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A nobreza da Integridade monetária

1/10/2021

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A majestosa atitude das classes dominantes, detentoras de sapiência, releva-se na atualidade, no modo como gerem os seus recursos financeiros e como redistribuem a riqueza no seu modus vivendi.
​Por Emídio Ferra


in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2021

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

A coerência e sistematização das atitudes dos responsáveis sociais, empresariais e políticos, é consagrada pela coesão nos vários domínios que abrangem e em que se responsabilizam.

A nobreza é um dote, na atualidade em estado pervertido, pelas consequências nefastas dos últimos séculos da história da humanidade, mas contínua na sua essência, a ter o significado da inocência do serviço desinteressado, mas comprometido pela abnegação à tribo e ao seu bem-estar.

A relação dos detentores do poder com os recursos monetários e financeiros em geral, tendo-se vindo a subjugar à subversão dos valores essenciais, sociais e humanos, pelo corrompimento dum sentido maior da existência, é fundamental que se elabore uma religação à integridade que as Finanças carecem e, sobretudo merecem.

Na esperada revolução do século XXI, a era de Aquários, no universo financeiro (e também económico), determina a recuperação e a revitalização, essencialmente, dos valores de nobreza, tais como a respeitabilidade, a dignidade, o brio, a honra, a decência e a grandeza de alma e das atitudes perante os outros em geral e particularmente na sociedade.

Portanto, a nobreza monetária (que aqui representa a gestão dos recursos criativos e empreendedores, no universo das trocas e da procura de equidade), é uma inevitabilidade social, e comitativamente a reparação histórica necessária para a revolução de recriar uma sociedade equitativa e responsável, capaz de gerar desenvolvimento económico, social, ambiental e sustentável.

A capacidade de gerar uma visão holística, tendo como ponto de partida, as Finanças (e até mais especificamente o Dinheiro), requer uma reparação conceptual, emocional e espiritual das sociedades globais, tendo como princípio a inclusão de todas as classes e minorias sociais e também a revisão dos valores integrais, exacerbando, num momento inicial, a redistribuição e equidade monetária, e assim revigorando e capacitando os membros de cada família e organização.

Essa é uma revolução que implica uma vitória individual sobre o medo e a apatia cultural, pessoal e comunitária, que se poderá traduzir no conceito do “Florescimento Humano”, impelindo-nos para a comunicação pró-ativa na comunidade e pela assunção da cidadania participativa e responsável.

As relações interpares, tendo em especial atenção à cultura vigente e as instituições do poder contemporâneas, carecem urgentemente de profundas reflexões e da capacidade dos decisores e influenciadores terem a coragem de enfrentar o Status Quo e os paradigmas instituídos, recomeçando uma nova era nas questões pragmáticas e basilares da gestão e cuidados pessoais, comunitários e socias.
​
Também para atingirmos níveis de transparência e de relações cooperativas e institucionais verdadeiras, é importante focar atentamente os fatores principais da vida e do planeta, priorizando o que há de mais célere e digno à vida e nas relações de proximidade complacentes.
 
É fundamental, que com a maior brevidade possível, os recursos monetários disponíveis, e a disponibilizar pelas mega organizações globais, sejam convertidos em fundos de participação e de promoção para empreendimentos e empreendedores capazes de fazer acontecer o milagre de uma sociedade saudável e de frutificar projetos com arquétipos adequados às novas realidades humanas e sociais, com o respeito pela natureza e o ambiente e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 2030 (ONU), que possam se tornar numa referência para o modelo das novas entidades económicas e jurídicas de suportes às comunidades e à estrutura organizativa e política.    

Nesta visão a integridade financeira, para ser alcançada, implica uma completude dinâmica interpares conjuntamente com uma forte coesão social, para que antes de mais, sejam respeitados os valores pessoais, comunitários, empresariais e também os de abrangência global e planetária, com uma especial atenção pelas particularidades de cada elemento e cada comunidade.

 Para além do já citado, para que se implemente a nobreza monetária, na atual realidade mundial, carece que uma simbiose entre o consumo consciente e responsável de cada um, associado a que os reguladores institucionais, políticos e dos mercados, tenham um papel ativo, mas sensato e imparcial, balizados por valores íntegros, simultaneamente com uma monitorização e divulgação das operações realizadas, para garantir a transparência e a participação de todos, garantindo a cidadania ativa, por parte de todos os intervenientes e interessados.

Numa breve sinopse, reforçamos que a integridade vai muito além de uma atitude ética isolada, pois envolve todos os elementos sencientes e as externalidades aí inerentes, que se poderão estender a todo o universo intrinsecamente interligado, como se de uma estrutura atómica se tratasse. Acreditamos que esta visão no mundo financeiro e quando se trata especialmente de dinheiro, é possível e fazível de acontecer, no entanto, carece inequivocamente de uma evolução da humanidade, no âmbito espiritual e de um amadurecimento intelectual e emocional, premiando então uma cidadania ativa, consciente e consequentemente capaz de produzir umas finanças éticas, integras e sustentáveis.
​
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EMÍDIO FERRA
CONSULTOR EM BIOECONOMIA, FINANÇAS E INOVAÇÃO
www.empowertolive.pt
geral@empowertolive.pt
“Empreendedorismo e Inovação”

​in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2021
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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Integridade

