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A Nobreza, a fonte,a Educação e progresso

1/9/2013

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A importância da aprendizagem como forma de evolução da consciência do homem, como tradição que muda a história e a evolução de um povo.
Por Carlos Lourenço Fernandes


in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2013
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)


A educação é uma função decorrente de modo natural e expressa-se em universalidade. É universal. Todas as comunidades humanas manifestam processos e atos educacionais e, por razão de ser, pela sua própria evidência, leva muito tempo a atingir a plena consciência daqueles que a recebem e praticam e, justamente, é relativamente tardio o seu primeiro vestígio na tradição literária.

Desde quando se reflete e escreve sobre educação? O seu conteúdo é, no entanto, moral e prático em todos os povos. Entre os Gregos, uma das nossas proximidades culturais e fundacionais, traduzia-se em honrar os deuses, honrar pai e mãe, respeitar os estrangeiros, afirma-se em conjunto de preceitos sobre a moralidade externa e em regras  e prudência para a vida, transmitidas oralmente pelos séculos afora: entre nós também é assim. Transmissão oral e construção escrita, complexidade crescente e duradoura.

À comunicação de conhecimentos e aptidões profissionais, na medida em que são transmissíveis, os Gregos chamaram techne. Estes preceitos elementares do procedimento correto para com deuses, pais e estranhos foram mais tarde incorporados à lei escrita dos Estados gregos, não se distinguindo entre moral e o direito. E, através da poesia, o tesouro extenso da sabedoria popular, e, ainda, as regras de conduta e preceitos de prudência inseridos em superstições populares, é traduzido e dado a conhecer. A oralidade e os poetas. A Nobreza, a Sensibilidade, a Educação. As regras das ar tese ofícios resistiam à divulgação, à exposição escrita dos seus segredos, como é esclarecido, no que se refere, por exemplo, à profissão médica, nos escritos hipocráticos.

Da Educação, neste preciso sentido, distingue-se da formação do Homem dirigida à criação de um tipo ideal intimamente coerente e claramente definido. A formação obriga à oferta ao espírito do homem de uma imagem de como ele deve ser. Ou tal como deve ser. A utilidade é indiferente ou, no mínimo, não é essencial. Fundamental é a beleza, no sentido normativo da imagem desejada, do ideal. Educação e formação têm sentidos historicamente distintos. A formação manifesta-se na forma integral do Homem, na sua conduta e comportamento exterior, e, na sua atitude interior. Conduta e atitude interior são produtos de uma disciplina consciente. Não nascem do acaso. Corresponde a quadro de valores assentes na consciência e identidade de ser correto, adequado ao respeito por si próprio e pelos outros. Ao princípio dirigia-se à Nobreza. 

Esforços múltiplos e seculares, sofrimento e dor, tornaram extensivos ao maior número o acesso á formação. E, compaginável, à Educação. Adquire sentido de bem universal e em norma para toda a gente. 

As bruscas mudanças que, ao longo dos tempos, reconfiguraram sociedades dão lugar, pela natureza das coisas, da vida, da realidade dinâmica, a nova dirigência que, constituindose em “nova aristocracia” promove formação e educação (adaptada às exigências da nova série de ‘longo’ tempo) e, sempre, em amplo movimento de universalidade. A nobreza (leia-se, as elites, a elite) é a fonte do processo espiritual pelo qual nasce e se desenvolve uma nação. A antiga tradição escrita releva uma cultura aristocrática que se eleva acima do povo (da ampla maioria) e, qualquer que seja a investigação histórica não pode renunciar a este ponto de par tida. O conhecimento do passado, da história, é condição de sucesso da variabilidade da mudança que reconfigura o futuro. E, em qualquer caso, uma construção sólida não pode renunciar à tradição a conta da ‘novidade’. Um gesto, um comportamento, um sistema ou quadro de atitude, relevam sobre a tradição se demonstrar melhor adequação à formação e educação do Homem (e do modo social). Há quem, inteligentemente, ‘espera para ver ’, mas a inteligência revela-se quando ‘tendo visto’ , muda e progride.

A permanente abertura ao novo, ao impulso da mudança, é uma atitude útil, justa, dirigida a melhor humanidade, à aproximação integral do Homem.

A inteligência na observação, na sujeição a teste, à experiência sobre o novo, é o vértice do Homem aberto à Mudança mas respeitador da Tradição (cujos resultados são conhecidos e provados). A escolha entre mudar ou manter é um exercício permanente de inteligência convocada. 

Por isso, a atitude de nobreza (elite e exigência) é fonte de Formação, Educação e progresso.
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CARLOS LOURENÇO FERNANDES
PROFESSOR, ESCRITOR, CONFERENCISTA
clfurban@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2013

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Xamanismo no Século XXI

1/9/2013

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Qualquer pessoa pode, nos dias de hoje, ser praticante de Xamanismo e aprofundar a sua ligação à Terra. Esta prática espiritual, reconhecida como a mais antiga, tem sido mal entendida, erradamente explorada e fonte de muitos equívocos. Se há dogma no Xamanismo é o de que existe algo mais do que aquilo que vemos. Com humildade, prática e uma verdadeira intenção, todos conseguimos usar esta técnica e produzir transformações profundas nas nossasvidas. Por Sofia Frazoa

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

O Xamanismo é a prática espiritual mais antiga que se conhece, nascida na região da Sibéria, mas sobre a qual ainda hoje existem grandes equívocos no que respeita à sua aplicação prática e resultados. Quando pensamos nos xamãs, lembramo-nos imediatamente as tribos indígenas e dos rituais de contacto com os espíritos, encaminhamento dos mortos, cerimónias à mãe Terra para favorecer as culturas, entre muitas outras. 

O xamã correspondia, nessa altura, ao que hoje reconhecemos como médicos, astrónomos, professores, terapeutas, etc. E era uma pessoa - normalmente homem, apesar de na origem também existirem mulheres - reconhecida e tratada como “xamã” pela comunidade. Nenhum verdadeiro xamã se autointitulava assim e esse reconhecimento por par te dos seus pares advinha de alguma experiência de cura profunda pela qual tinha passado e que o tinha levado a conectar-se profundamente com a Natureza e a sua linguagem. 

Em pleno século XXI, não precisamos de viver em tribos ou de per tencer a uma cultura de raiz xamânica para praticarmos xamanismo. Nem sequer precisamos de alucinogénios ou transes profundos para nos conseguirmos conectar com a energia que nos rodeia e que está disponível a qualquer pessoa. Também não precisamos de nos vestir de maneira específica, de ter um nome indígena, seguir um “xamã” ou participar em rituais. Ser praticante de xamanismo (e é disto que se trata, pois ser “xamã” é um desígnio que não cabe ao indivíduo escolher) exige humildade, uma intenção bem definida e muita prática para ver no dia-a-dia o resultado das técnicas.

