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A união faz a força

1/1/2020

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Passamos em média um terço das nossas vidas a trabalhar. Uma atitude altruísta torna essa vivência mais agradável, a benefício de todos, pois não significa apenas tirar de si para dar ao outro, mas também receber em troca, melhores relações, mais saúde e mais crescimento e sucesso profissional. Por Jessica Tacoen

in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2020

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Em termos existenciais, ao fazer o bem geramos o bem, colhemos o benefício de viver com maior tranquilidade e leveza, sentimo-nos mais realizados, valorizados, gratificados e integrados no grupo.
 
Estudos demonstram que o comportamento altruísta cria um efeito cascata nos grupos humanos. Perante um ato de altruísmo genuíno, o outro sente-se inspirado a praticar o bem e a espalhá-lo, desencadeia uma onda de boas ações, que reverbera, pois, gera respeito e retribuição, promove a capacidade alargada para cooperar e protege contra a competitividade. Incentiva os demais a agirem da mesma forma, o que traz consequências altamente benéficas para as empresas e para a sociedade.
 
Contudo, é relevante considerarmos a possibilidade do resultado oposto, no contexto empresarial. O altruísta pode despertar no colega, sentimentos de ódio, irritação, inveja e desequilíbrio na equipa, pois cria uma imagem de maior eficiência, acentuando defeitos, falhas e limitações dos demais. O elemento diferenciador poderá distinguir-se, colocando em perigo a posição dos colegas, o que poderá incitar à rejeição ou à competitividade.
 
Erradamente, associa-se a ganância, o individualismo e o egoísmo ao mercado livre, ao capitalismo e ao lucro. Mas a união faz a forç̧a. Quando colaboradores, na verdadeira essência da palavra, colaboram, sentem-se unidos, o nível de stress e a propensão ao esgotamento diminuem. Ademais, as interações sociais positivas promovem o equilíbrio emocional e a saúde mental, aumentam a imunidade e a longevidade dos colaboradores e reduzem o absentismo. Neste prisma, o altruísmo fomenta maior foco e produtividade no trabalho, incrementa os resultados, sendo mais lucrativo para as empresas.
 
Uma boa liderança inspira performances excecionais e o altruísmo no exercício da liderança tem impacto organizacional. Procurar o bem-estar de cada membro da equipa garante a confiança entre os funcionários, promove o sentimento de inclusão e de pertença. A credibilidade e apreço pelo chefe reforça-se consoante a atenção e o cuidado que ele dedica aos seus funcionários e o tempo que ele investe nos mesmos.
 
Um grande líder deve compreender que não irá conseguir chegar ao primeiro lugar do pódio sozinho, ninguém vence sozinho.
 
Anteriormente, no mundo corporativo, o critério para contratações, promoções e demissões resumia-se às competências técnicas e à inteligência, tendo vindo ultimamente a ser complementado pelas competências socioemocionais, responsáveis pelo sucesso e desempenho dos profissionais e pela sobrevivência das empresas. Alto índice de Inteligência Emocional está correlacionado com maior confiança, motivação e bem-estar psicológico, o que transmite maior segurança e motivação na equipa envolvente. Indivíduos egoístas dificilmente se mantêm por muito tempo em um mesmo posto e dificilmente crescem no mercado de trabalho.
 
Ser altruísta não é apenas dar no sentido financeiro, é dar de si, da sua vida, do seu tempo, da sua vontade, do seu amor e do seu saber.
 
O verdadeiro valor do conhecimento revela-se quando é partilhado. Quanto mais o sujeito dividir a sua sabedoria com os que o rodeiam, mais ele cria possibilidades de expandir o seu saber e mais ele agrega aos outros. Um aprendizado enriquece muito mais quando cresce de forma colaborativa/coletiva, permite visualizar novas perspetivas, evoluir, abre espaço para a troca e contribui para o crescimento e a sabedoria coletiva.
 
O bom de ensinar é que sempre se aprende. Dividir é quase sempre sinónimo de somar, de acrescentar valor. Os grupos representam mais do que soma individual das partes, isto é, superam o desempenho qualitativo e quantitativo do indivíduo isolado.
 
Além disso, ao partilhar os seus conhecimentos e a sua experiência, o altruísta tende a ganhar a admiração e o respeito do outro, de modo que acaba por destacar-se e ser valorizado; aumenta a sua influência e visibilidade no grupo.
 
O altruísmo e a empatia são responsáveis por formar laços de confiança e colaboração entre os diversos funcionários de uma organização; cultiva as relações e estimula o desenvolvimento de talentos. O altruísta tem maior capacidade de atrair, construir e conquistar relações ricas e saudáveis; cria e fortalece laços de cumplicidade com o próximo.
 
É um comportamento saudável, uma vez que pressupõe uma valorização e validação das suas próprias competências e recursos, reconhecer que temos algo de bom para dar e partilhar.
 