1/10/2021

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“A chegada deles não perturbou Maíra, que os esperava tranquilamente. Com as palmas das mãos unidas junto ao peito, pronunciou baixinho uma saudação. Eles retribuíram o gesto de cortesia e de respeito na entrada daquele ermo lugar, perdido no nada.” Por Irene Silva

in REVISTA PROGREDIR |OUTUBRO 2021

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

 Augusto quase tropeçou no carrinho de mão vermelho que dificultava a passagem. Vociferou uns sons num galego perfeito, mas baixou os olhos de seguida. Ela esboçou um sorriso por ele continuar igual. A experiência levou-o a desviar o olhar ao ver as gotículas de sangue seco numa das pegas,  e reparou na moldura partida segura por um atacador desfiado amarelo fluorescente na entrada em forma de coração. Ela ainda guardava o seu primeiro presente, pensou ele. 
 
 Maíra renunciara a todos os luxos da vida para iniciar uma nova etapa da existência. Ninguém compreendera aquela escolha de despreendimento, que muitos, incrédulos, apelidavam de loucura. Os sulcos profundos no rosto mostravam a passagem dolorosa dos anos. O choro aflitivo que antecedeu a aceitação de uma realidade que não julgara sua, dera lugar à serenidade que apenas a sabedoria do tempo encontra. E a certeza de querer estar ali depois de abdicar do profundo amor que sentira por Augusto. Passados quase cinco décadas, o reencontro entre os dois era (in)esperado. 
 
Augusto organizara aquele encontro de 3 dias para alguns dos seus amigos. Não lhes explicou quem os esperaria. Seria um afastamento da vida apressada e sem tempo que todos viviam na falsa ilusão da felicidade para um recolhimento na procura do sentido da paz interior. Nada preenchia aquele vazio insuportável que arrastava consigo há muito tempo, fingindo viver uma vida rodeada de todos os luxos.   
 
Como parte do retiro, Maíra entregou a cada um deles uma pequena caixa contendo 3 pequenas pedras raras que só existiam naquele lugar. O desafio era um: duplicar o número de pedras durante aqueles dias. Augusto riu. Parecia-lhe demasiado fácil. O dia começaria cedo, às 4h30 da manhã, com as primeiras práticas meditativas. Seguir-se-iam as tarefas diárias dentro de casa e no exterior. E a colheita dos legumes e das frutas para a preparação das refeições. Antes que escurecesse, Maíra mostrou-lhes o chão onde iriam dormir e todos se recolheram.  
 
Sozinho, Augusto não resistiu e espreitou a caixa que continha as pedras. Os seus olhos arregalaram-se ao ver que a sua caixa continha 6 pedras.  Com a testa franzida, os seus lábios curvaram-se num sorriso torto e o corpo relaxou perante uma sensação que já lhe era familiar. Não precisava de fazer mais nada. Mais uma vez, como tantas vezes na sua vida, sentia-se bafejado pela sorte.  A oportunidade para ganhar vantagem sobre os outros, mesmo que isso fosse uma ilusão. Como era característica sua, não contou a ninguém o que lhe sucedera e nos 3 dias seguintes, depois de concluídas todas as tarefas, percorreu lentamente aquele ecossistema à procura do melhor lugar onde descansar, sem se preocupar com a derradeira tarefa que Maíra lhes incutira.  
 
O silêncio absoluto fê-lo adormecer e foram contínuas as imagens de todas as suas vivências passadas. Uma vida construída em falsos alicerces, de ambição desmedida e sem respeito pelos outros. Apenas centrado em si e nos seus interesses. Mas isso já não chegava, sentia um vazio que crescia a cada instante. Sentado debaixo de um carvalho com 300 anos, Augusto limpava o rosto do suor misturado com a vegetação daquele solo molhado. Não precisava mais disfarçar aquele sabor a fel com que viveu grande parte da sua vida. A sensação de náusea perturbou-lhe os sentidos ao sentir novamente o cheiro do corpo de Maíra, como aconteceu em todos os seus encontros de um passado longínquo. Chorou compulsivamente, contorcendo-se numa angústia asfixiante, percebendo finalmente tudo o que ela procurou transmitir-lhe no tempo em que estiveram juntos. Vivera como um impostor e agora tinha a oportunidade de recomeçar, de libertar-se da clausura das aparências.   
 
Foram 3 dias de uma profunda transformação pessoal, feita no seu tempo.   
 
O dia da despedida chegou e os quatro reuniram-se na entrada daquele lugar. Os olhos de Augusto reconheceram aquelas duas gotículas de sangue, que Maíra eternizara e recordou, com as lágrimas a cair pela sua face, o pacto que os dois fizeram naquela tarde de verão à beira rio de que a vida ainda os iria juntar para sempre.     
 
Maíra chegou-se à frente e pediu que mostrassem as pedras que traziam consigo. Orgulhosos, um a um, todos os amigos de Augusto mostraram as 6 pedras que tinham encontrado. Ele era o último. Augusto detestava perder. Os erros do passado não tinham servido de nada. Sempre procurara os atalhos mais fáceis para atingir todos os seus objetivos, o que lhe custara a felicidade. Quando estava prestes a mostrar as 6 pedras que tinha na caixa e mais aquela que tinha encontrado, provando uma vez mais que conseguia mais do que os outros, sentiu um arrepio a percorrer todo o seu corpo e arrependeu-se. Petrificado, num esforço sobre-humano, conseguiu dolorosamente abrir a mão direita e mostrou apenas 1 pedra, a única que tinha conseguido encontrar. Caiu por terra e chorou de alegria, pedindo perdão a Maíra por ter demorado tanto tempo a compreender o que ela tentara ensinar-lhe tantas e tantas vezes no passado. Experimentava agora o que significava ser uma pessoa íntegra. Os amigos ficaram estupefactos com a sua inesperada atitude e Maíra sorriu, olhando-o de forma ternurenta. Valera a pena.”
 
