora onde todos os Homens pensam e criam a sua realidade através do poder do Pensamento. Isto significa que tudo aquilo que sentimos, desde emoções, sensações, sentimentos, são sempre antecedidos por um pensamento. A realidade nua e crua nunca pode ser percepcionada tal como ela é, mas sempre filtrada pela mente humana, pela subjectividade de cada um de nós e sempre de dentro para fora.
 
Onde se enquadra então o prazer neste novo paradigma e como afeta as nossas experiências?  
 
Nesse novo paradigma, o prazer é algo que acedemos com naturalidade sem termos que fazer nada. O prazer é apenas mais uma das infinitas possibilidades de experienciar o momento presente. Ao termos a noção de quem somos e de como experienciamos a realidade que nos rodeia, passamos a ser guiados por uma intuição natural e inata em todos os momentos das nossas vidas.
 
O prazer deixa de ser condicional e condicionante para ser abundante e livre. O prazer está sempre presente, assim como o Sol, e não vai e vem como as nuvens, apesar de por vezes parecer que é esse o caso.
 
O nosso estado de espírito, observável através da qualidade dos nossos pensamentos, é a única coisa que nos pode impedir de viver nesse estado “conectado”. Sentir prazer é sentirmos o Mundo, sentir que fazemos parte de algo incrível e infinito que se manifesta em tudo o que nos rodeia, sem excepção.
 
Poder ter prazer em tudo é o apogeu da liberdade, sem qualquer condicionamento. Viver em pura liberdade talvez seja impossível para um ser humano adulto, devido aos valores e crenças criados ao longo dos anos, mas caminhar nesta direção deve ser uma viagem muito prazerosa.
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RUI GALHÓS
COACH
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rgahoz@gmail.com

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Princípio do prazer vs princípio da realidade

1/8/2017

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Para Freud todos nascemos com um desejo de satisfação imediato e inconsciente. Este autor, afirma que o curso tomado pelos eventos mentais está automaticamente regulado pelo principio do prazer. Associa o prazer e o desprazer à quantidade de excitação “desvinculada” presente na mente, onde o desprazer corresponde ao aumento da quantidade de excitação, e o prazer a uma diminuição.
Por Carolina Gomes


in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2017

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Percebemos a existência destas forças poderosas quando cedemos a desejos irresistíveis, pois só assim podemos calar a excitação do desejo.

Ou quando a realidade nos anseia e precisamos encontrar paz.

Se, por um lado, existe esse movimento interno, por outro, movemo-nos no plano do real: nem todos os desejos podem ser satisfeitos, nem todas as ânsias prontamente acalmadas.

A realidade adia a gratificação e por isso, viver apenas no plano do real pode ser doloroso e levar ao adoecer.

A zanga contida, o sonho falhado, o ressentimento com pouca consciência e a depressão falhada são alguns dos fatores que podem desencadear perturbações psicossomáticas, que levam ao adoecer físico.
Reconhecer emoções torna-nos mais saudáveis porque nos aproxima de nós. Estarmos próximos de nós aproxima-nos do prazer.

O principio do prazer é regido pelo funcionamento do id, estrutura intra psíquica guiada por impulsos inconscientes, onde não existem inibições ou censuras, cuja principal função é reduzir os níveis de tensão presentes no aparelho psíquico. Por outro lado, o superego, moldado ao longo da vida pelas castrações e frustrações vivenciadas, lembra-nos das obrigações sociais, onde todas as inibições e censuras se encontram erguidas.

Assim, questionemos, qual o lugar que o prazer ocupa (ou não) nas nossas vidas?

As exigências das sociedades modernas, a competitividade, a alienação no mundo virtual, as rotinas aprisionantes e os horários de trabalho cada vez mais longos vão deixando pouco lugar para a experiência do prazer. A publicidade, por exemplo, é engenhosa em mostrar-nos que existe uma certa felicidade no ter. Contudo, para ter é necessário poder económico e para ter poder económico temos de dar do nosso tempo. Recordo as palavras de José Mujica, Presidente da Republica do Uruguai entre 2010 e 2015, quando afirma que quando compramos algo não o compramos com dinheiro, mas com o -precioso- tempo das nossas vidas. E tempo, é tudo o que verdadeiramente temos. Não ter essa consciência obriga-nos a pagar faturas demasiado elevadas.

