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A minha grande viagem

1/5/2015

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Um relato na primeira pessoa de uma viagem pessoal que levou à mudança de uma vida.
Por Maggie João

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

“Uma das minhas caraterísticas é o facto de ter vivido em 12 países diferentes, começando logo à nascença, já que nasci em Joanesburgo, na África do Sul. Durante o meu percurso académico e profissional tive a felicidade de trabalhar e viver em países lindíssimos: Chile, Brasil, Holanda, Suécia, Áustria, França, Estados Unidos, Suiça, Inglaterra, Espanha, e claro Portugal! Foram tempos muito enriquecedores, que testaram as minhas capacidades e me ajudaram a ser quem sou hoje. O facto de ter vivido em ambientes e realidades tão diferentes, cultural e socialmente, conferiu-me uma forma de ver o mundo mais abrangente, mais completa, atrevo-me a dizer.

Porém, a viagem que mais me marcou, que fez-me crescer e mudou-me a perspetiva, foi a minha primeira experiência de coaching enquanto coachee (isto é cliente), há 8 anos atrás. Estava num momento turbulento profissionalmente, o que se reflectia na minha vida pessoal, chegando até a ser uma pessoa conflituosa, irritadiça e nervosa, muitas vezes sem dar por isso. Até que um dia, a empresa onde estava a trabalhar ofereceu-me um programa de Coaching. Richard Allen, foi o meu coach, um senhor inglês que escolheu as montanhas do Tenerife para viver.

A viagem que o meu coach me proporcionou foi uma viagem maravilhosa. As escolhas que surgiram das conversas que tivemos foram escolhas conscientes, planeadas, pensadas e foram, sem sombra de dúvidas, libertadoras. Nas conversas que tivemos abri o meu coração, falei de tudo o que preocupava-me e do que “pre-ocupava-me” as ideias, porque estando a minha mente ocupada com outras coisas, não tinha nem a vontade nem a energia necessárias para dedicar-me a ideias mais criativas e potenciadoras.

O nosso processo de coaching foi breve, três a quatro sessões. Lembro-me que era eu a falar quase todo o tempo, ele ficava a escutar-me, colocando uma pergunta aqui e outra ali. Nunca me senti julgada nem pressionada e senti-me sempre bem, mais eu, após cada sessão de coaching.

Identifiquei-me com o seu estilo sereno e calmo, potenciador e que me deixava sempre bem comigo mesma. Há poucos dias dei com o caderninho de capa amarela que usava para escrever as minhas decisões, as to do lists e os planos de ação e foi interessante ver os passos que dei num caminho desconhecido, mas que me souberam muito bem. Claro que existiram medos e receios, mas a vontade de mudança para melhor foi superior e o fazer-acontecer tão caraterístico meu falou mais alto.

As decisões conscientes que tomei e que resultaram daquele programa de coaching foram basicamente três, mas o princípio era o mesmo: mudar para algo que me fizesse mais feliz! Assim, decidi sair da empresa onde trabalhava há mais de 7 anos e decidi terminar o namoro de quase 3 anos. Paralelamente, decidi qualificar-me para ser coach. Libertei-me do que me estava a fazer mal e hoje olho para trás e bendigo o Richar Allen e bendigo a empresa por me ter oferecido um presente fantástico – coaching! Mas também “tiro-me o chapéu”, por ter tido a coragem de mudar de rumo, quando quase tudo estava acertado num “rame-rame” que não me fazia feliz.

As escolhas foram conscientes e partiram do coração, embora tivessem sido trabalhadas pela mente, ou seja, analisei as vantagens e desvantagens, os cenários disto e daquilo. O que é certo é não me arrependo nada da mudança de rumo e hoje sinto-me uma privilegiada pela coragem que tenho demonstrado ao longo da vida! E também me sinto uma privilegiada por fazer parte de tantos momentos de mudança na vida dos meus clientes. O desenvolvimento da consciencialização é uma das competências fundamentais segundo o framework da ICF e “é aqui que a magia acontece”. Esta foi a frase que disse aos participantes do curso Coach Development Course que dei recentemente e o qual planeio repetir.

Mais tarde tive outra experiência de coaching, desta vez péssima. Saía das sessões sempre a pensar que era a pior pessoa da minha vida. A experiência foi muito redutora e sentia-me mal. Decidi então voltar ao estado potenciador da minha primeira experiência de coaching, aquele que revelou que os recursos estão em mim, independentemente da geografia onde esteja. Assim, escolhi terminar com este segundo contrato de coaching porque simplesmente não estava a ser feliz (para ser franca nunca se celebrou um contrato, nem escrito, nem verbal, aquele que se faz no início de cada sessão.) Não creio ter sido pelo facto de a coach ser portuguesa, mas certamente pelo facto de sugerir e por deixar-me sempre amargurada.

Ora bem, o verdadeiro coaching não sugere e deixa-nos com emoções mais positivas relativamente àquelas com que iniciámos a sessão de coaching. Com isto não estou a querer dizer que temos como coaches de ser brandos ou não colocar perguntas desconfortantes! Estou a querer dizer que como coaches temos a responsabilidade de sermos muito bons e termos todas as competências bem desenvolvidas, desde a presença, à comunicação directa, à confiança. Temos também a responsabilidade de não nos impormos na vida do cliente, de respeitarmos o nosso cliente e de não lhes impormos as nossas opiniões.

