Revista Progredir
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Celebrar a vida, celebrar a iniciativa

1/2/2013

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Celebramos o nascimento da Revista Progredir, uma fonte de conhecimento que promove a expressão da sabedoria através do discurso escrito…da palavra.
Por Carlos Lourenço Fernandes


in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Celebrar consiste – neste esforço de compreensão do mundo – em relevar um acontecimento, um facto, uma data, assinalando-o com ato mais ou menos formal, com uma cerimónia, com maior ou menor solenidade. Celebrar uma iniciativa – a edição da Revista Progredir – pode consistir, justamente, em sublinhar o percurso com uma edição dedicada. Porquê? Por razão de afirmação da vida, das responsabilidades inerentes, o dever de solucionar problemas (a vida está associada aos problemas: os organismos vivos são vivos porque se especializaram em solucionar problemas), e construir iniciativas dirigidas ao esforço de criar valor, de disseminar conhecimento é merecedor de ser celebrável.

A função da linguagem e a sua progressiva complexidade diferenciou animais dos seres humanos. Comum aos animais e aos seres humanos são as linguagens de expressão e de comunicação. Distintas são as funções da linguagem que desenvolveu proposições descritivas (a linguagem descritiva) e a capacidade argumentativa, a emergência e competitividade entre teorias (a linguagem argumentativa). Nós, os seres humanos desenvolvemos (e por isso nos diferenciámos dos animais) a linguagem descritiva e a linguagem argumentativa. A promoção de espaços destinados ao confronto de ideias, à disseminação e construção de conhecimento é um elemento promotor de sociedade aberta, afirma a razão crítica, sublinha o avanço por tentativas e eliminação de erros por via de análise critica. Promove a não-violência crítica, a abertura democrática, a maturidade cívica. A Revista Progredir cumpre função de suporte ao reconhecimento da diferença e da alegria por uso da palavra lúcida – sujeita à refutação, a contraditório – ao invés da violência agressiva, injuriosa, violenta ou de ignomía. É, tem sido, um instrumento de satisfação útil e de amizade pelo saber. Sendo certo que tudo se resume à aventura continuada do conhecimento, na presunção da incompletude, de recusa de certezas, de sublinhado permanente de modéstia intelectual devida pelo espírito de humanidade e ciência.

Celebrar a Revista Progredir é também celebrar a iniciativa, o espírito de iniciativa, o fazer. Dar corpo a uma ideia, confrontar problemas e traduzir a ideia em produto, em obra, em realização útil, material e imaterial, do facto físico (a revista) ao facto imaterial (o conteúdo) é motivo bastante de celebração (momento de recolha, silêncio, grito e alegria). Conduzir ações, conduzir um conjunto coordenado de ações (estratégia), agir com excelência (recusando a vulgaridade), substituir a mandriice por trabalho, elevar a seriedade e honestidade ao invés da golpada inútil, é, motivo de contentamento, é celebrável. A mobilidade, a agilidade e a flexibilidade inerente à aventura de fazer – e procurar fazer bem, isto é, em respeito pelo outro – são valores, qualidades, visíveis e reconhecíveis em quem se tornou acompanhante frequente do progresso da Progredir e, por isso, celebrável.

Há resultados atingidos, há resultados por atingir. A ambição de ultrapassar limites – em tentativa e erro, em tentativa e ajustamento – é um desafio e missão do corpo fazedor da Revista Progredir, é desafio e missão abertos aos leitores e participantes na navegação, sempre difícil, das iniciativas. Mas, a iniciativa é sempre qualidade inerente ao fazedor. É destes que o mundo regista e avança, é da consciência prática do sonho que cresce a humanidade em produtos e em melhorias.

Tempo de celebrar: tempo de reflexão a novos avanços, novas exigências, novos sublinhados: como sempre – e desejável – as crises vencem-se com dois verbos: estudar e trabalhar. Esta Revista, a Revista Progredir, é exemplo de estudo e trabalho. Por isso é celebrável em progresso.
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Carlos Lourenço Fernandes
Professor, Escritor, Conferencista 
clfurban@gmail.com

REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2013

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Celebrar a vida como ela é

1/2/2013

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Costumamos festejar e agradecer o que temos em determinadas datas ou perante acontecimentos que consideramos importantes. Pelo contrário, é frequente protestarmos e desvalorizarmos momentos que fogem ao que estávamos à espera e/ou queríamos para nós. Celebrar a vida como ela é não significa resignação. É um convite a aceitar que tudo está certo e faz parte do nosso caminho de mudança e evolução.
Por Sofia Frazoa

in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Na área do feminino e dos estudos de género, são várias as efemérides que se assinalam no mês de fevereiro e que foram, independentemente de sermos ou não a favor delas, importantes conquistas históricas para as mulheres. Só para citar algumas: assinala-se o dia internacional de tolerância zero à mutilação genital feminina; em 1957, a ONU adotou a Convenção Sobre a Nacionalidade da Mulher Casada; em 2002 realizou-se, em Madrid, a primeira manifestação de trabalhadoras sexuais; em 2007, em referendo, Portugal assistia à vitória do “sim” pela despenalização do aborto.
           
A um nível global e nas nossas vidas, as datas servem para nos manterem vivas as memórias e lembrar que houve acontecimentos importantes. Tão importantes ao ponto de serem anualmente recordados e, na maior parte dos casos, festejados. O nosso aniversário, os anos de namoro ou casamento, o nascimento de um/a filho/a, o dia em que resolvemos mudar de vida ou abrimos um negócio, a data em que um ente querido faleceu, entre muitos exemplos. Celebrar faz parte da vida e revela a nossa capacidade de nos entusiasmarmos e darmos valor a algumas coisas que nos acontecem. Mas, da mesma forma que valorizamos umas, menosprezamos outras que, se analisarmos melhor, poderiam ser motivo de igual ou maior celebração.