De que forma podemos preencher esse tempo?

Com sentido(s). Com coisas significantes. Mas também com o prazer do brincar. Com o prazer do criar, com o prazer do estar em relação. Com o prazer da descoberta e sem medo do estranho. Porque o estranho traz-nos sempre algo de novo. Sabemos que é difícil abandonar o conforto da rotina e a segurança da previsibilidade. Mas é isso que também nos aprisiona e amarra.  E, novamente, o duelo entre o id, senhor das forças do prazer, e o superego, o grande regedor do principio da realidade. Entre eles, um ego que os medeia, gerindo conflitos internos e externos, tentando reduzir ambivalências. A força do ego é constantemente posta à prova.  
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CAROLINA GOMES
PSICÓLOGA CLÍNICA PSICOTERAPEUTA EM FORMAÇÃO
NA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE PSICANÁLISE E PSICOTERAPIA PSICANALÍTICA
carolinagomes.psi@gmail.com

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O prazer no mundo contemporâneo

1/8/2017

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Que sentido tem o prazer no mundo contemporâneo? Qual é a duração do prazer? Ter ou sentir prazer? Estes e outros questionamentos sobre o prazer físico e da satisfação pessoal, você encontra aqui.
Por Carine do Espirito Santo Barreto


in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2017

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Na sociedade contemporânea existe o hiperativo: Tudo rápido, já, e para ontem! As pessoas estão em uma condição temporal em que é preciso estar mais presente no futuro do que sentindo as próprias sensações e experiências daquele exato momento. O sentido do prazer toma perspetivas para além do que já foi vivenciado ao longo da história humana.

O sociólogo Bauman diz que vivemos em uma sociedade em que as relações são fluidas, instáveis e desta forma a conceção do espaço e do tempo não se associam mais de forma tão óbvia. O tempo na visão atual pode estar vinculado a uma ideia de velocidade e o espaço pode ser superado pelas tecnologias que nos permitem conhecer o mundo de forma instantânea.

Assim, a velocidade passa a ser uma dominante que marca a contemporaneidade. Então, o que é o prazer em um mundo que a maioria das pessoas correm desenfreadamente em busca da felicidade?! Correm, velozes, sem sentir e se deleitar sobre as belezas que a vida proporciona, sem saborear o gosto das coisas e das sensações. As pessoas hoje em dia, correm abruptamente para obter mais qualidade de vida, mais sucesso, mais dinheiro, mais reconhecimento e mais prazer. A quantidade prevalece sobre qualidade das relações e tudo isso em um espaço curtíssimo de tempo. Para quê, para quem?

Para a visão científica, a história da humanidade associava o prazer ao mundo físico e a satisfação de uma necessidade fisiológica que, pelo olhar da biomedicina, tinha uma vertente reprodutiva para perpetuar a espécie. Estudos subsequentes associaram o sexo com processo de saúde-doença e controle da espécie humana.

Já, a partir do século XX, foi possível perceber as mudanças na interpretação sobre o que é o corpo, prazer, sexo e desejo. O historiador Michel Foucault, foi um estudioso que proporcionou grandes contribuições à sociedade, ao analisar como o prazer se associa à satisfação das necessidades quanto uma existência política, controle, desejo e constituição do Eu.

O prazer que estava no imaginário do corpo físico, serviu por muito tempo como uma forma de controlar as pessoas, em ditar o que pode sentir ou não, o tipo de comportamento mais adequado, o que deve ser falado e o que deve permanecer tabu. Porém, com a grande influência do sistema político/económico percebeu-se que estes poderes relacionaram o corpo como algo que pudesse ser disciplinado. Assim, a sociedade passou por momentos de grande resistência e questionamento sobre quem controla o seu próprio corpo, quem realmente tem o poder, e qual é a forma mais ideal de sentir prazer.

