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A crise planetária e as comunidades intencionais

1/10/2013

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Para uma nova forma de estar na vida há também um certo tipo de atitude que ajuda, saber que somos criadores, responsáveis pelo que ocorre na nossa vida. Acreditar, constatar e praticar que tudo é possível, tudo é permutável entre si e tudo é perfeito.
Por João Motta


in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2013
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

A primeira coisa que há que ter em conta é que o mundo material é um reflexo ou prolongamento do espiritual. Assim, uma eventual guerra mundial seria sempre consequência do conflito invisível de forças espirituais, que encontrem ou suscitem um canal para se precipitar neste plano.

Há visões do mundo incompatíveis que consciente ou inconscientemente lutam pela supremacia. Uma delas é a visão anglo-saxónica do mundo que, a meu ver, levou em linha directa ao neoliberalismo e á crise actual. Ela é baseada nos dois pilares do economismo, o acreditar que a sociedade se deve reger pela economia e não pela religião, pela justiça ou pela felicidade e do cientismo, o acreditar que é só a ciência que tem resposta para tudo e que ela é a única interpretação da realidade.

É a fase final de um jogo, em que a língua inglesa e a cultura e a visão do mundo anglo-saxónicas imperam sobre o resto da humanidade, que não lhes tem conseguido resistir. O que é natural, pois ela é mais dinâmica, mais simples, mais terra a terra, imbuída de empirismo, mecanicismo, utilitarismo, comportamentalismo e produtivismo e está mais baseada na matéria e até na força física dos corpos maiores.

Mas há basicamente dois tipos opostos de visão sobre a vida neste planeta.

Sendo o planeta um jogo, teríamos a Terra 1 à versão do jogo que está a ser retirada e Terra 2 à versão de uma Terra paralela que já existe e está a ser oferecida em certos meios para download interior imediato.

Terra 1 é um planeta onde a guerra continua e a opressão, a repressão e a supressão serão cada vez mais a norma. Onde o medo vai crescendo e a democracia vai definhando. Onde as religiões organizadas continuarão a ser um obstáculo entre o Deus exterior e o Deus interior. Onde as desigualdades sociais aumentarão exponencialmente e onde a catástrofe ecológica espreitará por todo o lado: desde o céu coberto por Chemtrails à água que hesitará entre ser privatizada ou estar poluída e onde os animais se suicidam.

Terra 2 é um planeta onde as pessoas poderão ser elas próprias. Um planeta de paz, de alegria, de solidariedade, de amor e de abundância. Onde o dinheiro, se existir, será só um instrumento contabilístico, para facilitar o intercâmbio e a comunicação. Na frase sintética de Agostinho da Silva, não seremos donos de nada porque tudo possuiremos.

Nesse Terra 2, a nível prático, a solução terá que ser algo como o chamado Decrescimento, uma economia realista e justa que acaba com a exaustão dos recursos e depredação da Natureza e que promove a riqueza social e a coesão entre todos os segmentos da sociedade, levando a uma vida mais simples, menos consumista e mais auto sustentável e autorenovavel. Só isso permitirá uma vida aprazível e criativa para todos.

Existe também uma versão 2.2 do Jogo.

Em termos sintéticos, as duas visões são pois ou o controlo, a injustiça e a depredação ou a expressão da consciência imparável da humanidade que, por todo o lado, nos vários continentes, como temos visto nos últimos anos, aspira a uma maior libertação.

A meu ver, são estes os elementos principais da crise, cuja procissão ainda vai no adro:

A época do emprego acabou. Deixou de haver estabilidade, garantias e expectativas. O que talvez seja bom para as pessoas começarem a viver mais no agora. Os empregos que haverá ou serão de baixo nível no Terceiro Mundo ou muito especializados em grandes empresas internacionais, financeiras sobretudo. Em ambas é trabalho escravo, tendo em conta a relação entre o salário e os lucros obtidos. Esta nova escravatura moderna foi evidenciada pela morte em 18 de Agosto passado de um estagiário de 21 anos no Bank of America que trabalhou durante 72 horas seguidas.

Mas o que se está a passar de forma mais invisível e subterrânea é uma desvalorização da matéria e um enaltecer da consciência, da qualidade de vida, da realização pessoal, da busca do conhecimento e do encontro consigo próprio e com os outros.

Naquele contexto, a vida nas cidades vai-se degradando e limitando a uns shots em bares de rua ao fim de semana. As cidades vão ficando entregues aos velhos enquanto a juventude emigra. Vivemos o reino da quantidade e da aparência…

Outro elemento visível do esboroar do sistema actual – o qual, apesar de estar desde 2007 em cuidados intensivos, continua a espernear - é o fim das estruturas tradicionais, em quem já se acredita muito menos: os velhos arquétipos da educação e coabitação familiar, a medicina oficial, com os seus remédios para os sintomas físicos, o Estado, cada vez mais omnipotente a nível interno e mais contestado a nível externo, os partidos, meras máquinas de conquistar o poder e distribuir entre si os benesses e o dinheiro, os políticos, que já não conseguem sentir a realidade social, os media, cada vez mais enfeudados ao status quo e as grandes companhias, empresas e bancos, movidos quase que exclusivamente pela ganância e pelo desprezo, tanto pelos humanos, como pelos animais e pela natureza.

Mas a verdade é que o planeta atravessa uma crise que é acima de tudo uma crise espiritual, de valores, de civilização, de paradigma cultural. O sistema por si não tem nenhuma solução criativa. Para ele a saída ou é por uma nova guerra ou pela via totalitária.

Várias vezes ao longo da história da humanidade o curso da civilização bifurcou e escolheu-se uma via. Tal como na vida do indivíduo, a cada momento se cria uma nova linha de tempo. Na Grécia, há mais de dois mil anos, podia-se ter escolhido a via da arte, da poesia, da filosofia, do autoconhecimento, das humanidades, mas os gregos acabaram por escolher a via da ciência. Essa escolha foi a causa remota da crise actual.

Neste momento estamos claramente a caminhar para uma mudança qualitativa na realidade humana. A crise veio só agudizar as contradições do sistema actual e revelar a nossa ambivalência em relação a ele. O paradigma actual, baseado na separação, na pretensa objetividade, no racionalismo e no materialismo está a ceder perante a visão holística e integral da realidade. Por outro lado, a evolução da consciência e a evolução tecnológica estão a dissolver a fronteira entre o mundo visível e o invisível e entre o possível e o impossível.

Estamos assim a chegar a um ponto onde tudo converge, a uma grande conjunção universal. Estamos a chegar à singularidade, onde uma nova realidade vai surgir.

Nesse contexto, não podemos continuar a deixar de ver a relação entre as nossas emoções - como a competição, o desejo do lucro, a agressividade e o medo - com a realidade planetária onde a guerra e a destruição ecológica nos fazem espelho e a corrupção dos políticos e empresários corresponde à nossa carência. Isto apesar de, pelo lado positivo, vermos agora um maior equilíbrio entre o ser e o ter e um regresso ao campo e ao partilhar das comunidades tanto ao nível local como a nível global.