Valorizar as alegrias, reprimir as tristezas
A tendência do ser humano, habituado a competir e ter sucesso para se inserir em sociedade, é valorizar-se pelas conquistas que faz e pelas coisas boas que tem e que lhe acontecem. Os acontecimentos que nos desafiam a enfrentar a dor e nos deixam tristes são entendidos como falhas, fracassos, derrotas pessoais. Afinal, “tristezas não pagam dívidas” e fomos habituados a fazer um esforço tremendo para não mostrar fragilidades e disfarçar o que nos vai realmente na Alma. Então, quando os imprevistos e desafios dolorosos nos acontecem, lamentamos a má sorte e a vida que temos. E queremos rapidamente encontrar uma saída para voltar a ter motivos para sorrir e celebrar, sem dar tempo à dor e à tristeza. Mais uma conquista, mais uma vitória, mais um passo para o sucesso, mais uma aferição de que somos capazes. Assim mostramos aos outros, mas principalmente a nós, que somos fortes e conseguimos ultrapassar o problema.

A vida como um todo a celebrar
Celebrar o dom da vida deveria ser, por si só, um ato natural e espontâneo, tão óbvio como respirar ou beber água. Celebrar a vida que temos, que cada um tem, também deveria ser assim muito evidente. É bonito, em teoria, mas na prática é bem diferente. Não nos culpemos se nem sempre o conseguimos fazer, pois já toda/os nós, a dado momento, quisemos desistir, nos vitimizámos, preferimos viver a vida de outrem, desejámos adormecer e acordar no outro dia com tudo resolvido. Já toda/os pensámos que a vida seria bem melhor sem dor e provações. E pensamos isto, claro, quando sofremos. Depois de passado o sofrimento, até conseguimos encontrar motivos para celebrar e agradecer ter sido assim. Imaginemos se tivéssemos continuado a relação com aquela pessoa que viemos a perceber não ser a melhor para nós; se não tivéssemos saído daquele emprego que nos estava a consumir aos poucos; se não tivéssemos sentido que falhámos e, por isso, tido a oportunidade de escolher fazer diferente. 
            
Nos tempos que correm, toda/os enfrentamos grandes desafios e nos confrontamos com o sentido da vida (da nossa vida), ponderando com frequência quais os motivos de celebração. Se estamos a passar por esta fase e não por outra, é importante conseguirmos tentar manter algumas orientações: tudo acontece por alguma razão e isto tem um propósito; a vida está em permanente mudança e também isto vai mudar; há sempre alguma coisa que podemos fazer que contribui para essa mudança. Celebrar quem somos e o que temos a cada momento é um exercício exigente e muito difícil, mas pode ser encarado como um dos nossos próximos desafios de vida.
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Sofia Frazoa
Terapeuta
www.caminhosdaalma.com
caminhosalma@gmail.com
Facebook: Caminhos da Alma

REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2013

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Celebrar a vida

1/2/2013

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Celebrar a vida é viver cada momento como único, é contemplar a beleza do respirar e a frescura do sorrir. Celebrar a vida é amar… é abraçar tudo o que se apresenta em cada dia e em cada momento… celebrar a vida é ver em tudo o que os olhos físicos observam… é perceber que fazemos parte de tudo e tudo faz parte de nós, porque tudo é dentro e nada é fora. Celebrar a vida é sentir leveza em cada despertar e acordar com a certeza que tudo está feito… apenas preciso SER.
Por Joaquim Caeiro

in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Celebrar a vida é reconhecer em cada semelhante uma parte de nós… uma dica, um espelho em que nos podemos ver, observar, analisar até à tomada de consciência que EU SOU TU e TU ÉS EU. Celebrar a vida é comemorar cada abraço como uma reconciliação eterna com o EU… é integrar a verdade que nunca existiu separação…nunca existiu zanga… apenas processamento e compreensão. Celebrar a vida é fazer amor connosco mesmos e ser tudo o que o nosso corpo nos permite ser… é entregar-nos aos sentidos e descansar na manifestação de cada emoção. Celebrar a vida é aceitar que somos um ser perfeito e que temos tudo para alcançar o que pretendemos … é focar-nos no não foco e ser natural e verdadeiro em nós, porque só assim o conseguimos ser em todas as coisas e pessoas.

Celebrar a vida é reconhecer-nos no Céu e na Terra, na sombra e na luz, no homem e na mulher... e no final perceber que tudo é em simultâneo e que a separação ou dualidade são apenas faróis que nos ajudam a ver a verdade que EU SOU. Celebrar a vida é reconhecer-nos como o nosso próprio mestre e aprendiz, é praticar a consciência de que a fonte habita em nós e que podemos criar TUDO, tal como alguém um dia começou a criar. Celebrar a vida é permitir a presença de Deus de uma forma constante, não porque alguma vez esse Deus estivesse fora, mas sim porque nos disponibilizamos a SER esse Deus. Celebrar a vida é lembrar-me da humildade em cada meta alcançada e celebrar naturalmente em amor e em gratidão … e é só isso …!

Uma consciência, um estado, uma verdade da alma

Mas quem somos nós para questionar ou tentar perceber o próprio processo da celebração da vida, se a própria vida já se celebra a si mesma em cada momento? Quem somos nós para delinear tarefas, caminhos, estradas ou metas, indicando patamares evolutivos ou estados “corretos”… se a própria vida disso se encarrega naturalmente? Quem somos nós para rejeitar, contradizer ou ir revolucionar… se somos nós mesmos que atraímos e criamos a nossa realidade em que vivemos e somos?

Crescemos com a ideia que temos uma estrada, um caminho a percorrer. Fazem-nos acreditar que para sermos felizes precisamos TER uma família, precisamos TER um emprego, precisamos TER dinheiro para SERMOS reconhecidos socialmente. Fazem-nos acreditar que o certo ou correto é o que já está comprovado, esquecendo que esse mesmo certo foi alcançado com o erro e a vivência de uma experiência individual e coletiva. Fazem-nos acreditar que pertencemos a um sistema, ao qual devemos responder, respeitar e fazer parte, caso contrário somos marginais sociais. Fazem-nos acreditar numa lei, em princípios, em fundamentos no comportamento humano, esquecendo completamente a necessidade do espaço individual e essência de cada um. Fazem-nos acreditar que SER FELIZ é impossível, e que um estado de consciência e completa contemplação pela vida é estado alterado de consciência ou esquizofrenia ou bipolaridade …. e afinal quem somos nós? Afinal qual é verdade escondida que nos poderá levar à completa celebração da vida?

