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Perguntas certas para um Novo Começo

1/4/2021

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Começar de novo exige coragem e confiança. Neste texto irão encontrar dicas e passos que podem seguir para que um novo começo seja algo que vos leve à vossa realização pessoal.
Por Bárbara Ruano Guimarães


in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2021

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

​Recomeçar significa melhorar, evoluir e todos queremos isso.
Começar uma nova etapa significa, também, que algo não resultou e que queremos mudar.
 
Quando nos vemos perante a mudança, abrimos a porta ao desconhecido, e isso é ganhar consciência que o que até hoje foi certo, agora vai deixar de ser.
 
Na hora de recomeçar, é normal que o medo apareça: o medo de não ser capaz, de não ser suficiente e de um futuro diferente. Medo das nossas próprias expectativas e de perder um passado a que nos habituámos. Podemos até ter medo de estar a sonhar alto demais e de não conseguir alcançar a felicidade, sozinhos.
 
Novos começos implicam novos hábitos, novas formas de pensar, novos desafios e estar abertos a uma nova realidade. Se quer começar de novo acredite que é possível, se não fosse, não teria essa semente dentro de si.
 
É relativamente simples aprender padrões de vida que funcionam, de pessoas que já começaram de novo, alguém que já fez idêntico ao que idealizamos. Para começar de novo é bom estudar os seus hábitos, onde foram buscar a confiança, como agiram, como pensaram, como se sentiram quando atingiram os seus objetivos e como reagiram quando algo não resultou. Trabalhar a inspiração é uma ótima ferramenta para começar de novo.
 
Se está a começar um novo processo há dois pontos que quero partilhar consigo:
 
1 – Mantenha a calma e seja persistente. Vá adquirindo hábitos que a/o ajudam a ser essa melhor pessoa que quer. Lembre-se que o hábito faz o monge. O seu sucesso virá com o processo e com a confiança que vai adquirindo todos os dias ao experimentar, ao errar e ao reformular. Virá de todos os dias em que fizer, em que testar e em que insistir. A decisão de um novo começo é um clique, o sucesso é um processo. Ou seja, ter uma de sucesso a viver o nosso potencial requer tempo e o seu empenho. Não desista, investigue, inspire-se e diga para si: “é isto que quero, é isto que vou fazer.” Lembre-se que a motivação não está sempre connosco, pelo contrário, é algo que se mantêm em cada dia que vivemos um sonho. Quer em dias que resulta, quer em dias que não.
 
2 – Depende de si e de mais ninguém. Por vezes, na tentativa de ter soluções mais acertadas apoiamo-nos na opinião dos outros. Quando não sabemos como mudar o que não está bem e estamos inseguros em relação às nossas capacidades, vamos buscar força nas palavras de outros, certezas nas suas ideias e dividimos a responsabilidade das nossas decisões entre nós e os outros. Pode parecer, e talvez seja, mais fácil, mas não funciona. A longo prazo, não funciona. A pouco e pouco vamos ficando mais e mais dependentes do que alguém tem a dizer e da sua validação. A pouco e pouco perdemos o nosso foco porque estamos a agir sem ouvir o nosso coração, estamos a negar a nossa essência e a abdicar do nosso valor pessoal. Este depender da aprovação externa pode deixar-nos reféns das suas críticas e julgamentos, porque vamos pedindo e solicitando até que se torna um hábito, até que os outros acham que podem governar a nossa vida como se fosse a deles. Porquê? Porque deixámos que isso acontecesse…
 
Se se identifica com isto que acabei de escrever e quer começar algo de novo comece por se libertar da dependência nos outros. Dê as suas cabeçadas, faça o que lhe apetece porque este tempo é seu… Confie no seu processo e responsabilize-se pelos resultados que alcançar. No início pode parecer assustador e é, sem dúvida, um caminho mais solitário, mas vale a pena, é a única forma de recuperar a sua autoestima e sentir que está a fazer algo que é realmente para si. Os outros estão cá para melhorar o nosso caminho, não para o definir. Devemos mesmo ser nós a definir esse caminho, pelo menos qual nos parece ser o melhor para nós agora, para que possamos filtrar toda a informação que nos chega.
 
Um novo começo requer três definições claras.
 
A primeira é perceber o que está a acontecer que nos levou a querer começar de novo. Se sente que quer começar de novo pergunte-se primeiro: “O que está a acontecer?”.
 
A segunda clareza que devemos ter é sobre o que queremos de diferente, ou seja, saber responder à pergunta: “O que quero?”. Esta segunda pergunta vai dar foco e coerência às nossas ações durante a mudança. Por exemplo, o nosso novo começo pode passar por ser uma líder mais tranquila ou uma mãe mais calma. O que está a acontecer pode ser estar a exaltar-se frequentemente e isso não lhe traz realização pessoal, como mãe ou como profissional.
Ao perguntar-se: “O que quero que aconteça?” vai conseguir perceber o que há a mudar. Pode dizer que se quer sentir mais calma, que quer ser uma profissional inspiradora ou uma mãe mais presente para os seus filhos.
 
A terceira clareza a ter é: “Como vou fazer para chegar lá?”.
 