Sabendo nós da relação entre o pessoal, o intermédio e o global, cabe a cada um de nós tomar responsabilidade direta na criação do mundo em que quer viver. Passar da depressão á abundância. O limite - é a nossa imaginação.
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JOÃO MOTTA
SINTETIZADOR CULTURAL

joaomotta.culturalsynthesis.com
joaotmotta@yahoo.com

in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2013

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Serei um consumidor consciente e responsável?

1/10/2013

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O consumo é o resultado do engenho humano e das trocas comerciais. E o comércio é uma das atividades mais antigas da humanidade que permitiu, em grande parte, o seu desenvolvimento. O comércio e o consumo são hoje o motor das economias desenvolvidas e de mercados livres.
Por Cris Ferreira

in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Vivemos numa sociedade de consumo! A definição de sociedade de consumo é da livre produção e circulação de produtos, pessoas e capitais sem a intervenção estatal. E num sistema social fundamentado na livre circulação de produtos é a lei da oferta e da procura que determinam os pontos de equilíbrio do sistema. Um sistema que tem mostrado muitas virtudes mas também bastantes falhas.

Nos países desenvolvidos quando entramos numa qualquer superfície comercial ficamos cercados de oferta de produtos. Para nós europeus esse é um dos vetores do paradigma de desenvolvimento, produzir produtos que são úteis e satisfazem as nossas necessidades físicas e emocionais.

Para qualquer estudante de marketing ir a uma qualquer superfície comercial é uma visita de estudo. Observar os produtos e tentar descobrir o que está por detrás de cada um deles. Quem os pensou? Porque os pensou? Que materiais foram necessários na sua produção? Quanto custou fazer? Porque tem este preço? Como é constituído o canal de distribuição? Qual o valor emocional da sua marca? Como foi comunicado? Quais são os seus benefícios e atributos? A que segmentos de mercado se destina? Qual o seu valor psicológico? Porque foi a embalagem pensada assim? Para quem tem formação de base em gestão e marketing estas questões são muito relevantes, afinal o marketing é a disciplina da gestão que tenta perceber a “procura” e proporcionar a correspondente “oferta”.

Mas quando se começa a estudar “desenvolvimento sustentável” o nosso nível de consciência enquanto “marketeer” e consumidor altera-se e mais questões surgem na nossa mente nos corredores de uma superfície comercial: que impacte causam no ambiente os materiais utilizados? São recursos materiais finitos ou renováveis? Onde foram feitos? Como foram feitos? Quem os fez foi justamente renumerado? Quem os fez trabalhou em ambientes saudáveis? Qual a sua pegada de carbono? O que acontece aos “restos” e “lixo” dos produtos que consumo?

E de repente aqueles produtos deixaram de ser somente produtos que gosto ou preciso de consumir e passaram a ser contadores de histórias e o ponto de equilíbrio para decidir por um produto A ou um produto B mediante a capacidade económica.

É muito conhecida uma história de uma marca de computadores que possui uma legião de fiéis e devotos consumidores. Porém um dos fornecedores dessa marca no processo de fabrico dos computadores utilizava mão-de-obra infantil. O caso chegou a público e parte dos seus consumidores criou um movimento designado “think different, do different” nas redes sociais, media e fazendo manifestações em frente aos pontos de venda da marca, apelando à empresa para rever a sua conduta. A campanha surtiu efeito, tanto quanto sei. As empresas cometem erros mas não querem ser conotadas com más práticas laborais ou ambientais. Principalmente se essas informações veem a público e provocam quebras nas vendas ou no valor das ações em bolsa, pontos sensíveis para a vida das empresas.

Este exemplo é ilustrativo do poder que o consumidor pode ter na equidade social e proteção ambiental. Como este existem muitos outros no planeta, muitos outros… O que fez a diferença e motivou a mudança de comportamento da empresa foi a atitude dos seus fiéis consumidores. E esse é o segredo, não basta ser um consumidor passivo ou contestar quando um problema relacionado com consumo nos afeta pessoalmente. É necessário perceber que por detrás de cada produto existe uma história, pessoas como nós ou questões ambientais que nos afetam a todos. A força do consumo é vital para as empresas e economia e deve ser também uma força de transformação positiva.

O “lixo” provocado pelo consumo é o pior rasto das nossas necessidades satisfeitas nas prateleiras de uma superfície comercial. Ainda hoje muitas pessoas não reciclam e com isso perde-se a oportunidade de obter matéria-prima para outros produtos sem recorrer ao meio ambiente.

Outro exemplo de mau consumo é o “desperdício”, com particular relevância o desperdício alimentar. Todos os dias deitamos toneladas de comida no lixo em todo o planeta. Toneladas de comida! No mesmo planeta onde ainda se morre de fome! Algo não está bem neste sistema.

Todos estes casos ilustram que em matéria de consumo há que aumentar o nível de consciência, promover alteração de comportamentos e áreas de estudo novas para aprender para que cada cidadão se torne mais consciente, atento e participativo provocando mudanças em sistemas produtivos que visam somente o lucro sem olhar as externalidades da sua atuação ou reduzindo os custos sociais, ambientais e económicos com a melhoria qualitativa do consumo individual.

E no que concerne à educação para o consumo muito há a fazer e em todas as áreas. Consumidores mais conscientes e ativos geram melhores produtos e promovem o desenvolvimento sustentável a todos os níveis. 
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CRIS FERREIRA
COORDENAÇÃO DO NÚCLEO PARA A CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL

www.wakeseed.org
geral@wakeseed.org

in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2013
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A busca da Felicidade e as múltiplas fases do Crescimento

1/10/2013

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Conhecer, compreender, integrar, escolher, experiência, partilha e sofrimento aplicados ao processo de evolução humana e social.
Por Luís Resina


in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)


A felicidade é um estado de alma progressivo. A felicidade não é adquirida por nenhum fator externo, se bem que existam muitas circunstâncias que nos proporcionam viver estados esporádicos de felicidade.

Partindo do princípio que cada um tem um potencial a desenvolver e uma vocação ou missão a cumprir, a felicidade será proporcional aos estágios de consciência que vamos adquirindo e aos níveis de sensibilidade que vamos alcançando, à medida que vamos galgando certos patamares no nosso crescimento individual.

Esses níveis de consciência individual e os estados que os acompanham irão determinar o que é a felicidade para cada ser.

A felicidade é muitas vezes sentida como um preenchimento, uma circulação de energia em todo o ser, e isso dá a sensação, de sermos algo mais que humanos – seres inundados por uma energia multidimensional.

Claro que poderíamos sempre dizer que alguns seres seriam felizes se tivessem um amor e uma cabana! Mas o amor, que é uma dádiva vital nas nossas vidas, vem acompanhado por um irmão, que se apelida sabedoria, senão, não seria necessário sermos seres conscientes! A evolução na vida traz com ela a sede de conhecimento, de outro modo não faria sentido estarmos encarnados nesta condição existencial.