Somos a própria celebração

Quando observa o mar… o que vê? Quando observa as árvores descansando sobre si mesmas… o que vê? Quando observa a pessoa que ama … o que vê? Na verdade nada vê … tudo é! No momento em que olha e observa… tudo entra em si … tudo faz parte de si nesse momento. De acordo com a sua história, os seus conceitos, a sua consciência, tudo isso entrará e será processado de acordo, ou seja, co-criado por si.

Cada momento, cada pensamento, cada emoção acontece em tempo real… ou seja neste exato momento. Criámos a ilusão de um passado e de um futuro, quando na verdade tudo É no presente em tempo contínuo e único. A mente processa o que lhe damos para processar… não sabe o que é certo ou é errado… simplesmente processa… natural e fluidamente. Tal como a vida, não existem pausas, tudo acontece de uma forma contínua e natural. Para a vida não existem momentos, não existem emoções, não existem pensamentos, a vida é TUDO isso em simultâneo. Por isso sempre que dizemos “em cada momento” devemos saber que nos estamos a tentar referir à vida contínua e ao todo que se processa fluidamente, deixando de parte a ideia da separação ou de marco de algo à parte.

Cada célula, cada órgão do nosso corpo, cada milímetro da nossa pele, VIVE … celebrando a sua manifestação … sem necessitar de uma ordem ou uma instrução consciente da nossa parte… já pensou nisso? Antes de tudo… TUDO mesmo, a vida acontece… e só ela nos permite estar aqui a divagar e a tentar usar palavras que a descrevam, quando ela própria não permite descrição possível… tal como Deus … simplesmente É … e agora talvez consigamos perceber que celebrar a vida é reconhecer que somos DEUS … e tal como ele não precisamos preparar-nos para celebrar e sim celebrar simplesmente.
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Joaquim Caeiro
Professor de Meditação & Psicoterapeuta da Alma
www.jcaeiro.blogspot.com

REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2013

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Surpreender é um estilo de vida!

1/2/2013

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A pior coisa que poderíamos fazer pela nossa vida seria desperdiçar o potencial de a enriquecermos continuamente. Num contexto global dominado por incertezas e ambiguidades cresce a necessidade de encontrarmos um caminho – estilo de vida – compatível com o nosso potencial e com a harmonia que desejamos para nós e para os outros. 
Por João Alberto Catalão

in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

A Sociedade adquire vantagens competitivas em consequência da reciprocidade!

Que melhor estilo de vida poderemos ter do que sermos capazes de gerar satisfação nos outros e em nós próprios? Possuir-se um estilo de vida naturalmente gerador de satisfação bidirecional, isto é, ser-se capaz de gerar satisfação nos outros e em nós próprios, parece algo desejável e difícil, quando na realidade não o é!

Sabia que independentemente da altura, do peso, das habilitações literárias e profissionais, ou da dimensão da conta bancária que qualquer um de nós possui, todos viemos ao mundo habilitados com uma emoção básica chamada SURPRESA? Um facto indiscutível: quando surpreendemos positivamente alguém, geramos nele satisfação acompanhada, na maioria dos casos, de vontade de retribuir. Isto parece óbvio para todos, no entanto, porque é que ainda existe tanta gente que não faz da capacidade de surpreender positivamente um estilo de vida?

Teoricamente a explicação é simples! Todos possuímos um conjunto de emoções básicas protetoras/defensivas, cuja função é a de nos proteger dos perigos resultantes do diferente e do risco. São essas emoções as grandes responsáveis pela nossa sobrevivência. No entanto, se por um lado essas emoções - como por exemplo o medo, a raiva ou o nojo - cumprem a sua função protetora, por outro lado, elas inibem-nos de potenciarmos os efeitos positivos da surpresa, da criatividade, etc. A assimetria entre as emoções básicas positivas e as emoções básicas negativas requer de nós a tomada de consciência sobre o papel que cada uma destas emoções básicas possui, e a CORAGEM necessária para não nos deixarmos ficar reféns das mesmas, afetando negativamente o estilo de vida desejado.

Surpreender, enquanto estilo de vida requer, acima de tudo, a posse de um propósito de vida humanista e sustentável.

Vivemos num mundo sujeito à rotina das mudanças frequentes, muitas vezes rumo a destinos que desconhecemos. Somos a todo o momento abordados por novas soluções, novos produtos, nova informação. Essas novidades são potenciadas pela evolução tecnológica, pela velocidade dos meios de comunicação, pelas mudanças sociais, políticas, económicas, culturais e ambientais. Uma realidade: vivemos num mundo globalizado e cada vez mais interconectado. Essas transformações fazem da vida um caminho que não é, nem pode ser linear.

Como Charles Chaplin disse: “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Cante, chore, dance. Ria, interaja e viva intensamente antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos!”.

A SURPRESA POSITIVA, conduz os impulsos do pensamento de um estado passivo para um estado ativo, favorecendo a ação e a mudança necessários a um estilo de vida consistente.

Mudar-se a si próprio é um desafio maior!

Evoluir harmoniosamente de forma solitária é muito difícil!

Possuir um estilo de vida adequado aos desafios e às oportunidades que decorrem deste mundo acelerado é, acima de tudo, compreender que a sustentabilidade de qualquer estilo de vida decorre da qualidade da interação com os outros. Independentemente da forma como alguém interaja connosco, a escolha da interpretação da sua ação e a escolha da resposta será sempre nossa.

Saber assumir um estilo de vida onde tenhamos não só capacidade de apreciar o que possuímos, mas também a capacidade de apreciar e elogiar o que está além de nós, facilita a nossa evolução contínua, e permite-nos uma melhor visualização e confiança no futuro.

SURPREENDER é um estilo de vida virtuoso porque favorece a mudança, facilita interações positivas e favorece a evolução sustentada das atitudes individuais e coletivas.

Adicionalmente, surpreender positivamente desperta também nos outros um sentimento de reconhecimento e gratidão.

Como incorporar a SURPRESA POSITIVA no seu estilo de vida?

· Adotando um discurso interno positivo;
· Sabendo apreciar e encorajar os outros;
· Sendo capaz de cultivar uma visão positiva do mundo;
· Tendo e sabendo partilhar energia positiva;
· Sendo resiliente,
· Tendo iniciativa;
· Tendo coragem;
· Aceitando que a vida é Relação;
· Conhecendo o significado e sabendo praticar o conceito da GRATIVIDADE (Gratidão em Atividade).