Como quer que isso aconteça? O que especificamente pode mudar? Talvez possa começar a escutar mais ativamente. Talvez fazer menos tarefas ao mesmo tempo, para se sentir menos exacerbada. Quem sabe respirar mais conscientemente durante o dia para que a tranquilidade esteja presente. Ou começar a dizer mais o que pensa para que os outros também consigam perceber o que se passa consigo. Há uma série de passos que pode implementar. Não existe uma receita mágica para todos, existe a que se adapta melhor a si. Responda: como pode fazer, para que isso que quer, aconteça?
 
Por fim, se está num período de mudança e quer começar de novo, responda a estas duas questões: O que faria a coragem? O que faria o amor?
 
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BÁRBARA RUANO GUIMARÃES
COACH DE POTENCIAL E PROPÓSITO – ESPECIALISTA EM ALINHAMENTO DE CARREIRA & EQUILÍBRIO PROFISSIONAL/ EMOCIONAL
www.aboutlife.pt
info@aboutlife.pt

​in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2021
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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Re (pensar) a saúde mental

1/4/2021

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O presente artigo aborda as questões da saúde mental, a sua complexa definição, os componentes essenciais para a promoção da saúde mental e a necessidade do desenvolvimento programas de prevenção e intervenção na saúde mental. ​
​Por Leonor Sentieiro


in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2021

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

No último ano, devido à pandemia Covid-19, tem se abordado bastante o tema da saúde mental. Apesar de cada vez mais se abordar as questões da saúde mental, ainda existe um longo caminho a percorrer ao nível da sensibilização, prevenção, intervenção e valorização da saúde mental. O Bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses, Francisco Miranda Rodrigues, em entrevista afirmou que “Há 24 mil psicólogos em Portugal. Desses 24 mil, só mil se encontram no Serviço Nacional de Saúde e, desses mil, só 250 estão nos Cuidados de Saúde Primários” — É, portanto, essencial um aumento de consciencialização e vontade política para mobilizar os recursos necessários, contratar profissionais de saúde e desenvolver serviços acessíveis a todos(as) — constituindo este um dos grandes desafios atuais na área da saúde mental.
 
Em primeiro lugar, é fundamental compreender o que é a saúde mental. A definição de saúde mental pode ser complexa pela existência de diferenças culturais em termos de crenças, valores e contexto social, o que torna difícil uma definição consensual. A saúde mental é mais que a ausência de uma doença ou perturbação mental, sendo que é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 2015) como “um estado de bem-estar no qual o indivíduo se apercebe das suas capacidades, consegue lidar com os fatores stressores do quotidiano bem como trabalhar de uma forma eficaz e produtiva de forma a contribuir para a comunidade”.

Na mesma linha de pensamento, a Direção Geral da Saúde (2021) descreve a saúde mental como a base do bem-estar geral em que, portanto, existe a capacidade de adaptação a situações novas de vida, de transição e mudança. Para além disso, é relevante salientar que pessoas mentalmente saudáveis demonstram a capacidade de ultrapassar situações de vida stressantes como a morte de familiares, mudanças de emprego, fins de relações amorosas ou mudança de pais. A saúde mental envolve a capacidade de reconhecer indicadores de mal-estar e identificar os seus próprios limites. Adicionalmente, a saúde mental permite estabelecer relações de qualidade e percecionadas como satisfatórias e positivas com amigos, familiares, colegas de trabalho e com a comunidade.
 
Segundo Keyes (2006, 2014) existem três componentes relacionados com a saúde mental: bem-estar emocional, psicológico e social. O bem-estar emocional envolve a experienciação de sentimentos de felicidade, interesse na vida e satisfação; o bem-estar psicológico envolve apreciar a sua própria personalidade, ser capaz de gerir as responsabilidades do quotidiano, desenvolver relações saudáveis com os outros e estar satisfeito com a sua vida. Enquanto que o bem-estar social se refere ao funcionamento positivo e envolve a contribuição para a sociedade e sentimento de pertença na comunidade. Para além dos componentes supracitados, existem competências cognitivas e sociais (Artero et al., 2001; Gigi et al., 2014; Moritz et al., 1995; Wareen et al., 1989) essenciais na saúde mental.

​As competências cognitivas incluem a capacidade de prestar atenção, relembrar e organizar informação, capacidade de resolução de problemas e tomada de decisão; as competências sociais dizem respeito à capacidade do próprio em comunicar, verbalmente e não verbalmente, com os outros de acordo com o contexto em que se encontra inserido. A regulação emocional é também um componente fundamental, sendo a capacidade de reconhecer, expressar e modelar as próprias emoções (Gross & Munoz, 1995) e tem sido apontado como um mediador do ajustamento a situações de stress (McCarthy et al., 2006; Schwartz & Proctor, 2000).  A flexibilidade e a capacidade de lidar com a adversidade são indispensáveis na manutenção da saúde mental. Por um lado, a flexibilidade refere-se à capacidade de lidar com dificuldades, obstáculos imprevisíveis e de adaptação, em que a falta de flexibilidade pode resultar em sentimentos de angústia e originar diferentes tipos de perturbações mentais. 
 