Se quisermos falar em dogmas – que, de uma maneira ou de outra, qualquer religião ou prática espiritual acaba por ter – há talvez um que se pode atribuir à prática xamânica: a existência de realidades (mundos) paralelas/invisíveis. No fundo, tudo o que tem vida e está ao alcance dos nossos sentidos tem uma manifestação energética e espiritual que não conseguimos ver, mas à qual podemos aceder. Por isso no xamanismo se fala em três mundos: o de cima ou superior; o do meio ou intermédio; o de baixo ou inferior. E a técnica mais comum utilizada é a da viagem xamânica, que consiste em viajar a um destes mundos para ir buscar informações, pedir auxílio, conhecer o animal de poder, resgatar uma par te nossa que está perdida ou fazer qualquer outro tipo de cura. Esta viagem é feita num estado alterado de consciência, que o toque ritmado de um tambor ou de uma maraca nos pode levar a atingir. Muitos dos praticantes de xamanismo, atualmente, utilizam um cd com uma gravação dessas batidas.

A nível cerebral, o que acontece é que as ondas cerebrais desaceleram do normal estado beta, passando pelo estado alfa (que se atinge na meditação), aprofundando até ao estado teta. Depois, é um vasto mundo (ou, pelo menos, três) de simbologias, imagens, mensagens e histórias que cada um vai encontrar e aplicar à sua vida e ao seu processo de desenvolvimento pessoal e cura. 

Sandra Ingerman, uma das mais respeitadas professoras e praticantes de xamanismo, diz que “somos os únicos que temos verdadeiramente o poder de curar as nossas vidas”. Para mim, é esse o verdadeiro Xamanismo no século XXI. Podermos, nas nossas cidades, com as nossas profissões e no nosso dia-a-dia encontrar o poder pessoal, mantermo-nos conectados com a Vida e evoluirmos cada vez mais enquanto pessoas e seres espirituais.
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SOFIA FRAZOA
CAMINHOS DA ALMA
www.caminhosdaalma.com
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Facebook: Caminhos da Alma

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2013

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Meditação e Espiritualidade

1/9/2013

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Qual a diferença entre espiritualidade e religiosidade?Será possível comparar a prática da meditação entre o Oriente e o Ocidente? Como emerge a espiritualidade a partir da meditação?
Por Regina Faria

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)


A meditação está ligada à  espiritualidade ou pelo contrário, nada tem a ver com ela? 

Importa, desde já, desfazer um equívoco muito frequente: a identificação de religiosidade com espiritualidade. Enquanto as religiões fazem depender de um conjunto de regras dogmáticas a ligação do homem a Deus, ligação que não se estabelece sem a intermediação dos “representantes de Deus na Terra”, a espiritualidade convida a pessoa a ouvir a sua voz interior (seja qual for a designação que lhe atribua – Intuição, Eu Interior ou outra), a questionar, a refletir, a optar, a decidir por si. 

Todos os seres humanos são potencialmente espirituais mas nem todos são religiosos. Por outro lado, há crentes que não desenvolveram a espiritualidade que, supostamente, a sua religião preconiza. Mas porque, ao longo da história dos homens, a espiritualidade, a religião e a meditação se têm cruzado e, muitas vezes, entrelaçado, diluindo-se as fronteiras entre elas, interessa fazer uma brevíssima incursão neste domínio.

Ao longo dos tempos, muitas religiões adotaram práticas meditativas como instrumento de ligação a Deus. A grande diferença entre o Oriente e o Ocidente reside no facto de que nas religiões orientais a prática foi sempre aberta e recomendada a todos os crentes tendo-se, desse modo, mantido viva e atuante ao longo dos séculos; já no ocidente ficou confinada aos mosteiros e conventos ou a grupos esotéricos seculares fechados e, não raro, clandestinos (o caso dos Cátaros).  Foi só nos anos 60 do século XX que o monge inglês beneditino John Main, entusiasmado com a experiência contemplativa que teve numa viagem ao Oriente, decidiu procurar um fundamento que justificasse a prática da meditação na Igreja Católica atual e encontrou-o na rotina dos padres do deserto, ascetas do século IV, que usavam a repetição de fórmulas curtas para se concentrarem em Deus. Fundou, então, a Comunidade Mundial para a Meditação Cristã tendo afirmado que “A Igreja precisava de um método contemplativo que pudesse ser praticado por todos. Durante muito tempo, foi dito aos cristãos que a meditação estava reservada à vida monástica, mas hoje todos sentem necessidade de meditar.”

A presença de uma Igreja fortemente controladora durante a Idade Média e do seu braço punitivo – a Inquisição – desencorajou a prática da meditação no Ocidente. No século XVII, o ressurgimento do Racionalismo desferia o golpe de morte nas ideias e práticas que contrariassem os fundamentos da filosofia dominante – a certeza, a demonstração, o raciocínio sem falha, a causa inteligível. Não admira, pois, que a meditação tenha desaparecido do Ocidente durante tantos séculos. 

No século XIX, os Teosofistas adotaram o termo Meditação para designar as diversas práticas espirituais inspiradas nas religiões orientais. Foi também no Oriente, concretamente na meditação budista, que o Ocidente não religioso se inspirou em meados do século XX tendo-a “importado” para ficar. De facto, a meditação expandiu-se de tal modo que os grupos de meditação, os cursos e as aulas de meditação se multiplicam por todo o mundo ocidental. Quer seja para aquietar a mente e assim diminuir o stress, os níveis de ansiedade, para melhorar a concentração ou para coadjuvar a Medicina em vertentes tão diversas como a Psicoterapia, a Cardiologia ou a Oncologia, quer se procure o desenvolvimento espiritual, a meditação está em enorme expansão integrando o quotidiano de um número crescente de pessoas.

Considerando a aceção da espiritualidade como o conjunto das virtudes do espírito - amor, compaixão, solidariedade, generosidade, perdão e justiça, entre outros valores, concluise que todos podemos desenvolvêla, porquanto dotados de espírito. Espírito não significa divindade, mas antes autoconsciência, capacidade de reflexão sobre si mesmo. O ser humano é, assim, um ser intrinsecamente espiritual, pois demonstra capacidade para refletir e para se transcender. Contudo, nem sempre a espiritualidade se expressa ou, quando se manifesta, pode fazê-lo de modo multiforme. Enquanto meditamos, induzimos um estado de apaziguamento interior, de equilíbrio e de serenidade e conseguimos reunir os aspetos fragmentados do nosso ser. Rompemos com as estruturas habituais de pensamento, e acedemos à simplicidade original.