Como coachees temos a responsabilidade de fazer-acontecer e de nos responsabilizarmos pela execução e concretização do que queremos para a nossa vida. Talvez mais do que fazer isto ou aquilo, é sermos o que queremos ser, que é muito mais poderoso!

Continuo a viajar, que tanto me fascina, e a conhecer sítios magníficos por esse mundo fora! No entanto, para mim a magia continua a acontecer em cada viagem que o Coaching oferece àqueles que têm a coragem de ir ao centro do seu mundo! “

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MAGGIE JOÃO
EXECUTIVE & LIFE COACH
PRESIDENTE DA ICF PORTUGAL
ESCRITORA
www.maggiejoao-coaching.com
www.icfportugal.com

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista
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A Viagem em ti

1/5/2015

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Afinal, onde começa a nossa viagem? Na rua, nos outros, em nós… porquê e para quê?
Será a vida a responder…
Por Paulo Marques

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Falamos atualmente em viagens espirituais, viagem ao nosso íntimo, viagem de avião ou carro, tantas quantas consigamos imaginar. Mas afinal, o que é viajar?

Segundo o senso comum, será sair de um ponto ou local, para outro. É certo e resumidamente, será um deslocamento. Segundo a espiritualidade e o pessoal “new age” é um caminho rumo à iluminação, onde aprendemos, crescemos, ensinamos, num grande e quiçá, eterno ciclo, na Terra e fora dela. Correto também, porque não!?

Uma viagem é ir, deslocando-se ou não, a um outro local, ou estado de Ser, ou seja, viajamos porque buscamos algo. Viajamos ao “nosso interior”, segundo os yogis e “mestres” para nos reencontrarmos. Viajamos de férias, para descansar, divertir, descontrair, conhecer. Sempre, mas sempre à procura de algo e porquê? Já pararam para pensar e acima de tudo, sentir o porquê dessa necessidade, seja que tipo de “viagem” for? É simples, acontece apenas porque não estamos confortáveis como estamos, onde estamos, ou com quem estamos. Difícil de entender? Talvez não, é só nos sentirmos, nos encararmos e iremos percebe-lo.

Porquê tanta preocupação na “busca interior”, no “abrir do coração”, na meditação, etc.? Porque não gostamos do que somos, queremos mais, queremos melhor…

Porque precisamos de férias, descansar, descontrair, conhecer outras pessoas?

Porque não estamos confortáveis com o que estamos a viver, com quem estamos a lidar, resumindo, com nós mesmos… em ambos os casos, o problema está em nós!

Tudo pode ser difícil, desgastante, stressante e todas essas emoções são imprescindíveis de viver, ou não iriamos passar por elas, aceitem ou não. Mas só as encaramos dessa forma, porque não estamos bem, mas de novo afirmo, faz parte, mas preferimos fugir. Seja na ilusão de que nos vamos reencontrar dentro de nós, como que emergir do fundo do oceanos e não mais seremos o que temos sido, ou ir para o outro canto de mundo, um lugar que amamos e tudo passa. Mas acreditem, quando voltarem, seja da meditação, ou da viagem, do que for, tudo estará mais ou menos igual, se a vossa atitude não se tiver alterado um pouco!

Passem a vida a meditar e iludam-se o tempo todo, fugindo, que nada mudará. Viagem toda a vida, conhecendo sempre pessoas novas, que o desconforto se irá manter. Mas olhem-se ao espelho, vivam o que vos está a ser solicitado, seja de que forma for, esqueçam o bom e mau, vivam apenas como conseguirem e algo mudará!

Não precisamos de viagens, ou no máximo, a viagem é a nossa própria existência. A vida que vivemos, o que sentimos, tudo é a nossa viagem, não precisamos ir, não precisamos sair ou buscar… “ir dentro de nós”, acontece quando vivemos cada situação, isso é o estado de meditação pleno, o viver cada momento de forma honesta, simples e transparente, claro que a seu tempo, tudo em nós irá mudando, as nossas atitudes perante a mesma situação irão mudar. Importa viver e ser feliz à nossa maneira, certa ou errada, é nossa e é perfeita por isso.

Agora, viaja vivendo e sê feliz sentindo…

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PAULO MARQUES
MILITAR DO SERVIÇO DE SAÚDE DO
EXÉRCITO, AUTOR, FORMADOR E
FACILITADOR
www.facebook.com/despertardaalma
healingsoul333.wix.com/cura

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2015
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Uma Nova Relação Com A Vida

1/5/2015

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As melhores viagens são uma dança bem-sucedida entre o interior e o exterior. Podemos usá-las como orientação, de quem somos rumo a quem podemos ser: facilitam uma nova relação com a vida.
Por Júlio Barroco

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Por norma, quando usamos a palavra “viagem” pensamos em duas grandes realidades: por um lado, os percursos e idas ao que é visível; por outro, os processos de descoberta interior. Neste artigo abordamos uma perspetiva segundo a qual as melhores viagens, sejam interiores ou exteriores, podem criar o mesmo resultado: uma nova relação com a vida.

Por dentro ou por fora, quando viajamos tendemos a respeitar mais o momento presente, e muito do que pomos de lado nas rotinas do dia-a-dia. Sejam ambientes, destinos ou pessoas - ou tendências, recordações ou sonhos - o que é encarado desta forma tem uma melhor oportunidade de conseguir inspirar-nos. Num dado momento, uma viagem pode ser a peça que falta para cativar a nossa atenção, abrir ainda mais a nossa mente ou expandir o nosso coração – pode conseguir tudo isto.