Existem dois modos na evolução da humanidade, um é pela via do conhecimento (pessoal e universal), o outro é por meio do sofrimento. Ambos os métodos são válidos, mas agora que estamos a ingressar na Era de Aquário, ao mesmo tempo que abandonamos os resíduos da antiga Era de Peixes, estamos desde já a atravessar um período em que seria mais aconselhável abandonar os velhos padrões do sofrimento, por uma gestão mental e emocional assente nos princípios da nova Era. O eixo Aquário/Leão fala-nos da importância do indivíduo e da sua participação criativa no grupo e na sociedade. Em Aquário, o relevo será posto na energia do amor-sabedoria como forma de solucionar os diversos problemas da sociedade.
 
De seguida apresentamos num quadro sintético, quais as energias principais que devem ser integradas ao longo da existência, para que alcancemos um estado existencial com mais amor/sabedoria, logo, com mais maturidade, consciência e felicidade na nossa jornada aqui na Terra.

Cada um irá trilhar ao seu ritmo esta Roda da Existência, no entanto, ficam aqui delineados alguns dos principais modos de abordarmos a vida.

A Roda da Experiência Individual e as 12 Fases de Crescimento


1ª Área de vida – agir, sentir a vida a pulsar, espontaneidade e impulso de ser

Energia básica ou instintiva – energia de vida, competição, afirmação, luta e esforço.

Energia consciente ou transpessoal – ações criativas, espírito livre, liderança esclarecida

2ª Área de vida
– bem-estar material, aquisições e desenvolvimento de talentos

Energia básica ou instintiva – desejo de possuir, valorização do ter, fixidez

Energia consciente ou transpessoal – relativização da posse, atrair as coisas que são necessárias ao nosso crescimento pessoal. Visão e desprendimento.

3ª Área de vida – comunicação e expressão das ideias, área do pensamento

Energia básica ou instintiva – necessidade constante de se ouvir a si próprio, curiosidade constante, múltiplos interesses que levam à dispersão e à superficialidade.

Energia consciente ou transpessoal - reconhecimento da natureza dual da mente, busca de integração dos dois hemisférios cerebrais, integração da natureza masculina com a feminina.

4ª Área de vida – sentimento de pertença, enraizamento e bem-estar emocional

Energia básica ou instintiva – apego e dependência da forma com base no sentimento pessoal

Energia consciente ou transpessoal – aprender a cuidar de si próprio, reconhecer a fonte universal donde tudo emana. Empatia pelo próximo.

5ª Área de vida – autoexpressão, criatividade, divertimentos e lazeres, amor-próprio, reconhecimento da identidade pessoal

Energia básica ou instintiva – egocentrismo natural, os outros são vistos como uma extensão de mim mesmo, fortalecimento do Ego.

Energia consciente ou transpessoal – o reconhecimento da identidade do Self, eu Sou uma estrela em participação e cooperação com o Todo. Eu irradio e emano a partir do centro.
 
6ª Área de vida – desenvolvimento pessoal, técnicas e especialização, capacidade produtiva, contribuição do individuo ao coletivo, serviço.

Energia básica ou instintiva – Utilização de recursos e técnicas que dispomos para satisfazer necessidades básicas: trabalho, alimentação, utensílios e poupanças. Corremos também o risco de ficar dependente de mecanismos de sobrevivência.

Energia consciente ou transpessoal – o trabalho é visto como um factor de crescimento pessoal, eu contribuo para o meu desenvolvimento e para o bem comum. Produção livre e criativa. O prazer de realizar tarefas, eu cuido de mim e dos outros.

7ª
Área de vida – busca de complementaridade, interação com o outro, afinidades, atração e repulsa, escolhas relacionais

Energia básica instintiva – o constante desafio das parcerias, a dialéctica constante entre identidade e diferença, oscilação entre afirmação ou submissão.

Energia consciente ou transpessoal - o equilíbrio entre o dar e o receber, o respeito pela diferença do outro, a conciliação entre liberdade e amor.

8ª
Área de vida – Busca de transcendência, alienação e ilusão, fusão emocional com o outro, dependências, morte e transformação.

Energia básica ou instintiva – a projecção nos outros como forma de satisfação do meu desejo emocional, o suprimento das minhas carências emocionais e materiais através da união ou da posse interesseira nos relacionamentos.

Energia consciente ou transpessoal – o auto domínio emocional, a superação dos instintos, a rendição pessoal pelo amor à transcendência. A fusão transcendental com o outro, o encontro do sagrado nos relacionamentos íntimos.

9ª Área de vida – Conhecimento de vida, descoberta do sentido da existência, superação de si mesmo, metas e valores transpessoais, partilha de valores, ensino.

Energia básica ou instintiva – Expando os meus valores e conhecimentos para obter mais reconhecimento social e prosperidade. Exagero na autoimportância e nos modos de agir.

Energia consciente ou transpessoal – Eu vejo o caminho e visualizo a direção das coisas, sigo o meu alvo e abstenho me de me perder em crenças, opiniões e costumes, frutos de padrões e hábitos arreigados no passado. Procuro ampliar a minha identidade e partilho com os outros as minhas experiências de vida. A alegria surge espontaneamente na real partilha de saberes.

10ª Área de vida – O papel que cada um desempenha no Mundo e na sociedade, a contribuição e o reconhecimento do individuo na coletividade. O encontro com o destino.

Energia básica ou instintiva – o dever e a moral levam-me a ser um seguidor de costumes e normas em que raramente coloco alguma coisa em causa, faço porque é meu dever fazer, independentemente das filosofias ou da ética que estão na base do meu trabalho ou das minhas instituições. Noutros casos, o oportunismo e a ambição pessoal conduzem os meus atos para que eu tenha cada vez mais prestigio ou regalias sociais, independentemente de isso poder afetar terceiros.

Energia consciente – A escolha entre servir o colectivo e a humanidade ou continuar a alimentar a gratificação dos desejos e ambições pessoais.

Energia Transpessoal - Sentido de responsabilidade, integridade e impessoalidade. Aquele que já escolheu o serviço desinteressado.

11ª Área de vida – participação e renovação social, identificação com grupos, amigos e associações.

Energia básica ou instintiva – Convivo, partilho e relaciono-me, mas sirvo-me dos grupos e dos outros para satisfazer as minhas necessidades pessoais.

Energia consciente ou transpessoal – a amizade, a solidariedade e o desejo de contribuir para a felicidade dos outros. Expressão de um ser social e criativo, um ser amável e prestativo, um companheiro para a vida.

12ª Área de vida – Solidariedade, compreensão do papel do sofrimento nos seres e nas nossas vidas, reencontro com a espiritualidade.