Constatou-se ao longo da história, inúmeras referências que marcaram a forma como lidamos com a satisfação de nossos desejos. Passamos por visões filosóficas sobre o sentir prazer ligado ao bem-estar físico e espiritual, fazer o bem, como a obtenção e constituição de caráter, até a visão da Igreja que determinaram por gerações quais prazeres eram sinônimos da salvação e qual prazer era considerado pecado. Nota-se que todas estas conceções procuraram definir um conceito para a função sexual (seus contextos favoráveis, sua forma de organização), em detrimento de uma perspetiva de que o indivíduo pudesse cuidar ativamente de seu corpo, buscando integrar, da melhor forma possível, suas condutas sexuais ligadas à gestão da vida e da saúde.

Hoje, na cultura da pós-modernidade, o sentido para além do prazer pode se relacionar ao consumo. É o prazer que transcende ao mundo físico e se instala no desejo de pertencer. O consumo faz com que as pessoas se sintam pertencentes à alguma cultura, classe social ou status. Queremos sempre estar à frente de nosso tempo, consumindo roupas, bens até o consumo de valores e padrões.

A estudiosa Suely Rolnik nos fala que a sociedade consumista criou kits perfis-padrão e figuras prontas para usar, que significam padrões de comportamentos, estilo de vida saudável e moda que influenciam o quotidiano das pessoas sugerindo maneiras específicas para sentir prazer. É sob este viés que podemos encontrar a mídia de modo geral como canais que tem uma forte atuação sobre a formulação de opinião das pessoas. São meios que a maioria da população tem fácil acesso, pronto para ser consumido e perpetuado. Com isso, cada vez mais o prazer se torna efémero. Na sociedade atual, as pessoas são menos tolerantes, às tendências saem rapidamente de moda, e muitos não ficam nada satisfeitos com aquilo que acabaram de conquistar. As pessoas valorizam mais o ter e esquecem de ser.

A fim de resgatar a essência humana, houve a necessidade de estimular o contato interior em busca da realização pessoal. O prazer está em vivenciar cada momento como se fosse único de modo a encontrar a homeostase, a paz interior. Estudos na área da psicologia, filosofia, até a medicina oriental, comprovam que estar presente no aqui e agora ajudam a conectar o corpo e a mente, o que aumenta a capacidade de concentração e equilíbrio emocional. Ter a atenção plena, expande a consciência e proporciona maior clareza para satisfazer as necessidades e as múltiplas formas de sentir prazer.
​
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CARINE DO ESPIRITO SANTO BARRETO
EGRESSA DO CURSO DE PSICOLOGIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO
MOTTA E PESQUISADORA NA ÁREA DE PSICOLOGIA SOCIAL
carineb1994@gmail.com

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Prazer a dois

1/8/2017

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O prazer a dois só é alcançado se houver uma entrega total de ambos na conquista desse estado. Dê o melhor de si, escute e sinta o outro e verá que a fluidez do prazer acontecerá naturalmente.
Por Carmen Krystal


in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2017

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O prazer é um estado de satisfação com o qual nos sentimos plenos, seja numa atividade realizada, seja num sentimento que manifestamos, seja a nível físico ou psicológico, ou a nível particular ou relacional. Podemos sentir prazer com a satisfação das nossas necessidades básicas e particulares, com algo que proporcionamos a alguém, ou com o que outros nos proporcionam a nós.
 
Já sabemos que a plenitude só se alcança se estivermos inteiros connosco mesmos.

Um relacionamento prazeroso é aquele que é equilibrado, saudável, com respeito pela individualidade de cada um e espaço para cada um se manifestar como é, mas também tem de ter aventura, ousadia e coragem de fazer diferente. Prazer no relacionamento vai existir sempre que cada um souber o seu lugar, respeitar-se a si mesmo, seguir o melhor de si, ao mesmo tempo que escuta o outro, sente o outro e lhe tenta proporcionar a melhor satisfação das suas necessidades e dos seus gostos, a cada oportunidade. Isto não é a mesma coisa que fazer tudo o que o outro quer. O Prazer é uma sensação de leveza, felicidade, alegria e paz. Quando há uma vontade extrema de uma das partes de ser satisfeita pela outra, ou ter uma necessidade extrema de agradar a outra, aí estamos a falar de dependências que geram controlo e cobranças. Muito diferente do prazer.
 