Estudos etnológicos demonstram que o homem tende a tratar pior os membros de fora do grupo. Mais, quanto menor o grupo, mais provável que os membros cooperem e sejam amigáveis entre eles. À medida que este aumenta, os laços de pertença decrescem, o que nos leva a intuir que a atitude altruísta no seio de uma empresa aumenta em equipas de pequenas dimensões e é mais frágil em grupos grandes, uma vez que diminui o reconhecimento individual e o potencial de reciprocidade dissipa-se. Finalmente, quanto menor o grupo, melhor os sujeitos se conhecem e mais importante é a reputação. O anonimato diminui o fardo de se preocupar com a reputação.
 
Em última instância, do ponto de vista evolutivo, o altruísmo e os comportamentos cooperativos estão na base da evolução e sobrevivência das espécies, na construção do futuro, na manutenção do equilíbrio do ser humano, da sociedade e do planeta como um todo. São fonte de progresso, desenvolvimento e são a forma mais efetiva de adaptação ao meio ambiente. Neste prisma, os grandes génios, os grandes inventos e avanços tecnológicos e científicos têm uma orientação social, uma vez que são valiosas contribuições para a humanidade.
 
Uma das maiores fontes de satisfação e gratificação no trabalho é o impacto do nosso trabalho no outro, na medida em que beneficia e é construtivo para os outros, tornando-se o sujeito um membro de valor para a comunidade e para si próprio.
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JESSICA TACOEN
PSICÓLOGA CLÍNICA E PSICOTERAPEUTA PSICANALÍTICA EM ESPECIALIZAÇÃO
tacoenjessica.wixsite.com/psicologaclinica
tacoenjessica@gmail.com

​in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2020
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O Altruísmo aumenta a realização do ser humano e torna-o mais feliz!

1/1/2020

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O conceito de altruísmo refere-se ao comportamento humano que procura e promove o bem-estar do outro sem uma recompensa pessoal direta permitindo assim o crescimento do outro de forma livre. Por Maria Gorjão Henriques

in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2020

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

​O ser humano ao longo de milhares de anos viveu em comunidade desenvolvendo um espírito de entreajuda do qual dependia a sua sobrevivência. Toda a sociedade ou aldeia se organizava por tarefas e cada ser humano especializava-se e oferecia um dom ou uma tarefa que desenvolvia para o bem comum de todos.

Nessa altura existia o respeito pela ordem, o direito a pertencer e o equilíbrio entre dar e receber que fazia com que todos se sentissem parte de um todo  A verdade é que à medida que fomos evoluindo e a vida se foi tornando menos “selvagem” por isso aparentemente mais segura, perdemos o sentido de aldeia, vila e cidade e deixamos de “precisar aparentemente uns dos outros” e de sentir o espírito de pertença de nos vermos uns aos outros como comunidade onde cada um tem o seu papel e contribui para o todo.

Mas ficou gravado nas nossas células esse espírito de união e de desejo de cooperação e complementaridade que se expressam através de interesses maiores como a justiça, colaboração, sentido de pertença, união, Amor pelo próximo entre muitos outros.

O interessante é que a conduta altruísta também pode ser observada em diferentes espécies animais como, por exemplo as abelhas ou as formigas que trabalham e se organizam para o bem comum com uma tal mestria que servem de exemplo para o que deixamos de saber fazer e viver faz tempo…
Alguns estudos nas áreas da neurociência têm procurado estudar as bases cerebrais do altruísmo na tentativa de explicar porque é que existe este sentido de cooperação apesar de não haver uma recompensa imediata ou direta de forma pessoal.

Foi usada uma técnica de ressonância magnética funcional que permite ver ao vivo as áreas do cérebro que se ativam com um processo cognitivo determinado. O estudo conclui que os seres humanos que têm condutas altruístas ativam no seu cérebro as áreas relacionadas com a recompensa que são ricas em dopamina, um mensageiro químico que está relacionado com o prazer.

O altruísmo pode ainda manifestar-se de outras formas como, por exemplo um mecanismo de legitima defesa para combater uma dor profunda que criou uma situação traumática e que reside no nosso inconsciente. Profissões como psicólogos, médicos ou enfermeiros, conhecem bem este processo que é digno porque convida a partilhar com o outro o que entendemos e respiramos em relação ao seu sofrimento, mas é preciso, ter muito cuidado com esse mecanismo porque quando nos centramos demasiado no outro acabamos por nos esquecer de nós mesmos e perdemos a nossa equanimidade e consequentemente perdemos o nosso centro. Ajudar a proporcionar aos outros o melhor da nossa vocação ou formação está correto, mas sem nos despersonalizarmos ou cairmos no “script” do mártir ou herói.

Existe uma grande diferença entre empatia e altruísmo. A empatia leva ao altruísmo, mas não é possível o altruísmo sem empatia. A empatia é a capacidade duma pessoa se descentrar de si mesma e do apego às suas ideias para representar o mundo do outro, enquanto que o altruísmo é um caminho sistémico que está constantemente em evolução e submetido às pressões exteriores e as leis do nosso inconsciente. Todos os movimentos altruístas funcionam, na verdade como mecanismos de compensação para regular e equilibrar injustiças causadas pelos pela negação dos 3 princípios profundos que nos movem. O Direito a pertencer, o Equilíbrio entre dar e receber e a Ordem.