Acredito que faz sentido considerarmos três tipos de viagens: de escape, de aproximação ou aprofundamento, e de descoberta.

Nas viagens de escape, colocamos a atenção noutra parte de nós ou das nossas vidas. É o tipo habitual nas viagens de férias ou fins de semana (“escapadelas”) – ou, antes disso, nas viagens diárias que repetimos pela televisão e internet, por exemplo. No seu melhor, regeneram-nos. Encontramos aberturas para nos reconectarmos - revitalizamos perceções e conseguimos um novo fôlego. A principal armadilha deste tipo de viagens está em poder ser usado como fuga à realidade.

Nas viagens de aproximação ou aprofundamento, a tendência é escolhermos uma extensão do caminho onde estamos. É o tipo habitual nas viagens profissionais ou culturais, e também em certos processos de desenvolvimento pessoal, nos cursos que fazemos ou nos livros que lemos. Procuramos certas experiências, e queremos levar ainda mais longe a parte da nossa vida que se relaciona com elas. Uma das principais armadilhas está em confundir ou baralhar essas experiências com a viagem maior, invertendo prioridades.

Nas viagens de descoberta há um salto deliberado no desconhecido. A imagem típica que nos surge é a do viajante solitário. Na essência, é uma questão de atitude: qualquer meio serve (o mesmo se aplica aos outros tipos). Estas viagens requerem uma boa dose de preparação – e de coragem. São as mais raras de todas. Promovem um contato com a vida sem rival, e testam o viajante nos seus limites. Como armadilha, facilitam a dependência das sensações de pico, e a tendência para saltar de experiência em experiência, sem as assimilar e aprofundar além do momento.

Uma boa viagem cria uma nova história na nossa vida – mesmo sendo apenas uma secção ou capítulo da história maior. Traz uma dose extra de sentido e de cor, principalmente quando sabermos conjugar intenção, atenção e espaço nas doses certas. E permite que a usemos para crescermos além dos guiões e das rotinas.

Seja qual for a realidade ou tipo de viagem (na prática, é uma combinação de todos), talvez o melhor daquilo que tem para nos oferecer seja isto: ampliar o sentido das nossas vidas. Quase sempre, consegue-o pelo contraste com a parte por ampliar: mostra-nos o que fazemos e o que deixamos de fazer – o que somos e o que podemos ser. Traz-nos novas perspetivas. Em muitas das melhores reflexões acabamos por perceber que aquilo que vivemos no exterior é uma metáfora dos processos interiores que fizemos - ou deixámos de fazer. É assim que vamos mesmo até ao fim. E encontramos pistas preciosas para melhorar.

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JÚLIO BARROCO
COACH, CONSULTOR, FORMADOR, AUTOR, EMPREENDEDOR
www.juliobarroco.com
facebook.com/pages/Júlio-Barroco-Dreamer-Changer/310682895641197
www.linkedin.com/in/juliobarroco
welcome@juliobarroco.com

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2015
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A vida profissional como uma viagem e não como uma paragem

1/5/2015

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Disse Confúcio: “Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem mais um dia na tua vida.” E perguntamos nós: Ensinaram-nos somente a trabalhar ou também nos ensinaram a procurar um trabalho que nos apaixone?
Por Pedro Rui Carvalho

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Escutamos desde muito novos dizerem-nos para fazermos algo por nós próprios, mas o mais provável é que alguns que nos dizem isso, o que devemos fazer à nossa vida, não tenham a mínima ideia do que fizeram ou o que estão a fazer à deles.

É uma escolha muito limitadora fazer escolhas para a nossa vida baseadas inteiramente em ir atrás dos sonhos dos outros, portanto se estás numa fase de transição, de mudança, se queres mudar de carreira , se queres ir atrás da tua paixão profissional, da tua realização, sugerimos uma coisa se fizer sentido para ti: identifica e percebe com quem partilhas parte da tua história, essas pessoas revelam a sua própria natureza quando partilhamos alguns dos nossos sonhos, porquê? Porque quando se trata de nos reinventarmos a nós próprios, de mudar nomeadamente de profissão, a opinião de algumas pessoas é mais limitadora do que possibilitadora. Alguns tendem a preservar o medo, a alimentar o desespero , a continuar a alimentar velhos padrões, a decidir sobre  pressão familiar, sobre pressões económicas ou até sociais, que a partir de um determinado momento nos propomos destruir ou abdicar.

Esta pode ser a diferença entre um trabalho e uma carreira, entre estar dependente ou ter um propósito, entre ter uma vida semipreenchida ou ser bem-sucedido.

Pessoas que descobrem ou querem descobrir a sua paixão, o seu talento, o seu propósito, uma forma de através da sua vida profissional contribuírem para algo maior do que a si mesmas, não dependem da aprovação dos outros para perseguir os seus objetivos, as suas causas, as suas vocações, a sua vida. São pessoas que não abdicam, que se alinham ao seu talento, à sua paixão.

Se a melhor profissão fosse aquela que não é paga, quanto estaria disposto a trabalhar? E se a verdadeira profissão de cada um de nós fosse encontrar o caminho para si mesmo, até onde estaria disposto a ir dentro de si?

