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Queimar até à exaustão

1/7/2019

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A síndrome burnout, palavra proveniente do inglês que significa ‘queimar até à exaustão’, é um fenómeno que tem atingido cada vez mais profissionais de todas as áreas.
Por Jessica Tacoen


in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2019

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

É relevante atendermos a etimologia da palavra, que nos leva a extrair vários significados metafóricos, tais como uma brasa que virou cinza, um paralelismo ao profissional que se sente consumido, queimado pelo trabalho, que chegou ao seu limite, ficou sem luz, sem energia, sem brilho, sem vitalidade. Tal explica o sentimento de esvaziamento, de empobrecimento interior, uma sensação de esgotamento total vivenciado pelo profissional que se encontra com burnout.
 
Esta síndrome multifatorial e multidimensional é causada essencialmente pela vivência de um stress crónico no espaço institucional, o qual provoca grande sofrimento psíquico. Sendo o stress um mecanismo de adaptação às adversidades vividas, perante um ritmo de vida e de trabalho frenético, exigências pessoais, sociais e organizacionais excessivas, o sujeito entra em stress crónico, desorganiza-se, esgota as suas capacidades adaptativas, perde o controlo e esvazia-se. Facilmente confundível com os sintomas da depressão, é primordial ter um olhar atento à expressão do burnout, uma vez que acarreta profundas consequências em todos os setores da vida do sujeito.
 
O aumento da incidência desta condição clínica parece coexistir com um ritmo de   trabalho e de vida cada vez mais acelerado, particularmente no que concerne aos grandes centros urbanos. Vivemos cada vez mais num mundo em que as oportunidades e as exigências abundam, em que o tempo nunca é suficiente. A sociedade encontra-se num ritmo acelerado de mudanças, o que gera um stress e ansiedade crónica. Sendo que o tempo se tornou volátil, tudo é provisório, nada é permanente, gera uma atitude bulímica de devorar o tempo, sem fruir o momento. Sem espaço e sem tempo para as relações, para sermos, acumulamos, fazemos, temos e perdem-se valores e momentos essenciais para o bem-estar pessoal e coletivo. O sujeito acumula papeis, de profissional, pai, mulher/marido, filho e estudante e não consegue cultivar tempo de qualidade para as relações familiares. As novas gerações crescem com carências afetivas, em que o amor próprio não se solidificou o suficiente. Substitui-se a presença por bens materiais, por resultados escolares, por resultados profissionais, carreiras, números, dinheiro e perde-se a verdadeira essência e necessidade do ser relacional que somos, que necessita de preencher-se com afetos e amor.
 
Estas alterações na vivência do tempo estão vinculadas a alterações na personalidade do sujeito nesta atualidade histórica. Tal reflete-se em pessoas tendencialmente mais inseguras, competitivas, individualistas, obcecadas com o desempenho profissional. A pressão social impõe um alto grau de exigência, em que o indivíduo quer ser o melhor em tudo, de modo a provar a si próprio, aos pais e a sociedade o seu valor. A pressão para sermos perfeitos pode gerar o medo de falhar e leva ao “não fazer”, à inércia, à apatia, à desilusão, à dificuldade ou incapacidade de olhar para seus próprios limites e finitude sem gerar um sentimento de culpabilidade e autodepreciação.
 
Nesta conjuntura atual, compreende-se que o aumento da incidência do burnout está vinculado à época em que hoje vivemos, ao capitalismo, a relações humanas mais permeadas pela competitividade e utilitarismo, sendo o lucro muitas vezes mais valorizado do que as relações humanas. O colega é muitas vezes visto como um concorrente, o ambiente laboral torna-se paranoide, a desconfiança reina e os colegas tornam-se fonte de insegurança e ansiedade. Traduz-se no individualismo e egoísmo, na deshumanização das relações, que levam o indivíduo a uma alienação, ao encarceramento da vida psíquica e perda de significado existencial.
 
O posto de trabalho tem um grande impacto na identidade do sujeito, no valor e relevo que este reconhece ter na sociedade, nas suas competências. Através do seu cargo, o sujeito percebe a sua utilidade e inserção na sociedade. Para que o sujeito se sinta valorizado, este procura que o trabalho reflita as expectativas e projetos que tem para si, numa busca de concretização psíquica, de confirmação enquanto sujeito, da sua própria identidade e singularidade.
 
Neste sentido, vários estudos apontam para uma maior propensão do burnout em sujeitos que criam no início das suas carreiras altas expectativas e projetos profissionais futuros, investem e dedicam-se fortemente ao trabalho, identificam-se e valorizam muito a ocupação profissional, idealizando um futuro para si próprios através da sua profissão. Por vezes, os ideais iniciais almejados pelo sujeito não encontram lugar no mundo organizacional. Observa-se assim um acumular de ilusões, investimentos no trabalho, que ao não serem correspondidos, podem culminar em frustrações, sensação de fracasso do futuro profissional projetado, sentimentos de incompetência e derrota, desmotivação, falta de perspetiva para o futuro e, consequentemente, o predominar duma tristeza e exaustão física e psíquica que se generaliza a todos os setores da vida do indivíduo. A desilusão resulta da distância entre o plano ilusório e o plano da realidade. O profissional sente-se assim consumido pela desesperança, entra num processo de desidealização e descomprometimento e fecha-se sobre si mesmo, perdendo o interesse pelo trabalho e pelo mundo, começando assim o processo de “queimadura interna”.
 