A prática diária da meditação resulta numa intensa abertura de consciência, no desabrochar da compaixão, de uma maior aceitação de nós mesmos e dos outros, numa aproximação à plenitude do nosso ser. As palavras de grandes mestres de meditação e os testemunhos de quem medita regularmente dizem-nos que a meditação conduz ao despertar para o autoconhecimento e para a transformação interior que, por sua vez, levam à manifestação dos grandes valores humanos e espirituais e, por inerência, à conquista da realização espiritual. Ao meditar, crescemos e
adquirimos sabedoria.

A concluir, transcrevemos as palavras cheias de significado de José Maria Alves:

“Meditar é, antes do mais, consciente aber tura do espírito a si mesmo, ao mundo da natureza, aos outros e ao Universo. É uma presença atenta de cada momento, que não se identifica nem com um exame interior nem com a reflexão, em que com o tempo, a zona de silêncio do nosso cérebro – os 80 a 90% não utilizáveis – passa a cooperar no milagre da descoberta do nosso interior e do que nos envolve.”
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REGINA FARIA
PROFESSORA DE MEDITAÇÃO
reginamoreirafaria@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2013

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Bioconstrução e Permacultura

1/9/2013

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A bioconstrução é um conceito contemporâneo para designar a consciência atual de que o meio construído deve servir o desenvolvimento da humanidade de forma harmoniosa, saudável e ecológica. Por Catarina Pinto

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)


A bioconstrução pretende minimizar o impacto ambiental das construções gerando desenvolvimento sustentável que
não esgote os recursos do planeta, garantindo equilíbrio no presente e no futuro e favorecendo os processos evolutivos da Vida, assim como a biodiversidade.

Se algo nos ensina a história da construção ao longo dos tempos é que o ser humano sempre levou muito em conta a envolvente ambiental em que se encontrava e os recursos naturais à sua disposição no local, não utilizando um modelo tipificado de construção. Com o passar dos tempos, os avanços tecnológicos desviaram as nossas sociedades de tão notável adaptação. Do século XX à atualidade observamos que as características construtivas bem como os materiais utilizados se convertem em algo semelhante em qualquer parte do mundo, independentemente do clima e dos recursos disponíveis localmente. Afastámo-nos da benéfica e saudável interação com a natureza.

Estudos médicos sobre saúde ambiental confirmam que a saúde humana está intimamente relacionada com o meio edificado. A síndrome do edifício enfermo é um conceito que surge no século XX ligado às construções atuais por se verificar que certos edifícios são causadores de doenças como, por exemplo, a fadiga crónica. As principais causas relacionam-se com a falta de ventilação adequada, com o excesso de concentração de produtos tóxicos nos materiais interiores e com a existência de campos electromagnéticos nocivos. A responsabilidade social dos intervenientes no setor da construção é elevada e torna-se urgente sensibilizar para que todos estejam conscientes destes aspetos que têm de ser melhorados.

A bioconstrução trata-se também de um regresso às origens, através do uso de técnicas e materiais tradicionais, melhoradas pelo grande conhecimento de que dispomos atualmente. Por exemplo, em Portugal, temos grande tradição na construção com terra crua – taipa e adobe - no centro e sul do país. Já a norte, a pedra é a construção tradicional mais comum. Como acabamento encontramos tradicionalmente os rebocos à base de terra e os rebocos de cal. Bom será recuperar este conhecimento, que durante a segunda metade do século XX se foi perdendo, aliando-o aos conhecimentos e materiais atuais de forma a melhorar o conforto e a qualidade de vida. Sabemos que um bom desempenho térmico dos edifícios é fundamental para reduzir gastos energéticos com climatização pelo que este é um ponto fundamental da bioconstrução.

Materiais de isolamento térmico como a cortiça, a celulose proveniente de papel reciclado, o cânhamo, os fardos de palha, a lã de ovelha e até outros materiais reciclados são opções para isolar integralmente e eficazmente uma construção, mantendo as paredes permeáveis ao vapor de água, para que o ambiente interior permaneça nos níveis de humidade adequados ao conforto humano.

A bioconstrução tira partido das técnicas passivas para aquecimento e arrefecimento, através de uma correta orientação do edifício e das áreas envidraçadas, do correcto sombreamento nos meses quentes e da correta ventilação. Por exemplo, uma estufa adoçada à construção funciona bem como uma área de transição exterior/interior. Durante os meses de frio permite ganhos de calor através dos envidraçados, sendo nos meses quentes aberta e sombreada. Estes espaços proporcionam ainda uma excelente possibilidade para plantar vegetação, por exemplo plantas aromáticas e pequenos hortícolas para consumo. Do mesmo modo, vegetação exterior de folha caduca é ideal para sombrear nos meses quentes.

A gestão da água é outro fator de extrema importância, fazendo uma correta gestão para minimizar os gastos, armazenando as águas pluviais para que possam ser aproveitadas e tratando as águas cinzentas para que possam servir, por exemplo, para rega. A gestão adequada da energia permite minimizar os gastos e recorrer a fontes de energias renováveis para aquecimento das águas e produção elétrica. O aquecimento no interior pode, por exemplo, ser feito utilizando queima de biomassa em lareiras/recuperadores eficientes que utilizam massa térmica e condutas de ventilação para reter e difundir o calor por todo o espaço. 

Associados à gestão eficaz dos recursos e à utilização de materiais de baixo impacto ambiental, biodegradáveis e abundantes como os materiais naturais e os materiais reciclados, muitos outros aspetos estão relacionados com a bioconstrução. Por exemplo, a construção de espaços públicos que favoreçam as relações de vizinhança, a mobilidade, a segurança, a beleza, o aproveitamento eficaz das qualidades naturais do lugar, o desenho arquitectónico energeticamente saudável inspirado em formas orgânicas e em geometria sagrada, a ocupação ética do solo e a minimização da sua impermeabilização, a autosuficiência local ao nível de energia, economia e produção alimentar biológica, a proteção contra o ruído, a minimização da contaminação electromagnética, etc.