Em conclusão: A SURPRESA POSITIVA é um estilo de vida, porque é um comportamento de resposta ativa dos indivíduos, singulares ou coletivos, potenciando a criatividade social, a espontaneidade e o desejo de servir, geradores  de uma dinâmica interpessoal em cadeia.

PS. Gratividade, é um Conceito criado por João Alberto Catalão e Ana Teresa Penim. Informação mais aprofundada pode ser encontrada através da consulta no livro Atitude UAUme! www.uaume.com (Edição SmartBook).
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João Alberto Catalão
Militante da Vida, Master em Coaching
Autor dos livros: Atitude UAUme!; Ferramentas de Coaching; Negociar & Vender
www.viatminacatalao.com
jcatalao@youup.pt

REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2013

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Sou um profissional! Vou celebrar!

1/2/2013

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Numa altura em que o emprego é um bem escasso, torna-se fundamental Celebrar! Esta celebração prende-se com as aprendizagens profissionais, pessoais que nos permitem crescer e desenvolver como profissional e ser humano. 
Por Ricardo Fonseca

in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Nesta edição da Revista Progredir o tema central é Celebrar, ou seja, festejar, comemorar em vários níveis da nossa Vida, cada um com a sua devida importância.

Antes de nos dedicarmos ao título deste artigo sentimos a necessidade de fazer breves considerações, pois numa altura em que existe um grande número de desempregados, o ato da celebração profissional poderá causar algum desconforto a alguns leitores. Neste sentido, tudo aquilo que for escrito não é para ser considerado como uma generalização, mas sim como uma opinião relacionada com o fato de se ser profissional.

O ato de celebrar é desde sempre associado a festividades, a solenidades (âmbito cerimonial), mas pode e dever ser também vivido em situações banais do nosso dia-a-dia, como neste caso em concreto a nossa atividade profissional.

Muitos de nós já exercermos alguma atividade profissional que despertou inúmeros sentimentos e emoções pelas funções que foram desempenhadas, pelo público-alvo das nossas responsabilidades, pela equipa com quem trabalhávamos. Estes fatores são todos motivos de celebração.

Vamos então ver um pouco mais pormenorizadamente quais os motivos de celebração nos pontos citados anteriormente. As funções que desempenhamos e que nos foram atribuídas em dada altura da nossa vida profissional são motivo de celebração pessoal pois referem-se a um processo de escolha e atribuição, onde nós (muitas vezes no meio de tantos candidatos) fomos os selecionados mediante as nossas competências, características e até pela forma positiva e entusiasta como manifestamos a vontade de as exercer.

A celebração torna-se mais intensa à medida que toda as componentes da nossa profissão se vão interligando, como a adequação das nossas funções às nossas competências, aos clientes com os quais nós gostamos de trabalhar, à equipa com que nos relacionamos saudavelmente e com a qual criamos um ambiente que potencia a nossa qualidade profissional.

Porém, indagam muitos de vós, se há pessoas que não exercem a profissão que querem, que trabalham em áreas muito distintas das suas competências profissionais e académicas, que não trabalham com os clientes que desejavam, que não estão integrados numa boa equipa, porque devem celebrar?

Neste caso pode-se dizer que a celebração profissional advém do simples fato de se ter um emprego que nos dias de hoje é um bem escasso e em simultâneo das aprendizagens que adquirimos num meio onde não nos sentimos confortáveis.

Quando trabalhamos num meio que nos é incómodo podemos ter dois tipos de atitudes: vivemos com o desconforto e vamos nos queixando dia-a-dia do emprego que temos ou aproveitámos as oportunidades que esse meio laboral nos está a proporcionar para crescermos e nos desenvolvermos profissional e pessoalmente.

No caso de estarmos desempregados e não encontrarmos motivos de celebração, podemos por uns pequenos instantes relembrar todos os empregos que já tivemos, tudo aquilo que aprendemos, as pessoas com quem convivemos, os clientes a quem ajudámos e acredito que mesmo que seja um único e simples aspeto, haverá um motivo para celebrar.

Celebrar o fato de que desenvolvemos as nossas competências pessoais e profissionais, aperfeiçoamos as nossas habilidades e assim ganhamos novas capacidades que são grandes aliados para a procura de um novo emprego, para otimizar uma nova seleção profissional ou até para nos tornarmos num criador.

Uma situação decorrente do desemprego e que tem sido motivo de celebrações por muitas pessoas é a criação dos próprios empregos, das suas pequenas empresas que origina motivos de festejo e permite olhar para o desemprego como um fator primordial para este acontecimento.

Sou profissional! Vou Celebrar!

Sim, todos nós somos profissionais dentro da sua área ou áreas de estudo, de trabalho, de conhecimento, mesmo que neste momento não se esteja a desenvolver qualquer atividade profissional. Não é por não se exercer que se deixa de ser profissional.

Celebremos então todos os conhecimentos, todos os saberes e celebremos também as oportunidades que temos à nossa frente para desenvolvermos o nosso conhecimento, adquirir novos saberes que contribuirão para a nossa vida como profissional.

Sou profissional! Vou celebrar! Vou procurar novas fontes de saber, novas formas de demonstrar as minhas competências, de viver as minhas habilidades e celebrar o simples fato de reconhecer que cada oportunidade que surge é um motivo para Celebrar!
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Ricardo Fonseca
Enfermeiro / Escritor
http://escritadoautoconhecimento.webnode.pt
percursosdevida@gmail.com

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Mundo em transição: como tomar decisões em tempo de incertezas

1/2/2013

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Hoje, mais do que nunca, vivemos tempos conturbados e cheios de surpresas. O ambiente da nossa vida tornou-se ambíguo e indeterminado, e o futuro passou a fazer parte das nossas preocupações de uma forma mais intensa. 
Por Nelson S. Lima

in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Deparamo-nos cada vez mais com o fator "incerteza". E, mais ainda, os "acasos" - eventos imprevisíveis e até improváveis - assumiram proporções nunca antes alcançadas. Para piorar o cenário os estudiosos afirmam que a sociedade humana tende para uma complexidade cada vez maior.

O ritmo e a variedade da vida estão intrinsecamente ligados ao conceito de transitoriedade, que neste contexto quer dizer rotatividade entre as relações que estabelecemos na vida, um rompimento ao apego das conexões do passado e a efemeridade das situações emergentes. Um número considerável de antigas "certezas" da vida passaram a ser passageiras e efémeras.