O trabalho ocupa uma grande parcela do tempo de vida dos indivíduos e do seu convívio em sociedade. Verifica-se uma alta correlação entre baixos níveis de satisfação com o trabalho e problemas psicológicos como burnout, baixa autoestima, depressão e ansiedade, de modo que é essencial estarmos atentos ao bem-estar dos trabalhadores pois dela depende a qualidade da educação e das relações familiares, bem como a produtividade das empresas e a economia do país, em larga escala. Urge assim alocarmos mais recursos para promoção e prevenção da saúde mental no nosso país.
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JESSICA TACOEN
PSICÓLOGA CLÍNICA E PSICOTERAPEUTA EM ESPECIALIZAÇÃO
www.tacoenjessica.wixsite.com/psicologaclinica

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2019
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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Conhecer a Síndrome de Burnout

1/7/2019

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O conhecimento é sempre uma fonte que nos prepara para lidar com o desconhecido. Estar ciente do que é a Síndrome de Burnout é a possibilidade de enfrentar esta condição, de forma a viver uma vida profissional mais feliz.
Por Marcela Almeida Alves


in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2019
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Burnout é  caracterizado por uma tríade específica de experiências emocionais: exaustão, sentida como a falta de capacidade física e psicológica para enfrentar o dia a dia; despersonalização e/ou cinismo, vivência marcada pelo sentimento de distanciamento do próprio eu e da própria realidade vivida, podendo manifestar-se, no caso do cinismo, com sentimentos de dissimulação, indiferença e desvalorização do contexto, incluindo todos os seus elementos físicos e sociais; baixo sentimento de realização ou eficácia pessoal, experiência subjetiva assinalada como a falta de capacidade para alcançar objetivos e responder aos desafios.

Burnout foi descrito por Freudenberger e Malasch nos anos 70, tendo sido identificada em profissionais que tinham por missão o cuidado e a atenção a terceiros. Contudo, as investigações têm demonstrado que o Burnout pode acometer profissionais de diferentes campos de atuação, não só aqueles que têm por desafio ocupacional o cuidado e a proteção de outros.

Burnout resulta do desgaste físico e psicológico em contexto de trabalho, seja ele qual for. É uma condição de mal-estar emocional fruto do excesso de exigências e da perceção de fragilidade e precariedade em termos de recursos, tanto internos quanto externos.

Os recursos externos são todos os elementos presentes no dia a dia do trabalho que facilitam o desempenho e a satisfação profissional, desde às condições em termos da infraestrutura organizacional, incluindo o acesso aos materiais adequados para a realização do trabalho, à qualidade das relações no contexto laboral, entre colegas, equipas, líderes e subordinados.

Os recursos internos, por sua vez, dizem respeito às caraterísticas da pessoa que propiciam um melhor enfrentamento do quotidiano laboral. Entre elas, destacam-se os níveis de resiliência, otimismo e bem-estar pessoal.

Burnout pode ser uma das consequências dos níveis elevados de stress, ou seja, um resultado da experiência subjetiva de desequilíbrio entre exigências e recursos.

Os primeiros sinais do stress podem ser identificados em termos comportamental, emocional e/ou cognitivo. Destacam-se os seguintes indicadores: a nível emocional, irritabilidade, ansiedade, mau humor, isolamento, cansaço, dificuldades com o sono, problemas no relacionamento interpessoal; a nível cognitivo, problemas na capacidade de concentração e/ou memória e na assimilação de novas aprendizagens, pensamento pessimista e dificuldade em termos de resolução de problemas; a nível comportamental, aquisição de hábitos nervosos, consumo de álcool e outras substâncias para sentir-se com maior capacidade para gerir os problemas, atitude violenta ou agressiva, dificuldades com a pontualidade, comportamento desastrado ou negligente.

A exposição contínua aos Riscos Psicossociais no trabalho, nomeadamente as exigências excessivas, a falta de controlo pessoal sobre a maneira como o trabalho é desempenhado, o apoio inadequado, os maus relacionamentos, o conflito de papéis e/ou a falta de transparência sobre os mesmos, as dificuldades na gestão das mudanças, relacionadas com a falta de clareza na transmissão da informação e a ausência de envolvimento no processo, e a violência por parte de terceiros, seja ela verbal ou física, podem aumentar as chances de adoecimento mental, isto é, podem levar à condição de Burnout. Todos estes fatores podem gerar a sensação de esgotamento dos recursos internos da pessoa e é este sentimento de esgotamento que está na raiz da experiência do Burnout.

Aos Riscos Psicossociais no trabalho somam-se os eventos e desafios que fazem parte, de maneira geral, do ciclo de vida das pessoas: dificuldades financeiras, doenças, perdas, nascimento de filhos, casamento, etc… Todos estes eventos exigem o uso de recursos.

Segundo a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, cabe a todos os empregadores garantirem condições laborais facilitadoras da saúde e do bem-estar no trabalho, assim como é dever dos colaboradores seguirem as prescrições recomendadas neste âmbito pela organização.

A Psicologia da Saúde Ocupacional dedica-se justamente ao estudo, avaliação e intervenção no âmbito da saúde psicológica do trabalhador, tendo por objetivo a promoção do bem-estar no trabalho e também a prevenção do stress e do mal-estar laboral, consequentemente a prevenção de Burnout, conhecido popularmente como Síndrome do esgotamento.

Para prevenir esta condição é preciso ter atenção a todos os elementos mencionados e intervir sempre que possível nos mesmos, minimizando os seus efeitos nocivos e fortalecendo os recursos tanto a nível pessoal como organizacional.