Se este conceito é novo em Portugal, em muitos outros países europeus a bioconstrução já está estudada e difundida através de anos de experimentação. Portugal está agora a iniciar este percurso com crescente entusiasmo e poderá beneficiar da experiência e conhecimento técnico já alcançado noutros países. Há uma crescente dinâmica em torno da bioconstrução que anima cada vez mais pessoas a abrir caminho neste sector: surgem novos materiais ecológicos, técnicas, oportunidades e cada vez mais espaços de formação. É ainda necessário, abrir caminho para que a legislação portuguesa acompanhe estas práticas e atrair mais investidores que produzam e vendam materiais ecológicos, bem como, promotores imobiliários conscientes de que um bom futuro passa pela valorização da bioconstrução. Outro sector estratégico é a reabilitação pois, atualmente, muita da atividade do setor da construção passa pela intervenção no edificado existente. 

É também importante que os dirigentes entendam a importância da divulgação e da educação das gerações futuras e facilitem a dinamização de centros informativos com exposição de materiais e técnicas ecológicas, públicos ou privados, à semelhança do que acontece noutros países europeus, onde existem núcleos regionais para divulgar as tecnologias apropriadas localmente, prestando serviços de aconselhamento ao consumidor e projetistas.

Muitas das vezes, estes núcleos de construção ecológica estão interligados com outras áreas, partilhando o mesmo espaço físico, com lojas de produção justa e consumo ecológico, com associações locais de permacultura, agricultura biológica, desenvolvimento humano, entre outros.

O termo pode ser outro, podemos falar em construção ecológica, edificação sustentável, construção ambiental, etc. O importante é que a ideia se enraíze na nossa sociedade para reduzir o impacto ambiental que a construção tem atualmente e criar um futuro harmonioso.

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CATARINA PINTO
ARQUITECTA
catarinapinto@terrapalha.com

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2013

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Viver a Vida como um Banquete!

1/9/2013

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Dos vários Filósofos que nos ajudam a pensar e nos inspiram, Epicteto destaca-se quando pensamos no universalmente desejado equilíbrio entre a vida profissional e a vida privada. Ele compreendia muito bem o valor da eloquência da ação. O grande Filósofo do Estoicismo tinha como grande paixão procurar respostas para a pergunta.
Por João Alberto Catalão

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Como viver uma vida plena e feliz?

Considerando o atual contexto socioeconómico, esta interrogação de Epicteto torna-se ainda mais pertinente.

Mais do que nunca, todos nós necessitamos de enfrentar de forma positiva, não só os desafios do dia-adia, como as incertezas e as dúvidas que pairam no ar. 

As circunstâncias não ocorrem para atender às nossas expetativas!

O que pode ajudar o ser humano a desejar QUERER mudar de forma natural?

O livro Atitude UAUme (SmartBook), escrito com a colaboração da Ana Teresa Penim, já partilha alguns resultados, demonstrando que é a emoção básica da SURPRESA POSITIVA, a principal “ferramenta” do ser humano, capaz
de gerar “naturalmente” a desejada e necessária MUDANÇA. A lógica é simples: Ao surpreendermos positivamente alguém, geramos satisfação e vontade de retribuir. Esta teoria surge numa época dominada por uma inquietante “narcotização do egoísmo”, gerando um crescente individualismo e novos estilos de vida, dominados pelo viver aqui & agora!Se pensarmos ainda que a “revolução” provocada pela massificação tecnológica, gerou uma dependência às mesmas na nossa vida pessoal e profissional (tecninércia). Basta estar atento para podermos observar que genericamente, a maioria dos habitantes do planeta, estão obsessivamente preocupados com o UP TO DATE.

Evidentemente, este contexto, acarreta tensões acrescidas, incertezas, confusões e, necessariamente a procura de respostas. Certo? Pois é! Este é exatamente o cerne do problema! A solução NÃO está nas respostas, mas sim nas perguntas!

As perguntas são o “motor” da razão!

Sendo a atividade profissional de Coach Executivo, operacionalizada através de uma ferramenta poderosíssima chamada: perguntas poderosas, quanto mais contatamos com Profissionais de todo o mundo, mais nos convencem de que é através da qualidade das perguntas que soubermos fazer a nós próprios, que vai determinar a QUALIDADE DO NÓS!

Descobrirmo-nos como pessoa e como VALOR para as Organizações, exige necessariamente uma renovada tomada de consciência sobre a influência do CONTEXTO na qualidade dos nossos pensamentos, atitudes e comportamentos. A qualidade dos nossos resultados nunca dependeu tanto desta consciencialização.

Um facto: Ninguém aprende aquilo que acha que sabe!

A nossa inteligência natural deve ser estimulada de forma contínua, para que sejam favorecidos os nossos pensamentos positivos, a nossa criatividade e a nossa resiliência. A “inteligência artificial” decorrente da proliferação tecnológica tende a “normalizar” o ser humano, tornando-o tendencialmente inconstante e insatisfeito pela (in) capacidade de acompanhar, entender e tornar útil tanta informação.

As Organizações necessitam cada vez mais de Profissionais capazes de “fazerem e desfazerem para fazerem melhor”. Significa isto: gente capaz de estar naturalmente fora da “zona de conforto”. Gente capaz de QUERER! Gente capaz de CRIAR!

QUERER é o primeiro passo para o CRIAR!

Escolhemos o título para este artigo - Viver a Vida como um Banquete, porque é assim que gostamos de encarar o ambicionado equilíbrio saudável entre a vida profissional e a vida pessoal. Epicteto tinha uma “receita” para uma vida boa:

Dominar os desejos, desempenhar as obrigações e aprender a pensar com clareza a respeito de si mesmo e do seu relacionamento com os outros. Inspirado nesta “receita”, sugerimos que meditem nesta analogia: Num “banquete”, existem várias opções. Podemos provar um pouco de tudo e depois optar por aquilo que mais tem a ver connosco. Ser inteligente num “banquete” é saber dosear “necessidade” com “prazer”. Se escolhermos mal, ficaremos rapidamente saciados, podendo perder oportunidades para experimentar algo que teria sido muito mais agradável. Se “comermos” demais e rapidamente, ficaremos “enfartados” e mal dispostos. Se demorarmos muito a “escolher”, poderemos ter que nos contentar com as “sobras”, ou já não ter “comida” suficiente para nós.

Se escolhermos mal as companhias para interagir durante o “banquete”, é natural que o mesmo não traga nada de novo à nossa vida. Se escolhermos bem as companhias, é natural que a qualidade das interações durante o “banquete, elevem de algum modo a qualidade da nossa vida pessoal e profissional.

O verdadeiro teste de EXCELÊNCIA está na atenção que damos aos pequenos detalhes...