Já alguma vez se deparou com uma situação semelhante à do Augusto?
 
O nosso comportamento é o mesmo perante uma multidão ou quando estamos sozinhos, sem ninguém a observar-nos? Procuramos ganhar vantagem sobre os outros, se tivermos oportunidade para isso?   
 
No tempo desafiante em que vivemos, quantas vezes nos questionamos se as nossas atitudes pessoais e profissionais são dignas de uma pessoa íntegra? Estaremos a viver uma perigosa crise de valores?  Ou os exemplos que nos chegam todos os dias, muitas vezes dos lugares mais inusitados e das circunstâncias mais adversas, mostram que ainda há esperança na humanidade?   
 
Paremos um pouco para refletir sobre o modo como temos vivido as nossas vidas e os valores que têm norteado as escolhas e as decisões que temos tomado.  Bem sabemos que não é fácil no tempo vertiginoso em que vivemos, mas é possível. 
 
Diariamente deparamo-nos com situações de egoísmo, desrespeito, intolerância, extremismo, violência, corrupção e morte,  anti valores que afetam cada vez mais a interação entre as pessoas. Que papel individual assumimos nesta tarefa que é de todos? Meros observadores que se demitem da sua responsabilidade ou participantes ativos e empenhados em contribuir para a mudança efetiva da realidade que partilhamos?  
 
Os valores humanos, que nos chegam primeiro pelo contexto familiar e social em que estamos inseridos, regulam as nossas interações e constituem um sistema de orientação interior que norteia o nosso percurso individual. A integridade é um desses valores fundamentais de vida em sociedade que nos permite permanecer inteiros e firmes na verdade, abraçando quem realmente se é, dando-nos a chave para discernir o caminho a trilhar rumo à profunda paz interior.  
 
Sentimos alegria por fazer a coisa certa, mesmo que isso nos prejudique, ou procuramos continuamente ter vantagem perante os outros, se tivermos oportunidade de o fazer? Honramos quem somos, nesse respeito por nós e pelos outros, muitos deles desconhecidos que cruzam o nosso caminho? Ou o favorecimento pessoal dá-nos permissão para abrir exceções aos valores?  
 
Uma pessoa verdadeiramente íntegra tem ações condizentes com o seu discurso e não se comporta de forma oportunista e egoísta. Inspira confiança nos outros. Somos todos seres vulneráveis, que tendemos muitas vezes a seguir o que a maioria faz, estando continuamente a ser postos à prova perante as influências externas. Manter essa postura vertical, de respeito pela dignidade humana, mesmo quando tudo está a desfavor, é um desafio diário.   
 
A integridade é um dos valores humanos mais importantes, que nos permite construir relacionamentos saudáveis, caracterizados por estabilidade, confiança e durabilidade. Podermos expressar todo o nosso sentir, todas as nossas angústias e tristezas, sem vergonha de sermos humilhados, desvalorizados ou criticados, é possível se assim o quisermos.   
 
Nos contextos profissionais, tantas vezes desprovidos de valores humanos, pautar o comportamento por respeito, honestidade e integridade potencia a produtividade, a criatividade, a motivação e cria relações inspiradoras e harmoniosas entre as pessoas.  
  
Não é difícil identificar uma pessoa íntegra e com um carácter inabalável. São várias as características que nos permitem identificar e reconhecer alguém assim. Agir de acordo com o seu discurso; honrar os seus compromissos; demonstrar empatia e preocupar-se com os outros; comportar-se da mesma forma independentemente da situação financeira da outra pessoa; ser humilde e não usar em benefício próprio o que os outros fazem; pedir desculpa quando se erra; respeitar a dignidade dos outros qualquer que seja a sua circunstância de vida. Partindo daqui podemos refletir profundamente acerca de nós próprios, questionando-nos e repensando as nossas atitudes individuais.   
  
Manter uma conduta caracterizada por retidão, honestidade e irrepreensibilidade, mesmo em circunstâncias adversas e desfavoráveis, assume-se como um compromisso e uma responsabilidade individuais. Que importa preservar num momento da humanidade tão desprovido de valores, tantas vezes assente nas aparências ilusórias. Independentemente do contexto de vida de cada um, todos nós, em cada dia, podemos assumir essa tarefa de sermos inteiros connosco próprios e na interação com os outros. Sem que isso seja apenas uma utopia.
​
IRENE SILVA
PSICÓLOGA CLÍNICA
ireneramossilva@hotmail.com

in REVISTA PROGREDIR |OUTUBRO 2021
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Ser Integridade

1/10/2021

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”Qualidade de íntegro. Carácter daquilo a que não falta nenhuma das suas partes. Estado de são, de inalterável.” Por Ana Paula Rodrigues

in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2021
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Há muito tempo, havia um mestre que vivia num templo muito velho em ruínas, com um grande número de discípulos.