Energia básica ou instintiva – Sempre que posso esquivo-mo e fujo para não enfrentar os problemas da vida. A dualidade emocional é constante e leva-me a ter comportamentos irracionais. Apesar de demonstrar grande sensibilidade, as oscilações e as dúvidas são frequentes ao longo de todo o caminho.

Energia consciente ou transpessoal – capacidade de abdicar de mim próprio na ajuda ao próximo. Aprendo a relativizar, os meus problemas serão sempre menores comparados com outros. Assumo a minha ligação com um propósito maior, e realizo-mo, sentindo-me útil, ao cuidar daqueles que necessitam da minha ajuda. A vivência da experiência mística ou transcendental.

Cada eixo desta Roda gira e se integra na sua polaridade até atingir o Centro, no centro o herói reconhece a Paz até que um novo ciclo se inicie.
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LUÍS RESINA
ASTRÓLOGO, AUTOR, FORMADOR E CONFERENCISTA

www.luisresina.com

in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2013

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Feng Shui e Space Clearing

1/10/2013

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A vibração emitida pelas nossas emoções transmite-se aos objetos e à estrutura da nossa casa influenciando de forma determinante a nossa vida. De que forma poderemos alterar estes padrões energéticos?
Por João Borges e Teresa Borges de Sousa


in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

E de repente surge a pergunta o  que fazer para limpar uma cama comprada em 2ª mão. Para muitos uma boa limpeza com um pano e um detergente arrumaria com qualquer micróbio que viesse da antiga residência. Não é isso que se pretende. Queremos saber como poderemos eliminar os padrões energéticos existentes na cama deixados pelos seus anteriores utilizadores por forma a não vir a ser afetada por eles. A cama é a nossa peça de mobiliário mais intima. A cama acompanha-nos no processo regenerativo que ocorre durante o sono, assiste aos nossos pesadelos mais tenebrosos e também aos nossos sonhos mais felizes, acolhe-nos quando estamos doentes e é leito para as nossas paixões mais intensas.

Apesar de ser feita de um material diferente do nosso corpo, em termos energéticos a cama é quase uma extensão de quem lá dorme. No caso das camas de casal, poder-se-ia dizer que a cama é o espelho do seu relacionamento. Numa primeira fase, de forma simbólica, considerando a sua estética, as cores, as formas: se é simples ou mais complexa, se é sólida ou quase descartável, se tem uma base mais clássica ou um estilo mais contemporâneo. Depois disso e ao longo do tempo, pormenores como parafusos a soltarem-se e a viga central a desabar são exemplos de materializações da energia do relacionamento e estarão ligados respetivamente a situações disfuncionais na relação ou a algum acontecimento que tenha quebrado a confiança basilar da relação.

E serão só as camas a estar impregnadas da nossa energia? Claro que não, todos os outros móveis, objetos e as próprias paredes da casa retêm a energia dos habitantes. Em particular os espelhos, pelo facto de ‘quase filmarem’ o que se passa, retêm e espelham o que se vai passando e o que já se passou há muito tempo! E qual é que é a questão? Há algum problema por isso?

A realidade é que a energia Ki, aquela de que estamos a falar, está presente por todo o lado e quando dizemos que algum objeto fica com a nossa energia o que de facto estamos a dizer é que fica com o nosso padrão energético, a frequência vibratória emitida pelas nossas emoções. E a partir daí há como que um vai e vem entre nós e a casa, nós influenciamos a casa e os objetos e estes condicionam os nossos pensamentos e consequentemente as nossas emoções pelo que acabamos por ficar como que presos num circuito fechado. Quando as emoções vividas são emoções positivas, ou seja, amor, afeto, alegria ou paz temos um circuito em que as mesmas se multiplicam e beneficiam a nossa vida e as dos que nos rodeiam e nesse caso é uma ‘roda-vida’ benéfica. Se, por outro lado, há experiências negativas em casa, sejam mais ligeiras como mauhumor, preocupação, resignação ou mais fortes como agressividade, humilhação, divórcio ou luto pela morte de alguém é difícil para a família ou para o habitante libertarem se desses padrões mantendo o sofrimento e continuando a atrair experiências do mesmo tipo para a sua vida.

E o que fazer então? É necessário alterar os padrões vibratórios do ambiente com técnicas apropriadas para esse efeito. ‘Space Clearing’ foi uma expressão inicialmente usada por Karen Kingston nos anos 70 para um ritual de limpeza energética de espaços que desenvolveu a partir de práticas ancestrais de Bali. Atualmente esse nome é utilizado como que um chapéu abrangente que acolhe as mais variadas técnicas, a maior parte delas de origem tradicional uma vez que praticamente todos os povos desenvolveram técnicas para limpezas energéticas dos espaços.

De forma genérica devem ser consideradas as seguintes fases :

• Avaliação dos objetos guardados - muitas vezes guardamos recordações, cartas, fotografias e outros objetos que têm intrinsecamente padrões vibratórios que nos prendem ao passado ou que de alguma forma não são úteis para a nossa vida atual. É preciso tomar consciência disso e quebrar a ligação, libertando-os da nossa casa. 

• Organização em casa – a forma como temos ou não o que nos pertence arrumado ou em monte, afeta a forma como agimos perante o mundo e como percecionamos a realidade.

• Limpeza física – arejar, aspirar o pó, deitar fora o lixo e retirar manchas dos móveis ou do chão é básico mas essencial para o que vem a seguir. Tudo o que já está materializado é energeticamente mais denso e a fase seguinte lida apenas com energias subtis.

• Ritual de limpeza energética – Pode ser algo tão simples como um raminho de alecrim a ser defumado num passeio tranquilo pela casa ou momentos de meditação. Rituais mais sofisticados geralmente incluem a criação de um altar e o uso dos cinco elementos (ar, fogo, terra, metal e água). No fim criam-se novos padrões energéticos saudáveis em sintonia com as novas emoções pretendidas num processo onde a intenção toma um papel central. 

Qual o resultado que pode ser esperado da limpeza do espaço? Pelo menos a perceção de que estamos a entrar numa nova fase da vida e que fechámos o ciclo ou ciclos anteriores. As cerimónias profissionais de Space Clearing devem ser efetuadas por indivíduos preparados e habilitados para o efeito até porque é possíveis as energias negativas “colarem-se” ao chi do praticante.

No entanto, é bom que cada um de nós adote técnicas simples e passíveis de efetuar de forma rotineira para manutenção da sua casa e dos seus objetos, como processo de manutenção do seu próprio caminho de vida.
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JOÃO BORGES E TERESA BORGES DE SOUSA
DIRECTOR E PROFESSORA DA ESCOLA NACIONAL DE FENG SHUI

www.escolafengshui.com
geral@escolafengshui.com

in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2013
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Ser Verde por Dentro e Por Fora

1/10/2013

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Ser Verde é estabelecer um compromisso com o presente e o futuro, com o seu e o dos outros. O auto-respeito, a compreensão do outro e a gestão dos recursos naturais assume um papel fundamental nos dias de hoje. Ao respeitar a natureza, está a respeitar-se a si, pois cuida da sua casa. O tempo de agir é só um: AGORA!
Por David Rodrigues


in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

O desenvolvimento sustentável  tem as suas raízes em valores éticos, ambientais e comportamentais. Ser um trabalhador verde tem por isso uma componente de princípios e outra de atitudes.