Descentrar-nos do nosso sofrimento e entender que o outro também tem as suas limitações e fontes próprias de sofrimento que o levam a atuar de determinada forma é aceitarmos os vários pontos de vista que a vida nos convida a viver. Esse exercício de nos expormos a aceitar, incluir e acomodar os vários pontos de vista alimenta a nossa capacidade natural de sentir, empatia e o nosso desejo sistémico de que tudo esteja em ordem. É precisamente nesse momento que o altruísmo é uma fonte de realização e manifestação do que de mais elevado mora em nós. A nossa noção de pertença, de inclusão e respeito pela dignidade do outro, pela natureza e pela vida!

Assim um ser humano que desenvolva uma atitude de altruísmo na sua vida está muito mais propenso à felicidade e a um estado de bem-estar consigo próprio porque descentrado do apego aos seus problemas e disponível para respirar o outro e o que de melhor pode oferecer de si próprio ao outro, à sociedade ou a uma causa maior.
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Bem haja à Vida!
​
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MARIA GORJÃO HENRIQUES
PSICÓLOGA, ASTRÓLOGA, FACILITADORA E PROFESSORA DE CONSTELAÇÕES FAMILIARES, FUNDADORA DO ESPAÇO AMAR
www.espacoamar.com
maria@espacoamar.com

in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2020
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Dinheiro, que espelhas meu?

1/1/2020

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A relação pessoal com dinheiro e altruísmo começa dentro, nas raízes das crenças em cada um. O poder das escolhas reflete-se na sustentabilidade e felicidade pessoal e também na vida e saúde dos ecossistemas. Por Cândida Rato

in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2020

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Hoje em dia a globalização de comunicação permite aperceber-se que causas globais e locais se tocam, que as realidades distantes estão afinal cada vez mais próximas (Gil Vicente já brincava com isto) e nos afetam a vários níveis. Vivemos as implicações de questões sociais, políticas, ecológicas, económicas, espirituais e materiais interligadas. Experienciar e acolher os benefícios e angústias desta informação e das possibilidades de estarmos ligados ao mundo, traz neste momento da história da humanidade a possibilidade de nova perspetiva e de crescente poder pessoal. Fala-se de crises e também de viver a mudança de paradigma e modelo social.

A liberdade na relação com o dinheiro é um pilar-chave do modo como se vive e de relacionar, que envolve crenças sobre valorização, merecimento e equilíbrio entre dar e receber, nas várias áreas da vida. Antes do dinheiro, os recursos naturais e humanos já existiam, o acesso a estes e a reciprocidade estava em relação direta entre natureza e humanos. “Algumas das pessoas mais generosas que conheço não têm dinheiro”, diz um dos testemunhos do filme Human (de Yann Arthus-Bertrand).

A relação pessoal com o dinheiro e altruísmo começa nas raízes das crenças em cada um@. Escolhas diárias implicam a vida dos ecossistemas, a sustentabilidade e felicidade pessoal. O que está a imergir na humanidade e planeta no sec.XXI?
​
Consumo e produção conscientes e pacíficos, modelos colaborativos, novas economias estão em desenvolvimento prático em todos os continentes. Charles Eisenstein no livro Economia Sagrada refere que na economia da dádiva, quando se tem mais do que se precisa, dá-se a alguém que precise. Um paradigma de abundância e confiança na reciprocidade, enquanto que o valor do dinheiro provém de uma criação e acordo humano com princípios de escassez, défice e competição inerentes.

A Economia Colaborativa é um modelo sócio-económico de vida e de negócio, que liberta a acessibilidade e o valor de bens parados, ligando necessidades e ofertas em redes e plataformas complementares aos modelos de economia tradicional.

Confiar na reciprocidade e abundância são desafios bem atuais, que (re)ligam cada humano aos outros seres e recursos naturais. Criando redes de apoio e confiança, o acesso à abundância de recursos existentes e não usados para que continuem a circular, amplia-se, reduzindo a exploração de recursos naturais, o desperdício e a acumulação que a sociedade de consumo e individualismo geram.

E assim promover uma cultura de colaboração e responsabilização na vida em sociedade, respeitando o bem-estar individual e coletivo de todos os seres, incluindo humanos.

Outro exemplo é o movimento de Altruísmo Eficaz, que se baseia em como usar os próprios recursos (ex. doar sangue a doar parte mesada ou salário) para apoiar ao máximo outras pessoas (ex. erradicar doenças e fome evitáveis), tem várias plataformas dedicadas.

Cada um tem o poder de agir e escolher perante causas, conforme o conhecimento e apelo a que se sente chamado. Um poder pessoal livre liga-se ao poder coletivo de cuidar do que é comum.