Todos sobreviviam de esmolas e de doações que conseguiam na cidade mais próxima, mas muitos dos discípulos começaram a reclamar das péssimas condições em que viviam.

Em resposta, o velho mestre disse: “- Deveríamos reformar as paredes do templo, uma vez que ocupamos todo o nosso tempo a estudar e a meditar, não há tempo para trabalhar e arranjar o dinheiro que precisamos para as obras do templo. Assim, pensei numa solução simples".

Todos se reuniram diante do mestre, ansiosos em ouvir as suas palavras.

 Então o mestre disse:

 "- Cada um de vós deve ir para a cidade e roubar bens que poderão ser vendidos para arrecadar dinheiro. Desta forma, seremos capazes de fazer uma boa reforma no nosso templo".

Os estudantes ficaram espantados por este tipo de sugestão vir de um sábio mestre. Mas, todos tinham o maior respeito por ele, e não levantaram nenhuma objeção.

O mestre disse logo a seguir, de um modo bastante severo: “- No sentido de não manchar a nossa excelente reputação, por estarmos a cometer atos ilegais e imorais, solicito que cometam o roubo somente quando ninguém estiver a ver. Eu não quero que ninguém seja preso!".

Quando o mestre se afastou, os estudantes estavam confusos “- É errado roubar!", disse um deles, "- Por que o nosso mestre nos solicitou para cometermos este ato?".

Logo um outro respondeu prontamente: "- Porque isto permitirá que possamos reformar o nosso templo, e isso é uma boa causa!"

Assim, todos concordaram que o mestre era sábio e justo e deveria ter uma boa razão para fazer este pedido. Rapidamente, partiram em direção a cidade, prometendo coletivamente que nenhum seria visto, nem preso para não causar desgraça para o templo.

 "- Sejam cuidadosos e não deixem que ninguém vos veja a roubar!", incentivavam uns aos outros.

Todos, com exceção de um, foram para a cidade. O sábio mestre aproximou-se dele e perguntou-lhe: "- Por que ficaste para trás?"

O menino respondeu: "- Eu não posso seguir as suas instruções para roubar onde ninguém esteja a ver. Não importa onde eu vá, eu sempre estarei olhando para mim mesmo e saberei que é errado.”

“- Os meus próprios olhos irão ver que estou a roubar". O sábio mestre abraçou o estudante com um sorriso de alegria e disse: "- Eu estava a testar a integridade dos meus estudantes e tu foste o único que passou no teste!"

Após muitos anos, o menino também se tornou num grande mestre. (Autor Desconhecido)

****
A verdade é que não conseguimos esconder nada daquela pessoa que nos olha no espelho… nós mesmos.

Para viver em paz e as pessoas confiem em si, terá de preservar a sua integridade de todas as formas possíveis, uma vez que esta se manifesta nas mais pequenas “ações” da sua vida, no seu dia-a-dia… é aquela “zona sagrada”, que se ultrapassamos, deixa marcas a curto ou a longo prazo.

A integridade é uma daquelas qualidades que uma pessoa tem ou não tem, faz parte do ser e da sua personalidade. As pessoas íntegras têm uma conexão mais profunda com o mundo que as rodeia, não pensam apenas em si, são capazes de ver além, têm visão e encontram soluções positivas e criativas. Importam-se realmente com o outro, e dão o seu melhor para ajudar todos aqueles que precisam de apoio.

Um indivíduo íntegro mantém sua conduta, tal como o estudante em relação à ordem do mestre, apesar de o respeitar ou mesmo diante de situações que poderia tirar algum proveito para si. Esta conduta está relacionada diretamente à ética, responsabilidade, transparência, comprometimento, conexão, autenticidade.

Existe uma sintonia entre o que pensamos, dizemos e fazemos.

Quando há integridade, o comprometimento, o discurso e tomada de decisões são orientadas 100% pela transparência, ética e honestidade, além disso, todo o comportamento está alinhado com os valores, crenças e convicções.

Num mundo cada vez mais global, onde certos estilos e muitas tendências nos podem manter motivados para sermos algo que não somos e até menos do que somos, temos de nos concentrar em sermos nós mesmos, a integridade começa sempre em nós.

Seja inteiro, seja sempre você mesmo e certifique-se de ser o melhor que pode ser. As pessoas íntegras, apesar de saberem o seu valor, mantêm-se humildes, nunca se acham superiores aos outros, no entanto investem e trabalham sempre para melhorar.

Ser íntegro é fundamental para convivermos em sociedade e consequentemente para trabalhar em equipa. No entanto, algumas pessoas não percebem o conceito, outras ignoram, ou simplesmente não são. Pessoas íntegras são responsáveis, comprometidas entendem que a sua vida e o seu sucesso estão nas suas mãos, não arranjam desculpas.

Lembre-se que quando é “Extremamente simpático” para alguém para ter vantagens e depois fala mal pelas costas, não está a ser “ecológico” consigo, quando um comportamento não é natural e verdadeiro, vai existir um conflito interno, não há integridade interna, nem externa. A integridade é a coerência entre as suas palavras e ações, em relação ao seu mundo interior e exterior.