Temos então uma sociedade marcada pela transitoriedade, pela diversidade e pelas novidades.

O caos de adaptabilidade ocorre quando esses fatores convergem criando uma ambiência tão efémera, tão estranha e tão complexa que passou a ameaçar milhões de seres humanos com uma sensação de "fracasso de adaptação".

COMO VIVER NA MUDANÇA
A resposta ao "choque do futuro" não é a não-mudança das coisas, mas uma diferente espécie de mudança. Deve-se, por conseguinte, experimentar uma série nova de medidas reguladoras de mudanças, inventando e abandonando esses meios, à medida que avançamos no nosso projeto de vida. Problemas novos exigem soluções novas.

Uma das consequências mais sérias das mudanças que o mundo tem vivido é o bombardeamento dos nossos sentidos, o excesso de estimulação. Se a sobrestimulação sensorial aumentar deformamos a nossa perceção da realidade. A sobrestimulação cognitiva interfere com a nossa capacidade de pensar e de sentir. E tomamos más decisões.

Quando as pessoas são lançadas em situações que mudam depressa e irregularmente ou vivem num contexto rico de novidades, surpresas e acasos, o comportamento racional pode ficar perturbado por desgaste emocional e sensorial. É o que está a acontecer a milhões de pessoas em todo o mundo.

O que o futuro também traz de novo é a "aceleração da mudança". No turbilhão dos acontecimentos que nos cercam resta o nosso espaço de manobra que deverá focalizar-se mais no traçar objetivos do que confiarmos em previsões e em planos a longo prazo.

Para melhor nos defendermos dos eventos aleatórios marcados pela ambiguidade e a indeterminação do amanhã resta-nos a preparação e a adaptação constante. Neste capítulo a aprendizagem de novos saberes e a aquisição (ou a melhoria) de novas competências é fundamental.

A grande vantagem desta sociedade "radical" é que ela também está cheia de possibilidades em aberto que deveremos procurar insistentemente quando queremos mudanças efetivas na nossa vida.

O viver, ao contrário do que alguns autores querem fazer crer, não é uma ciência, e nem sempre está de acordo com a lógica. É mais um saber criativo, uma arte das mais exigentes, sempre em mudança - ela própria!

Veja-se como cada vez mais as pessoas se socorrem de astrólogos, magos e oráculos tentando encontrar respostas para as suas dúvidas, incertezas e desconhecimentos. Não é de estranhar que até muitos líderes se façam acompanhar de videntes lembrando tempos muito recuados quando faltava informação que servisse de apoio à tomada de decisões.

O ACASO NA NOSSA VIDA
Muitos acontecimentos da vida (desde o Universo ao ser mais simples que nele habite) são simplesmente obra do acaso, totalmente imprevisíveis e inesperados. Não significa que cada "acaso" não tenha uma causa. Nada aparece sem ter uma origem e esta mesma resulta de uma sucessão de acasos.

Com o aumento da complexidade da vida humana também aumenta o número de acasos, em muitos dos quais nem reparamos e nem lhes damos importância pois já intuímos que o "acaso" faz parte da vida.

Há quem prefira chamar-lhe "sorte" ou até "destino". Esses termos não estão corretos pois trata-se de coisas diferentes. A sorte pode ter vários significados e quanto ao destino faz pensar que a vida está pré-determinada. Mas não é assim, embora muita gente acredite nisso.

O "acaso" resulta da arbitrariedade. Um acontecimento algures no passado e num qualquer local determina um ou mais acontecimentos no presente e no futuro, e que influenciarão o percurso da nossa vida. Entramos no campo do imprevisível.

O mais perigoso disto tudo é que, como o cérebro humano não está preparado para lidar com a incerteza (ele procura sempre que acreditemos na racionalidade e na lógica dos acontecimentos para nos sentirmos em segurança), nós acabamos por correr demasiados riscos ao longo da vida. E só com alguma sorte pelo meio escapamos até da autodestruição.

Mas uma nova visão está em curso: o acaso, a que nunca poderemos fugir, pode ser nosso aliado. Pelo menos de forma mais segura do que o habitual (em que simplesmente vivemos como que dependentes do acaso mesmo quando tomamos decisões com base em muitas previsões e planos matematicamente construídos). Nisso, verdade seja dita, somos muito irresponsáveis pois confiamos em demasia naquilo em que acreditamos e esquecemo-nos que, à medida que a vida vai seguindo o seu curso, vão ocorrer mudanças provocadas pelo acaso.

ESTRATÉGIAS PARA VENCER A INCERTEZA
A palavra inglesa "chance", a qual significa não apenas "sorte" e "acaso" como também "oportunidade".

Tirar partido dos "acasos" da vida é uma boa estratégia para vivermos. E isso exige uma certa ciência. Ou, se quisermos ser mais rigorosos, uma boa dose de inteligência e perspicácia. Além, obviamente, de uma mente aberta para as possibilidades e as oportunidades da vida.

Disse o grande sociólogo Edgar Morin que "o maior contributo de conhecimento do século XX foi o "o conhecimento dos limites do nosso conhecimento", o que - digo eu agora - nos faz viver ainda mais nos territórios da incerteza.

Cerca de 70% dos estudantes universitários, sobretudo dos cursos de humanidades, desistem ou mudam de curso por terem feito escolhas com poucas certezas relativamente ao que os esperava. Ou seja, praticamente escolhem ao "acaso" deixando que o futuro lhes troque as voltas.

Num mundo de futuro incerto temos ao nosso dispor duas estratégias que se têm mostrado serem as melhores para a tomada de decisões. A primeira é fazer "pequenos planos" em vez de grandes projetos tendo em vista os objetivos a atingir. Quando fazemos pequenos planos de cada vez, os riscos que corremos são muito menores quando algo corre mal (é o que faz a Natureza: ela evolui lentamente). Sonhar "alto", acreditar no futuro e dar grandes passos empurraram milhões de pessoas para situações financeiras catastróficas porque estavam confiantes em cenários onde não vislumbraram problemas.