Para além disso, é fundamental reconhecer os sinais de alerta do sofrimento emocional e buscar ajuda especializada sempre que se revele necessário.

Por fim, a manutenção de um estilo de vida saudável, caraterizado pela boa alimentação, pela prática regular de atividade física, pela ingestão suficiente de água potável, pelo bom sono e por experiências habituais de lazer, tudo isso aliado à vivência de relações positivas, é sempre um fator protetor da saúde e do bem-estar mental. 

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MARCELA ALMEIDA ALVES
PSICÓLOGA CLÍNICA E DA SAÚDE OCUPACIONAL, PSICOTERAPEUTA, COACH, FUNDADORA E DIRETORA DA HUMAN BUSINESS POTENTIAL, COAUTORA E FORMADORA DO PROGRAMA BEST, PRACTITIONER EM PNL
www.marcelaalmeidaalves.com
www.humanbusinesspotential.com
www.akademiadoser.com/marcelaalmeidaalves
mail@marcelaalmeidaalves.com

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2019
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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Síndrome de Burnout: Exaustão física e emocional crónica

1/7/2019

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Neste artigo vamos conhecer os sintomas, sinais de alarme e dicas para lidar da melhor maneira possível o Síndrome de Burnout, também conhecido como esgotamento nervoso.
Por Soraya Rodrigues de Aragão


in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2019
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

O objetivo deste artigo é alertar a população sobre as causas, os sinais e sintomas que podem levar ao desenvolvimento do Síndrome de Burnout, para em caso de identificação com os sintomas, a pessoa possa procurar o tratamento adequado. São apresentadas também algumas dicas para lidar da melhor maneira com este síndrome conhecido pela população como esgotamento nervoso
 
O Síndrome de Burnout é particularmente desenvolvido no ambiente de trabalho, onde a pessoa lida com situações de muito stress. Em outras palavras, o Síndrome de Burnout é uma resposta do organismo a uma carga de stress significativa e duradoura em que a pessoa vai gradativamente perdendo as forças para continuar exercendo as suas atividades quotidianas ou estas são realizadas com muito esforço físico, cognitivo e emocional, o que leva a uma redução a redução da quantidade, bem como da qualidade do trabalho até que o indivíduo chegue à completa exaustão.
 
Além disto, muitas pessoas, particularmente as mulheres, têm dois locais de trabalho. Além do trabalho fora de casa, muitas também precisam realizar as atividades domésticas que na maioria das vezes são consideradas como um trabalho, sendo que este pode ser até mais exaustivo, principalmente quando estas mulheres têm filhos, não importando a faixa etária dos mesmos. Deste modo, é impossível conciliar multitarefas, pois são muitos estímulos simultâneos em que o organismo não consegue dar resposta. Na maioria das vezes, estas tarefas estratificadas e deixadas para mais tarde, nem sequer chegam a ser concluídas, criando frustração e sentimento de culpa. Sendo assim, é necessário estabelecer o que para cada pessoa é prioridade, necessidade e urgência.

Vamos conferir os sintomas e sinais de alarme do Síndrome de Burnout?

Sinais, caraterísticas e sintomas:
 
• Esgotamento físico e emotivo com tendência crónica;
• Exaustão persistente, mesmo com uma boa noite de sono;
• Desmotivação, indiferença, perda de sentido e de realização na função ou trabalho em que a pessoa exerce;
• Despersonalização, caraterizada por conduta de hostilidade e irritabilidade com clientes ou pacientes;
• Baixa autoestima, sentimentos de culpa e inutilidade, o que pode levar a estados depressivos ou mesmo à Depressão;
• Faltas frequentes ao trabalho;
• Conflitos interpessoais no ambiente laboral por irritabilidade, impaciência e nervosismo, levando inclusive estes conflitos para o ambiente familiar;
• Insónia ou péssima qualidade do sono;
• Dores de cabeça, devido à constante carga de stress;
• Necessidade de isolamento;
 
Vale a pena realçar que o cansaço não acontece da noite para o dia, sendo um processo contínuo de consecutivas exposições a elementos geradores de stress e sendo portanto cumulativos para que surjam efeitos desagradáveis no organismo. Por este motivo, a pessoa necessita rever o seu estilo de vida e avaliar as causas da exaustão, como por exemplo, não se sentir satisfeito ou valorizado na profissão, se sentir sobrecarregado, ter demasiados compromissos de trabalho, não ter momentos de lazer.
 
Dicas importantes para as pessoas que se identificaram com os sintomas

• Procurar um médico para avaliação através de exames clínicos para excluir outras possíveis doenças;
• Avaliar o seu ritmo de vida;
• Avaliar a insatisfação, sobrecarga ou desvalorização no ambiente de trabalho. Em caso afirmativo, é necessário que seja reavaliada a vida profissional;
• Estabelecer prioridades: todos temos limitações e caso a pessoa insistir em um ritmo demasiado acelerado, o seu organismo vai manifestar sintomas e sinais;
• Fazer psicoterapia: através do trabalho psicoterapêutico, serão avaliados como se encontram os recursos psíquicos da pessoa, avaliando as causas emocionais, tais como conflitos internos e interpessoais, insatisfações para a busca de um novo sentido de vida, bem como possíveis problemas psiquiátricos através de técnicas e instrumentais específicos;
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​SORAYA RODRIGUES DE ARAGÃO
PSICÓLOGA, PSICOTRAUMATOLOGISTA, EXPERT EM MEDICINA PSICOSSOMÁTICA E PSICOLOGIA DA SAÚDE, ESCRITORA E PALESTRANTE
www.sorayapsicologa.com
www.alquimiadavida.org
contato@sorayapsicologa.com