Pois é:
A Vida Profissional, tal como a Vida Pessoal, são dimensões dominadas por ESCOLHAS.

Não podemos ESCOLHER as circunstâncias externas da nossa vida, mas podemos ESCOLHER a forma como reagimos às mesmas. Como o “bom” escolhe caminhos e o medíocre queixa-se, partilhamos para os “bons”, a “fórmula” para “banquetes” promotores de SUCESSO pessoal e profissional.

Juntem estes “ingredientes”:

Intencionalidade + Entusiasmo + Imaginação + Persistência + Coragem + Métodos e Sistemas.

Conscientes das dificuldades que a maioria de nós tem que enfrentar diariamente, confiamos, sobretudo, na tese do Prof. António Damásio, de que o ser humano sente prazer quando “luta”. Desejemos que essa “luta” seja pela QUALIDADE DO “BANQUETE” DOS NOSSOS PENSAMENTOS E DAS NOSSAS AÇÕES.

Como suar por coisas pequenas não nos parece ser boa ideia e onde há DESEJO há CAMINHO, sugirimos que ESCOLHAM “ampliar horizontes” por vontade própria, reinventando “receitas” novas para o vosso “banquete”. Temos sempre a possibilidade de ESCOLHA quando se trata do conteúdo e da natureza da nossa vida interior.

Em conclusão: O que realmente importa é o tipo de pessoa em que nos transformamos e o tipo de vida que vivemos. Os Profissionais valem para as Organizações pelo bom uso que dão às suas ideias, recursos e oportunidades.
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JOÃO ALBERTO CATALÃO
MILITANTE DA VIDA, MASTER EM COACHING E AUTOR DOS LIVROS: ATITUDE UAUME!, FERRAMENTAS DE COACHING E NEGOCIAR & VENDER
www.viatminacatalao.com
jcatalao@youup.pt

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2013

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Soluções De Abundância Natural,Para Uma Vida Melhor

1/9/2013

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A verdadeira Economia é uma manifestação dos princípios naturais através do engenho do Homem. Sermos capazes de os entender e traduzir na prática, é o desafio que se impõe a todos e a cada um de nós.
Por Júlio Barroco

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Sabemos que em tempos como os que vivemos é crucial sabermos gerir o que temos ou podemos aceder, para podermos prosperar num contexto desafiante como o que vivemos. Acontece que apenas isso não basta. Se queremos ter um planeta mais saudável e pleno para os nossos filhos e as gerações que se seguem, não podemos ficar por aqui. É igualmente importante considerarmos o impacto que a concretização dessas escolhas tem na nossa vida e na daqueles que nos rodeiam, tanto ao nível da sustentabilidade como do bem-estar.

A conjugação dos padrões de consumo, produção de desperdícios e sobre utilização dos recursos naturais a que hoje assistimos gera uma combinação verdadeiramente explosiva e que compromete seriamente o futuro do planeta. E de todos nós!

A evolução no sentido de corrigir e eliminar estas falhas já está em marcha. É um processo que levará o seu tempo mas cujos resultados são já visíveis. Vejamos um conjunto de soluções e perspetivas que permitem que participemos nessa transformação.

Uma nova base civilizacional e ética – o respeito por todas as formas de vida

É uma certeza aritmética aceite que o planeta não suporta o nível de destruição a que vem sendo sujeito. Cada um de nós pode escolher alimentos e produtos que não causem sofrimento a outros seres cientes. E cada vez mais se encontram disponíveis alternativas bastante acessíveis economicamente em todas as superfícies comerciais. Os nossos níveis de saúde e ética são proporcionais ao respeito que temos pelas restantes formas de vida.

Conexão à natureza

Tenha hábitos e práticas de serenidade, paz e presença no seu dia-a-dia. Passe tempo com as pessoas que ama partilhando o seu afeto e energia. Desta forma estará a reaprender a preencher-se com o que não se compra, e a criar condições para atrair mais do que precisa para a sua vida. Medite, movimente-se, desenvolve o seu corpo, mente e
espírito focando-se no seu interior. Passe tempo na natureza e sinta-a para além do que as palavras podem descrever. Desenvolva entendimentos e perspetivas cooperantes com os seus ciclos, e reflita-os no seu dia-a-dia, por exemplo dando preferência a produtos “de estação”, não processados, ou provenientes de iniciativas alinhadas com o meio.

Novas soluções de financiamento

Sempre que possível, evite recorrer a empréstimos bancários. Use novas soluções, como o financiamento colaborativo, ou “crowdfunding”, que se pode definir como “uma forma rápida e transparente de angariação de apoios (financiamento, divulgação e outros recursos) através de uma comunidade que partilha os mesmos interesses em torno de um projeto” (fonte: www.portugalinspira.pt). Pode informar-se mais detalhadamente, por exemplo procurando na internet, falando com amigos ou com quem conheça mais a respeito. Use-os para finalidades alinhadas com a Energia Criativa. Confie nas ideias que tenha. Gere novas soluções!

A sociedade criativa

Está já em marcha um ciclo de evolução tecnológica baseado na ecologia. E podemos participar nele. Podemos ajudar à substituição de indústrias obsoletas, evitando sempre que possível consumir os seus produtos. Ao respeitarmos o meio ambiente no nosso dia-a-dia, em iniciativas tão simples como reciclando, poupando água ou escolhendo produtos agrícolas não industrializados, estamos a fazer a tua parte para reforçar um novo ciclo. Sempre que possível, apoie as soluções naturais que conhece. Cada vez mais existem iniciativas que respeitam os princípios naturais e em simultâneo geram abundância. Ajude a criar e a manter “negócios iluminados”!

Menos pode ser mais, se tivermos o que precisamos

Asseguradas as necessidades inevitáveis, podemos tornar a nossa vida simples. É uma das formas não apenas de poupar recursos como de aumentar a qualidade das escolhas que fazemos, e de darmos atenção ao que verdadeiramente importa. E isso permite não apenas mais tranquilidade como tempo, energia e disponibilidade para outros aspetos da realidade que muitas vezes não recebem a atenção que merecem.

Reconhecermos a nossa própria natureza – um planeta melhor, somos todos nós

Seja qual for o termo ou expressão que utilizemos para a definir, a nossa natureza é a expressão plena do que somos. É naturalmente alinhada com o meio que nos envolve, e nele se insere naturalmente. Deixa de fazer sentido falar em preservar o meio ambiente quando sentimos de facto que é a única escolha geradora de bem-estar universal. É este o real valor, aquele que sustenta todos os outros.