Faz parte do desenvolvimento pessoal ser íntegro consigo mesmo, ser autêntico, e isso muitas vezes não acontece, porque estamos sob a influência de alguém, de um grupo ou de situações que julgamos não controlar. As pessoas que se apresentam ao mundo tal como são, sem se esconder atrás de máscaras ou mentiras, elas vivem a sua verdade e mantêm-se fiéis às suas crenças e valores, não se importam com o que os outros pensam.

Acredite! SER quem realmente é será, provavelmente, o maior desafio de toda a sua vida. No entanto, as pessoas íntegras sabem o quanto é importante ter um olhar positivo a tudo o que acontece, porque mesmo as situações mais desafiantes podem trazer-nos grandes lições de vida, e o primeiro passo é descobrir quem realmente é.

O segundo passo será manifestar-se em harmonia, em relação ao seu mundo interior e exterior e com coerência entre as palavras e as ações, aí sim. A magia acontece.
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ANA PAULA RODRIGUES
YBICOACH - SUCCESS CAREER & LIFE STRATEGY COACH
www.ybicoach.pt
info@ybicoach.pt

​in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2021
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Reconhecimento, Integração e Evolução

1/10/2021

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A integridade não é a porta para a perfeição nem a janela com vista para o Paraíso coletivo ou para os pseudo-ideais de jardim interior. Por Dinis Miguel Costa

in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2021

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Muito pelo contrário… a integridade começa com o assumir e o honrar de todas as nossas imperfeições e de tudo aquilo que nos comprometemos a vir trabalhar enquanto seres terrenos, em evolução e com a ambição desmedida de chegarmos à esfera da nossa real essência e semente pura.

O reconhecimento do “eu” e o autoconhecimento diário são os primeiros degraus a pisar na escada para uma personalidade íntegra. Não nos adianta tentarmos ser deuses, anjos, altruístas e exclusivamente dedicados ao próximo, ao Mundo, ao Universo e até a outros Universos que desconhecemos, quando o fazemos às custas da nossa própria integridade, abrindo feridas internas, buracos emocionais profundos e crises de identidade, sem precedentes, que, mais tarde ou mais cedo, vão comprometer a nossa tentativa (vã) de missão solidária para com os demais.

O nosso maior compromisso é para connosco, e, ao sermos íntegros em conformidade com o ritmo do bater do nosso próprio coração, estaremos, igualmente, a ajudar o  todo tal como uma sequência de metrónomos ativados aleatoriamente que, a certa altura, acabam por se encontrar no mesmo ritmo e no mesmo compasso.

As emoções conectam os humanos mas também os podem separar. Se as emoções vierem de um coração puro, honesto e íntegro, cedo destacam-se os motivos para esse encontro, objetivos em comum, tarefas complementares e êxito para todos os envolvidos. Se as emoções não são verdadeiramente de cada um, isto é, nascem limitadas a padrões de crenças impostos e autoimpostos, as pessoas afastam-se, cansam-se, esgotam-se, sentem-se sugadas, tristes, inconformadas e frustradas, pois entre aquilo que uma tenta aparentar e aquilo que a outra não mostra, perde-se o verdadeiro trabalho de amor que as poderia sintonizar, em pleno.

Assim, só podemos, um dia, ouvir a voz do Mundo, quando, cada um, começar a emitir sons da sua própria voz, sem seguir as linhas, formatações condicionais ou caminhos designados por outros, ou até mesmo pelo ego ferido e perdido da própria pessoa.

Por conseguinte, convido o caro leitor, ou cara leitora, a escreverem uma carta de amor a si mesmos. O amor não consiste apenas num sentimento, emoção ou num estado de espírito. O amor é também uma jornada de conhecimento e o caminho verdadeiro para a evolução saudável do coletivo. Nessa carta, reconhecer-se-ão enquanto seres únicos, lindos, divinos e dotados de uma individualidade à qual nunca prestaram a devida atenção. Pois, exportem-na! O Mundo precisa dessa individualidade para encaixar mais uma peça no puzzle da vida. Desta vida comum e em comunidade que une a pluralidade do todo à individualidade de cada um.

Ser-se íntegro é ter, assim, a capacidade de integrar a própria sombra na respetiva luz, tal como uma pilha que só funciona em pleno com ambas as cargas positiva e negativa. A partir daí, parte-se à descoberta gradual de todo o nosso potencial evolutivo e assumimos a conduta das nossas vidas com qualidade, responsabilidade, harmonia e honestidade para connosco, para com os outros e para com este lindo Mundo que nos acolhe como filhos em pleno processo de crescimento e maturação.

A perfeição não deve ser o objetivo, a meta, mas sim o caminho, o trabalho, a dedicação e devoção ao propósito de vida de cada um. Se nos sentirmos felizes, completos e em perfeita sintonia com a nossa essência, então estaremos no caminho certo ou perfeito. O objetivo consiste apenas em acordar naquele abraço ou naquele olhar onde vemos o nosso reflexo a progredir em amor e em verdade com tudo aquilo que o faz refletir no espelho da existência para que, no futuro, todos os nossos frutos possam transportar para o respetivo interior as maravilhosas sementes que lhes deram vida.
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DINIS MIGUEL COSTA
TERAPEUTA HOLÍSTICO
www.estreladourada.pt
dinismiguelcosta@hotmail.com

​in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2021
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Você é um todo, você é Integro!