Considerando o que necessito e o que tenho para oferecer (seja competência, tempo, produtos, espaços…) permite-me uma série de opções além da compra, como aluguer, troca, empréstimo, doação, financiamento colaborativo, entre outros. Existem diversas iniciativas locais e presenciais como feiras, cooperativas, organizações de vizinhança, eventos de partilha, grupo e redes de cidadãos e plataformas eletrónicas nacionais e internacionais para aceder à partilha de artigos e serviços, como roupa (cerca de 30% é a que realmente se usa regularmente), refeições (há 40% de desperdício alimentar), quartos, casas, barcos (os barcos de lazer estão atracados 80% do tempo), ferramentas, serviços, conhecimento, ofícios, visitas guiadas, cuidar de animais de estimação ou casas, etc.

Como pode funcionar um cenário de vida colaborativa e consciente no dia-a-dia?

Acordo, ponho a tocar uma playlist compilada por amigos, vou à cozinha e os utensílios são reutilizados (2ª mão) de amigos e familiares que não precisavam, tal como móveis ou roupa, os produtos de higiene e limpeza são de produção local, artesanal e sem embalagens ou químicos, desloco-me a pé ou em veículos coletivos ou privados de uso temporário (transportes públicos; bicicletas, trotinetas, motas ou carros; boleias), trabalho e vivo interagindo em equipa trocando ideias e articulando consensos, criando parcerias e trocas de espaços, bens e serviços, acedendo aos bens comuns…

A União Europeia reconheceu oficialmente o enorme crescimento destas novas áreas e negócios colaborativos desde 2013 — em áreas tão abrangentes como estacionamento, alojamento, deslocação de pessoas e bens, lazer, alimentação, participação — e definiu em 2016 uma agenda de economia colaborativa para os países europeus. Esta posição decorre de um abaixo-assinado de várias iniciativas em 2016 do empreendedorismo e inovação verificados na Europa e no mundo, que adotam modelos colaborativos e que representa um crescente número de pessoas envolvidas e também significativa % do PIB europeu. 

Exemplos de organizações que promovem globalmente a Economia Colaborativa e onde se geraram: Shareable (USA), Sharenl (Holanda), Ouishare (Paris), The People Who Share (UK). Realizei pessoalmente contacto e colaborações com todas elas, assim como participação e organização de eventos e workshops de Economia Colaborativa, nomeadamente da União Europeia, um dos quais em Lisboa para conhecer a realidade nacional que se destaca nesta área. Podem encontrar-se exemplos de Portugal, que está claramente no mapa da partilha mundial não só por iniciativas e eventos como devido à predisposição de pessoas e organizações neste território para partilhar e interagir uns com os outros, usar estes modelos, inovar e empreender.

Como será colocar-se em igualdade no dar e receber, focar-se no que necessita a cada momento considerando mais opções de as alcançar e dando-se prioridade aos recursos já existentes? Se ainda adotar a prática de diariamente agradecer e retribuir (em respeito aos outros, à Terra), como poderá o fluxo de bens, dons, serviços esgotar-se?
​
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CÂNDIDA RATO
FACILITADORA - VIDA CONSCIENTE E COLABORATIVA
www.femininoconsciente.pt
candidarato@outlook.com
We Are One. Somos Um@.

in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2020
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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O voluntariado como forma de Altruismo

1/1/2020

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O último século trouxe a melhoria das condições de vida para muitas pessoas, que se demonstram mais despertas para a caridade, mas o tempo e os recursos escasseiam. Será possível ajudar sem se prejudicar? Por Cátia Rodrigues

in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2020

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

O mundo em que vivemos é desigual e, quanto mais rápido percebermos essa realidade, mais facilmente vamos aceitar que, embora devessem existir políticas estruturantes mais consistentes no sentido de minimizar as consequências, a verdade é que os desvalidos da sociedade nunca deixarão de existir, sejam eles pessoas, animais ou o próprio planeta.
 
É neste sentido que o voluntariado é uma ação que, além de útil, se torna extremamente necessária. De acordo com o dicionário de língua portuguesa da Porto Editora, voluntário é, entre outras definições relacionadas, a “pessoa que se compromete a cumprir determinada tarefa ou função sem ser obrigada a isso”.
 
É preciso não confundir a missão e o que o leva a voluntariar-se para determinada ação. Há pessoas que praticam o voluntariado para se sentirem bem consigo próprias, para alimentar o seu Ego ou para limparem a sua consciência de atos e pensamentos menos positivos. Ajudar os outros através do voluntariado diz muito sobre si, permite-lhe conhecer-se melhor e pode fazê-lo sentir-se bem, mas não tem nada a ver consigo e só com o outro. A entrega, a doação, a partilha e a esperança devem vir de si de forma incondicional, sem esperar nada em troca. Isso é altruísmo!
 