Ao longo da vida, todos nós poderemos ser afetados por problemas ao nível da saúde mental com maior ou menor gravidade (Associação de Apoio aos doentes depressivos e bipolares, 2021). Existem momentos e fases de vida, que pela sua exigência podem ser causadores de uma menor saúde mental. A adaptação aos momentos de transição dependem dos recursos (individuais, sociais, familiares ou contextuais) desenvolvidos ou disponíveis para lidar com as vulnerabilidades e fatores de risco.
 
Desta forma, é urgente desenvolver tratamentos e intervenções eficazes nas perturbações mentais, aumentar a compreensão e natureza das mesmas de forma a proporcionar uma nova esperança tanto a pessoas que sofram algum tipo de doença ou perturbação mentais, às suas famílias e à sociedade.

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LEONOR SENTIEIRO
MESTRE EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE, INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA COM VÍTIMAS DE CRIME, DESENVOLVE UM PROJETO DE INVESTIGAÇÃO NO ÂMBITO DE DOUTORAMENTO SOBRE A VIVÊNCIA DA PANDEMIA COVID-19 NAS FAMÍLIAS, ESPECIFICAMENTE NA CONJUGALIDADE E PARENTALIDADE
www.linktr.ee/leonor_sentieiro
sentieiro@campus.ul.pt

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2021
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Novos Começos

1/4/2021

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Tudo pode começar com a simples pergunta, o que vais fazer com o resto da tua Vida?
​Por Vera Xavier


in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2021

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Esta pergunta, aos 40 anos (fenómeno estranho tendo em conta que tenho pouco mais de… 25), fez-me parar meio à bruta.

Foi uma das perguntas mais importantes e impactantes que me fizeram e que me fez pensar que, afinal, somos todos peregrinos neste maravilhoso planeta. Todos vamos embora um dia. Esta é talvez uma das únicas verdades absolutas que o ser humano pode ter. Somos mortais.

Este pensamento levou-me para duas esferas distintas:
Primeira: Quero continua no Caminho em que estou?
Segunda: Que legado deixaria se ‘partisse’ agora?
 
Quero continua no Caminho em que estou?
A jovem brilhante Emma Watson disse, ‘Se não eu, quem? Se não agora quando?’

Há que saber parar nos momentos de maior pressão, porque sabemos que a confusão mental é um emaranhado novelo, sem principio nem fim, que nos tira a lucidez e o discernimento. Agir de forma automática, que é o que fazemos no nosso dia a dia, não nos tira desse novelo, adensa-o.

É preciso parar e pensar. Pensar requer que se faça silêncio na nossa mente, ou pelo menos, que se aquiete o hemisfério esquerdo do cérebro.

A mente acha que sabe o que é melhor para nós, mas ela não é mais do que uma amálgama de experiências passadas - positivas ou nem por isso -, memórias, traumas que foram mimando a nossa auto-estima. Ela vai, com o tempo, tornando-nos mais e mais pessimistas, inseguros, etc..

Qual é o melhor momento para pararmos? É agora!

‘Agora não tem tempo porque vai deitar o seu menino, ok.’ Antes de dormir? ‘Ah, está demasiado cansada/o’, entendo. E assim se vão passando os dias, as semanas, os anos…

Pode ser numa altura especifica? Pode. Sabe que agora no Equinócio da primaVera é altura de celebrarmos o regresso do Sol? Esta é a altura de semear, verdade? Então, o que vamos semear? Projectos que nos fazem sorrir; comportamento que nos torna mais sociáveis; actividades que nos enriquecem…

Outra altura? No seu aniversário!

Ainda outra? No início do ano civil. OU num outro qualquer momento.

Esperar o momento certo é, muitas vezes, pura procrastinação. O momento certo cria-se com a nossa vontade! É o exercício do poder pessoal. É aqui e agora porque eu quero.
  
Que legado deixaria agora?

Partiria feliz com o que deixo na Terra? Teria a consciência de que fiz diferença nem que seja numa única vida? Quando partir, terei gente que vai sentir a minha falta? Que vai sentir saudades dos meus hábitos, das minhas piadas, das minhas manias?

Terei alcançado os objectivos a que a minha Alma se propões nesta vida? Terei limado mais arestas na minha personalidade? Consegui superar-me? Consegui ser um ser humano um pouquinho melhor?
 
Estas são as questões que eu me coloco quando sinto que mais um ciclo - de 2, 7, 21 anos - se encerra.
Agora passo-te a bola… ou seja, passo-te todas estas perguntas. Vais respondê-las? 
​
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VERA XAVIER
TAROT & LIFE COACHING
www.tarotdeisis.com
www.facebook.com/VeraXavierOficial
veraxavier@tarotdeisis.com

​in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2021
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O poder para Começar de Novo

1/4/2021

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Começar de novo separa o passado do futuro, deixando para trás o que ficou feito. Repensar as rotinas de um negócio existente ou começar um novo projeto depende da aprendizagem com os erros do passado mas também com a visualização de uma nova conquista, o importante é encontrar a motivação. Por Sandra Lima Pereira

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2021

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Os novos começos podem impactar a nossa motivação no contexto pessoal e profissional permitindo uma maior satisfação perante a conquista de novos desafios.

As rotinas, os hábitos diários e as obrigações acumuladas destroem a motivação para alcançar objetivos, criar planos novos e conquistar os sonhos que foram definidos com entusiasmo, anteriormente.