A segunda estratégia é diversificar, isto é, apostar em mais do que uma resposta. Se alguma escolha falhar restam outras. E se aplicarmos simultaneamente a estratégia dos "pequenos passos" conseguimos avançar com mais confiança mesmo que os inevitáveis acasos da vida nos tragam surpresas desagradáveis.

Esta sabedoria milenar é atualmente de uma pertinência inquestionável. Podemos, enfim, avançar na vida traçando objetivos e fazendo pequenas conquistas de cada vez ao contrário de nos aventurarmos com grandes planos, projetos e investimentos que, devido ao imprevisível, podem fazer desmoronar tudo aquilo que construímos e em que acreditámos.

Se soubermos conviver com a possibilidade das incertezas e dos acasos da vida acabamos por ser premiados bem mais vezes do que esperávamos.
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Nelson S. Lima
Presidente Executivo (CEO) doEUROPEAN INTELLIGENCE INSTITUTE
Marca registada internacional que aglutina o Grupo Instituto da Inteligência em Portugal, Brasil, Colômbia e também em outros países através de delegações (Inglaterra, Angola, Venezuela, Equador, Peru, Chile e Argentina). 
Diretor Geral e Coordenador Nacional do Grupo INSTITUTO DA INTELIGÊNCIA PORTUGAL
Diretor na Europa do CINEAC Centro de Inovação Educacional Augusto Cury (Brasil)
Professor de Neurociência, Coordenador e Orientador na Universidade do Futuro (Brasil)
Diretor da Divisão de Investigação da EURADEC (Associação Europeia para o Desenvolvimento da Educação e da Cidadania, ALEMANHA) e da WEA - World Education Association for Sustainable Development and Global Citizenship, SUIÇA)
Representante da ZIGMA CONSULTING (América Latina), em Portugal.

REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2013

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Celebrar para progredir

1/2/2013

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Celebrar (comemorar (data ou acontecimento) através de festa ou cerimónia) para progredir, é o olhar que propomos nesta reflexão, acerca do significado das celebrações, enquanto atos úteis de agregação e continuidade dos relacionamentos, sejam eles comunitários, familiares, de amizades, de amores diversos ou de um amor só. 
Por Cristina Freire

in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Os tecidos da nossa sociedade parecem romper-se a uma velocidade cada vez maior e as máquinas da sua tecelagem sofrem o desalento da falta de conhecimento dos seus tecelões acerca da matéria-prima que trabalham, as emoções humanas, e dos seus destinatários: o próprio Homem como ser gregário e normativo. É aqui que entra a celebração enquanto ato simbólico de consequências reais.

Hoje, quando falamos em celebrar, pensamos em comemorações com mais ou menos festejos que encerram em si maior ou menor solenidade, mas já não temos a certeza da Universalidade dos rituais utilizados e da sua simbologia. Tememos confundir tradicional com fora de moda e precisamos de algum grau de improvisação que possibilite atualizar no tempo e nas circunstâncias, alguns rituais marcados pelo poder de unir, fortalecer laços, consolidar relações.

Mesmo os rituais que se cumprem por hábito, para obedecer a uma tradição, são imprescindíveis para o equilíbrio emocional de comunidades e indivíduos, podendo funcionar, em determinados casos, como placebo (um alivio ilusório, contudo, eficaz para a situação), mas sempre necessários e incontornáveis em momentos chave da vida.    

Celebramos acontecimentos, comemoramos datas e festejamos tudo isto com as pessoas de quem gostamos, mas será que podemos falar em vantagens e desvantagens das comemorações e até dos compromissos finais?

Já ouvimos objeções com sentido. Factos objetivos contra e a favor de ambos, por exemplo, desde não existirem diferenças entre casar formalmente ou morarem juntos, até à afirmação de que o compromisso final piora o relacionamento. Relativamente às celebrações/comemorações, há muito quem não valorize, considerando que os casais o fazem forçados e constroem uma fachada de comportamentos artificiais.

Na verdade, evidências científicas e do dia-a-dia, mostram que as vantagens das comemorações, com os seus rituais tradicionais ou resultado da criatividade do casal, são maiores do que as suas desvantagens, melhorando a qualidade e duração dos relacionamentos.

Tal acontece porque comemorar algo, significa que isso tem importância para nós ao ponto de nos dispormos a planear, ter trabalho com os preparativos e estar presente por inteiro. O simples facto de fazermos este movimento em direção ao outro e ao que ele significa para nós, melhora e reforça os laços e, para o parceiro/a, sentir-se alvo de tal atenção e investimento, melhora com certeza a sua autoestima enquanto pessoa, mas também a perceção que tinha sobre a relação. Estes efeitos positivos podem ir desde um simples melhoramento, a salvar mesmo uma relação em dificuldades.

Mas não é sempre assim. Quando um relacionamento está muito desgastado, qualquer tentativa de comemoração pode tornar-se frustrante, pois haverá muita contrariedade e qualquer combinação seguirá a linha das discussões anteriores, servindo para se magoarem e atingirem, rejeitando e gozando com as escolhas um do outro. Nestas situações a relação pode terminar em vez de melhorar.

Já o mesmo não se pode dizer quando a celebração ocorre numa família ou comunidade em conflito. Aí, o facto de se terem de encontrar, planear em conjunto, juntarem-se na celebração e saborearem o sucesso ou lamentarem o insucesso em grupo, reverte-se de um significado de agregação, tornando mais fortes os laços e diluindo conflitos antigos.

Os Presentes: fonte de prazer ou conflito?

Também os presentes se podem transformar numa fonte de problemas e não de prazer, com a maior facilidade de um em conhecer os gostos do outro ou o sentimento de obrigatoriedade em dar um presente, algo sentido como muito frustrante. É de tal forma complexo que até a escolha de um presente personalizado, não baseado em consumo (em gastos), pode ser entendido como a outra pessoa não nos ter achado suficientemente importantes para gastar dinheiro connosco.        Enfim, o mais importante mesmo é a atenção e carinho com que nos presenteamos, diariamente, uns aos outros. Afeto, generosidade e bem-querer, eis os ingredientes diários que nos podem dar alguma garantia da qualidade e duração de um relacionamento e muito haverá a festejar se o conseguirmos.

Em jeito de conclusão, parece que celebrar, nos seus diversos e até criativos rituais, é parte intrínseca do Ser humano, dando-lhe continuidade – enquanto ser gregário e normativo -, atribuindo simbologia e significado aos seus atos e contribuindo para a preservação da nossa cultura. O bom da celebração é a dedicação que impulsiona ao encontro do que se celebra, a dedicação, o tempo e a reflexão, com tudo o que isso despoleta.