Vamos às opções:
• Na página do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado pode encontrar ações de voluntariado por concelho, tipo de atividade, público-alvo e bancos de voluntariado locais; existem iniciativas das mais simples às mais complexas; com toda a certeza que encontrará uma opção mais adequada às suas possibilidades;
 
• Pode inscrever-se como voluntário na Bolsa do Voluntariado, que funciona como uma plataforma de conexão entre projetos e voluntários; aqui existe muita escolha, veja como poderá contribuir de acordo com a sua missão;
 
• O Portal da Juventude tem muitos projetos de voluntariado mais direcionados para os jovens; é um ramo onde as iniciativas têm crescido bastante e os projetos são cada vez mais ambiciosos e exigentes; lembre-se que “de pequenino é que se torce o pepino”.
 
Além disto, tem inúmeras instituições, associações e projetos aos quais se pode associar. Basta que faça uma breve pesquisa e encontra tantas opções que o difícil vai ser escolher.
 
  • Naturalmente, nem todos se identificam com o voluntariado ou querem praticá-lo de uma forma mais ativa e consistente e está tudo bem. Seria útil, no entanto, perceber que há sempre formas de ajudar quem mais precisa, sem que tenha que se comprometer de uma forma rígida ou despender de muito tempo e recursos. Basta que integre algumas ações na sua vida, como uma forma de estar e não como uma obrigação que lhe pesa e incomoda. Vamos a elas: 
  • Faça, com alguma regularidade, uma escolha aos seus pertences e doe; destralhar é revitalizador, ajuda-o a praticar o desapego e fará as delícias de quem mais precisa daquela camisola, daquele carrinho de brincar ou mesmo daquele utensílio de cozinha;
 
  • Antes de ir às compra bata à porta daquele vizinho velhinho e pergunte se precisa de alguma coisa; quanto lhe trouxer as cebolas, peça para entrar, sente-se, tome um chá com ele e converse um pouco; não imagina a diferença que vai fazer na vida dessa pessoa solitária;
 
  • Opte por passeios ao ar livre e passe, antes, pelo canil municipal ou por uma associação perto de si; traga um ou dois patudos para o acompanhar nessa aventura; vão ficar tão felizes por sair daquele cubículo onde vivem que o difícil vai ser gerir o seu entusiasmo;
 
  • Faça reciclagem, tente gastar apenas o estritamente necessário e tenha uma vida minimalista; de nada serve ir para uma praia recolher lixo se, quando chega a casa, junta a casca de banana com o frasco de azeitonas; as pequenas ações do dia a dia fazem a diferença sim e essa é uma forma de ajudar o planeta sem que precise de se aliar a um movimento concreto;
  • A cada ida ao supermercado compre um pacote de arroz, um saco de areia para gatos ou uma latinha de comida; defina um valor, como, por exemplo, 1€, e vá juntando um pequeno cestinho lá em casa; quando estiver preenchido faça uma excursão àquela instituição com a qual se identifica e doe os bens amealhados;
 
• Apadrinhe um menino ou um animal: existem diversas instituições que têm esta possibilidade e o processo é bem simples porque não implica grande logística; basta entrar em contacto, manifestar a sua intenção, contribuir mensalmente e, quando quiser e puder conhecer o seu afilhado, demonstre essa vontade e vá.
 
• Seja um doador regular de sangue: faz-se periodicamente, pelo que não perde muito tempo ou recursos e fará a diferença na vida de quem mais precisa quando mais precisa.
 
O que lhe parece? Não é difícil de concretizar, pois não? Estas são algumas hipóteses, mas, quando o espírito altruísta vive dentro de nós, o céu é o limite! Seja criativo e pense em novas formas de ajudar sem sair de casa, sem gastar dinheiro ou sem perder o seu precioso tempo. Faça um brainstorming sozinho ou acompanhado e espante-se com as possibilidades!
 
Transforme este tema num jogo, num objetivo ou numa missão, seja como for, estará a ajudar e a perspetiva correta para o encarar é aquela que lhe fizer mais sentido. No fim, cada pequeno passo contribui para um mundo melhor, por isso seja original, seja criativo e comece agora!
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CÁTIA RODRIGUES
ESPECIALISTA EM TURISMO E LAZER: FORMADORA, MENTORA E COACH TURISMO HUMANIZADO: AS PESSOAS NO CENTRO
www.catiarodrigues.pt

in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2020
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Como o Altruísmo pode transformar a sua vida

1/1/2020

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Já os antigos diziam que “há mais felicidade em dar do que em receber”. Mas o que revela a ciência? Pode o altruísmo fazer-nos mais felizes? Por Mafalda Sousa

in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2020

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Tente lembrar-se da última vez que fez algo de bom por alguém. Ceder o lugar num transporte público, visitar um idoso num Lar ou simplesmente oferecer flores a alguém que ama. Não importa o gesto, mas o facto de o ter realizado por puro altruísmo. Recorda-se de como se sentiu? Certamente, melhor que antes.
 
A ciência tem-se debruçado sobre este tema e a verdade é que se verificou que as pessoas mais felizes tendem a ser altruístas. Preocupam-se com o bem-estar dos outros e retiram prazer dos seus atos generosos.
 