1/10/2021

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Temos de deixar a ideia de que para uma vida feliz e equilibrada basta termos saúde física. Há que olhar para todo o resto de nós, que tem impacto direto no nosso ser integro e completo. Por Rita Santos

in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2021

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Se até há bem pouco tempo considerávamos que ter um estilo de vida equilibrado era a mesma coisa que ter saúde física, a verdade é que esse paradigma está a mudar. Cada vez mais existe a ideia de olhar para cada indivíduo como um ser íntegro, que precisa de estar equilibrado nas várias dimensões - no corpo, na mente, nas emoções....
 
Não existe propriamente uma fórmula mágica que nos permita viver uma vida equilibrada e saudável. Mas existem várias coisas que podemos fazer no nosso dia-a-dia para garantir que cuidamos de nós como seres completos que somos. Deixo aqui nove ideias simples e práticas para que possa também começar a cuidar de si por dentro e por fora, como ser íntegro que é:
 
Alimente-se de forma saudável
Não é segredo para ninguém que aquilo que comemos tem um grande impacto na forma como vivemos a nossa vida, nomeadamente nos nossos níveis de energia, na nossa saúde física, no nosso humor, entre muitas outras áreas. Mas quantos de nós têm realmente uma alimentação saudável e equilibrada? Quantos de nós consegue pôr esta “regra” em prática de forma consistente, mesmo sabendo da sua importância? Costumo dizer que “não é o que comemos que importa, mas sim o porquê de comermos”. Se tivermos um porquê que nos motive a alimentarmo-nos de uma forma mais saudável, será muito mais fácil fazermos escolhas diárias que nos ajudem a cuidar da nossa saúde holística. Alimente-se de forma saudável e equilibrada e que o faça sentir bem!
 
Mexa o corpo
Verá o impacto que tem na sua mente, nas suas emoções, na sua energia... Na sua vida! Não se trata de passar horas no ginásio! Trata-se sim de se movimentar. Dar uma caminhada, fazer alguns exercícios em casa, usar as escadas em vez do elevador – o seu corpo precisa! E vai estar a cuidar de si como um todo.
 
Tenha uma rotina de sono tranquila
Porque a nossa energia é, talvez, dos bens mais preciosos que temos e a melhor forma de a recarregar é através do sono. Vivemos numa época em que quanto menos dormimos, mais somos admirados porque significa que somos mais produtivos. E se eu lhe disser que se dormir bem, será ainda mais produtivo do que se dormir pouco? Fará mais em menos tempo e num estado de espírito bem mais positivo!
 
Aproveite a natureza
Somos ricos sem saber. A natureza oferece-nos oportunidades incríveis todos os dias de recarregarmos as nossas energias e de cuidarmos de nós. Uma caminhada pela floresta, enterrar os pés na areia, dar um mergulho no mar ou no rio... tudo isto são formas de autocuidado! Experimente.
 
Agradeça todos os dias
Agradecer é a melhor forma de mantermos uma mentalidade mais positiva. Desenvolva um ritual diário de gratidão. Pode arranjar um caderno e calendarizar 10 minutos para escrever cinco coisas pelas quais é grato a cada dia. Ou pode simplesmente pensar sobre elas e sentir essa emoção de gratidão. Agradeça o simples na sua vida!
 
Arranje espaço no seu dia para o silêncio
Numa vida tão corrida, é essencial arranjar espaço para estarmos em silêncio e nos ouvirmos. Mas é tão importante como respirar e nos mantermos vivos – verdadeiramente vivos!
 
Encontre um propósito para o que faz
Referi um pouco sobre isto no tópico da alimentação, mas, na realidade, devemos ter um “porquê” para muitas das coisas que fazemos na nossa vida: na nossa carreira ou negócio, na forma como tratamos as pessoas, na forma como vivemos! Descubra os seus “porquês”.
 
Aprenda algo novo
Leia um livro novo, leia um artigo de blog, ouça um podcast, veja um vídeo no YouTube, siga pessoas nas redes sociais que o inspirem a chegar mais longe, viaje para uma nova cidade, faça uma nova receita... Expanda a sua consciência com algo novo!
 
Escreva sobre o que pensa e sente
Diz Tony Robins que se ficarmos dentro da nossa cabeça, acabamos por morrer. Eu acredito que isso é verdade e que a melhor forma de o fazer é através da escrita ou Journalling. Precisamos de pôr “para fora” para conseguirmos ver realmente o que está dentro de nós e para mudarmos a nossa perspetiva.
 
Tenha uma atitude positiva perante a vida
Há quem também chame de “otimismo positivo” à atitude positiva. O importante é que mesmo nas situações de dor, nas situações em que existem desafios, consigamos ter presente que tudo é passageiro e que essa fase também vai passar. Que vai correr tudo bem! Porque tudo acontece por um motivo e há sempre alguma aprendizagem a retirar de cada situação.
 
Escolha algumas dicas desta lista e comece a pôr em prática. Ser integro significa cuidar de si como um todo! Vai ficar surpreendido como coisas tão simples podem fazer a verdadeira diferença na sua vida!
 