A ausência de qualquer ritual ou ato comemorativo numa sociedade, faria dela uma anomia, ou seja, deixá-la-ia num estado de falta de objetivos e perda de identidade. Pelo contrário, saber integrar diferenças, diluir conflitos, através da compreensão, motivar-se apesar das frustrações, sentir empatia e dar esperança, apesar das dificuldades, são atributos de pessoas e sociedades que conseguem, indubitavelmente, relações emocionalmente mais inteligentes e isto, em tempos de crise…
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Cristina Freire
Psicóloga Clínica e Terapeuta Conjugal
Autora do Livro “Um Amor para Sempre”
cristinafreire.psi@gmail.com

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A ineficácia das dietas famosas e a importância da mente-corpo na perda de peso

1/2/2013

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Com o aumento alarmante do número de pessoas com excesso de peso e obesidade as sociedades desenvolvidas deverão implementar uma solução que permita ajudar as populações a encontrar o equilíbrio mente-corpo. 
Por Sissi Franco

in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Existem várias correntes de pensamentos sobre alimentação e com várias práticas de nutrição, cada uma delas com sua frase chave, e cada uma com seus princípios diferenciadores. Todas auguram algo muito semelhante entre si, a perda de peso e emagrecimento, com algumas nuances que as tornam distintas e únicas. É possível constatar através de observação, entrevistas presenciais, investigação na área e no contacto com clientes e população em geral que nenhuma delas funciona eficazmente a longo prazo para grande parte dos seus seguidores.

Colocamos assim, as seguintes questões:
1.       Por que razão as dietas mais famosas, com nomes mais cativantes, ou mesmo com designações pré-históricas não serão eficazes a longo prazo para a maioria da população?
2.       Por que motivo os programas de emagrecimento que também abordam a componente motivacional terão dificuldade em promover a aderência à dieta após o final dos programas ou quando termina o acompanhamento?
3.       O que conduz a que existam tantas pessoas insatisfeitas com a sua condição física e com o seu peso apesar das múltiplas ofertas em dietas?

Por que razão as dietas mais famosas, com nomes mais cativantes, ou mesmo com designações pré-históricas não serão eficazes a longo prazo para a maioria da população? Acreditamos que seja, em primeiro lugar porque a maioria das dietas são muito restritivas. Em regra, todas excluem do plano alimentar algum alimento ou nutriente (glúten, tomate, carne, ou refrigerantes…) ou restringem algum macronutriente (proteínas, lípidos ou hidratos de carbono). Numa fase inicial a motivação e os resultados rápidos favorecem a aderência à dieta e a restrição alimentar torna-se tolerável, pois o peso está a diminuir. No entanto, por razões óbvias, a restrição alimentar não é sustentada nem é possível ser mantida a longo prazo, pois muitas vezes estamos a dar ao nosso corpo menos energia do que ele necessita para funcionar. Estamos a tentar enganar o nosso corpo com menos calorias do que ele necessita para viver em pleno, na esperança de que ele gaste a energia que tem acumulada sobre a forma de gordura. A parte traiçoeira é que o corpo entra em modo de sobrevivência, diminuindo muitas vezes a taxa metabólica, gastando cada vez menos energia (resultando muitas vezes em estados de letargia, mau humor, e cansaço), reservando tudo o que aparece no estômago (a tendência para reservar energia sob a forma de gordura, que é aquilo que não se quer). Após uma fase inicial de motivação e adesão à restrição alimentar, o corpo entra muitas vezes numa fase de híper-compensação, onde os impulsos para consumir os alimentos que anteriormente se ingeria e em quantidades generosas, ultrapassam a força de vontade para seguir o plano alimentar.

Em segundo lugar, esses planos alimentares alteram muitas vezes a alimentação das pessoas de forma muito brusca, e pouco sustentada. Coma isto, não coma aquilo. Um hábito demora tempo a criar-se. Da mesma forma que levamos anos a habituar o nosso corpo ao pão com manteiga, ao leite de vaca e às carnes vermelhas, e levamos anos a aumentar o peso e a massa gorda, também não deveríamos querer nenhuma solução milagrosa que alterasse da noite para o dia os nossos hábitos tão enraizados, sob pena de nunca se tornarem hábitos mas apenas uma alteração de comportamentos pontual.

E porque motivo os programas de emagrecimento que também abordam a componente motivacional terão dificuldade em promover a aderência à dieta após o final dos programas ou quando termina o acompanhamento? Para se alterarem comportamentos alimentares desviantes é necessário motivação e que os programas que englobam essa componente serão certamente mais eficazes. No entanto, se não há alteração na forma de as pessoas olham a comida, e no espaço que esta ocupa em suas vidas, a motivação, como um pavio, arde e apaga-se.

O que conduz a que existam tantas pessoas insatisfeitas com a sua condição física e com o seu peso apesar das múltiplas ofertas em dietas? Essas dietas e correntes de pensamentos sobre alimentação não abordam o ser humano por inteiro, pois têm em conta apenas o corpo (e nós não somos só corpo), e dedicam a sua atenção aos efeitos que os alimentos e nutrientes têm, como se o nosso corpo se tratasse de uma máquina ou de um laboratório de absorção de nutrientes e como se todos os corpos fossem máquinas iguais. Não somos aparelhos processadores de alimentos, e não absorvemos nutrientes como se de combustível se tratasse. A própria nutrição clássica ainda se baseia na incompleta roda dos alimentos e na contagem de calorias, cedendo muitas vezes aos interesses superiores do marketing e das vendas, interesses esses que não são os melhores para a população em geral.