Portanto, é necessário reavaliar o panorama em que se está inserido e redefinir as metas que se pretende atingir.

Ao quebrar, mentalmente, com a rotina anterior, fazendo um reset ao nível do pensamento, poder-se-á, percecionar a performance menos positiva que terá de ser reajustadas para a ação futura.

Criar impulso e foco para a auto motivação, no que diz respeito à conquista de resultados, é a chave para o sucesso: esse é o verdadeiro poder.

O ser humano resiste à mudança, mas é atraído pelo poder de começar de novo: porquê?

Um novo começo, incita a inspiração e motivação interna — os primeiros dias são sempre mais favoráveis à mudança.

Neste sentido se um individuo pretender iniciar um novo plano de negócios, criar um novo objetivo alcançável, o ideal é reavaliar as suas competências, recursos, crenças e propósito final.

Depois e mais importante para alavancar o sei plano: definir a data de início, preferencialmente no início da semana, mês ou do ano, dependendo da consistência ou finalidade do seu plano.

Acredita-se que o sucesso de um grande projeto está associado às crenças relacionadas com datas especiais, feriados ou mesmo mudanças das estações. Por vezes, a mudança de um ciclo natural é motivo para uma mudança, e não há nada de errado nisto.

Poderemos utilizar estes fatores externos a nosso favor?

O móbil é a mudança e atitude positiva que se retira. Por outras vezes o mais difícil não é começar, e sim, manter o estado motivacional que nos direciona para o target final — aqui o desafio é o passo seguinte, a manutenção do plano ou projeto.

É possível criar um truque mental que nos oriente e nos mantenha focado?

Promover algum tipo de novidade, por exemplo, no negócio que se pretende iniciar ou que já exista, é uma excelente estratégia: uma promoção de marketing seria vantajoso para aliciar e atrair novos clientes?

Colocar questões ao nível do propósito do negócio, projeto ou plano, tais como:
- Onde falta intervir?
- O que poderá ser mudado sem alterar a estrutura e missão?
- Quem poderá ajudar neste percurso?
- Que recursos poderão ser adquiridos? E as competências serão suficientes?
- Quanto tempo se disponibiliza para o negócio?
- Qual o orçamento base para este efeito?
- Quanto se quer ganhar até prazo x?

Outra estratégia é procurar parceiros ou clientes com o mesmo mindset que também estejam a iniciar um novo percurso, a sinergia é muito produtiva para quem pensa igual.

Outra estratégia associada ao tempo é usar o tempo para rever a missão da empresa, negócio ou projeto: criar uma mudança criativa e cheia de energia.

Alguns exemplos:
- Utilizar o início do ano para um criar um novo objetivo;
- Na mudança de um trimestre, criar uma promoção de marketing;
- Perto das férias de verão ou de natal, criar uma parceria com empresas ou negócios que lucrem mais nesta altura do ano.

Para finalizar esta temática, o mais importante é manter o foco, visualizar o que se pretende, realmente. Não importa se existem dificuldades, estas fazem parte do processo e do crescimento.

Se porventura a falta de motivação surgir ou persistir, é necessário reavaliar a intenção do projeto ou dos componentes do mesmo: orçamento, pessoas, valores e visão geral.

Será viável? É exequível? A equipa, caso exista é motivada para a missão do projeto?

Celebrar as vitórias também inclui reconhecer erros e fraquezas passadas. O importante é a motivação para novas conquistas.
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SANDRA LIMA PEREIRA
INTERNATIONAL CERTIFIED PNL & COACH, FORMADORA, ESCRITORA, AUTORA
www.facebook.com/semearatitudepositiva
sassacoaching@gmail.com

​in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2021
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Tempo(s) de começar

1/4/2021

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Dar início ao que adiamos porque poderemos fazer mais tarde. Ao que não temos coragem de começar porque duvidamos da nossa capacidade. Ao que nunca experimentámos simplesmente porque nunca pensámos nisso. Por Elisabete Santos

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2021

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Começar é o princípio. É iniciar. É a entrada para uma nova experiência. É tentar. É a origem de uma descoberta. É estrear. É a abertura de novas portas. É dar o primeiro passo.

Acontece que, muitas vezes, pensamos em começar no condicional. “Eu começaria se…” Como se as condições nos levassem onde não conseguimos chegar com a determinação. E pensamos em tudo aquilo que poderíamos fazer ou ser, ou ter se… se nos deixassem, se soubéssemos, se fosse possível, se tivéssemos a coragem, se acreditássemos em nós. E por entre estas dúvidas, incertezas, receios e inseguranças passam os dias, os meses e os anos sem que comecemos. Temos, na vida, poucas certezas, de facto. Por muito que estejamos certos de as ter. E é muitas vezes a vida, essa vida que nos dá tão poucas certezas, que nos vem, um dia, mostrar que as que podemos ter são as mais simples e também as mais importantes. Termos a certeza que somos amados, que somos merecedores daquilo que recebemos, que recebemos na mesma medida em que damos ou que temos a capacidade de alcançar o que pretendemos. Termos ainda a certeza de que, se assim o quisermos, nos podemos tornar uma versão melhor de nós próprios e que, quando começamos, iniciamos um caminho que pode bem levar-nos onde não imaginámos poder chegar. Seja isso o que for: ter um negócio por conta própria, correr uma maratona, viajar pelo mundo de mochila às costas ou amar sem receio de vir a sofrer. Ponha de lado o condicional, mude o seu discurso e atreva-se a questionar. “E se eu começasse?…”