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RITA SANTOS
HEALTH COACH
www.aritasantos.pt
www.instagram.com/aritasantos_hc
www.facebook.com/aritasantoshc
www.youtube.com/ARitaSantos
aritasantos@aritasantos.pt

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A Integridade nas relações interpessoais no contexto do mundo moderno

1/10/2021

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Num momento de grande intolerância no mundo digital, agir com integridade nas nossas relações é urgente e permite que se estabeleçam vínculos mais saudáveis entre os indivíduos.
​Por Lia Barreto


in REVISTA PROGREDIR |OUTUBRO 2021

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O conceito de integridade, de uma forma ampla, pode ser entendido como a circunstância do que se é inteiro, em totalidade. Contudo, sob a perspetiva do olhar para o indivíduo, refere-se à qualidade de quem é digno, de caráter honesto, honrado, que não se corrompe. Ou seja, ser íntegro está intimamente relacionado às atitudes, ações, e ao comportamento do sujeito em relação aos outros e a si próprio.

Quando a integridade está presente, nas relações encontramos responsabilidade, ética, respeito, justiça e cooperação entre as pessoas. São questões fundamentais para a nossa união enquanto sociedade. Porém, quando faltam esses princípios, revelam-se o preconceito, a violência, o discurso de ódio, a repressão e a intolerância. O mundo contemporâneo sofreu grandes transformações. A globalização, a tecnologia, o tempo e a sociedade são os principais pontos de reflexão sobre as mudanças na forma atual de relacionar-se com o outro, principalmente no mundo digital. As polémicas e os debates nas redes sociais estão repletos de discurso de ódio contra toda e qualquer opinião divergente da própria. E quando não há senso de integridade nas relações, vemos pessoas a ferir a dignidade e a liberdade de expressão e a faltar com o respeito pelas outras.

Em relação à sociedade, é essencial que haja integridade nos discursos e nas convicções e, nas tomadas de decisões, que elas sejam orientadas pelo senso de ética, respeito, justiça e responsabilidade, ao mesmo tempo que também se preza pela saúde e pelo bem-estar físico de todos. A integridade é um conceito tão fundamental para a nossa organização em sociedade, que está garantido como direito pela Constituição Portuguesa no artigo vinte e cinco, que diz: “1. A integridade moral e física dos cidadãos é inviolável. 2. Ninguém pode ser submetido à tortura, nem a tratos ou penas cruéis, degradantes ou desumanos”.

A liberdade de expressar as nossas opiniões e pensamentos de forma criativa e singular também diz respeito à nossa integridade intelectual, que é essencial para que convivamos de forma respeitosa e harmónica em sociedade. Contudo, quais são as consequências quando a integridade não está presente nas relações interpessoais, principalmente nas redes sociais digitais?

Sobre o relacionar-se em tempos modernos, Zygmunt Bauman, sociólogo e filósofo polonês, escreveu em “Modernidade Líquida” sobre os vínculos humanos frágeis e fluidos, que transbordam, escorrem, esvaem-se e podem romper a qualquer momento. As relações tornam-se mais flexíveis, a gerar insegurança e maior isolamento social. Pode soar contraditório pensar na globalização, que, acredita-se, aproximou as pessoas com a tecnologia e a comunicação, mas apresenta-se como um fator que também gera segregação e afastamento. Porém, ao passo em que as pessoas buscam o afeto, há o medo de desenvolver relacionamentos mais profundos num mundo de movimento intenso e desenfreado.

Zygmunt Bauman acredita que os laços da sociedade atual dão-se em rede, não mais em comunidade. Sendo assim, os relacionamentos passam a ser chamados de conexões, que podem ser feitas, desfeitas e refeitas, a reforçar um estado temporário e frágil das relações sociais e dos laços humanos.

As redes sociais criam novas formas de estabelecer vínculos, e é possível sentir-se parte de um coletivo mais facilmente. Porém, frequentemente há a ausência de um diálogo real e de integridade nessas relações. Torna-se cada vez mais comum o fechar-se em grupos que defendem as mesmas ideologias e que “cancelam”, excluem e rejeitam as diferenças.

 A Internet, como qualquer outra tecnologia, não é em si boa ou má. É possível utilizá-la como grande fonte de pesquisas, interações à distância, trabalho e, incontestavelmente, simplificar a vida moderna com diversos recursos. Mas, ao comparar o número de usuários, poucas pessoas têm consciência de que, na rede, as informações também podem ser manipuladas e que elas influenciam a todo instante a formação de opinião.
 
Atualmente, é possível participar e acompanhar, em tempo real, toda a repercussão de grandes acontecimentos pelas redes sociais digitais e temos visto a formação de perfis de atuação política, económica, social, cultural, marcados pela intolerância e pelo radicalismo. A internet acaba por permitir que, através das redes sociais, seja possível expressar o ódio, dar a ele uma visibilidade imensurável, ter notoriedade, obter “likes” pelos seus amigos e seguidores e assim sentir-se validado. Estar por trás de um ecrã pode gerar uma sensação equivocada de não haver limites sobre o que é dito e as consequências disso podem ser catastróficas quando pensamos nas condições da saúde mental dos indivíduos.
 