O princípio base de um desenvolvimento integrado começa pelo respeito por nós, pela Natureza e pelos outros. Assim as bases de uma atitude verde no trabalho quer seja patrão de si próprio ou empregado por conta de outrem têm que ver com a honestidade intelectual, transparência e integridade, com o respeito pelos colegas, clientes, utentes, fornecedores e manter um elevado nível ético em tudo o que se faz. E se para alguns isto parece óbvio, concretizá-lo plenamente nem sempre é tão simples.

O respeito pelos outros implica ser sensível à diferença física, de comportamento, de forma de estar, de atitudes; implica ser compreensivo e empático com as virtudes, problemas e características das pessoas com quem lidamos, sem nunca esquecer que o respeito por nós é fundamental. Consentir que alguém nos maltrate financeira, física ou psicologicamente é uma demonstração de falta de autorespeito, ainda que seja alegadamente em nome da segurança financeira ou da pseudo-estabilidade laboral. Se o dinheiro ou um qualquer trabalho são mais importantes que o seu Ser, nunca arranjará um lugar onde o respeitem e considerem verdadeiramente de uma forma plena. Afasta-se assim de ter um emprego ou negócio em que se realize e seja devidamente remunerado e considerado enquanto pessoa que é.


O respeito pela Natureza implica uma preocupação genuína com a sustentabilidade da vida atual e do futuro, do seu futuro e das gerações vindouras. É da gestão de recursos que se trata. Todos percebemos facilmente que quando gastamos mais dinheiro do que o ganhamos ficamos a dever a alguém, na Natureza o processo é o mesmo mas não dá para contrair empréstimos. Não há mais terras, e neste momento já é preciso 1,5 planetas para fazer face ao ritmo de consumo atual que tem tendência a crescer. 

Coisas práticas que se podem fazer a nível laboral:

- Deslocações
Vá de transportes, a pé ou de bicicleta. Se não puder partilhe a viagem de carro com colegas.

- Papel
Incentive a poupança de papel, imprimindo apenas o realmente necessário, reutilize as folhas para imprimir de um lado e outro, para fazer blocos de papel com as folhas que já não são precisas e em último lugar recicle. Incentive estes comportamentos entre os seus colegas.

- Plástico
Traga a sua caneca de casa para o café ou chá e uma garrafa reutilizável para a água. Evite as comidas ou bebidas que são servidas em papel ou plástico descartável.

- Eletricidade
Invista ou pressione quem de direito para a instalação de lâmpadas economizadoras, desligue a luz sempre que sair da sala. Desligue o computador e monitor ao final do dia, desligue o monitor quando vai almoçar ou para uma reunião, programe o computador para desligar ou hibernar quando está alguns minutos sem o utilizar.

- Água
Informe os serviços responsáveis quando detetar torneiras ou autoclismos com fugas de água. Feche a torneira enquanto lava as mãos. Utilize a descarga menor de água, sempre que possível. Comece já e seja vigilante, pressione os outros, porque quando não existirem condições ambientais para se viver de nada vale ter dinheiro, uma empresa ou um trabalho!
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DAVID RODRIGUES
TERAPEUTA DE REIKI

www.essendi.com.pt
geral@essendi.com.pt

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Democracia Económica = Sustentabilidade Local, Regional e Planetária

1/10/2013

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A Democracia Económica é um novo modelo económico que olha para o mundo como ele realmente é e que leva em consideração as contribuições da natureza às nossas vidas e à economia em si.
Por Luís Miguel Dantas

in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Como levar a sociedade, a partir do ponto onde se encontra, com as suas desigualdades, crises ambientais e de recursos, estrutura económica degenerada e rutura social e política, a uma sociedade ideal progressista? Será preciso para tal um novo modelo económico que olhe para o mundo como ele realmente é, e que leve em consideração as contribuições da natureza às nossas vidas e à economia em si?

Um modelo económico que vá além do conceito da maximização dos lucros garantindo que todos os recursos tenham uma máxima utilização, pois o lucro torna os indivíduos míopes e propensos a destruir a natureza e a esgotar os recursos naturais? Sem dúvida que sim! 

A única maneira de resolver a crise ambiental e de recursos será através da remoção dos poderes desses indivíduos e às suas corporações para podermos decidir o nosso futuro. É necessário um sistema que mova o poder de decisão para quem está disposto a ter em conta os recursos disponíveis e a destruição do ambiente na tomada de decisões económicas. O sistema atual assenta em premissas que são comprovadamente falsas e insustentáveis não só para o planeta e para as pessoas como também para a própria atividade económica. Na verdade, nunca o egoísmo privado baseado na obtenção do lucro se transformará em altruísmo público. Assim, será de esperar que a imposição sistemática dos custos sobre os menos capazes de os suportar e a reprodução implacável e crescente das desigualdades que separam as pessoas umas das outras, conduza cada vez mais a sociedade à deterioração do estado social e democrático.

Mudanças de estilo de vida individuais e escolhas de consumidores informados conduzem a uma “lavagem-verde” pelas empresas capitalistas. Este recente criado capitalismo verde não oferece uma nova estrutura económica baseada nas necessidades das pessoas e do planeta. Continua fundamentalmente a ser uma economia de mercado baseada no lucro. Embora a consciência verde tenha aumentado nas últimas três décadas a depredação corporativa do planeta tem aumentado muito mais. Campanhas de protesto têm conduzido a algumas mudanças governamentais mas a nenhuma reestruturação real da economia. A pequena escala que há de agricultura orgânica e energias alternativas ainda não é suficiente para evitar o aquecimento global.

O capitalismo nos seus cálculos ignora as contribuições feitas pela natureza, toma os recursos naturais como garantidos e como um recurso livre, e esta contradição não pode ser compensada pelas taxas ambientais. As crises ambientais e de recursos são causadas por um conflito entre a economia de mercado e o mundo externo real. Enquanto deixarmos os mercados decidir o curso de ação este conflito não poderá nunca ser resolvido. Assistimos diariamente à delapidação do planeta e ao desgaste da própria atividade económica devido à concentração da riqueza nas mãos de uns poucos. É pois, por isso cada vez mais necessário descentralizar a economia de modo a que haja um controle dos recursos e produção local direcionada para o atendimento das necessidades de consumo minimizando o impacto ambiental. O comércio indiscriminado de produtos que podem ser produzidos localmente é ineficiente e só é rentável porque o valor real da energia necessária para o transporte não é calculado.