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2019
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

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Esgotamento e Finanças: O Ciclo de Regeneração Integral

1/7/2019

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Canalize o melhor dos seus recursos e viva o mais próximo possível da tripla de um ciclo de regeneração integral. O dinheiro é um meio, não um fim: serve para servir, não para ser servido! Por Júlio Barroco

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2019

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

​Pode já ter lido que, há poucos dias atrás, a Organização Mundial de Saúde emitiu uma nova classificação de condições de saúde, na qual considera pela primeira vez o burnout. Nas palavras da OMS (minha tradução livre):
 
"O burnout é um síndrome conceptualizado como resultante de desgaste crónico no local de trabalho que não foi adequadamente gerido. É caracterizado por três dimensões: 1) sentimentos de esvaziamento ou exaustão energética; 2) distância mental aumentada face ao trabalho próprio, ou sentimentos de negativismo ou cinismo relacionados com o trabalho próprio; e 3) eficácia profissional reduzida. O burnout refere-se especificamente a um fenómeno no contexto ocupacional e não deve ser aplicado para descrever experiências noutras áreas da vida." (Fonte: QD85 Burn-out, ICD-11, acedido a 17-06-2019)
 
Pela minha própria experiência pessoal com burnout – não apenas nos processos de orientação profissional baseados em propósito em que tenho participado, mas na minha própria vida, em especial em 2007-2008: acredito profundamente que um dos fatores mais comuns para se chegar a esse estado é viver um padrão de geração e aplicação de rendimentos que opera desconectado da nossa essência de forma insustentável.
 
Após as lutas que travei nessa altura, fiquei ainda mais convencido que só conseguimos manter soluções permanentes quando as ativamos e reforçamos uma vez após a outra: quando reforçamos o ciclo de base onde se insere e através do qual se manifestam. Neste contexto: acho que precisamos mesmo de um ciclo de regeneração integral. Tenha o nome que tiver – eu gosto da perspetiva integral e aplico-a além de uma só área da vida, tal como o conceito sugere – tem de ir à raíz do problema para que seja resolvido de vez. Algumas sugestões que lhe trago:
 
Domine a arte da atenção plena. Se na sua atividade há uma ligação direta entre resultados e retornos financeiros mais altos (comissões, promoções, prémios de desempenho, etc.); se tem tendências perfeccionistas e se propõe entregar um trabalho de qualidade máxima, seja quais sejam as circunstâncias; se a cultura e contexto que a rodeiam “glorificam” esforços extremos: “está a jeito”, como se costuma dizer. Considere a arte da atenção plena como a mais essencial e base de edificação de todas as outras. Reserve uma fatia relevante dos seus recursos para prevenir riscos e eliminar obstáculos ao seu ciclo. Sempre que possível: antes de pensar em acrescentar, pense em subtrair.
 
Reveja os custos de oportunidade. A pessoa média hoje em dia tem mais solicitações, estímulos e distrações num dia do que a pessoa mais ocupada de há 100 anos alguma vez teve numa semana. Isto revela-se incomportável numa situação de burnout. Pode ser poupar na internet no telemóvel, deixar de comer bolos ou abdicar daquelas horas a mais no escritório que estão a pôr em risco a sua saúde: todos temos por onde deixar ir desgaste e trazer paz. Que decisões financeiras sabe que precisa tomar e anda a adiar?
 
Respeite todas as dimensões. Defina investimentos em si que respeitem todas as suas dimensões além da física: considere também a emocional, a mental e a espiritual. Que limites profissionais devem existir para que isso aconteça? Que atenção, energia e dinheiro investe em cada uma das dimensões? Que investimentos seriam mais ajustados às suas necessidades integrais, como pessoa que se quer plena e completa? De que forma esses investimentos se refletem na sua capacidade de servir, desfrutando disso mesmo?
 
Trabalhe o seu autoconceito. Quanto daquilo que fazemos é pela aprovação dos outros, quando sabemos que o melhor seria diferente? São preços que vale mesmo a pena pagar? Não somos imunes ao que os outros pensam e percebem de nós e ainda bem, a nossa capacidade de servir também depende disso. Mas repare: que hábitos mexem com o que ganha e gasta teria se ninguém desse por si? Em que funções trabalhava? Como o fazia?
 
Atualize prioridades. De que forma pode trocar gastos e aplicações de recursos que sabe que são de baixo valor de regeneração por outras de maior valor de regeneração, com o mesmo tipo de impacto e com uma satisfação das suas necessidades igual ou ainda melhor? Que aprendizagens pode fazer para descobrir ou perceber melhor isso mesmo?
 
Renove a caixa de ferramentas. Olhe para a caixa de ferramentas que é o conjunto de meios e competências relevante para a sua atividade. Um só ajustamento pode fazer toda a diferença - uma perspetiva nova, um aperfeiçoamento de processo, uma revisão daquele ato que se repete vezes sem conta - e traduzir-se numa poupança imensa no final. Será que pode melhorar “a máquina integral” para operar com um mínimo de fricções? E como seria levá-la para o próximo nível?
 
No momento, desligue. Depois de resolver as questões de pormenor, seja a nível financeiro ou a qualquer outro: entregue-se ao processo sem pensar em detalhes que a desliguem do que cada momento lhe pede. Permita-se!
 