Contudo, a generalidade das pessoas pode beneficiar ao assumir uma postura mais altruísta. Num estudo de S. Lyubomirsky, K. Sheldon e D. Schkade, constatou-se que a prática de atos bondosos ao longo de seis semanas, aumentou a felicidade dos participantes. Noutro estudo de E. Dunn e M. Norton, avaliou-se a felicidade dos empregados de uma empresa de Boston antes e depois de receberem um bónus de 5000 dólares. Concluiu-se que a quantia do bónus não influenciava o bem-estar dos funcionários, mas aqueles que gastavam parte do dinheiro com outras pessoas sentiam-se mais felizes.
 
Quando praticamos o altruísmo, o núcleo de accumbens — uma região do cérebro associada ao prazer — fica mais ativo. Isso explica porque nos sentimos tão bem. Podemos até sentir-nos melhor, do que a pessoa que beneficia do nosso gesto!

Ainda assim, nem todas as formas de praticar altruísmo nos deixam mais felizes. A investigação sugere que para tal, deve ter em conta o seguinte:
- Escolha 1 dia por semana para praticar um ato de generosidade novo e especial, ou 3 a 5 gestos menores. Ao longo da semana, mesmo sem se aperceber, já deve realizar atos amáveis de menor dimensão, pelo que é difícil destacarem-se. Se se focar em praticar algo marcante num só dia, os efeitos na sua felicidade serão maiores.

- Pratique o altruísmo com regularidade. Pode praticá-lo intencionalmente uma vez por semana, mas ao longo das várias semanas do ano.

- Escolha fazer algo que se destaque da rotina. Se fizer muito pouco, não se sentirá mais feliz e, se fizer demasiado, poderá sentir-se sobrecarregado e até ressentido.

- Varie o que faz. Se realizar sempre a mesma boa ação sentir-se-á bem nas primeiras vezes, mas ao fim de algum tempo, adaptar-se-á e já não se sentirá tão feliz.

- Apesar de nos sentirmos bem quando os outros reconhecem os nossos atos, não espere nada em troca. A verdade é que se tiver grandes expectativas, e depois os outros não reconhecerem o bem que faz, poderá ficar triste e ressentido. Opte por valorizar você mesmo, a sua atitude.

- Um ato gentil deve ser realizado de livre vontade. Se for obrigado a fazer algo que não seja do seu agrado, pode até sentir-se generoso, mas também amargurado por sentir que se aproveitaram da sua boa vontade.

- Não prejudique quem mais ama. Por vezes, com a melhor das intenções, quer ser generoso com pessoas estranhas, sem se aperceber que isso pode afetar a sua família. Também pode ser altruísta com as pessoas que ama, que podem estar a necessitar do seu tempo e colaboração em várias tarefas.

- Tenha em mente que há pessoas que não querem ser ajudadas. Respeite a vontade delas.

- Não se vanglorie, nem trate o outros com superioridade ou como se fossem crianças. O ideal é que ambos se sintam bem e respeitados.

Claro que uma pessoa altruísta não costuma ajudar os outros só para ser mais feliz. Há inclusive ocasiões, em que realizamos atos generosos em detrimento do nosso bem-estar, porque o sentimos como um dever moral. Ainda assim, adotar uma filosofia de vida altruísta costuma fazer-nos mais felizes.
Os cientistas tentaram perceber as razões para isso e constataram que os altruístas costumam sentir-se felizes por serem úteis à sociedade, o que, consequentemente, aumenta a sua autoconfiança. Os seus relacionamentos também ganham — as outras pessoas tendem a gostar deles e ajudam-nos quando eles próprios precisam. Os altruístas valorizam o que têm de bom e abstraem-se mais dos seus problemas. São também mais otimistas e dão mais valor e significado à sua vida.

Pode estar a perguntar-se: “Mas o que posso eu fazer e quem devo ajudar?”. E eu respondo-lhe que basta olhar à sua volta e ser criativo. Se prestar atenção irá aperceber-se que as opções para ajudar estão por todo o lado. Pode ajudar um colega novo no trabalho a integrar-se, deixar uma mensagem bonita na lancheira do seu filho, elogiar alguém que tenha feito um bom trabalho, colaborar mais nas tarefas domésticas, doar roupas que já não usa, levar uma refeição caseira a uns recém-papás, agradecer a um professor que o tenha inspirado, etc.
​
As possibilidades são imensas. Só não deixe de experimentar! O altruísmo pode fazer a diferença na vida de quem ajudar, mas também na sua.
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MAFALDA SOUSA
TÉCNICA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO SOCIAL, AUTORA DO BLOG: “A FELICIDADE É O CAMINHO”
manualdafelicidade.blogspot.pt
www.facebook.com/manualdafelicidade
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Como ser Altruísta na sociedade moderna

1/1/2020

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“Altruísmo é um tipo de comportamento encontrado em seres humanos e outros seres vivos, em que as ações voluntárias de um indivíduo beneficiam outros. É sinônimo de filantropia. No sentido comum do termo, é, muitas vezes, percebida como sinônimo de solidariedade”. Por Luana Barros

in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2020

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​Podemos dizer que ser altruísta começa com o autoconhecimento? Entendo que sim. Para ajudar o outro, é necessário conhecer a si mesmo, primeiramente. Olhar para dentro, se questionar, é o caminho inicial. Quem se questiona não se condena. Pelo contrário, ao fazer isso comigo, conheço-me, compreendo-me, posso amar-me e depois amar ao próximo. Uma pessoa que não conhece as suas mazelas e reconhece as suas qualidades apenas projeta nos outros as suas situações. Já que não consegue compreender-se e se colocar no mundo a fim de melhor utilizar as suas características.