Num relacionamento, principalmente no início, a forte tendência é sentirmo-nos inteiros com o outro. Nada mais errado. No início funciona, porque “o tico e o teco” estão ludibriados pelo estado hormonal apaixonado e tudo parece perfeito, mas, quando a realidade começar a mostrar que o caminho a seguir tem de ser outro, embora possa e deva ser apaixonado na mesma, às vezes, as coisas complicam-se. Muitas vezes, há emoções que tomam um lugar que “não é delas” e nos controlam as ações mesmo que a nossa mente nos diga o contrário. É preciso não perder a individualidade no relacionamento para que a satisfação e o prazer imperem. É preciso escolher constantemente procurar as ações, atividades e manifestações de afeto que nos proporcionem a leveza, felicidade, alegria e paz. Tudo o que for pesado, tudo o que nos deixar desconfortáveis, irritados, com uma sensação de controlo ou de ser controlados, não combina com prazer e bem-estar.  
 
É preciso não ter medo. É preciso arriscar e entregarmo-nos também a sentir prazer com o que escolhemos e fazemos e com o que o outro nos proporciona a cada momento. Às vezes há dúvidas do que realmente queremos e gostamos na relação.  Numa série de televisão portuguesa, ouvi há tempos um conselho a um rapaz, que me parece muito apropriado também para a busca do prazer: o rapaz estava com dúvidas sobre assumir ou não uma relação (a rapariga estava grávida) e uma amiga perguntou:  “1 – consegues ser a melhor versão de ti próprio quando estás com ela? 2 – pode não ser o melhor mas o sexo é bom?” Ele respondeu afirmativamente às duas questões com um sorriso de orelha a orelha... medo? Tinha muito. Um caminho aberto à felicidade dependente apenas da coragem de escolher ser feliz? Com certeza!
 
Escutar e sentir o outro é muito importante. Saber partilhar o que sentimos e gostamos também. A comunicação num relacionamento tem de ser clara e fluida para que o prazer seja mais facilmente alcançado. Mal-entendidos e situações ou emoções mal resolvidas num relacionamento são inimigos do prazer. Quando gosta dos sapatos dela, diga-lhe. Quando lhe apetece fazer algo mais ousado não sinta vergonha de o manifestar, o seu parceiro vai agradecer. O não estará sempre garantido, o sim só sabe se tentar. Se algo o/a magoou não guarde à espera do momento de se vingar. Fale sobre o que sentiu com a ação do outro e permita ao outro conhece-lo melhor na sua sensibilidade. É preciso estar sempre aberto/a ao que pode vir do seu parceiro/a. Não tenha ideias fixas de que algo tem de ser à sua maneira e, se não for, amua. Mente aberta e espírito livre são os melhores amigos dos bons momentos.
 
E não tenha dúvidas que o maior prazer também se sente no momento em que escolhemos proporcionar prazer ao outro. Quando escolhemos dar o nosso melhor, seja no carinho, seja na partilha e amizade, seja até no sexo, cada momento vivido como se fosse o último tem uma magia diferente.
 
Aplicando aos relacionamentos a questão que Marco Meireles partilhou no seu livro Esqueça Tudo O Que Sabe, e que coloca a si mesmo todos os dias ao planear o dia seguinte, acredito que muita coisa mudará na forma como planeia o dia-a-dia da sua relação. A questão é: “Se amanhã for o meu último dia de vida, quero mesmo fazer o que estou a agendar? ” Pois bem, quando pensa em bons momentos com o seu/sua parceiro/a são mesmo essas ideias que quer realizar? Se a resposta for sim, ouse, aventure-se. Se a resposta for não, então repense e mude alguma coisa, até a si mesmo/a se necessário. Pode ir mais além? Pode ser/fazer diferente? A vida são dois dias e um já passou e foi o mau, portanto aproveite que o melhor ainda estará para vir.
​
Aquela velha frase “muda e o mundo muda contigo” aplica-se a tudo, portanto não se iniba de mudar o que for preciso para alcançar o prazer em cada momento do dia-a-dia na sua relação, procurando sempre combinação do melhor dos dois para o atingir.  
​
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CARMEN KRYSTAL
TERAPEUTA DE REFLEXOLOGIA, MASSAGEM, DRENAGEM LINFÁTICA,
REIKI, TERAPIA ENERGÉTICA INTEGRADA E ASTROLOGIA
www.terapiadaluz.com
terapias.carmenkrystal@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2017
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