Os movimentos de regeneração individuais estão ligados aos coletivos maiores de que fazemos parte. Neste momento, além das mudanças e transformações individuais, estamos numa fase de transição coletiva, cujo ritmo ainda deverá acelerar, antes de abrandar. E em contextos de instabilidade em várias áreas e dimensões, para que as novas possibilidades emerjam e floresçam em pleno. Isto só torna mais vital que não nos esqueçamos de um princípio fundamental, inerente à sua própria definição: o dinheiro é um meio, não um fim. Serve para servir, não para ser servido!

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JÚLIO BARROCO
PURPOSE-DRIVEN HUMAN DEVELOPER
www.facebook.com/juliobarroco
www.linkedin.com/in/juliobarroco/
julio@juliobarroco.com
“Sonhar Sem Agir É Como Amar Sem Cuidar.”

​in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2019

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Burnout

1/7/2019

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O Burnout ou síndrome do esgotamento profissional é uma doença que afeta cada vez mais a população mundial ativa, de tal forma que passou recentemente a fazer parte da lista de doenças da Organização Mundial de Saúde. Por Vânia Montinho

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2019

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Manifesta-se através de uma sensação de cansaço constante, mesmo após algum descanso, sentimentos de inutilidade, desmotivação, fracasso e falta de realização profissional, apatia, falta ou aumento de apetite e alterações do sono.

Está ligada principalmente ao excesso de trabalho e à desmotivação profissional, o que nos leva a refletir sobre a sociedade atual e a forma como direcionamos a nossa vida.

Atualmente dedicamos a maior parte do nosso dia ao trabalho e mesmo quando não é suposto estarmos a trabalhar, acabamos por fazê-lo, pois através dos nossos dispositivos móveis, que nos acompanham por todo o lado, recebemos e respondemos a emails que invadem a nossa caixa de correio eletrónico a qualquer hora do dia, trocarmos mensagens,  fazemos chamadas telefónicas, estendendo desta forma o nosso horário de trabalho sem por vezes nos darmos conta do impacto que isso possa ter na nossa vida pessoal.

Tarefas que habitualmente eram executadas dentro de um determinado horário de trabalho, por vezes já estendido devido ao número de tarefas exigidas pela entidade patronal, acabam por se alongar ainda mais e repartir por várias horas do dia, mesmo nas alturas em que deveríamos de facto parar e descansar para podermos repor energias para o dia seguinte.

As novas tecnologias e o mundo virtual vieram de facto facilitar muitas das nossas tarefas, a informação corre mais rapidamente e é muito mais acessível a todos nós tal como a comunicação que passou a ser feita de forma muito mais rápida, mas também acaba por nos tirar a nossa privacidade e descanso necessário e tempo que poderíamos passar a dedicar à nossa família, à nossa vida social mas acima de tudo a nós próprios.

Olhando para este panorama conseguimos perceber o porquê de muitas vezes chegarmos à exaustão física e mental. Estamos a agir como autênticas máquinas quando realmente somos seres humanos. Desligamo-nos da nossa verdadeira natureza e daquilo que realmente é essencial para nos mantermos felizes e saudáveis.

No trabalho executamos as nossas tarefas no automático, estando completamente desligados do que estamos a fazer, mas já a pensar nas tarefas seguintes deixando desta forma de trabalhar com dedicação e prazer.

Chegámos a um ponto em que o que interessa é produzir mais quantidade não valorizando a qualidade.
É altura de repensar os nossos hábitos!

Tratar do trabalho no trabalho e aprendermos a desligarmo-nos do que fizemos durante o dia. Executar uma tarefa de cada vez, dar sempre o nosso melhor, para evitar sensações de fracasso ou culpa e aprender a dizer basta ou não. Não trazer trabalho para casa dedicando algum tempo a nós mesmos antes ou após o horário de trabalho, desligando, se possível a ligação à internet ou mesmo o nosso telemóvel após o período laboral. Aprendermos a organizar o nosso tempo. Ter uma agenda ajuda. Marcar na agenda as tarefas a fazer durante o dia e reservar umas horas para nós mesmos, para as nossas atividades ou hobbies ou simplesmente para socializar.

Saber parar também ajuda e é mesmo essencial.  Praticar Yoga e Meditação é uma forma de nos mantermos saudáveis, presentes, focados, mais descontraídos e conscientes. O exercício físico e uma alimentação saudável e equilibrada nas horas devidas também é essencial à nossa saúde física e mental.
Atividades ao ar livre e na natureza recordam-nos do que realmente somos e remetem-nos à nossa essência.
​
Dedicarmo-nos também a causas sociais, tais como ajudar em projetos de voluntariado e consciencialização ambiental, permitem-nos relembrar a nossa condição humana, a relativizar os nossos problemas e a dar mais valor à vida humana e à natureza. Aprendendo a dar e a partilhar tornamo-nos também pessoas mais gratas e preenchidas.
​
Relembrar sempre que o trabalho é necessário mas não é a única coisa que nos garante a nossa sobrevivência.

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VÂNIA MONTINHO
PROFESSORA DE HATHA YOGA
www.facebook.com/vaniayoga
vania.montinho@gmail.com
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in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2019
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Estar por um fio

1/7/2019

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Como parte de uma relação, vemo-nos, por vezes, perante uma série de obrigações para corresponder a expetativas que nos tiram o prazer de estar e nos projetam numa roda vida de ansiedade, desgaste e exaustão -burnout- 
​Por Cristina Marreiros Cunha


in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2019

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​Cada vez são mais os casos em que se chega ao esgotamento e desgaste extremo. No trabalho, as horas extra, por exemplo, são cada vez mais uma constante, e quem não as faz, é visto como não merecedor de trabalho. O que era antes excepção e fruto de retribuição, é cada vez mais a “norma” mesmo que, claro, não esteja escrita nem faça parte de qualquer acordo.
 