Atualmente, pensamos que a definição tradicional de “sucesso” está a mudar. A riqueza, só por si já não descreve o que o sucesso significa para muitos de nós. Muitos consideram ser  bem sucedidos quando marcam a diferença, quando criam impacto no exercício da sua vida profissional, quando se sentem empenhados não em ter uma vida, mas a sua vida de realização pessoal e profissional, seja lá o que isso for para cada um de nós.

Gostar daquilo que se faz é uma condição necessária para ser bem sucedido. Não se trata apenas de uma necessidade, é uma vantagem competitiva, um fator diferenciador para aqueles que procuram um lugar no mercado de trabalho, mas também para aqueles que nele se querem manter. Uma coisa que temos observado é que pessoas que não gostam do seu trabalho são mais inseguras e tendem a agradar a todos, bem como em desenvolver uma necessidade extrema de parecem boas em tudo aquilo que fazem.

Qual é o perigo de trabalhar naquilo que não se gosta? Numa economia global e num mercado de trabalho cada vez mais pequeno e competitivo, talvez ser ultrapassado por pessoas que se sentem apaixonadas em fazer aquilo que outros não gostam de fazer.

Acreditamos que não há obstáculo, que não há desafio que resista à nossa verdadeira viagem, ao nosso verdadeiro trabalho, à nossa viagem interior, ao talento que cada um de nós tem, à paixão que cada um de nós tem e principalmente ao que estamos dispostos a fazer para que isso aconteça. A vida profissional deve ser uma forma de prazer e de preenchimento interior, deve ser algo que contribui para o nosso crescimento pessoal e profissional e onde cada um de nós possa contribuir para o crescimento de outros também.

Não tem de ser obrigatoriamente um caminho solitário, bem pelo o contrário. São pessoas que procuram grupos de influência, pessoas que querem conseguir o mesmo que elas querem, pessoas que já conseguiram o que elas querem ou que se inspiram em alguém que pelo  exemplo os contagiou. São pessoas que têm a crença que nada se consegue sozinho, são pessoas que reconhecem a importância de aprender, de adquirir novas competências, que estão dispostas a abraçar novos desafios e, principalmente, que reconhecem a importância de contribuir com aquilo que aprendem, que reconhecem a importância da partilha, das relações e do como é importante estar envolvido com os outros.

Mas será a nossa vida profissional reflexo da nossa vida pessoal? Em grande parte pensamos que sim. Seja no nosso contexto pessoal ou profissional tendemos a vibrar com grande intensidade em três dimensões: significado (o que é importante fazermos); pensamento (o que pensamos sobre as coisas que fazemos, se acreditamos no que estamos a fazer) e de que modo as vamos conseguir fazer acontecer, a ação.

Quantos de nós já encontrámos o desequilíbrio precisamente naquilo que a sociedade considera ser  equilibrado fazer, arranjar um trabalho e ganhar dinheiro para sobreviver?

Quantos de nós já encontrámos o nosso equilíbrio quando recorremos ao nosso catálogo de paixões, pessoais e profissionais onde encontrámos o significado que alimenta e organiza os nossos pensamentos de forma a que nos convidam a entrar em ação?

Pode esperar por concretizar todos os seus sonhos profissionais quando se sentir mais confiante, quando as condições forem mais favoráveis ou então apostar na preparação, criar oportunidades, partir para ação e obter experiência, só assim surge a confiança, pelo esforço. Vai cometer erros quando procura mudar de vida profissional, vai falhar os seus objetivos em algum ponto, mas isto terá de acontecer no seu percurso para o sucesso, sendo que sucesso não é uma obrigação, mas um direito.

Este é um critério que se aplica na nossa vida pessoal ou profissional, sinta o melhor de si, faça o melhor que sabe fazer e obtenha o melhor possível, empenhe-se ao ponto de sentir orgulho naquilo que faz, queira ver o seu nome associado a coisas com significado. Seja resiliente. Adquira novas competências, redefina objetivos, continue apesar de todas as contrariedades, encontrará aí o significado  e permaneça fiel a esse objetivo. Lembre-se: A sua vida pessoal ou profissional não são tentativas de ser feliz para sempre, mas a capacidade de estar feliz a cada momento com aquilo que está a fazer.

Pergunte-se se fizer sentido para si:

Quem sou eu? O que represento?  Qual a razão da minha existência? Como posso manter a minha individualidade, os meus sonhos, no contexto atual? Como posso atribuir significado à minha vida pessoal e profissional? O que tenho de fazer para me manter apaixonado pelo meu trabalho, renovado, envolvido e motivado?

Se for o caso (re)comece essa viagem interior consigo próprio e crie uma nova vida que valha a pena ser vivida.

Se for suficientemente corajoso para ganhar a vida a fazer o que o apaixona, corre de fato um risco: vir a ter uma vida com sentido porque faz algo de significativo. É para isso que está vivo, isso é viver.

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PEDRO RUI CARVALHO
FORMADOR DESENVOLVIMENTO PESSOAL
www.pedroruicarvalho.com
Formador@pedroruicarvalho.com

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2015
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Diz-me como Geres o Teu Dinheiro, Dir-te-ei Quem És!