A verdadeira economia sustentável é uma manifestação dos princípios naturais através do engenho do Homem. Sermos capazes de os entender e traduzir na prática, é o desafio que se impõe a todos e a cada um de nós.

“Abundância não é dar a todos uma vida de luxo - é dotar todos de uma vida de possibilidades” – livro “Abundance – The Future Is Better Than You Think”, de Peter Diamandis e Steve Kotler, Free Press, 2012.

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JÚLIO BARROCO
DREAMER & CHANGER
“Sonhar sem Agir é como Amar sem Cuidar“
www.juliobarroco.com
welcome@juliobarroco.com
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in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2013

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Atreva-se a ser cada vez melhor!

1/9/2013

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“Há uma força motriz mais poderosa do que o vapor, a eletricidade e a energia atômica: a vontade.”
                                                            – Albert Einstein

Por Lígia Neves
 
in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Se perguntarmos a uma pessoa se é feliz, qual será a resposta?

A maioria das pessoas hesitará, e provavelmente reconhecerá que a vida que atualmente têm não é, a que idealizaram. Muitas delas, acreditam nada poderem fazer para a modificar ou, atribuem a fatores externos a responsabilidade e alimentam a convicção, de não terem a capacidade e os recursos necessários para a mudança. Acabam por desenvolver uma perspetiva limitadora das opções que estão ao seu alcance e põem em causa as várias possibilidades, ao mínimo
obstáculo que encontram.

A Dare To Be Great acredita que através das metodologias do Coaching e da Programação Neurolinguística, é possível auxiliar cada individuo a encontrar dentro de si recursos e estratégias para ir de encontro aos seus verdadeiros objetivos.

A primeira abordagem a fazer, será no sentido de saber qual a Visão que as pessoas têm de uma vida mais feliz. Embora a questão pareça fácil, quando abordadas a maioria das pessoas tem dificuldade em dar uma resposta rápida e na maioria das vezes são bastante confusas e superficiais.

Os Objetivos e a sua definição são desde logo um ponto crucial, para que cada um se aproxime mais, do que realmente quer e deseja.

“Se quer viver uma vida feliz, agarrese a uma meta, não às pessoas nem às coisas” – Albert Einstein

Para atingir novas metas e objetivos é fundamental:

1. A valorização da Identidade Positiva que cada um possui, ou seja, as qualidades, capacidades, competências, recursos, valores, sucessos, etc...

2. A Libertação de Crenças e Convicções Limitadoras que todos nós adquirimos através da nossa educação, vivências, relacionamentos, experiências, etc., e que muitas vezes nos impedem de avançar para outros e diferentes caminhos.

A Comunicação é a ferramenta mais importante, no que diz respeito ao ser humano, para realizar projetos e relações, pois tudo começa a partir da comunicação. Se comunicarmos de uma forma entusiasta e emotiva o que somos e o que queremos atingir, é meio caminho andado para o sucesso.

A forma como pensamos (ou seja, a forma como comunicamos com nós próprios) influência mais as ações, pela positiva ou pela negativa, do que imaginamos. Ter uma abordagem e uma linguagem mais potenciadora das nossas capacidades, trará resultados mais positivos para nós e para os outros.

"Mantenha os seus pensamentos positivos, porque os seus pensamentos tornam-se as suas palavras. Mantenha as suas palavras positivas, porque as suas palavras tornam-se as suas atitudes. Mantenha as suas atitudes positivas, porque as suas atitudes tornam-se os seus hábitos. Mantenha os seus hábitos positivos, porque os seus hábitos tornam-se os seus valores. Mantenha os seus valores positivos, porque os seus valores... Tornam-se o seu destino."  - Mahatma Gandhi

Atingir o êxito na mudança ou nas metas definidas está intrinsecamente ligado, com a Verdadeira Vontade que a pessoa tem de fazer algo diferente, do que tem feito até aqui. Quanto é o Querer em relação ao que pretende ser ou atingir? Muitas vezes falhamos os nossos
objetivos porque apenas desejamos, e no fundo não queremos verdadeiramente.

Se for tão importante como a necessidade de respirar, então dificilmente haverá obstáculos, desculpas ou falta de propósitos que impeçam de ir em frente.

No Querer reside o êxito do resultado!

Atreva-se!

O Nosso Desafio é o SEU!
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LÍGIA NEVES
BUSINESS & EXECUTIVE COAH
www.daretobegreat.pt
ligia.neves@daretobegreat.pt

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2013

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Três simples passos para prolongar a sensação de estar de férias: Desintoxicar, Purificar e Tonificar

1/9/2013

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E se após as Férias… fosse possível prolongar a sensação de bem-estar e de continuar nessa atmosfera? E se após as Férias fosse possível continuar a sentir aquela atmosfera leve, bem-disposta, livre, motivada, alegre, no qual o corpo se sente mais disponível, tonificado, purificado, a respiração e o ritmo cardíaco abrandam, nos sentimos mais inspirados e criativos?
Por Diana Pinheiro

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista) 

Duas questões paras as quais a resposta é ou poderá ser afirmativa:

Sim é possível!

Como…?
… é a questão pertinente que se poderá estar a colocar neste momento.

As sensações descritas são as que subjacentes se encontram quando nos sentimos física, mental e emocionalmente mais libertos de tensões, pressões, quando conseguimos parar para fazer as refeições de forma mais ritmada, optando prioritariamente pelos alimentos da estação e da região.

Existem três passos que podemos integrar na nossa Vida de forma periódica e que nos permitirá manter a sensação de estar de férias ao longo do ano, são eles:
1 – Desintoxicar
2 – Purificar
3 – Tonificar


Importa primeiro fazer um diagnóstico para assim definir o nível de urgência, profundidade e frequência da execução destes passos.

Será realmente importante e urgente quando observar os seguintes sinais:

1. Transpiração

Mesmo que escassa, no entanto se apresentar odor forte, mesmo durante ou após pequenos esforços, em que em comparação com outros momentos da semana ou do mês não se verifica. Indica acúmulo de calor tóxico. Aumento da viscosidade na transpiração, é também um indicador de aumento de toxicidade no organismo e de desidratação.

2. Urina
É um dos melhores indicadores a revelar acúmulo de toxinas e falta de hidratação. Experimente o seguinte antes de se deitar: Observe a sua última urina do dia: um corpo que se encontre num nível óptimo de purificação, apresentará na última urina do dia um odor suave, cor amarela clara e uma translucidade que permite observar o outro lado. 