Se além do nosso papel laboral vestirmos a pele de pai ou mãe, de novo uma série de exigências se nos afiguram na mente, como único caminho para cumprirmos os nossos papeis parentais da melhor forma possível. Como mulher ou homem, temos mais umas quantas expetativas que nos impomos para conseguir atingir uma qualquer imagem a que nos obrigamos, sem parar sequer para nos perguntarmos se é isso de facto que desejamos ser. E, finalmente, como membro de um casal, ou como parte de uma relação conjugal, vemo-nos perante mais uma série de obrigações para corresponder a expetativas que nos podem tirar o prazer de estar e nos projetam numa roda vida de ansiedade, desgaste e exaustão -burnout-
 
O socialmente expectável, a imagem que queremos preservar, torna-se uma exigência, e, em seu nome, obrigamo-nos a correr, por este ou aquele motivo, para não desiludirmos, que é como quem diz, para não trairmos a imagem que queremos dar de nós próprios. Julgamos que ousar estar de outra forma, porventura mais saudável e justa, seria menos aceite por outros próximos, porque, também nós, julgamos não nos poder aceitar, se não correspondermos às expetativas de outros.
 
É por isso cada vez mais frequente que a incapacidade de gerir todos estes papéis de forma a mantermos a imagem que cremos ser a adequada (e que é, habitualmente, altamente exigente) , conduza muitas vezes ao esgotamento.
 
Estar esgotado, significa que a pessoa se perceciona sem recursos para fazer face às múltiplas situações com que se depara, e por isso mesmo colapsa. Os riscos psicossociais do desgaste e do esgotamento são muito superiores ao risco da procura de alternativas, de paragem, de mudança, de tentativa de olhar o trabalho, as relações, os múltiplos papeis, em suma, nós próprios e a vida, de uma forma diferente.
 
Quando uma relação “está por um fio”, significa que duas pessoas (pensemos em dois bocados de tecido diferentes) que decidiram unir-se, estão a desunir-se restando apenas um fio de ligação. Como é que isto acontece?
 
Como é natural as razões podem ser variadas, mas o que é certo é que a convivência entre as duas pessoas chegou a um nível de desgaste extremo, restando pouco.
Exemplos de situações em que as relações podem ficar por um fio:
1- Um puxou demais e o outro não se apercebeu, não foi capaz, ou não quis acompanhar esse movimento.
 
2- Ambos puxaram para lados opostos. Esta é a situação que ocorre, por exemplo, quando ambos estão a sofrer grandes pressões nos respetivos empregos/trabalhos/estudos/projectos pessoais, como se ambos estivessem a andar de costas voltadas um para outro em busca de algo que está fora da relação e que consideram mais importante.
 
Se isto acontece ao mesmo tempo na vida de ambos e com grande intensidade, obviamente a relação fica por um fio, acabando por poder rasgar-se. Se, como no primeiro caso, ocorre com um dos membros, é absolutamente necessário que haja comunicação, tomada de consciência de que a situação não pode ser nem demasiado intensa nem duradoura, e abertura à negociação sobre o que se está a passar. 
 
3 - Um centra-se totalmente na relação e/ou no outro, como se dele dependesse emocionalmente, não deixando espaço para que o outro respire, tenha os seus projetos e se sinta autónomo e livre. Gera-se uma situação em que quanto mais um tenta puxar o outro para si, mais o outro sente necessidade de se afastar, podendo gerar rutura.
 
4 - Pelo menos um, ou ambos, tem uma ideia de relação idealizada, como se fossem um só, convencendo-se de que o surgimento de um interesse diferente e não vivido a dois, é o fim da relação.
5 - Pelo menos um, ou ambos, habitam a relação como se não tivessem escolhido estar unidos com o outro, agindo de forma unilateral e individualizada sem partilha de informação ou sem negociação de decisões.
 
6- Pelo menos um, ou ambos centram a relação nos filhos -ou noutro(s) projeto(s)-, esquecendo a relação conjugal, ou competindo para ser melhor que o outro.
 
Estes são apenas alguns exemplos de como as relações podem ficar por um fio, sobretudo quando agravadas pela deficiente ou quase inexistente comunicação entre o casal, suscitando zanga e cobrança em vez de apoio e compreensão. Vive-se contra, e não com, o outro.
 
O desgaste da relação, obriga a olhar para ela de uma nova forma. Eis algumas questões que se devem colocar:
- O que é mais importante para cada um dos membros do casal?
- Que crenças estão subjacentes a essa importância e até que ponto elas são pouco adaptativas e mesmo impeditivas do funcionamento da relação?
- O que está a impedir que cada um, e ambos, tenham uma visão realista da vida em comum?
- Até que ponto a hierarquia de importâncias estabelecida por cada um, é passível de ser conjugada com a do outro, possibilitando a construção de uma hierarquia comum para o “nós”?
- Estão os dois interessados, de uma forma activa, em centrar-se nos pontos de união restantes, reactivando-os, aceitando diferenças e restabelecendo laços? (se um não estiver interessado, uma relação satisfatória não terá futuro)
 
Quando a relação está por um fio três situações podem ocorrer:
1ª- Tudo continua por um fio. Nada muda, quase tudo é mau e assim vai continuar, é o arrastar duma situação que não traz bem-estar a nenhum dos envolvidos nem aos que os rodeiam.
 