1/5/2015

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A forma como obtém os seus rendimentos e como gasta o seu dinheiro pode revelar várias virtudes e fragilidades, pois espelha quem é, no que acredita e como vive. Se quer saber mais sobre si, observe os seus comportamentos e relação com o dinheiro. Tem coragem para saber mais sobre si, através do dinheiro?
Por David Rodrigues

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2015
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Diz-me como geres o teu dinheiro, dir-te-ei quem és! Esta não é uma expressão popular mas podia ser. O valor que ganhamos, a forma como ganhamos e o que e como gastamos revelam muito do que somos enquanto pessoas. O que é que o seu dinheiro (ou a falta dele) revela sobre si?

O que ganhamos está relacionado com as nossas fontes de rendimento: se somos trabalhadores por conta de outrem ou se nos aventurámos num negócio próprio ou numa atividade independente (não contam os falsos recibos verdes) revelam traços de maior ou menor capacidade de arriscar, de procurar novos desafios, de empreender ou capacidade de iniciativa. Por outro lado, também não é indiferente a profissão (seja ela por conta de outrem ou por iniciativa própria) que escolhemos e exercemos. Ser costureira, polícia, médico, cientista, ativista, fundraiser ou qualquer outra profissão revela traços de personalidade muito relevantes: seja necessidade de segurança, ou insegurança, preocupação com os outros, gosto em ganhar dinheiro, interesse por adquirir conhecimento, necessidade de contacto com os outros e de estabelecer relações interpessoais, mais individualismo ou capacidade de trabalhar sobre pressão… Dirá mais ainda se à questão da profissão, juntarmos a dimensão da realização profissional, o desejo de progressão ou mudança e a nossa atitude face à (ir)realização ou (in)existência de evolução. Na vida profissional revelamos quem somos como pessoas, é a atividade da nossa vida a que dedicamos mais tempo por dia e é onde acabamos por projetar o nosso ser. Se pensa “Ah, eu no trabalho sou assim mas fora sou muito diferente”, talvez não seja totalmente verdade, pois embora haja comportamentos e atitudes que adotamos devido ao contexto laboral, também é muito provável que esteja a revelar diferentes facetas de si, fora e dentro do trabalho, mas as que revela no trabalho fazem também parte intrínseca de quem é. Vale a pena olhar para o que é que está a expressar e não rejeitar como se não fosse seu.

No entanto, além dos rendimentos provenientes do trabalho, traz também muita informação outros rendimentos dos quais tira proveitos (ou lhe dão prejuízo) como por exemplo: jogos de azar (euromilhões, raspadinha, …), investimentos financeiros (depósitos a prazo, ações, obrigações, certificados de aforro, fundos de investimento, …), outros investimentos (rendimentos prediais, venda e compra de objetos, …). Em cada uma destas opções está associado por um lado um perfil de risco ou uma necessidade (de segurança) de um rendimento extra, um gosto por efetuar transações (muitas vezes isolado, através de máquinas,…), ou uma esperança que a “sorte” esteja do seu lado, colocando uma crença e a responsabilidade de ganhar dinheiro no Universo, em Deus, na Sorte ou nos Outros.

Ao analisar como obtém os seus rendimentos, isso pode-lhe trazer muita informação interior sobre as crenças que tem sobre o mundo, sobre si, sobre o dinheiro, o que lhe permite iniciar uma jornada interior de reflexão e autoconhecimento.

Por outro lado, como gasta o seu dinheiro, além de indicar o seu perfil de consumo (que os bancos, as empresas e as finanças adoram saber), revela muito sobre as suas necessidades, prioridades e vontades pessoais. Alguém que gasta demais em roupa e acessórios, ou no último modelo de telemóvel ou carro e lhe falta em comida ou detergente por exemplo, reflete uma pessoa muito preocupada com a imagem exterior e o que os outros pensam de si, uma baixa autoestima por procurar a validação dos outros sobre quem é, insegurança quanto a quem é, necessitando de criar uma máscara para se proteger. Comportamentos impulsivos a nível alimentar, sejam doces, salgados ou bebidas pode indicar desequilíbrios emocionais ou falta de capacidade para lidar com as frustrações, ansiedade ou stress. Por outro lado, alguém que mensalmente a primeira coisa que faz é retirar uma parte do dinheiro para poupar, denota método, responsabilidade e preocupação com o futuro. Investe muito dinheiro em idas ao teatro, cinema, jantares, convívios, deslocações para ir ter com amigos, se sim provavelmente é uma pessoa que necessita de se relacionar com frequência com outras pessoas para se sentir em equilíbrio e que pode ter dificuldade em estar sozinha ou que fica assustada com a ideia de fazer introspeções como a que este artigo sugere. Esta é a altura em que muda de página. Veja as suas despesas e pergunte-se que traços de personalidade é que os meus gastos estão a revelar, que virtudes ou necessidades reflito de forma padronizada?  Se tiver dificuldade partilhe com um amigo e pergunte-lhe o que é que ele vê ou pensa que está a refletir na sua relação com o dinheiro.

Se gasta mais do que ganha, o que é que isso está a espelhar sobre quem é? Tente-se abstrair daquilo que acha que está a acontecer a que é alheia a sua vontade, está desempregado, é mal remunerada pelo seu trabalho. Deixe de fora os fatores que aparentemente não controla e concentre-se numa dimensão mais profunda, sobre o que a sua realidade financeira e as atitudes e comportamentos que tem relativamente aos seus ganhos e despesas podem estar a revelar sobre si, sem atribuir culpas aos outros nem a si, coloque-se no papel de observador independente, mas sendo o centro da sua vida, isto é, com a consciência de que co-cria a sua realidade.