Assim uma urina com odor intenso, e/ou uma cor amarela escura, e/ou uma aparência opaca, turva, indicará que está a precisar de ingerir mais líquidos no dia seguinte, nomeadamente água, para assim colaborar com o seu corpo na função de desintoxicação e purificação que os líquidos orgânicos exercem no nosso organismo.

Como a água é um veículo que permite a hidratação e por outro lado a libertação de toxinas é importante que possamos ir observando como estamos ao nível da necessidade de água.Passe a registar, mesmo que mentalmente a quantidade de água que bebeu durante o dia, observe a ultima urina do dia e confirme pelos parâmetros acima referidos se há necessidade de ingestão de maior quantidade no dia seguinte.

3. Pele
Observe o seu rosto/corpo, será tanto mais necessário Desintoxicar, purificar e tonificar quanto mais presentes estiverem os seguintes sinais:
3.1 Erupções, borbulhas, espinhas e pontos negros;
3.2 Vermelhidão associada a prurido (associados a calor tóxico associado, cujas causas serão listadas mais abaixo)
3.3 Palidez e pele sem brilho (associadoa hipofunções que seguidamente abordaremos)

Para além destes sinais, a percepção dos seguintes sintomas, podem também ser importantes indicadores de necessidade em Desintoxicar, Purificar e Tonificar:

1. Fadiga (astenia): especialmente a astenia matinal que não melhora com o movimento, e vai agravando ao longo do dia, bem como a que surge após um esforço que não justificaria tal sensação.

2. Dores de cabeça: Nomeadamente na zona frontal da testa, ou parietal na zona lateral imediatamente acima das orelhas que poderá irradiar até à nuca.

3. Náuseas: com ou sem vómito efetivo, bem como eructações (arrotos) frequentes.

4. Afeções crónicas:
que estejam presentes há mais de dois meses 

5. Irritabilidade: aumento da irritabilidade, intolerância, sensação de estar com menor disponibilidade mental e emocional, associado a impaciência frequente.

6. Preocupação: observar se se está sintonizado com frequência, mais do que três vezes por dia, com um ou mais assuntos, que se repetem e surgem na Mente de forma repetida.

Quais as causas e como conseguir o equilíbrio? 

Os fatores etiológicos são diversos e muitas vezes atuam de forma isolada ou em concomitância. Se o desconforto for de facto importante, é indispensável que se dirija até ao seu médico assistente e siga as suas orientações.
As principais causas são duas:
1- Acúmulo de calor e substânciastoxicas
2- Cansaço, hipofunção de algumórgão/sistema

Os fatores que ampliam a ocorrência destas causas são:

1. Alimentares:
Consumo frequente (mais do que três a quatro vezes por semana) de fritos, gorduras, picantes, demasiados condimentos em especial no clima quente, excesso de consumo de queijos amarelos e amanteigados.

O que fazer?

Idealmente será reduzir o consumo para uma a duas vezes por semana. Se não lhe for simples, ou porque a vida social assim não permitir, poderá neutralizar, ou minimizar o efeito do calor tóxico proveniente deste fator que gradualmente vai secando os líquidos orgânicos e consequentemente acumulando toxinas, ingerindo chá verde, de erva-príncipe, ou erva-doce, são plantas que por natureza reforçam o sistema digestivo, que equilibram o metabolismo e eliminam toxinas pela sua função diurética.

Fruta 4 a 5 peças de fruta por dia será importante para manter a vitalidade e um estado mais purificado e tonificado.

À noite e no tempo mais frio, opte pela fruta cozida ou assada, para assim simplificar e facilitar o processo digestivo, evitando que calor tóxico se acumule. Relativamente aos queijos, vá alternando com requeijão e queijo fresco, conseguirá assim ingerir o queijo que tanto gosta, mas de uma forma mais equilibrada e com menos impacto ao nível do acúmulo de toxinas.

Aproveite ainda em Setembro a melancia sendo constituída 90% por água, de natureza fresca e tendo uma ação diurética, ajuda o corpo a expulsar o calor tóxico através da urina, evitando assim que seja eliminado pela pele, que é também um órgão com funções relacionadas com a eliminação de toxinas.

2. Emocionais: Segundo a sabedoria Chinesa, as emoções são como as estações do ano, todas elas importantes e necessárias ao equilíbrio da saúde mental, permitindo-nos despressurizar e manter o tónus emocional. 

Já a permanência ou fixação num dos estados emocionais tais como a tristeza, medo, preocupação, irritabilidade, ansiedade /euforia, por mais do que 3 meses, leva à produção de calor interno, à perturbação dos órgãos e vísceras que diminuem a sua eficácia nas funções necessárias à manutenção de um corpo são.

O que fazer?
Higiene emocional, é a tradução mais próxima do que no Oriente e especificamente é tido como verdade na milenar Medicina Tradicional chinesa, se refere à estabilização da saúde emocional. Importa aqui referir que as emoções nesta ótica são consideradas formas de energia em movimento e como tal se esse movimento for dirigido num sentido construtivo assim experimente os seguintes exercícios:

Dirigir a Raiva que movimenta a energia de forma ascendente - Para a criatividade (pinte, cante, dance, construa), atos de generosidade, e contacto com a natureza.

Transforme Ansiedade em planeamento - Anote ideias que observe estarem situadas no futuro, depois seleccione aquelas que para as quais poderá ir dando pequenos passos a curto médio prazo

Recicle preocupação em meditação - sempre que algum assunto o visitar com frequência, observe-o de fora como se estivesse no cinema ou no teatro, seguidamente estabeleça uma lista de acções que possa colocar em prática ou de pessoas a quem possa recorrer para pensar alto ou para ampliar algum dos seus recursos.

Olhe a tristeza como uma excelente oportunidade para recolher - Tal como na Natureza em que ciclicamente as flores fecham, algumas aves emigram, os ursos hibernam, a seiva das árvores recolhe para o tronco e raízes, também o ser humano precisa.

Quanto ao medo, na dose certa chama-se cuidado, indispensável à nossa sobrevivência e existência - Observe o medo, muitas vezes ajudanos a ter força de vontade para agir no sentido contrário ao que nos poderia ser nefasto. Observar mais do que recear permite transformar fraquezas em virtudes, e ver nos obstáculos grandes oportunidades.

Muito importante a salientar: fazer o que se gosta ou aprender a gostar do que se faz, é um bilhete de ida para o descanso e bem-estar sentidos com frequência em ambiente de férias!