Outras vezes pensamos em começar no passado imperfeito. “Eu começava mas...” Como que em jeito de intenção que está destinada ao fracasso. E começamos, sim, a antecipar o insucesso, a imaginar o pior cenário possível e quão incapazes seremos de lidar com isso. Concluímos rapidamente, e sem direito ao contraditório, que não conseguiríamos, que não teríamos a capacidade, a competência ou o conhecimento para nos lançarmos e arriscarmos por um novo caminho. Talvez nos tenham faltado oportunidades para caminhar lado a lado, de mão dada, com alguém que nos desse a segurança que precisávamos para os primeiros passos. Talvez tenha estado alguém ao nosso lado a dizer-nos que não conseguiríamos caminhar sozinhos ou que isso era demasiado perigoso, que poderíamos cair e não nos conseguirmos levantar. Talvez tenhamos acreditado nisso. E talvez ainda hoje acreditemos. E hoje talvez possamos também começar a questionar aquilo em que acreditamos e que nos limita. Ponha de lado esse passado imperfeito, mude o seu discurso e atreva-se a questionar. “E se eu for começando?...”

Muitas vezes, até conseguimos pensar em começar no futuro. “Eu começarei quando tiver...” Mas adiamos o começo. E justificamos o adiamento com o facto de não termos o tempo necessário, o dinheiro suficiente, a paciência exigida ou a companhia pretendida. Na essência, esperamos as condições ideais para começar. Ora, o problema é que, não raras vezes, essas condições não se verificam. Ou, pelo menos, não todas no tempo pretendido. Por isso, pense: é realmente necessário esperar por “ter mais” alguma coisa? Será que precisa realmente de ter mais tempo para começar a cuidar mais e melhor de si? Será que não pode mesmo começar a investir mais na sua formação sem ter dinheiro? Será que é necessária assim tanta paciência para começar aos poucos a aprender algo novo? E será que precisa mesmo de companhia para começar a fazer caminhadas? Na maioria das situações é preciso muito menos do que imaginamos para começar. Precisamos sim de tomar consciência de que muitas destas condições acabam por nos servir como desculpas e justificações para adiar. Para não nos confrontarmos com algumas dificuldades ou questões que receamos. Dedique algum tempo a pensar porque é que realmente não começa. Acha “estranho” cuidar de si? Receia iniciar uma formação e já não ter “cabeça para estudar”? Não sabe do que gosta? Receia fazer coisas sozinho? Certamente conseguirá algumas respostas que lhe permitirão começar. Começar a ponderar deixar de adiar o começo. Seja do que for. Desafie-se a começar. Dê forma à determinação de quem não se deixa demover pela ausência das condições ideais. À força de quem está determinado a alcançar o que verdadeiramente quer. Mude o seu discurso e atreva-se a afirmar: “Eu começarei apesar de ainda não ter…”.

E, por vezes, o começo começa a surgir-nos no presente. “Eu começo a…” A acreditar que as condições ideais não existem e que esperá-las só me afasta de dar melhores condições a mim mesmo. De fazer o que gosto, de concretizar um sonho, de encontrar um novo significado para a vida. Começo a acreditar que tudo o que me afasta de começar são, na realidade, desculpas que dou a mim mesmo por receio de lidar com o desconhecido, com o imprevisto, com a adversidade e a contrariedade de quem se arrisca a começar. Começo a acreditar que serei capaz de lidar com as dúvidas, incertezas, receios e inseguranças que são comuns a quem começa. Que serei capaz de lidar mesmo com o pior cenário possível. Que tudo se resolve. E que o que não se resolve, se aprende a aceitar. Que se aprende a fazer das fraquezas, forças. Que, se cair, me conseguirei levantar e que, se for difícil, poderei pedir ajuda e terei quem me dê as mãos. Para me puxar ou me abraçar. Começo a acreditar que tenho as certezas mais importantes e que não preciso das restantes. Que irei alcançar o que pretendo e que mesmo que isso não aconteça, a viagem terá valido pelo caminho, pela paisagem, pelo meu crescimento e evolução e por me ter tornado melhor pessoa.

E neste momento, a única coisa que talvez nos falte seja um imperativo que nos transmita a segurança e o impulso que precisamos para dar o primeiro passo. “Começa!” Hoje é o dia. Faz com que hoje seja o dia. Aceita o presente que tens nas mãos. Porque não? 
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ELISABETE SANTOS
PSICÓLOGA CLÍNICA, FORMADORA, SUPERVISORA
elrute@sapo.pt

​in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2021
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Recomeçar ou Começar de Novo,eis a questão!