Observo como giro o meu dinheiro e reflito sobre quem sou! Fica o desafio!

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DAVID RODRIGUES
CONSULTOR MONEY LIFE
www.moneylife.com.pt
info@moneylife.com.pt

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Viajar com os relacionamentos

1/5/2015

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Os relacionamentos podem ser a grande viagem da nossa Vida! O ato de nos relacionarmos com os outros representa um convite permanente a uma grande e profunda viagem ao nosso mundo interior. 
Por Maria Gorjão Henriques

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2015
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Cada pessoa que aparece na nossa vida quer seja através da vida profissional, de uma amizade ou por via de um relacionamento amoroso, transforma-se num espelho que reflete a qualidade do nosso mundo interno, da vibração com que estamos na vida, denunciando a qualidade e profundidade da relação de Amor que desenvolvemos connosco próprios.

A grande viagem dos relacionamentos que a vida nos propõe poderá estar na nossa capacidade de observar, descodificar e entender o lugar que cada pessoa ocupa, denunciando de forma objetiva, através das dificuldades inerentes ao ato de nos relacionarmos com ela, partes de nós que por exemplo não aceitámos, quando precisavam de ser aceites, que não amámos o suficiente, que não cuidámos algures no tempo, que não respeitámos quando era preciso, que não honramos no momento devido, que não agimos com lealdade, que não protegemos o suficiente.

Sempre que nos sentimos agredidos por alguém exterior a nos próprios, na verdade essa pessoa está a dar-nos a possibilidade de recordar, ativar, e lembrar algo que já vivemos internamente.

Toda a nossa experiência de vida acontece a partir de dentro. No entanto, na cultura em que vivemos, somos educados, treinamos e moldados a precisar de recorrer e viver através do que está fora de nós. Essa dissociação leva-nos ao sofrimento e à quebra do fluxo da vida tal qual ela é. Passamos a identificarmo-nos com o que está fora, a precisar do que está fora e do que as pessoas nos proporcionam para nos sentirmos completos e saciados. O sofrimento cresce de forma exponencial.

Esta forma de sobreviver leva-nos a uma grande identificação com o exterior e a um esvaziamento do nosso mundo interno. Começamos a precisar de ser aceites pelos outros porque deixamos de ouvir a nossa voz interior. Começamos a precisar de nos alimentar através dos outros porque não nos sentimos alimentados pelo nosso Sol interior. A Vida deixa de ser um milagre de abundância e passa a ser uma fonte de sofrimento constante porque o exterior nunca dá o que realmente precisamos.

Quanto maior é a identificação com o que está fora, maior é a nossa necessidade de nos sentirmos amados, de sermos aceites e compreendidos, de evitar o conflito criando um vazio de amor que nos afasta da nossa voz interior e da lealdade a nos próprios.

Não é possível vivermos sem sermos afetados pelos outros mas a partir do momento em que vivemos a nossa própria verdade e ousamos expressa-la, que vivemos com lealdade a nós próprios e deixamos que o Amor nos molde a partir de dentro, conseguimos finalmente sermos autênticos.

Aprender a sermos autênticos e leais a nós próprios implica necessariamente uma grande viagem ao nosso mundo interior.

O Amor é a força que move toda a vida e que faz bater o nosso coração. Cada pensamento, cada palavra, cada ação são movidos de dentro para fora de nós assim como uma semente que brota de dentro da terra e irrompe para se cumprir denunciando a sua beleza, também nós quando movidos a partir de dentro e da nossa verdade interna, somos inspirados pelo Amor e nos tornamos Amor. 

No livro “seeds of Awakening aparece um texto de Molly Vass-Lehman que nos diz: “Colocando duas células do coração vivas, de pessoas diferentes, numa placa de Petri, passado algum tempo veremos que elas encontram e mantêm um batimento comum”

Esta força agregadora essencial que existe para lá das formas está presente em toda a natureza. Este é o milagre do Amor.

Assim tornando-nos quem somos, torna-se possível viver a vida com toda a sua vitalidade ajudando os outros, com o nosso exemplo, a serem quem são e a viver de forma verdadeira.

Viver sendo leais a nós próprios e permitindo sentir Amor por nós é a melhor forma de fazer transbordar o nosso copo e sentirmos um Amor profundo por tudo o que está à nossa volta.

Viver o Amor é cumprir com o nosso propósito de realização.

Bem haja e grata à Vida!

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Maria Gorjão Henriques
Psicóloga, Astróloga e Facilitadora de Constelações Familiares.
Fundadora do Espaço Amar um espaço que promove novas consciências através do despertar de cada um para uma viagem de auto conhecimento na via da Individuação e onde o trabalho é desenvolvido procurando fazer o casamento entre uma abordagem convencional e holística. 
www.espacoamar.com
maria@espacoamar.com 
Tel: 91 990 16 21  -  916 646 052 - 213 874 391

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2015
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A Viagem ao “Interior de Mim”

1/5/2015

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Ser saudável é ser detentor da bússola que nos permite viajar ao “Interior de Mim”. Vamos fazer o caminho até ele…
Por Pedro Melo

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2015
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Ser saudável: um dos mais complexos conceitos, cuja definição varia tantas vezes quantas as pessoas que a indicam. Na Enfermagem, disciplina que norteia a minha vida profissional, o conceito de saúde relaciona-se com o poder individual para tomar decisões, para controlar o seu sofrimento, para assegurar o seu bem-estar (físico, espiritual, cultural, social,…). O poder individual é o catalisador do percurso da vida de cada um de nós e encontra-se muito bem guardado, num espaço cujo caminho é feito apenas por nós mesmos: o “Interior de Mim”.