Ainda há muito que avançar no mundo digital sobre as políticas de privacidade de dados, controlo de conteúdo e a proteção, principalmente, da integridade dos usuários. As pessoas estão cada vez mais dependentes do mundo virtual, portanto é urgente a consciência da responsabilidade que temos ao nos relacionarmos neste espaço também, para que haja sempre empatia, bem-estar, compreensão mútua e respeito.
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LIA BARRETO
PSICÓLOGA CLÍNICA, PÓS GRADUAÇÃO EM PSICOGERIATRIA E ESPECIALIZAÇÃO
EM INTERVENÇÃO CLÍNICA EM CUIDADOS PALIATIVOS
liabarreto.psicologia@gmail.com
lbarretosouza@yahoo.com.br

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Uma virtude chamada, Integridade

1/10/2021

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A Integridade está relacionada com comportamentos retos e transparentes. Podemos dizer que são mais verdadeiros e honestos, aqueles que se comportam de forma íntegra? Por Sandra Lima Pereira

in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2021

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A integridade é uma característica importante, seja no âmbito pessoal ou profissional, uma vez que existe uma confiança mais ampla devido à ética e moral pela qual fomos educados.

Desta forma, conseguimos identificar a coerência e verdade associada a essa conduta própria daqueles que assistimos.

Por outras palavras, para que seja necessário atingir determinados objetivos, pessoas íntegras não irão passar por cima dos outros para conseguirem o que querem e são mais credíveis e confiáveis pela sociedade.

Quais são os valores implícitos nesta escolha?

Porque será mais importante contratar, no caso de uma organização, pessoas que possuam estes valores?

Sucintamente, a integridade é honestidade e verdade, no caso de uma organização, compete a quem contrata saber avaliar estas qualidades para construir equipas mais felizes e eficazes.

Estes são os diferentes tipos de Integridade a considerar no âmbito corporativo:

Integridade Moral
Este é o primeiro valor associado à integridade e está diretamente associada à dignidade de uma pessoa, considerando os seus princípios, o respeito e honestidade são mais visíveis neste campo. Por exemplo, na área jurídica, quando ocorrem processos que derivam de danos morais, estão maioritariamente associados a ofensas ou humilhações dentro das organizações.

Integridade Física
Ao nível neurológico, este é um dos valores básicos do ser humano: o bem-estar físico e emocional por conseguinte, a segurança e sobrevivência.
No âmbito profissional, qualquer profissão deverá ter este valor salvaguardado, principalmente profissões consideradas de risco ou perigo.

Integridade Pessoal
Este valor engloba os dois primeiros tipos de integridade, portanto, torna-se ampla tendo em conta que foram afetadas a integridade física e moral do indivíduo.
 
Integridade de dados informativos
Aqui, considera-se a questão da segurança da informação privada, onde exige a autorização da utilização de dados pessoais, por exemplo, no ato de preenchimento de formulários online ou RGPD.

Integridade Intelectual
A liberdade de expressão foi uma das maiores conquistas pelas sociedades democráticas, é assim a vontade de expressão ao nível do pensamento e das opiniões, sugestões e feedback, que grande parte das organizações começa a adotar.

Integridade Profissional
Por outras palavras, é a tão conhecida: ética profissional que respeita uma conduta ou deontologia associada à profissão específica, ou mesmo normativa por parte de cada organização.

Integridade Social
O decoro social é abrangente, normalmente apelidado de civismo, não existe uma lei importa para este ato, apenas são considerados valores morais, físicos e/ou pessoais e intelectuais de cada pessoa.
Em suma, somos todos nós que nos devemos preocupar com o impacto das nossas ações e comportamentos na vida do outro e no mundo, de forma geral.

Como é que podemos (re)conhecer a integridade de um novo membro corporativo?
Primeiro é necessário observar as ações de cada pessoa, a convivência pode criar, fortalecer ou afastar-nos dos outros mediante a comprovação ou não de uma determinada confiança.
​
Respondendo a estas questões, podemos apurar a integridade de alguém na integração da organização:
• Qual é o grau de coerência entre a linguagem verbal e a não verbal?
• No ato de contratação ou após a mesma, comprovam-se as competências técnicas e pessoais descritas na entrevista e no currículo?
• Existe respeito pelos colegas e superiores da organização?
• Qual é o compromisso com as suas funções e equipa? Respeita os prazos impostos pela corporação?
• É empático, relaciona-se de forma positiva com a sua equipa?
• Qual é o nível de transparência quando justifica erros ou faltas?
• Compartilha, ideias e colabora com a evolução ou desenvolvimento da empresa?
• Como comunica os seus interesses e qual o nível de assertividade?

A avaliação na hora da contratação é fundamental e da responsabilidade do empregador, além das qualidades técnicas, devem ser apuradas as qualidades morais, o nível de inteligência emocional e as características comunicacionais. Cada vez é mais importante a atitude e honestidade ao invés de apenas se valorizar o currículo.

Liderar com Integridade
​

Um líder numa organização, também é um funcionário e tem regras e condutas que deve respeitar. Não deverá ser apenas um gestor ou um chefe, tendo em conta as premissas da organização, missão e valores da mesma.

Atingir resultados e aumentar o capital da empresa é excelente, mas fazendo isto com todos os tipos de integridade, respeitando os colegas ou equipa, favorecer a boa relação entre todos é a melhor forma de ter equipas motivadas e produtivas.

Viver com integridade, influencia os outros, é inspirador e saber ativar a voz usando uma comunicação eficaz, atrai mais seguidores para copiarem os mesmos atos.

Qual é a empresa que não quer pessoas motivadas, focadas e proativas na conquista de melhores resultados?!

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SANDRA LIMA PEREIRA
INTERNATIONAL CERTIFIED PNL & COACH, FORMADORA, ESCRITORA, AUTORA
www.linkedin.com/in/sandralimapereira/
sassacoaching@gmail.com

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