A grande questão é que, ao projetar o que sinto no outro, eu julgo-o. E será que alguém consegue ser solidário enquanto julga? Julgar é se colocar num patamar acima. Ao tempo que, ser solidário é ser interdependente, é caminhar de mãos dadas, apoiando-nos uns nos outros. Se estou um degrau acima das pessoas, consigo apoiar-me nelas com conforto e segurança? Elas conseguem se apoiar em mim? Dificilmente essas duas situações ocorrem. Assim, ao conhecer-me e aceitar a pessoa que sou, consigo olhar para o lado e ver o próximo como ele realmente é.

O ser humano na sua essência é bom, ele deixa de o ser ao perder-se de si mesmo. Isso ocorre quando os valores são deturpados, como, por exemplo, em situações nas quais é mais importante “ter” que “ser”. Ao manter-se conectado connosco, a essência humana sobressai e, assim, fazemos o bem de verdade. Ao nos conhecer, compreendemos o que de melhor temos para oferecer ao próximo e se este auxílio será útil para ele. Com a ausência do autoconhecimento, o altruísmo vira mera forma de aflorar a vaidade.

Atualmente, o que é primordial parece estar distorcido. O supérfluo virou essencial e vice-versa. Falo isso porque, em algumas situações, como, por exemplo, quando os pais levam os filhos para passear, tirar uma foto com as crianças e colocar numa rede social pode ser mais importante que olhar nos seus olhos e dizer o quanto as amam. Compreendem o quanto as situações importantes foram deturpadas e engolidas pelo status? É primordial mostrar que estou feliz com o meu filho, no entanto, aproveitar o momento com ele e ter um momento real de carinho e harmonia entre nós ficou esquecida. Aparentar é mais importante que sentir. A nossa atenção está junto dos nossos objetivos. A partir do momento que me mostrar torna-se a minha meta, estar presente com meus filhos ficou em segundo plano.

No entanto, quando se opta por ser altruísta, passamos a conviver e relacionar mais com as pessoas. O relacionamento interpessoal nos faz crescer e nos aproxima da nossa essência. Assim, as máscaras reduzem e podemos ser nós mesmos. Uma pessoa próxima de si, que se ama e se respeita, irá contribuir para o mundo de todas as formas. O simples fato de existir já é altruísta, visto que é um exemplo para as pessoas ao seu redor e, com toda a certeza, alguém assim ajuda sem querer ajudar. Isso acontece porque a conexão consigo é algo tão intenso que ela se conecta com o outro sem esforço. A ajuda acontece de forma íntima e legítima. Daí a importância de nos conhecermos e aceitarmos, já que este é o caminho para o nosso interior e, sendo verdadeira comigo, eu cresço como pessoa e auxílio (no que for preciso) o outro, ajudando-o no seu crescimento interior também.

O ser humano possui uma capacidade incrível de se doar. Seja ouvir, conversar, aconselhar… Há um leque de formas de nos entregarmos ao outro. Mas, numa sociedade sem tempo, ocupada, cheia de redes sociais para se alimentar, com um mundo virtual tão aflorado, como seria o altruísmo? Pode-se dizer que a grande necessidade do altruísmo se fez exatamente por termos chegado a uma situação de vazio na qual é necessário ser preenchida. E o toque físico: um abraço, um carinho, não pode valer menos que um “like” numa rede social.

O universo é tão perfeito que o ser humano se melhora ao ajudar. A simultaneidade do auxílio traz o preenchimento no vazio que uma vida em busca somente de coisas materiais proporciona. É necessário se manter, ter uma casa para morar, suprir a família com mantimentos, proporcionar momentos de lazer. Isso tudo faz parte da vida na sociedade moderna. No entanto, será que somos preenchidos somente com isso? Talvez um sorriso sincero de um amigo depois de um consolo seja uma forma de nos alimentar, um abraço apertado de gratidão por um serviço prestado com gentileza, um olhar terno por receber um alimento quentinho por uma pessoa que pode não comer a algum tempo, essas situações nos nutrem de amor, sentimento indispensável para a nossa sobrevivência.

Na sociedade atual o individualismo foi confundido com individualidade, no entanto, um é bem diferente do outro. Individualismo é viver exclusivamente para si. Individualidade é existir como individuo. Assim, ao ser altruísta eu não perco a minha individualidade, mas deixo de ser individualista. Isso é importante pelo fato de o individualismo gerar atitudes egoístas na sociedade e deixar as pessoas pouco tolerantes. Vivemos este momento, no qual é difícil contar com as pessoas e há a sensação de que estamos sozinhos, mesmo pertencendo a uma raça com 7,7 bilhões de indivíduos e, no lugar de nos ajudarmos, estamos nos destruindo. Tal comportamento dificulta a nossa existência aqui, tanto no sentido de nos relacionarmos quanto em relação à preservação do nosso planeta.