O “Interior de Mim” é um local não identificável por mapas tradicionais, precisa ser trilhado pela própria pessoa que o encerra em si e só essa pessoa, depois de chegar a ele, pode compreender a sua importância para a sua Saúde. Até chegar ao “ Interior de Mim”, precisamos passar por 5 locais, imprescindíveis para sermos saudáveis: A “Eira da Literacia em Saúde”; A “Clareira da Literacia Emocional”; o “Bosque do Autoconceito”; o “Lago das crenças”; a “Montanha da Autoconfiança”. Vamos explorar um a um para que cada leitor possa definir o seu percurso:

A “Eira da Literacia em Saúde” é um espaço aberto, rodeado de possibilidades de escolha (recursos em saúde, decisões sobre o melhor para a nossa saúde). Contudo, só definindo bem o mapa poderemos avançar com sucesso desta eira. Para tal, temos de trabalhar o conhecimento sobre a saúde (que profissionais devo procurar, onde procurar formação fidedigna sobre saúde, que serviços devo utilizar, …). Apenas com uma Literacia em Saúde bem trabalhada poderemos seguir caminho para o “Interior de Mim” e encontrar o nosso Poder para sermos saudáveis. É uma boa estratégia para seguir este caminho utilizar os cuidados de saúde primários, nomeadamente a equipa de saúde familiar, onde poderemos encontrar ferramentas personalizadas para a nossa Literacia em Saúde ser uma Eira produtiva.

A “Clareira da Literacia Emocional” é um local rodeado de árvores plantadas ao longo da vida, onde podemos contemplar essas árvores percebendo-as como aliadas para o nosso percurso para o “Interior de Mim”. As árvores são as emoções e sentimentos que vamos vivenciando e desenvolvendo em nós e nos outros… Algumas árvores terão frutos… outras estarão secas… Por isso somos Humanos. Contudo, todas elas alimentam a nossa vida com um tipo de oxigénio fundamental para chegarmos ao nosso Poder: a aprendizagem. É na clareira da Literacia Emocional que podemos respirar o oxigénio da aprendizagem libertado pelas árvores das emoções e sentimentos que plantamos ao longo da vida. Só assim podemos seguir caminho para o “Interior de Mim”.

O “Bosque do Autoconceito” é um local cheio de mistério e trilhos de decisão. Só depois de um boa respiração na clareira anterior, conseguiremos com sucesso olhar os caminhos, por vezes obscuros deste bosque e decidir o que pensamos de nós mesmos, para escolher os caminhos certos para chegar ao “Interior de Mim”. São muitas as dificuldades que nos podem confundir no “Bosque do Autoconceito”. Por vezes é invadido por ventos fortes que agitam de tal forma as árvores, que não conseguimos perceber o caminho a seguir… Estes ventos são soprados pelos outros, pelos que nos dizem o que pensam de nós e tornam-se por vezes tão sonoros e violentos, que não nos deixam ouvir o que nós próprios pensamos de nós. Como tal, com Literacia em Saúde e Literacia Emocional, saberemos enfrentar os ventos da calúnia e decidir o caminho da Nossa Verdade, o real conceito que nos permite ser autênticos no caminho para o “Interior de Mim”. O “Bosque do Autoconceito” é das etapas mais complicadas de atravessar no caminho, mas seguindo o mapa com perseverança, consegue-se superar.

 O “Lago das crenças” é um local onde, depois do autoconceito bem fortalecido, devemos mergulhar para reter o oxigénio da aprendizagem e olhar em volta, contemplando o que o seu fundo nos tem para oferecer: a cultura familiar (que nos vai moldando ao longo dos tempos e nos dá identidade), a cultura social (com quem nos vamos relacionando e aprendendo a ter outros pontos de vista), os nossos próprios corais de atitudes, que vamos construindo com a influência das culturas, do autoconceito, das aprendizagens. É neste lago que, depois de mergulhar, vamos decidir em que lado vamos sair para subir a montanha da autoconfiança. Só depois de analisar muito bem as nossas crenças, podemos decidir os nossos comportamentos para procurar o que para cada um de nós significa ser saudável.

 A “Montanha da Autoconfiança” é a última etapa, para chegar ao “Interior de Mim”. É no topo dela que se encontra a entrada. Contudo para a escalar temos de usar todo o potencial adquirido ao longo do caminho: O que aprendemos sobre o que nos rodeia e sobre nós, as crenças que construímos e/ou renegámos e a forma como percebemos que podemos usar isso tudo para entender que afinal os responsáveis pela nossa saúde somos Nós Próprios. Por isso, só quem verdadeiramente consegue escalar esta montanha, consegue entender o significado de “Ser Saudável” e chegando ao seu topo vemos a entrada para o “Interior de Mim”.