2ª- O fio rompe-se e a relação termina (Não esquecer que, quando há filhos, é absolutamente imprescindível que a relação parental se mantenha minimamente saudável, mesmo quando a relação conjugal já não é possível. (“mais vale um bom divórcio do que um mau casamento”)
3ª- O fio serve de reinício para um novo cerzir, para novas formas de estar geradoras de menor tensão, mais adaptativas e felizes.
 
Afinal, se o fio que resta for como o fio de Ariadne, estarmos exaustos ou “estarmos por um fio”, pode ser um momento de pausa para encontrarmos e escolhermos uma solução, uma caminho, um reinício.
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CRISTINA MARREIROS CUNHA
PSICÓLOGA E PSICOTERAPEUTA
www.espsial.com
cristmcunha@gmail.com

​in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2019
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A Síndrome de Burnout e os cinco sinais de alerta que deve estar atento

1/7/2019

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A síndrome de burnout é caraterizada por esgotamento emocional, despersonalização e diminuição da realização profissional. Esteja atento aos 5 sinais de alerta! Por Diana Mendes

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2019

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

A síndrome de burnout  surge como uma resposta à exposição a um determinado factor de stress laboral crónico, perante o qual a pessoa sente que não consegue ter estratégias adaptativas para lidar.
 
É descrita como um processo tridimensional, caraterizada por:
  • Exaustão/Esgotamento Emocional - falta ou diminuição de energia, entusiasmo e por sentimentos de exaustão de recursos;
  • Despersonalização - o profissional relaciona-se com os outros como se fossem objetos - desenvolvimento de insensibilidade emocional;
  • Diminuição da Realização Profissional - tendência do trabalhador para se auto-avaliar de forma negativa. Sentimentos de infelicidade e insatisfação com o seu desempenho profissional.
 
Os estudos realizados em contexto laboral demonstraram que as condições em que o trabalho é desempenhado, a adaptação das capacidades do indivíduo às exigências do cargo, as relações estabelecidas com os pares, a segurança com que o trabalho é realizado e a remuneração, entre outros factores, contribuem para o bem-estar dos trabalhadores, para o bem estar psicológico e para uma maior eficácia.

Sendo uma atividade que pode ser desenvolvida a nível individual ou coletiva, o trabalho requer uma serie de contribuições importante para a sua execução, como as habilidades, as aptidões, o tempo e o esforço. Cada indivíduo desenvolve o seu trabalho tendo em conta algumas compensações, sendo a principal e a mais esperada, a contribuição económica e material, mas espera também, compensações de ordem social, psicológica, segurança e auto-realização, que contribuem para o seu bem-estar. Contudo, os contextos de trabalho são muito diversificados e nem sempre existem condições de trabalho que proporcionam ao indivíduo bem-estar, segurança, auto-estima ou auto-realização, não satisfazendo desta forma, as necessidades sociais e psicológicas dos indivíduos.
 
Apesar de poder ser desencadeada em qualquer tipo de atividade profissional, verifica-se uma maior predisposição para o desenvolvimento desta síndrome em profissionais com contato diário com pessoas a quem prestem determinado serviço (profissionais de saúde, professores, serviço social, entre outros), devido à existência de uma elevada responsabilidade e exigência profissional, e de um maior envolvimento emocional.
 
Sinais de alerta que deve estar atento
  1. Problemas físicos: Problemas gastrointestinais, taquicardia, sensação de falta de ar, tonturas, sudorese, tensão arterial elevada, problemas cardiovasculares, enxaquecas, fadiga profunda e crónica, dores e tensão muscular, alterações do sono (sobretudo insónia) e do apetite, fragilização do sistema imunitário.
  2. Problemas emocionais e existenciais: Tristeza, apatia, alienação, frustração, raiva/revolta, tédio, desespero, diminuição da auto-estima e do sentimento de pertença, sensação de injustiça e falta de recompensa, irritabilidade, ansiedade, depressão, despersonalização. Conflitos de valores e crenças, necessidade de redefinir a vida e as prioridades pessoais, raiva e revolta dirigidas à vida, alteração da visão que se tinha do ser humano.
  3. Problemas cognitivos: Problemas de concentração e atenção, queixas amnésicas, confusão, maior lentificação na realização de tarefas, menor criatividade, pensamentos persistentes acerca do trabalho (ruminações), hipervigilância e necessidade de controlo.
  4. Problemas sociais e comportamentais: Isolamento, relações distanciadas ou com menor envolvimento e empatia, maior sarcasmo ou cinismo nas relações, problemas de relacionamento familiar ou menor convívio com amigos. Comunicação impessoal, atitude crítica, evitamento, impulsividade, reatividade, agressividade, abuso ou aumento do consumo de substâncias (tabaco, álcool, drogas, medicação), auto-medicação.
  5. Problemas laborais: Atrasos, absentismo, baixas médicas, maior número de erros no trabalho, menor tempo na prestação de serviços, baixa realização profissional, vontade de desistir do trabalho, menor produtividade e eficácia profissional.

Como prevenir a Sindrome de Burnout?
A melhor forma de prevenir a Síndrome de Burnout é adoptar estratégicas que diminuam o stress e a pressão no trabalho. Condutas saudáveis evitam o desenvolvimento da doença, assim como ajudam a tratar sinais e sintomas iniciais.