3. Ambientais:
A poluição atmosférica bem como a existente no ar podem ser de facto nocivas. Em casa seleccione plantas que por um lado optimizam a sensação de bem-estar e que por outro funcionam como filtros externos tais como:
a) Lírio da paz: vulgarmente reconhecida como a “limpeza de todos”, é frequentemente utilizada em casas de banho, lavandarias, pois removem esporos de fungos e eliminam formaldeído (encontrado na poluição atmosférica, em alguns detergentes e tapetes) e tricloroetileno (utilizado com frequência como solvente industrial)
b) Gerbera: as suas maravilhosas flores eliminam o benzeno no ar, são conhecidas por melhorar o sono, pois ao contrário da maioria das plantas, a Gerbera absorve o dióxido de carbono e emitem mais oxigénio durante a noite.
c) Bambu: elimina formaldeído e actua como umidificador natural em locais muito secos e com tendência a acumular ácaros.

Hidratar, respirar, movimentar o corpo, observar em visão de helicóptero a nossa vida Emocional, abraçar o que Natureza nos dá em cada estação, são então alguns dos verbos cujas acções podemos fazer acontecer para assim manter a sensação de férias todo o ano!

Continuação de Férias inspiradas!
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DIANA PINHEIRO
ESPECIALISTA EM MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
COAUTORA DO LIVRO “ALQUIMIA DOS SABORES“
diana.pinheiro@yahoo.com
www.facebook.com/diana.pinheiro.549

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2013

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Escrever, conhecer, Viver

1/9/2013

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Escrever é um processo dinâmico de evolução e autoconhecimento e não um processo estático. A escrita reflexiva, é um exercício da liberdade criativa individual que contribui para a construção de um ser mais completo e conhecedor de si mesmo. Descubra-se um pouco mais!

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2013

(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Desde sempre a escrita foi utilizada para transmitir informação relacionada com os nossos pensamentos, emoções, ideais e sentimentos, sendo um elo unificador das pessoas permitindo a partilha, o crescimento e o conhecimento de cada um dos intervenientes. Escrevemos diariamente em muitos contextos da nossa vida, desde os profissionais aos pessoais e somos de igual modo leitores dos escritos de outras tantas pessoas, que usam as palavras para transmitir as suas ideias, o seu sentir.

Quando escrevemos estamos a expressar o conteúdo dos nossos pensamentos e das nossas emoções, colocando à nossa disposição um enorme conjunto de situações que devem ser reinterpretadas, integradas e devem também servir de base para o começo de novos desafios e o encerramento e início de novos ciclos de vida.

Escrever sobre o quê? Escrever com que sentido e finalidade? É preciso escrever para me conhecer? Como posso escrever sobre o que sinto?

Estas são algumas das questões que podem estar a surgir aquando a leitura deste artigo e cujas respostas vão surgindo espontaneamente, pois variam de indivíduo para indivíduo consoante a sua necessidade de compreensão, conhecimento e pela sua coragem de iniciar ou continuar um caminho de descoberta de si mesmo com consciência, aceitação e transformação.

Vivemos inúmeras situações causadoras de uma multiplicidade de emoções que ora são novidade ora assemelham-se às que sentimos ecoar dentro de nós em outras situações em nada idênticas. As emoções fazem parte do nosso sentir, das nossas experiências e mesmo que sejam conceitos definidos, o seu significado varia consoante a pessoa que as vive e sente. O Sentir é um processo único e individual.

Podemos escrever sobre tudo aquilo que vivemos, sentimos, ou seja, sobre todas as nossas experiências quer sejam causadoras de emoções menos ou mais positivas. A vida oferece-nos diariamente muitos motivos pelos quais escrever derivados das nossas relações pessoais, da relação connosco próprios, da forma como vivemos e visionamos o mundo em nosso redor.

Podemos escrever sobre situações com uma carga emocional menos positiva como por exemplo sobre a morte, perda, dor, separação, abandono, doença, medo, dúvida e sobre situações com uma carga emocional positiva como a gratidão, o encontro, os sonhos, as conquistas, os objetivos, o reconhecimento, entre outras situações que queiramos explorar e façam parte do crescimento de cada um de nós.

A escrita oferece uma capacidade única e surpreendente de reinterpretar as situações que vivemos no passado, as que estamos a viver e aqueles que gostaríamos de Viver, pois para a escrita não existe passado, presente, futuro, mas sim as emoções que fazem parte de nós e nos definem.

Escrevemos para nos conhecermos, independentemente de idealização de que sabemos verdadeiramente quem somos, pois o grande processo da nossa Vida é o constante crescimento, desenvolvimento e conhecimento de quem somos, através da análise e aceitação de todos os nossos processos vivenciais. Não há um fim associado ao processo de escrever, pois tal como a vida, é um processo contínuo, mutável, com oscilações derivadas das emoções que experienciamos em determinados contextos.

A escrita, surge assim, como ferramenta de autoconhecimento, pois permite-nos expressar livremente, em consciência e sem juízos de valor tudo aquilo que sentimos em determinados momentos e a leitura de tudo o que escrevemos, faz com que possamos assimilar alguns momentos que julgávamos compreendidos e resolvidos. Neste processo de escrita e leitura comparamos conscientemente o conhecimento que tínhamos e o que adquirimos das nossas experiências e da forma como nos comportamos em diversos contextos.

A escrita não é obrigatória num processo de conhecimento, existindo outras formas de conduzir esse mesmo processo, mas é mais uma ferramenta que se encontra ao nosso total dispor para ser utilizada sempre que queiramos e se assim o desejarmos, em consciência e motivados pela nossa necessidade de nos conhecermos mais e melhor. Diferencia-se da escrita criativa, pois é um tipo de escrita que depende do que escrevemos e não da forma como expressamos o que sentimos.

Para desbravar o nosso caminho de conhecimento, descoberta há que escrever livremente, sem críticas, aceitando que o que colocamos em palavras é fruto das nossas experiências e assim sendo, é algo genuíno e único. Não há escritas iguais mesmo que os contextos sejam idênticos e mesmo quando duas pessoas escrevem sobre a mesma situação, cada um irá expressar o que sentiu mediante a sua forma muito pessoal de sentir e partilhar.

Escrever, conhecer, viver foi o título selecionado para este artigo, pois resume a essência da escrita como ferramenta do autoconhecimento: quando escrevemos sobre o que vivemos, o que sentimos, conhecemos um pouco mais sobre a nossa forma de ser e estar e assim vivemos com mais consciência, plenitude relacionando-nos de uma forma mais saudável e genuína.
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RICARDO FONSECA
ENFERMEIRO, ESCRITOR
ricardosousafonseca.pt.to
percursosdevida@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2013

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