Através da criação de Zonas Económicas Autossuficientes o sistema de Democracia Económica remetenos para a importância das estruturas bio económicas autossustentáveis tão necessárias para um futuro verde onde comunidades vibrantes projetam, elas mesmas, as suas casas, sistemas de energias renováveis, bem como moedas alternativas. Cada zona desenvolve o seu próprio plano económico impedindo a drenagem de riqueza reinvestindo no local com vista à autossuficiência e ao desenvolvimento máximo em todos os setores da economia. De salientar a importância do cooperativismo como promotor da autoconfiança e independência económica que desenvolve o espírito comunitário. Pois, uma comunidade em que as pessoas coordenadamente trabalham juntas pode conseguir muito mais do que indivíduos atuando subordinada e separadamente. Uma vez que as empresas cooperativas são propriedade dos seus membros os lucros são aplicados na área local fazendo circular o dinheiro na comunidade. Nas Zonas Económicas Autossuficientes surge o verdadeiro papel das comunidades que permite a colaboração e a interligação de pessoas em grupos autoorganizados que podem facilmente apoiar-se e decidir acerca das políticas comunitárias necessárias levando em conta a preservação do meio ambiente através de escolhas sustentáveis e atos resilientes maximizando o potencial da área.

O sistema de Democracia económica carateriza-se por uma economia descentralizada na qual as necessidades sociais e económicas estão garantidas constitucionalmente, o qual inclui uma visão espiritual universal de uma humanidade unida, um programa ecológico que incorpora tecnologias verdes eficientes e uma garantia mundial não só dos direitos das pessoas mas também dos direitos dos animais e da natureza. Cabe-nos a nós lutar por uma sociedade progressiva e pulsante com menos desigualdades, pleno emprego, com participação ativa dos trabalhadores e com um crescimento e desenvolvimento equilibrado e ecológico. Esta luta (r) evolucionária é na sua essência silenciosa e pacífica. Começa dentro de cada um de nós através de mudanças de hábitos e perspetivas. Passa por ajudar os outros a mudarem e pela criação de associações que convirjam em valores e visões semelhantes.
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LUÍS MIGUEL DANTAS
CATALIZADOR NEO-HUMANISTA

www.proutugal.org
proutugal@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2013

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A sexualidade sagrada como via para a sustentabilidade da alma, da vida, da terra

1/10/2013

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A sexualidade, abordada na sua ver tente sagrada e o potencial de cura, transformação e expansão da energia erótico-sexual para a mulher, para a terra e para vida.
Por Tamar


in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2013

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A submissão ao domínio da energia  masculina atravessa a história dos seres humanos, independentemente do género. Uma das maiores premissas contemporâneas é a de que a Vida encontra significado ou razão em fazer, em vez de ser e, nesse sentido, fomos treinados para a racionalidade, lógica, capacidade de abstração, categorização e hierarquização de conceitos, assim como para o foco na competição e conflito como vias para a evolução. Como consequência, os valores da cooperação, harmonia, intuição, sabedoria e empatia, associados às qualidades da energia feminina, foram destituídos do seu papel na sociedade, assim como a sabedoria sobre os fluxos naturais e cíclicos de nascimento - crescimento - decomposição - morte da natureza e da Vida.

Os efeitos desta carência manifestam se a nível da terra, desrespeitada e atacada, levando à poluição das águas e do ar, ao abate de florestas ancestrais, ao desejo de privatização da água e das sementes; numa palavra, à castração do puro gérmen da vida. Manifestam-se, igualmente, ao nível do ser humano, naquilo que é a sua ligação com a alma e o corpo. Nesta espiral decadente, a sexualidade enquanto pilar fundamental para a vida, foi menosprezada, apagada, tornada coisa suja e mais uma doença.

O carácter vital e sagrado da energia sexual, que faz de nós quem somos aqui e agora e que é simultaneamente um veículo para a cura, transformação e transcendência, foi usado como apanágio para prazeres egóicos, jogos de poder, abuso e trocas comerciais, inclusive. Prevalece uma cultura sexual falocêntrica, vincada pela valorização da forma, dos resultados imediatos, do desempenho físico, do sexo enquanto descarga física, em detrimento do conteúdo e do propósito, da caminhada até ao êxtase e do sentir erótico.

Mas a alma pressente que há algo mais, o corpo vibra com algo que conhecemos mas não lembramos. Identificando e transmutando memórias obsoletas sobre os conceitos sexuais, estaremos disponíveis para receber a intimidade enquanto “um dos lugares onde Deus se faz particularmente presente. Porque, nesse momento, há a participação directa, concreta e física, no acto criador que faz girar a terra, as estrelas e o coração humano.” (Thomas Moore) E é aqui que entramos no campo da sexualidade sagrada, segundo a qual a energia sexual é não só natural, mas bela, essencial e uma forma de nos conectarmos com a corrente de vida que circula dentro de nós, nos abrirmos e potenciarmos a nossa cura, transformação e expansão. Neste contexto, o sexo pode ser medicinal; sensual, despertando o corpo e as emoções; sexual, por ser excitante e gerar ondas de prazer e multidimensional, partilhado com o nosso self e com o(s) outro(s) e ligando-nos aos vários planos e dimensões, conhecidos e misteriosos. Tal é o poder criativo, fértil e da energia sexual, que culturas antigas espalhadas um pouco por todo o planeta trabalhavam, honravam e ofertavam esta energia em rituais de fertilidade para a terra, para cura e iniciação, bem como para conhecimento oracular.

É, pois, uma via de desenvolvimento pessoal para mulheres e homens, sendo que abordarei aqui o trabalho com a sexualidade sagrada para a mulher, enquanto criadora e doadora da vida. O propósito é o de colocar a mulher em relação com o corpo e a sua energia: percecionar o corpo como matéria-prima, através da qual ela poderá vir a conhecer e valorizar suas próprias e profundas emoções, intuições e sabedoria instintiva,tornando-se este aquilo que já é - sagrado e um templo sempre recetivo a si próprio e à vida.

Visa igualmente o contacto e expansão com a energia erótica e a consciência e libertação de padrões emocionais antigos obsoletos, com benefícios para a auto-estima, confiança em si, capacidade de vivenciar relacionamentos maduros e de reciprocidade e para uma postura inteira e criativa perante a vida. Sendo cada mulher um universo em si, as abordagens ajustam-se aos temas específicos de cada uma, sendo que nos meus recursos mais usuais contase: técnicas de respiração, som e movimento corporal para consciência corporal e ativação, geração e expansão da energia erótico-sexual; meditações; massagens; escrita (registo/diário de emoções, do ciclo menstrual, da história de vida), desenho, dança intuitiva e rituais.

É procurado por mulheres que querem ligar-se à sua natureza feminina, curar feridas e bloqueios sexuais, conhecer a simbologia e poder dos órgãos sexuais e trabalhar o corpo para recuperar e/ou expandir a capacidade orgiástica, desenvolver a auto estima e o amor-próprio, assim como a abertura a relacionamentos plenos, irradiar energia e integrá-la em todos os atos da sua vida.