As principais formas de prevenir a Síndrome de Burnout são:

1.    Definir pequenos objetivos na vida profissional e pessoal.
2.    Participar de atividades de lazer com amigos e familiares.
3.    Realizar atividades que "fujam" à rotina diária. Experimente algo novo, comece um projeto divertido. Escolha atividades que não estejam relacionadas com o seu trabalho.
4.    Evitar o contato com pessoas "negativas", especialmente aquelas que reclamam do trabalho ou dos outros constantemente.
5.    Conversar com alguém de confiança sobre o que se está a sentir.
6.    Realizar atividades físicas regulares - caminhadas, corrida, bicicleta, natação, dança entre outras.
7.    Evitar o consumo de bebidas alcoólicas, tabaco e de outras substâncias, visto contribuírem para uma agravamento da confusão mental.
8.    Não se auto-medicar.
9.    Adotar estilos e hábitos de vida mais saudáveis. Descansar adequadamente, uma boa noite de sono (pelo menos 8h diárias). É fundamental para manter o equilíbrio entre o trabalho, lazer, família, vida social e atividades físicas.
10.  Estabelecer limites. Não se sobrecarregue – aprenda a dizer “não”. Ao dizer “não” a algumas coisas, isso vai permitir que diga “sim” ao que verdadeiramente importa.
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DIANA MENDES
NATUROPATA E CONSULTORA EM SAÚDE E BEM-ESTAR
dianamendesnaturopata@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2019
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Quando a mente entra em combustão

1/7/2019

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A OMS considerou o Burnout como uma das principais doenças entre europeus e americanos, assim como a diabetes e doenças cardiovasculares. É um grave problema de saúde pública em que é urgente a necessidade de divulgação para conhecimento por par te dos profissionais que cuidam dos trabalhadores e por par te da população em geral. Exaustão emocional, distanciamento afetivo e um sentimento de baixa realização profissional são comuns.
Por Andreia Lourenço


in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2019

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

A OMS (Organização Mundial de Saúde) considerou o Burnout como uma das principais doenças entre europeus e americanos, assim como a diabetes e doenças cardiovasculares.

A modificação do trabalho, entre as décadas de 70 e 80, culminaram para o aparecimento da Síndrome de Burnout. Verifica-se, hoje, mais burocracia, isolamento e exigência.

A combinação destas caraterísticas levou a um aumento das expetativas e consequentemente a um maior número de frustrações.

A definição do conceito tem vindo a sofrer transformações, sendo, no entanto, consensual que é "uma resposta prolongada a stressores físicos e emocionais crónicos que culminam em exaustão e sentimentos de ineficácia" (Maslachet al., 2001), ou "uma resposta à pressão emocional crónica resultante do envolvimento intenso com outras pessoas no meio laboral" (Teixeira, 2002).

Apesar de poder ser desencadeada em qualquer tipo de atividade profissional, verifica-se uma maior predisposição para esta síndrome em profissionais de ajuda ou que impliquem o contato diário com pessoas a quem prestam determinado serviço (profissionais de saúde, professores, serviço social, entre outros), dada a elevada responsabilidade e exigência profissional, e o maior envolvimento emocional.

Os sintomas mais caraterísticos do burnout são: exaustão emocional e distanciamento afetivo.  Há também um sentimento de baixa realização profissional e uma baixa satisfação com o trabalho. O indivíduo afetado pelo burnout tem menos interesses em práticas inovadoras e apresentam um desgaste quando lhes é exigido criatividade e maior comprometimento com o trabalho

Segundo alguns autores podem ser consideras 3 fases de evolução da síndrome:
  • Exaustão emocional - sensação de sobrecarga e desgaste, de exaustão física e emocional. Perceção de falta de energia para levar a cabo as atividades profissionais (e pessoais). O trabalho passa a ser visto como algo penoso e doloroso.
  • Despersonalização/Desumanização - assumir de uma atitude mais distanciada na prestação de cuidados. Contactos mais impessoais e sem afetividade e pouco empáticos e humanizados com o outro. Barreiras cognitivas e emocionais em relação ao trabalho, àqueles a quem se presta serviços, aos colegas, aos superiores e à instituição
  • Baixa realização profissional - sensação de descontentamento e desmotivação com o trabalho, que conduzem à perceção de perda de sentido e interesse e consequente sensação de que o trabalho se tornou "um fardo". Como resultado, o investimento é cada vez menor, a sensação de realização profissional também e, a eficácia fica muitas vezes comprometida
 
São muitos os sintomas considerados de “alerta”, de que “algo não está bem”. Desde problemas gastrointestinais, a isolamento, conflitos de valores e crenças, dificuldades de memória entre tantos outros.

Segundo dados de 2016 da Associação de Psicologia da Saúde Ocupacional, 17,3% dos trabalhadores portugueses estão em burnout. Este número tem vindo sempre a aumentar: em 2008 eram 9%; em 2013 eram 15%.

  • Mais de 87% dos trabalhadores portugueses não se sentem recompensados na sua atividade profissional. Em 2013, eram 73%
  • Cerca de 86% relatam situações de stress no trabalho, muito mais do que em 2013 (62%)
  • Entre 2011 e 2013, 21,6% dos profissionais de saúde portugueses apresentaram burnout moderado e 47,8% burnout elevado
 
A Síndrome de Burnout é um grave problema de saúde pública. Existe a necessidade premente de divulgação, para conhecimento por parte dos profissionais que cuidam dos trabalhadores e por parte da população em geral. OBurnoutpode ser evitado, desde que exista uma consciencialização das organizações e implementação de medidas preventivas de stresse crónico, mas também de uma decisão interna do individuo de querer mudar e da resignificação do trabalho e do viver.

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ANDREIA LOURENÇO
LIFECOACH
andreialourencocoach@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2019
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