No “Interior de Mim” conseguimos perceber então o verdadeiro significado de Saúde, pois fizemos todo o caminho: Saúde é saber decidir com conhecimento (literacia) sobre ela mesma e sobre o que sentimos, para poder ter Poder e Controlo na nossa tomada de decisão sobre o que nos faz Felizes, com a convicção que estamos a fazer a escolha certa.

Boa Viagem e Muita Saúde…

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PEDRO MELO
PROFESSOR NA UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA (ICS – PORTO)
ESCRITOR
www.facebook.com/escritorpedromello

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2015
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A viagem da Alma

1/5/2015

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A grande viagem começa na nossa morada, aquela que o nosso corpo acolhe. Todas as outras ganham outro sentido se trilharmos os caminhos do nosso ser, da nossa alma.
Por Natália Rodrigues Porto

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2015
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Alma arrumou a mala estava decidida a fazer a viagem. Há muito tempo que ponderava sobre esta hipótese. Há muito tempo que colocava na balança das possibilidades o peso de tudo o que implicava esta decisão, mas há um momento na vida em que o pensamento deixa de ser um vento suave e passa a representar uma tempestade assoladora, capaz de nos impedir de ter o discernimento necessário para decidir. Quando isso acontece boiamos num mar de indecisões e se não colocarmos o corpo em movimento, corremos o risco de nos afogarmos.

Alma fechou a mala, olhou-se ao espelho, ajeitou o cabelo e perdeu-se nesse olhar, imaginou que o espelho era uma porta para o lugar onde decidira ir e viu-se do outro lado, enquanto ainda tinha a oportunidade de olhar para si parada no seu quarto. Que diferença faria se pudéssemos sair de nós e assistir ao desenrolar da nossa vida? Se tivéssemos o poder mágico de sermos observadores do nosso comportamento?

Alma puxou a mala e fechou a porta do seu quarto. Percorreu o corredor, olhou cada detalhe em seu redor e pensou em como uma decisão pode mudar a nossa perspetiva de tudo, até daquilo que sempre esteve perto de nós e que há muito não reparávamos. A sua casa parecia-lhe mais bonita que nunca agora que decidira deixá-la. O som das rodas da mala no chão recordava-lhe que o caminho estava a ser feito e que era preciso continuar, olhar para trás pode impedir-nos de seguir.

Quando a porta se fechou, quando a chave deu a volta que trancou a casa, Alma respirou fundo. É preciso coragem para fechar as portas que nos acolhem, é preciso coragem para escolher aquilo que nos cabe na mala e que nos acompanhará, é preciso coragem para decidir.

Alma observou a cidade a ficar cada vez mais distante e que ao mesmo tempo revelava a sua forma. É assim que funciona a distância, distancia-nos dos detalhes e dá-nos a oportunidade de ver o todo.

Olhou em frente e fechou os olhos, 4h estaria no ar, apesar de ser uma decisão que tomou com os “pés na terra” seria o ar o meio de a concretizar, porque tudo tem uma frente também tem um dorso.

Adormeceu, entregou-se aos sons circundantes e deixou-se partir.

-Vamos começar a mexer os dedos dos pés, a sentir as nossas pernas, tragam a consciência ao vosso corpo

Alma começou a ouvir a voz do professor de meditação, mas não queria acordar, ainda não tinha chegado onde tinha decidido ir e estava demasiado entusiasmada com a sua viagem, mas indiferente o professor continuou:

-Sintam as vossas mãos. Mexam cada dedo, sintam-se retornar ao vosso corpo.

Alma lutava para ficar sentada no seu avião, olhava para trás e via os seus colegas agitados a estirarem o corpo e ela sentia-se tão bem como estava e não queria mesmo sair do estado em que se encontrava, mas a voz do professor tornou-se demasiado próxima e o avião esfumou-se no ar, dissipou-se entre as nuvens do seu pensamento.

Deitada no chão, acordou do relaxamento. Abriu os olhos e sentiu o seu corpo, teve consciência do lugar, teve consciência de tudo o que a rodeava.

Lentamente levantou-se, sentou-se esperou.

O professor olhando os seus alunos perguntou:

-Alguém tem algo que queira partilhar?

O silêncio fez-se grande. O professor olhou em volta, à procura nos olhares a vontade de falar.

Alma hesitou, mas o seu corpo não, e o professor captou a sua hesitação.

-Sim Alma?

Então a Alma libertou-se, deixou as palavras levantarem voo e falou da sua viagem, da sua decisão em a realizar. Falou de tudo com muitos detalhes, e à medida que ia falando sentia-a a vibrar.

Os outros escutavam-na demonstrando interesse e isso ainda a motivava mais. Chegou ao ponto em que teve de acordar, e ouviu-se um oh! Coletivo que terminou com uma risada geral.

O professor agradeceu e disse simplesmente:

-Bonita a sua viagem espero que a consiga entender, e que descubra o que significa para si e para a sua vida.

Breves momentos depois a aula terminou e Alma seguiu a sua viagem até casa.

Ligou o rádio e deixou-se levar na melodia da música que embalava a sua condução.

Qual é a diferença entre uma viagem interior e uma exterior?

Se calhar é muito menor do que supomos.

Podemos ser impedidos por muitas razões de viajar, mas não podemos desperdiçar a oportunidade de nos conhecermos, de conhecermos os nossos destinos, os nossos sonhos, porque tudo isso mora dentro de nós, e o que não tivermos dentro, nunca poderá existir fora.

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NATÁLIA RODRIGUES PORTO

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2015
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