Quando a energia sexual é desperta e aceite, há fluidos criativos que são estimulados e as fronteiras ou limites racionais são impelidos para o domínio do não convencional e do irracional. A mulher passa a permitir-se ser tocada pela beleza, pela alegria, pela espiral de mudança contínua, pelos ciclos da vida e pelas estações da terra, pelo prazer e pela alegria; abre o coração e torna-se permeável, dança com Eros e inspira e alimenta à sua volta.

E esta é a porta de entrada para a sustentabilidade do bem mais precioso que nos foi doado: a vida nesta terra. A sensibilidade e o cuidado para com todos os seres e a entrega à cura e regeneração deste chão que nos sustenta torna-se uma causa natural, presente nos gestos diários e transmitida às nossas sementes – crianças e jovens.
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TAMAR
SOCIÓLOGA, FORMADORA COMPORTAMENTAL, TERAPEUTA SEXUALIDADE SAGRADA FEMININA

omeldadeusa@gmail.com
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in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2013

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Ervas silvestres e flores comestíveis

1/10/2013

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As Plantas medicinais, estudos recentes e utilizações ancestrais de algumas plantas silvestres, o seu contexto histórico, propriedades medicinais, usos culinários e terapêuticos na Antiguidade e nos dias de hoje.
Por Fernanda Botelho


in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Desde os primórdios da História que o ser humano procura na Natureza remédios para aliviar os seus males, desde uma simples dor de dentes, a tratamentos de doenças mais graves. Muito antes da sintetização da medicina moderna e ocidental, já as plantas eram utilizadas pelos Shamans da Amérca do sul, ou pelos feiticeiros das tribos Africanas, a maior parte das vezes com resultados notáveis e ainda hoje inexplicáveis aos olhos da ciência. Ciência essa que utiliza atualmente cerca de 75% das plantas como matéria-prima para extração e fabrico dos seus medicamentos. Com o grande desenvolvimento das indústrias farmacêuticas, muitos dos conhecimentos adquiridos durante milhares de anos foram postos de lado, associados a práticas de bruxaria e feitiços, outros no entanto foram tomados em conta, verificados, aprofundados e comprovados como remédios eficazes e válidos para tratar os mesmos sintomas que há 3000 anos atrás.

Na Idade média, na Europa, muitas mulheres foram queimadas, acusadas de bruxaria por simplesmente serem conhecedoras dos poderes das plantas e conseguirem tratar problemas que a igreja considerava que só Deus poderia resolver.

Mas o cenário mudou. Existe hoje um número cada vez maior de pessoas a procurar saber sobre as plantas que crescem à nossa volta. Em vez de as considerar ervas-daninhas, alvo a abater, muitas vezes com químicos extremamente nocivos para todos os seres vivos; nota-se agora uma viragem na forma de olhar e estar com a Natureza, considerando-a uma aliada e amiga, reconhecendo-lhe finalmente todos os benefícios que Ela tem ao longo dos anos aportado ao ser humano.

Não é novidade nenhuma que estar em contacto próximo e regular com a Natureza é das melhores terapias para as psicoses que afetam muita gente. Ajuda a resolver muitos problemas e a aliviar o stress.

Mas estar no campo, olhar para as plantas e reconhecer-lhes o nome e até talvez a família a que pertence e as suas múltiplas utilizações culinárias, terapêuticas e simbólicas tem sido motivo de muita procura para passeios e workshops de reconhecimento de plantas silvestres medicinais e flores comestíveis. Iremos apresentar de seguida algumas plantas características do nosso país. Uma das plantas mais utilizadas em Portugal é a malva (Malva sylvestris), sempre se usou com comprovada eficácia em lavagens, daí o ditado “lavar o rabinho com água de malvas”. De facto as malvas têm uma excelente ação anti-inflamatória, para curar conjuntivites, todo o tipo de irritações cutâneas incluindo eczema ou psoríase. Em uso interno, em forma de infusão, é muito benéfica para tratar ulceras de estômago. Pode também ser usada como legume em sopas e guisados.

Podem aproveitar-se as raízes que são um excelente expetorante, acalmando as tosses irritadas, as folhas usam-se em infusões e para fins culinários, as flores utilizam-se em saladas ou também as pode colocar dentro de um frasco com mel e assim confecionar um agradável e eficaz remédio contra a tosse, as suas sementes têm o nome popular de queijinhos e são muito úteis no tratamento de aftas devido à sua alta concentração em mucilagem. Existe mesmo um ditado espanhol que diz “Uma horta e malvas, remédios suficientes para um lar”.

A erva-de-são-Roberto (Geranium rober tianum) é outra das plantas muito conhecidas pelo país fora, já a tomaram mas não a reconhecem, ela é muito comum nas beiras de estradas e caminhos, nos muros, clareiras de bosques, locais com alguma humidade e sombra. Serve para tratar problemas de fígado e vesícula e vários distúrbios do sistema digestivo.

As urtigas têm uma infinidade de utilizações culinárias e terapêuticas, servindo para tratar pessoas, especialmente convalescentes, anémicas ou deprimidas. São úteis também no tratamento de outras plantas, usada como
fertilizante ou repelente de pulgões. Existe mesmo uma confraria das urtigas em Fornos de Algodres que celebra anualmente a riqueza desta fantástica planta. Desde a Antiguidade que as propriedades medicinais da urtiga são conhecidas; Dióscorides, Plínio e Santa Hidelgarda, grandes estudiosos do mundo das plantas, deixaram-nos importantes informações sobre as propriedades, usos e virtudes desta magnífica planta.

A urtiga, é uma das plantas mais comuns entre nós, sente-se bem perto do ser humano, prefere solos férteis, húmidos, ricos em matéria orgânica. Quanto ao seu aspeto, dispensa grandes apresentações. Em relação às suas propriedades, é uma planta de grande valor: é muito rica em vitaminas e minerais, entre eles ferro, cálcio, cobre, magnésio, ácido silício, potássio, zinco, vitaminas A, B2 eB5, C e E. O zinco faz dela uma planta importante contra a queda de cabelo e unhas quebradiças. É um dos remédios mais eficazes no combate às anemias pois aumenta a quantidade de células vermelhas no sangue.

Devido ao potássio e flavonoides, tem ação diurética, aumentando a produção de urina e a eliminação de ácido úrico, o que explica a sua utilização também no tratamento de artrite e gota. Existem mesmo alguns corajosos que tenham aplicado diretamente a urtiga sobre articulações dolorosas e arterites,com sucesso.

As suas propriedades hemostáticas, adstringentes, fazem dela um excelente remédio para estancar hemorragias internas e externas, hemorragias nasais e menstruações abundantes. A urtiga é considerada uma grande aliada das mulheres, duas chávenas de chá por dia, nutrem e equilibram o sistema hormonal e reprodutor, enriquecem a qualidade do sangue e aumentam a capacidade das células de metabolizar nutrientes, ajuda também nas dores menstruais. Muitas parteiras recomendavam o uso regular de chá de urtigas a partir do sexto mês de gravidez, pois aumenta e enriquece consideravelmente a qualidade do leite materno, ajudando também a estancar as hemorragias pós-parto.

