Falar mal dos outros...? Eu...? |
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Por vezes temos a tendência de
falar mal dos outros…
Podemos fazê-lo por variadas razões, umas mais bem-intencionadas… outras menos… Podemos fazê-lo em “jeito de desabafo”, com alguém que confiamos, por termos dificuldade em lidar com determinada situação, tornando-se esta uma forma de libertarmos o “stress”. Partilhamos uma preocupação e podemos ouvir, como resposta, uma opinião que nos pode ajudar. Não havendo intenção de prejudicar outra pessoa com o comentário ou a confidência que estamos a fazer. Podemos fazê-lo por inveja… ciúme ou raiva, mais ou menos camufladas. Para nos sentirmos melhores connosco ou para nos evidenciarmos, apontando características negativas de outros, tentando com elas disfarçar as nossas. Ou na tentativa de criar laços de proximidade com a pessoa com quem estamos a partilhar as “maledicências”. Esquecendo-nos que, talvez, o que estamos a apontar, também fizemos (ou fazemos) nas nossas vidas… Por vezes começamos por um: “gosto muito dela (ou dele), mas...” mas afinal mostramos que talvez não gostemos assim tanto… Pode acontecer que a pessoa de quem “falamos mal”, teve de facto comportamentos que podemos considerar menos próprios, mas… que não os tem? Quem não tem ou teve momentos menos felizes? Devemos condenar de forma impiedosa um comportamento menos feliz? Vale a pena investir tempo a recalcar o mau ou será mais positivo evidenciar o bom? Cultivar o bom? Por vezes parece que participamos num desporto coletivo onde se compete para ver quem “bate” mais verbalmente em quem… No entanto quando percebemos que também falaram mal de nós… “Aqui del rei!”… quem é que o outro pensa que é para falar mal de mim!? E esquecemos todas as vezes que falámos mal do outro (ou de outros) … Parar de falar mal dos outros, evitar partilhar o que é “mau” é simples, mas pode ter grande impacto na nossa vida e na vida dos que nos rodeiam. Se semearmos beladona colheremos beladona… Se semearmos trigo colheremos trigo… Não somos obrigados a gostar, e não gostaremos certamente, de todos os comportamentos, de todas as pessoas, com quem convivemos. Mas podemos escolher as nossas ações, podemos escolher o que dizemos, o que não dizemos, como o dizemos, a quem dizemos e em que circunstâncias… Antes de falarmos, sempre que possível, podemos pensar com a cabeça e sentir com o coração se o que vamos dizer é benéfico… ou não. Será que o que vamos dizer é positivo para nós, para o outro e para os outros? Vale a pena falar se não for? O que vamos dizer trará maior felicidade a mim e aos outros? Serão palavras de “Amor”? A escolha é nossa... o resultado é de todos... Pedro Sciaccaluga Fernandes |
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