1/4/2021

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À partida pode parecer exatamente o mesmo, mas não é. Recomeçar é voltar ao ponto onde ficámos. É voltar a insistir, é dar continuidade ao que foi interrompido. É voltar a trilhar o mesmo caminho após uma paragem ou um desvio. Por Sílvia Coelho

in REVISTA PROGREDIR |ABRIL 2021

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Com a pandemia (que continua a ser um tema absolutamente inevitável), muito se tem falado sobre o recomeçar. Sobre voltar à vida normal, ao dar continuidade ao que era. Pode ser assim, se este for o melhor caminho ou a melhor referência. Cada um de nós tem o seu trilho. No entanto, parece-me que vale a pena considerar-se outra perspetiva. A perspetiva de se voltar à origem e de começar de novo  Em primeiro lugar, é importante mergulhar em si próprio e na sua vivência para regressar à origem. Um contexto com tanta disrupção é o momento ideal para se sacudir o que é antigo, obsoleto e inútil e abrir o peito a novas referências e a novos caminhos. Proponho (mais uma vez aproveitando o contexto de caos externo), o encontrar da ordem interna. Apesar do que se passa à volta de cada um de nós, num período tão difícil para a humanidade, temos tido a possibilidade, como nunca, de olhar para dentro. De recolher, de descobrir os mundos interiores e dar-lhes ordem. Vale a pena olhar para o caminho que fizemos e descobrir se é aí mesmo que queremos estar. Se sim, verdadeiramente, então que se recomece a vida tal como era! Se não é, vamos embora, com coragem, começar caminhos novos. Abraçar novas ordens e novas formas de organizar a vida, a interior e a exterior. Não são necessárias mudanças drásticas. Temos sempre a impressão de que abraçar um novo caminho obriga a hecatombes. Não obriga a nada que não se queira.
 
 
Um elefante come-se aos bocadinhos, não é todo de uma vez. O primeiro passo é identificar o elefante que queremos comer. Sugiro sempre que se comece o processo pelo espreitar dos nossos mundos interiores e verificar onde se esconde o malvado do elefante. Para se abraçar o que é novo, temos que conhecer o que já é velho ou o que já não nos é útil. Internamente, tudo começa pelo autoconhecimento. Quem sou, de onde venho e para aonde vou. A reflexão sobre estes tópicos (tão exaustos de serem falados), é de facto, o busílis da coisa. Esta descoberta de si próprio, é, se for bem-feita, dolorosa que se farta. Só se pode começar de novo se souber, ao menos, o que não se quer recomeçar. O que já não serve a nossa essência. Por detrás desta reflexão interna, pode esconder-se um elefante (ou uma manada deles) que é preciso ir “fatiando” para se poder comer, digerir e expelir.
 
Este processo de enfrentar os elefantes que habitam em nós, não é para todos. É para os que conseguem mergulhar em si próprios, com coragem. A coragem não se define por não se ter medo. Não. Coragem é ir com medo e tudo. É assumir o medo e toca a mergulhar de cabeça no mundo interior, levando o medo consigo, como quem leva uma mochila cheia de coisas úteis, preparada para o que der e vier. Fácil? Não. Não é fácil. Ao alcance de todos? Também não. Quem ainda não aprendeu a refletir sobre si próprio, sobre os outros e sobre o mundo à volta, dificilmente está preparado para enfrentar o maior dos elefantes: o que habita no interior de cada ser humano, criando caos e desordem. Também é verdade que há elefantes internos que são muito organizados e arrumadinhos: cada coisinha está na sua gaveta ou na sua prateleira. E é tudo a preto a branco, não há cá outras cores. O caneco é quando a vida vem e baralha a arrumação interna; o controle e a rotina perdem as estribeiras   ficam sem chão. Se cada um de nós souber identificar o seu elefante interno, já tem meio caminho andado. O passo seguinte é o confronto, cara a tromba e, a seguir, tratar da saúdinha ao elefante, bocadinho a bocadinho.
 
Este trabalho de descoberta, de criar a ordem interna, de acordo com a essência de cada um, deveria ser o principal objetivo de vida, num contínuo processo evolutivo, com novos começos, daqueles que nos levam em direção à paz interior e ao bem-estar. O estar de bem consigo próprio, é da maior importância. É a pedra angular para toda a construção de vida. Quando a construção interna é firme, a vida cá fora ajusta-se e torna-se muito mais leve e alegre. É voltar a lembrar, que tudo começa (ou recomeça) de dentro para fora. Com passos pequeninos, mas firmes. Com pequenas alterações na forma de encarar a vida. Com mais tolerância consigo próprio e com os outros. Com menos exigência e menos (auto) crítica.
 
Com maior respeito pelo ser e menos preocupação com o parecer. Coisinhas que parecem lugares comuns, mas que dão um trabalho danado se quiser fazer a coisa de forma séria e verdadeira. Assim de repente, podemos começar de novo, apenas cumprindo à risca o seguinte: não se enganar a si próprio e encontrar a autenticidade. Deixo mais uma pista: a autenticidade é uma marota que tem a mania de se esconder por detrás dos elefantes…

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SÍLVIA COELHO
PSICÓLOGA
magdalagabriel.blogspot.pt
silviafbcoelho@gmail.com

​in REVISTA PROGREDIR |ABRIL 2021
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Começar de Novo

1/4/2021

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Estarmos a viver o momento mais desafiante das nossas vidas, o que responderá se lhe perguntarem o que sente na sua relação emocional mais significativa? Está preparado para este novo ciclo?
​Por Susana Milheiro Silva


in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2021

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Este é um tema rico na área dos relacionamentos íntimos. Começar de novo. Tão rico que somos impulsionados a refletir segundo duas perspetivas distintas que nos convidam a ampliar a nossa consciência e atitude.