É certo que reina a dúvida e a confusão e que a população continua a engordar, com hábitos de vida que conduzem a doenças que se podiam prevenir, mas sempre em busca de satisfação pessoal. Pois qual seria então a solução para estas maleitas da sociedade atual? A origem do excesso de peso reside num desequilíbrio mente-corpo, no nosso interior e é aí que se deve procurar o problema e trabalhar a solução a longo prazo. Ou seja, nunca poderemos tratar apenas a componente corpo e esperar que o peso a mais desapareça e não mais volte, se ignoramos por completo a mente e todos os efeitos que ela tem sobre o nosso templo de vida! Um programa de emagrecimento holístico que trate o Ser por inteiro, nas vertentes nutrição, exercício físico, meditação e desenvolvimento pessoal, e que procure equilibrar a mente-corpo será certamente a melhor solução: a nutrição e o exercício físico são duas vertentes muito fáceis de entender pela sua importância; a meditação, pelos seus múltiplos benefícios no equilíbrio da relação mente-corpo; o desenvolvimento pessoal, pela importância de enriquecer cada Ser com conhecimentos, com confiança, autoestima, poder pessoal e motivação.
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Sissi Franco
Nutricionista & Life Coach
http://facebook.com/sissi.franco
www.lifemotiv.pt
Sissi.franco@lifemotiv.pt

REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2013

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Motivos para celebrarmos a crise

1/2/2013

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Falar de crise é falar de oportunidade, está na hora de celebrarmos a mudança que surge! 
Por Nuno Michaels

in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Sejamos honestos: já não há pachorra para voltar a falar do mesmo – disso mesmo de que andamos fartos de ouvir falar, dando-lhe um nome e uma aceção grotesca que nos incita a sofrer e rejeitar, mais do que qualquer outra coisa, essa coisa, chamada ad nauseam nos últimos anos, de crise.

Quase todos sabemos que não adianta focarmo-nos no que não queremos, porque o reafirmamos e vivificamos com a força da nossa própria rejeição. Era por isso, aliás, que a Madre Teresa de Calcutá se recusava a participar em manifestações contra a guerra e se guardava, segundo ela, para aquelas a favor da paz).

Felizmente – e este é o primeiro motivo, ou pretexto, para celebrarmos – além de honestos, e francos, podemos ser oportunos, positivos e progressistas – em suma, francamente oportunistas: e podemos honrar o espírito desta revista – e em especial deste número que celebra o seu primeiro ano de existência – disponibilizando-nos a olhar (nem que por uma última, ou única, vez) para “o outro lado” dessa moeda (e não é uma alusão irónica à dimensão financeira da coisa) chamada crise.

A ver se celebramos finalmente.

Mas antes de elencar os principais motivos para celebrarmos a “crise”, falta apenas introduzir um lugar-comum. Ou dois. Pois se comunicar é pôr em comum, não será aproveitamento de espaço aproveitar este lugar para o fazer?

C.E.O: Crise, Escolha, Oportunidade

Muitos de nós já o sabem: “krisis”, raiz etimológica grega do palavrão que chamamos à coisa, significa “cisão”, “divisão”, e está intimamente relacionado com um verbo que significa “julgar”, “discriminar”, “separar”.

Crise é cisão, separação, e cisão é decisão. A cisão, porque separa e divide, permite uma escolha que antes (da “crise”, da cisão) não era possível. Sem se cindir, não se pode decidir.

Crise é – e permite, para não dizer obriga, convida ou simplesmente: consiste de – uma oportunidade de escolha, discriminação, e julgamento por uma via nova; e é aqui que nos socorremos de mais um lugar-comum para dar força e completude à nossa tese:

Diz (quem sabe) que o ideograma chinês para representar “crise” se compõe de dois outros ideogramas – o de “perigo” e o de “oportunidade”.

Não confirmamos nem atestamos a veracidade desta informação mas podemos refletir, e sugiro ao leitor que o faça, se as “verdades” dominantes do senso comum - aquilo a que os gregos chamavam “doxa” e que nós traduzimos como opinião, para contrastar com “episteme” ou conhecimento verdadeiro), não serão – tão-somente - as versões mais repetidas, e aquelas em que mais pessoas acreditam num dado momento.

Não será a “verdade” consensual, comummente aceite, tão-somente a narrativa dominante, que ganhou às outras narrativas por força da sua própria repetição e não necessariamente por virtude da sua correspondência com algo a que chamaríamos “real”?)

Inspirados pelas palavras de Ortega y Gasset, que escreveu em 1942 num livro chamado Esquemas da Crise e Outros Ensaios “a crise é um momento histórico em que não muda algo no mundo, mas em que o mundo inteiro muda”, elencamos aquelas que são as grandes oportunidades atuais – inevitáveis - de mudança no mundo:

1.       Desenvolver a Coragem, a Autonomia, e a Confiança em Si mesmo
2.       Clarificar quais são os valores mais fundamentais e importantes
3.       Relativizar o que antes tomávamos como certo e seguro, especialmente a supremacia da própria visão do Mundo
4.       Encontrar uma fonte de segurança “dentro”, já que as de “fora” estão a desaparecer
5.       Maior Autenticidade no Aqui e Agora, já que o futuro é uma abstração cada vez maior e mais improvável
6.       Auto aprimoramento e evolução pessoal através da diligência e do espírito de serviço ao próximo
7.       Relações mais autênticas, baseadas na cooperação e interdependência
8.       Desativar, abdicar, sacrificar e transformar desejos egoísticos, espúrios, e pouco sábios
9.       Ampliar a nossa Visão do Mundo e do Sentido da Vida
10.   Assumirmos, cada um de nós, papéis mais responsáveis no coletivo
11.   Desenvolvermos e aproveitarmos mais e melhores oportunidades para nos associarmos e expressarmos Amor e Boa vontade através do empenho grupal
12.   Fazermos tudo o que está ao nosso alcance para mudar, melhorar, servir e curar... Entregando o resto a Deus, à Providência ou às Finanças... Consoante aquele que seja o deus particular de cada um. A oportunidade de encontrar melhores deuses.

Agora, quando ouvir – nem que seja da sua própria boca - a palavra de que já andávamos todos fartos (e ainda antes deste artigo), pode sempre retorquir, perante a visão caquética que insiste em rotular de “crise” a coisa oportuna:

“Crise?! Qual crise? Esta oportunidade maravilhosa chamada Evolução?”
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Nuno Michaels
Autor. Educador. Conselheiro Astrológico, professor de Astrologia e Consciência no Quiron – Centro Português de Astrologia. Astrólogo convidado nos Estados Unidos e Vice-Presidente da ISAR (International Society for Astrological Research) para Portugal, mantém o blog“A Astrologia da Escolha Iluminada” em http://www.taoenchoice.com

REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2013

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