Alivia e cicatriza úlceras de estômago e intestinos, tonifica o fígado e todo o aparelho digestivo, útil também para tratar hemorroidas. Não podemos esquecer-nos de mencionar a sua utilidade na cosmética, onde é utilizada principalmente como tónico capilar, contra a caspa e queda de cabelo, este tónico obtém-se fazendo uma forte infusão das folhas, que depois de coada se utiliza para enxaguar o cabelo. Está comprovado que o consumo de urtigas em forma de sumo, chá ou vários cozinhados, causa bem-estar geral, pensando-se por isso que esteja relacionado com o facto de um dos seus componentes ser a serotonina.
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FERNANDA BOTELHO
AUTORA DE VÁRIOS LIVROS E AGENDAS SOBRE PLANTAS MEDICINAIS, ORGANIZA PASSEIOS E WORKSHOPS SOBRE O TEMA

malvasilvestre.blogspot.pt
www.facebook.com/fernanda.botelho

in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2013

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Alimentação e Ambiente - será que aquilo que escolho comer pode melhorar a minha vida e a do Planeta?

1/10/2013

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A humanidade depara-se com uma enorme crise do ponto de vista da saúde do ambiente e a maioria dos especialistas recomenda mudanças drásticas no nosso modo de vida, se quisermos deixar um planeta saudável para os nossos filhos. A alimentação pode ajudar-nos a fazer uma mudança mais positiva, pois muitos dos problemas ambientais e energéticos estão diretamente relacionados com a dieta e produção de alimentos.
Por Francisco Varatojo


in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Vivemos numa época de enormes desafios, contradições e oportunidades. Creio que nunca na história da Humanidade nos deparámos com aquilo que testemunhamos atualmente:
Se por um lado, por via do pensamento científico e do consequente avanço tecnológico, temos progredido imensamente, conseguindo feitos totalmente inimagináveis mesmo para as pessoas que nasceram 2 ou 3 gerações atrás, por outro lado, paradoxalmente, a forma como utilizamos esta extraordinária inteligência e criatividade humanas pode estar a conduzir-nos para a degeneração biológica e extinção dos recursos naturais do Planeta.

Segundo os dados mais recentes, nos EUA mais de um terço da população sofre de obesidade mórbida , sendo o problema particularmente grave nas faixas etárias mais baixas (na Europa a situação não é tão grave mas caminha na mesma direção). No Mundo Ocidental, estima-se que 1 em cada 2 ou 1 em cada 3 pessoas venha a contrair cancro e as doenças do foro cardiovascular, diabetes, problemas autoimunes e outras continuam a aumentar. Apesar dos notáveis avanços médicos e dos milhares de milhões de euros que são gastos todos os anos na sua prevenção e erradicação.

No que concerne ao ambiente, a situação parece ser ainda menos animadora: segundo a WWF (World Wildlife Fund) e a UNEP (United Nations Environment Program), o planeta Terra, já por volta de 1990, excedeu a sua capacidade ecológica e, neste momento, a pegada ecológica da Terra parece estar muito acima da sua capacidade de regeneração. Na prática, o que isto quer dizer é que o planeta em que vivemos já ultrapassou os seus limites desustentabilidade. Citando James Leape, diretor da WWF International: “Em 35 anos, perdemos um terço da vida selvagem. A pegada global atual excede em 30% a capacidade que o Mundo tem de se regenerar; a este ritmo, em meados da década de 2030, precisaremos de 2 planetas para manter os nossos estilos de vida.”

Perante estes cenários assustadores mas realistas, podemos encolher os ombros e não nos importarmos, confiar que outras pessoas mais inteligentes do que nós venham a descobrir uma solução para os problemas ou decidir ser uma parte ativa da solução, começando por analisar de que forma é que o nosso modo de vida pessoal pode estar relacionado com estas questões.

Existem causas de vária ordem que, não sendo do âmbito deste artigo, não abordarei: vida sedentária, desigualdades sociais, práticas agrícolas não sustentáveis, uso e abuso de combustíveis fósseis, falta de higiene, fatores genéticos e muitas outras que, de uma forma ou outra, e por interação entre elas, desempenham um papel em muitas das questões de saúde e ambientais modernas.

No entanto, o que parece estar mais diretamente ligado à maioria dos problemas de saúde degenerativos modernos, assim como à destruição ambiental, é aquilo que escolhemos comer todos os dias. Nenhum outro fator influência de forma tão decisiva a nossa saúde e a do planeta. Em particular, o consumo de carne, lacticínios, açúcar e produtos químicos está intimamente ligado a uma elevadíssima pegada ecológica e aos problemas de saúde mais comuns.

Um enorme número de estudos epidemiológicos (em particular o mega estudo “China Study”, liderado pelo bioquímico Collin Campbell e realizado pelas Universidades de Cornell, Oxford e Pequim), encontra uma relação direta e inequívoca entre o consumo excessivo de produtos animais e a maioria dos problemas de saúde modernos.

O mesmo parece ser verdade no que toca ao Planeta: segundo a FAO (Food and Agriculture Organization), a indústria pecuária contribui mais para a criação de gases antropogénicos (nomeadamente CO2 e metano) do que todos os meios de transporte juntos . São estes gases os causadores do aquecimento global. Se comermos carne todos os dias, por incrível que pareça, gastamos cerca de 16,000 litros de água por dia per capita. Se formos vegetarianos, pouco mais do que 1,000 litros por dia per capita.

Se a população mundial, e em particular os países ocidentais, reduzissem o consumo de produtos animais, “fastfood” e açúcar, assistiríamos a uma mudança notável em todas as áreas mais críticas e que mais colocam em causa a nossa vida e em particular a vida das gerações vindouras. Inclusive, mesmo para resolver os problemas da fome, é infinitamente mais rentável produzir alimentos de origem vegetal do que alimentos de origem animal.

Termino com algumas sugestões:
- Coma predominantemente alimentos de origem vegetal. Não tem que ser vegetariano, mas os produtos animais (carne, lacticínios, ovos, peixe), se os escolhermos comer, devem ser uma pequena parte do nosso regime alimentar.

- Evite consumir açúcar, alimentos refinados e “fastfood”.

- Escolha alimentos de agricultura biológica; não consuma transgénicos.

- Utilize cereais integrais, vegetais, leguminosas, sementes, oleaginosas e frutos como base da alimentação.

- Use o seu dinheiro de forma criteriosa apoiando práticas agrícolas mais sustentáveis e um comércio mais justo.
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FRANCISCO VARATOJO
DIRETOR DO INSTITUTO MACROBIÓTICO DE PORTUGAL

www.e-macrobiotica.com
fvaratojo@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2013

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