Comecemos por imaginar o momento atual. Vivemos em isolamento social, a grande maioria em teletrabalho, a viver 24 horas sob a mesma realidade. Como seria de esperar o stress aumenta na mesma medida que a paciência e a tolerância diminuem. Não temos escapatória. Esta é a nossa realidade. Agora imaginemos o seguinte cenário: um casal, com ou sem filhos (para o caso isso não é relevante) em desarmonia. Sem ligação coabitam sem se relacionarem. Estão em rutura. Ainda sem o expressarem, já pensam em separação.

Num processo de conflito emocional que levará a uma rutura é saudável que passemos por várias etapas (do impacto do choque, passando pela negação, pela tristeza profunda, a culpa, a raiva e por último a aceitação). Aqui chegados surgem pelo menos dois caminhos diferentes: a morte da relação a dois e um, novo começo a sós (separação) ou o finalizar da relação como a conhecemos e um novo começo em conjunto.

Quando a separação é a via escolhida o caminho é solitário.

Como ilustração sugerimos que o leitor escute com atenção a música de Ivan Lins e Vítor Martins, cantada por Simone, com a seguinte letra:

 “Começar de novo e contar comigo/Vai valer a pena ter amanhecido/Ter-me rebelado/Ter-me debatido/Ter-me machucado/Ter sobrevivido/Ter virado a mesa/Ter-me conhecido/Ter virado o barco/Ter-me socorrido/Começar de novo e contar comigo/Vai valer a pena ter amanhecido/Sem as tuas garras, sempre tão seguras/Sem o teu fantasma/Sem tua loucura/Sem tuas esporas/ Sem o teu domínio/Sem tuas esporas/Sem o teu fascínio/Começar de novo e contar comigo/Vai valer a pena ter amanhecido/Sem as tuas garras, sempre tão seguras/Sem o teu fantasma/Sem tua loucura/Sem tuas esporas/Sem o teu domínio/Sem tuas esporas/Sem o teu fascínio/Começar de novo e contar comigo/Vai valer a pena já ter te esquecido/Começar de novo”.
​

A maioria identifica algum momento na Vida no qual ressoam estas palavras. Neste cenário vivemos em dor. Começar de novo exige que nos conectemos com uma força visceral, de sobrevivência. Que nos conectemos com o arquétipo da Fénix — que simbolicamente representa a transformação e renascimento após uma grande ferida/dor — o renascer das cinzas. Para muitos (pelas suas características e padrões individuais) esta é a via de eleição. Mas terá que ser assim de novo? Será que o momento não pedirá um novo começo? Quando nos observamos e reconhecemos padrões/repetições de comportamento, possibilitamos um novo resultado. Se mantemos o padrão, é provável obtermos a mesma resposta.

Numa segunda perspetiva, o cenário é outro. Estamos em crise, não há dúvida, mas perante as nossas características ou, após reflexão, decidimos dar a nós mesmos uma resposta diferente, a via é o renascimento a dois. Em conjunto, mergulhamos na dor, olhamos para a ferida, e renascemos. Claro que o empenho é também individual como na primeira perspetiva, mas aqui estamos em conjunto, orientados para o mesmo. Este comportamento exige outro tipo de força, de energia. Pode ser que o nosso foco esteja menos na ação e mais na cooperação, na criação de pontes, no aumento da nossa tolerância, da paciência, de cuidarmos das nossas necessidades mas também das necessidades de uma terceira “entidade” que é a relação com o outro.

Começar de novo pode ser ficar. Permanecer. Acolher. Por vezes este comportamento é feito em exclusivo por um dos elementos do casal. É comum que seja assim. Havendo uma rutura, é difícil ao casal estar em sintonia quanto àquilo que querem e dão à relação. O importante não é se os dois manifestam a vontade de prosseguir de mãos dadas, mas se encontram caminho e sentido em conjunto. E, o mais importante, se existe Amor. E se esse Amor tem a chama necessária para novos começos.

À semelhança da via da separação, também aqui é importante tomar consciência se nos estaremos a iludir face ao que realmente queremos. Estará o caminho que escolhemos assente na realidade ou será um padrão de comportamento de fuga a uma verdadeira transformação?

A maioria concordará que é nas relações significativas que nos expomos mais e onde encontramos os nossos maiores desafios. Talvez sejam os relacionamentos a grande via para a transformação e a possibilidade de nos tornarmos seres humanos mais completos e inteiros. Não por precisarmos de mais alguém para além de nós mesmos, porque na relação com o outro criamos a possibilidade de nos respeitarmos, nos escolhermos, de nos amarmos. O outro é a via para nós mesmos, possibilita-nos novos começos internos e externos.

Qualquer que seja o caminho escolhido o mais importante é pararmos para nos observarmos, para nos ouvirmos e reconhecermos que o momento pede um novo começo.