Temos exemplos mundialmente conhecidos de altruístas: Madre Tereza de Calcutá com uma vida totalmente voltada para a caridade; Nelson Mandela que se dedicou na defesa dos direitos humanos; Mahatma Gandhi, que conseguiu a independência da Índia num movimento sem violência, entre tantos outros exemplos que temos. Assim, concluímos que o altruísmo salva, vidas, salva a nossa vida e pode salvar a humanidade.
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LUANA BARROS
AUTORA, FORMADA EM COMUNICAÇÃO SOCIAL, PSICANALISTA EM FORMAÇÃO
PÓS GRADUADA EM TEORIA E TÉCNICA PSICANALÍTICA E JUNGUIANA
luanabarro@gmail.com

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A essência do Altruísmo

1/1/2020

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“Nada me traz mais felicidade do que tentar ajudar as pessoas mais vulneráveis da sociedade. É uma meta e uma parte essencial da minha vida - uma espécie de destino. Quem estiver em perigo pode me chamar. Eu irei a correr onde quer que esteja.“ Princesa Diana - Por Ana Paula Rodrigues

in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2020

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Altruísmo: vocábulo criado em 1831, pelo filosofo francês Auguste Comte, “autruisme” tem origem na palavra “autre” que significa “outro” ou “diferente” em francês. “Autre” vem do latim “alter”, que tem o mesmo significado.

Para Auguste Comte, altruísmo referia-se às qualidades naturais no SER, uma vez que o Homem sendo bom e generoso naturalmente, não necessitava de intervenção cultural (religião, crença), apesar de a maioria das religiões ensinar e incentivar o altruísmo.

“Ama o próximo como a ti próprio”

Amar o próximo com a mim próprio, pressupõe ter conhecimento e consciência do EU, dos meus sentimentos e estados emocionais, pois só assim poderei projetar no outro esse conhecimento de forma a compreende-lo e ajuda-lo efetivamente, e a essa capacidade chama-se de empatia.

A empatia é a base do altruísmo, e este sentimento de conexão com os outros está em nós desde muito cedo. As crianças pequenas demonstram ter empatia com a dor ou a felicidade de outras pessoas e até de animais, e essa capacidade vai aumentando, à medida que a criança se vai formando e tendo consciência da sua verdadeira identidade.

A empatia e o altruísmo são muito importantes socialmente e psicologicamente, por exemplo, a ausência de empatia, nos transtornos de personalidade narcisista e antissocial predispõe a comportamentos de exploração e abuso de outras pessoas.

A ausência de empatia, também poderá tratar-se de imaturidade emocional e cognitiva, que se traduz numa incapacidade de amar, de se relacionar verdadeiramente consigo e com os outros, de respeitar limites e de aceitar as suas necessidades, sentimentos, esperanças, medos e escolhas.

O altruísmo não é a negação do EU, mas sim o prolongamento da consciência do EU até à integração do outro, uma identidade global, por vezes cósmica. É ter a capacidade de cooperação, empatia e de implicação social.

O altruísmo é o 4º e ultimo estágio de evolução na maturidade afetiva (Inteligência emocional), os estágios que antecedem são, resumidamente:
 
1º – Egocentrismo – Toma-se pelo centro.
2º – Egoísmo – Tem mais consciência de si próprio e estabelece limites entre si e o outro.
3º- Egotismo – Procura-se no seu interior: quem sou eu, os meus valores, a minha missão, construção da verdadeira identidade.

Todos temos tendências egocêntricas, egoístas e egotistas, zonas de sofrimento afetivo. O importante é desenvolver a nossa inteligência emocional e aprender gerir melhor os nossos estados internos, fazer a triagem dos nossos medos, apaziguar as nossas angústias para acedermos à nossa essência, um maior altruísmo, a uma maior capacidade de estar juntos e em harmonia.

A maturidade afetiva abre naturalmente a nossa dimensão espiritual, à consciência de que pertencemos a um mundo muito mais vasto. O altruísta ama-se e respeita-se o suficiente para nunca realizar um ato contra a sua autoestima, tem consciência do impacto dos seus atos, a curto e a longo prazo, nos outros e no planeta.
​
Quando estamos emocionalmente maduros e autónomos, víramo-nos para os outros, queremos cumprir a nossa missão, realizar o nosso potencial, utilizar e disponibilizar os nossos recursos e competências ao serviço de algo que faça sentido para o mundo, deixar a nossa pegada no universo, esta é a verdadeira essência do altruísmo.
 
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ANA PAULA RODRIGUES
SUCCESS CAREER & LIFE STRATEGY COACH, TERAPEUTA REIKI
www.ybicoach.pt
ybicoach93@gmail.com

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