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SUSANA MILHEIRO SILVA
PSICOTERAPEUTA, VIA® | APRENDIZAGEM INTEGRATIVA DA VIDA, ESPECIALISTA EM ACONSELHAMENTO BIOGRÁFICO ANTROPOSÓFICO, CONSULTORA
​MINDFULNESS PELA EEDT
www.susanamilheirosilva.com

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2021
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A vida é feita de Novos Começos

1/4/2021

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A capacidade de começar é uma dádiva na vida de todos nós. Mas o que nos impede de arriscar? O que é necessário para nos permitirmos tentar de novo? Por Silene Sousa 

in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2021

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A possibilidade de um novo começo em qualquer momento da vida é o que alimenta a esperança do ser humano desde os primórdios até aos dias de hoje.
 
Como sabemos, ao longo do nosso percurso de vida, são muitas as vezes que surge em nós a necessidade de mudar ou começar algo novo. Contudo, neste contexto tão exigente e desafiante que estamos a atravessar, carregado de incerteza e ambiguidade, este processo pode ser ainda mais complexo, pois, se por um lado somos dominados pelo medo e preocupação que nos impede de agir perante o desconhecido, por outro somos frequentemente convidados a sair da nossa, tão familiar, zona de conforto.
 
Por zona de conforto, de acordo com a literatura, podemos entender “um conjunto de ações, pensamentos e comportamentos que fazem parte de uma rotina e que conseguem manter um nível baixo de ansiedade, medo ou perigo de riscos”.
 
Ou seja, é uma zona importante que nos dá uma sensação de conforto e segurança. Mas será isto verdadeiramente positivo? Será a zona de conforto realmente confortável?
 
Por mais agradável que pareça, chega a uma certa altura em que sentimos que não estamos a avançar, que é preciso mais. O que acontece, na grande maioria das situações, é que se nos limitarmos a permanecer dentro dessa zona confortável, poderemos desenvolver, em determinados momentos da vida, uma sensação de insatisfação e de vazio existencial que se traduz muitas vezes em stress ou mal-estar e que nos impede de encarar os desafios e melhorar a nossa qualidade de vida. Isto é, impossibilitamos o nosso crescimento pessoal e/ou profissional e o nosso desenvolvimento como seres humanos.
 
Podemos pensar então: Mas afinal o que nos impede de arriscar? O que é necessário para nos permitirmos tentar o novo, vivermos experiências diferentes ou abraçarmos novas oportunidades?
 
Em geral, para além da ansiedade associada ao processo de mudança, é o medo de fracassar ou a nossa incapacidade de lidar com os erros e as frustrações que nos impede de arriscar, ou de tomar algumas decisões na nossa vida, principalmente quando as mesmas podem incluir outras pessoas ou o custo de alguns empregos, alguns relacionamentos, algumas certezas.
 
Porém, a vida começa no momento em que termina a nossa zona de conforto e para isso, precisamos de cultivar a coragem para sair da mesma, para irmos mais além e encontrarmos o nosso lugar no mundo. Desbravar o novo pode parecer algo assustador, mas, se realmente queremos viver uma vida de interesse e cheia de entusiasmo, precisamos de enfrentar os medos e os desafios das mudanças. Substitua o medo de errar pela coragem de arriscar.
 
Como disse Nelson Mandela: “Eu nunca perco. Ou eu ganho, ou aprendo!”
 
Isto porque, fez-nos perceber que até nas duras derrotas, aprendemos alguma coisa.
 
Neste sentido, arriscar é provavelmente cometer novos erros e aprender com eles, mas é também gerar a confiança necessária para acreditarmos no nosso potencial e assumirmos as nossas decisões independentemente do que aconteça. Claro que, sentir algum medo ao longo deste processo é normal desde que não nos impeça de viver de acordo com o que realmente somos ou desejamos.
 
Por isso, vale a pena lembrar, deixe a zona de conforto e entre na zona de coragem. Se vai sentir algum desconforto ou insegurança em situações de incerteza? Muito possivelmente vai. Mas também vai crescer, aprender, progredir.
 
Talvez outro dos grandes desafios dos novos começos seja justamente abdicar do que temos ou deixar para trás o que atualmente é o nosso presente. Mas, à semelhança das estações do ano, a nossa vida também é composta de ciclos, etapas, fases. Tudo começa e acaba. Portanto, devemos aceitar que cada fim é também um novo começo, um novo caminho que se abre, uma nova forma de vida ou oportunidade. E saber que nada dura para sempre talvez seja a melhor forma de vivermos e aproveitarmos os momentos verdadeiramente.
 
Importa referir que a nossa atitude é a força que impulsiona a vida, a mudança, os novos começos. Graças ao poder da nossa atitude conseguimos escolher como ultrapassamos as nossas dificuldades. Permite-nos compreender que não existem limites. Que os únicos limites que existem são aqueles que a nossa mente impõe a nós próprios.
 
Não sabe por onde começar?
Lembre-se: o melhor momento para um novo começo, pode ser agora.
 
Deixo-lhe algumas sugestões que podem ajudar:
 
  • Saia da zona de conforto: esteja disposto(a) a assumir riscos.
  • Desafie-se: confie na sua capacidade de fazer diferente.
  • Acredite no seu potencial.
  • Enfrente os seus medos.
  • Pense positivo.
  • Medite: no silêncio encontra as respostas que procura.
  • Se precisar de ajuda, procure um profissional.

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SILENE SOUSA
PSICÓLOGA CLÍNICA
www.akademiadoser.com/silenesousa
silenesousa.psicologia@gmail.com
​
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