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O propósito de PERDOAR

31/8/2015

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“Saber perdoar” é normalmente considerado como sendo uma virtude. Mas sê-lo-á? E de que falamos nós quando falamos de perdoar? 
Por Cristina Marreiros da Cunha

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)


Outras questões pertinentes que também se poderão colocar são:

-Perdoar relaciona-se, apenas, com quem se sente ofendido/traído/abusado/agredido/violentado, ou, relaciona-se, também, com quem ofendeu/traiu/abusou/agrediu/violentou?

- Quando eu perdoo tenho em conta apenas o meu sentir, ou é um requisito perceber se o outro agiu conscientemente, propositadamente, e sendo assim se tal facto gerou ou não remorso e arrependimento?

- Posso eu perdoar atos praticados contra terceiros ou contra a humanidade?

Estas questões estão longe de ser consensuais, quer sejam abordadas pela religião, pela filosofia ou pela psicologia.

No que respeita à religião, na maior parte dos casos, perdoar não é considerado uma virtude, embora, no cristianismo, o perdão esteja associado ao amor e às virtudes da caridade e da paciência.

Há teólogos que consideram, por um lado, o perdão humano, que cada um de nós concede (ou não) ao outro, no âmbito das ofensas interpessoais, e, por outro lado, o perdão divino, concedido por Deus ao homem, (através do seu amor incondicional), absolvendo-o dos seus pecados, mas mediante arrependimento (perdão condicional).

O perdão divino visa reconciliar o homem com Deus. Já o perdão humano, pode ser visto num contínuo que pode ir desde abrir o coração ao outro num amor e perdão incondicional, que não necessita do outro nem do seu arrependimento- é um ato subjetivo de quem o pratica- até um perdão que implica ações que poderão (ou não) vir a resultar em reconciliação, sendo que para tal será necessário que ambas as partes dêem passos nesse sentido.

No campo da Filosofia vale a pena revisitar a postura de Aristóteles, uma vez que a sua obra, nomeadamente a Ethica, ainda hoje é motivo de reflexão. Howard Curzer, no seu livro “Aristóteles e as virtudes” e Gregory Sadler no seu artigo “Perdão, zanga e virtude numa perspetiva aristotélica” abordam alguns aspetos do pensamento deste filósofo grego a propósito do perdão.

Para Aristóteles o perdão não é uma virtude, embora esteja associado à virtude da temperança, sendo uma possível resposta virtuosa, quando concedido com conta, peso e medida. Ao contrário de outros filósofos, que consideram uma virtude num pólo e o vício no pólo oposto, Aristóteles olha para o perdão, como fazendo parte da virtude da temperança e como tendo dois vícios em cada pólo: o défice, e o excesso. Assim, o perdão incondicional é visto como um mito ou um vício.

Aristóteles, defensor da moderação ou da justa medida, considera a zanga e a retaliação como válidas em determinadas alturas, face a algumas situações ou pessoas, se tiverem uma duração apropriada e uma intensidade correcta. Na sua perspetiva, a zanga pode ser boa ou má, podendo ser necessária e motivadora e não apenas algo para ser controlado.

Quanto ao perdão, Aristóteles considera que há atos que não devem ser perdoados, pois foram conscientes e deliberados, sendo eticamente reprovável fazê-lo. Quem o faz, tem um défice de zanga, isto é, não se zanga quando deve ou com o que deve, ou com quem deve, sendo que, esta incapacidade pode ser prejudicial para o próprio, para os outros, e para a comunidade. De acordo com Aristóteles, para se aspirar ao perdão é necessário arrependimento e responsabilização que implica justiça e tentativa de reparação.

Chegamos agora a uma perspetiva psicológica e às implicações do perdão no bem-estar psicológico.

Alguns estudos mostram que as ofensas mais difíceis de perdoar são as que envolvem intencionalidade e em que não há pedido de desculpa, expressão de remorso ou arrependimento. Estes fatores levam a que o ofendido considere, tal como Aristóteles, que nestes casos o agressor não deve ser perdoado. É isto prejudicial ao bem-estar psicológico? Não.

O perdão envolve sentimentos, pensamentos e tendências comportamentais (ou mesmo comportamentos efetivos) e surge-nos como tendo duas dimensões: uma intrapsíquica, isto é, ocorrendo na mente de quem perdoa, e a outra, interpessoal, ou seja, ocorrendo em função do outro. Ambas as dimensões comportam fatores que se centram no próprio e que se centram no outro.

É possível confirmar através da prática clínica que, em muitos casos, a tendência para perdoar está relacionada com alguns fatores tais como: dificuldades na auto-focagem, medo do confronto com uma realidade difícil, receio de perder uma relação significativa. Isto pode ser reforçado por um ambiente externo, quer seja social, cultural ou religioso, que pressione no sentido do perdão. A título de exemplo, poderemos referir os casos de violência no seio do casal, em que a vontade de perdoar está mais associada ao facto de se querer manter a relação do que ao perdão propriamente dito.

Algumas vezes a urgência de perdoar, mais não é do que uma tentativa de não entrar em contacto com emoções de zanga vistas pelo próprio como negativas e não possibilitando poder ver-se como uma “boa pessoa”. Esta fuga de si próprio e do conflito interno pode conduzir à Auto depreciação e à vergonha, uma vez que as emoções primárias são negadas e reprimidas, numa tentativa de evitar a dor, e de seguir em frente. É fácil perceber que este tipo de perdão não facilita a recuperação do bem-estar psicológico, funcionando mesmo, como um impedimento a que tal possa ocorrer, uma vez que, entre outras coisas pode dar origem à falta de respeito próprio.

As problemáticas que envolvem a questão do perdão estão na maior parte das vezes relacionadas com assuntos inacabados

Um assunto inacabado pode gerar dois tipos de respostas: Ressentimento e Resignação.

Ressentimento- refere-se a um não-fechar do assunto que leva à ruminação, ou seja, à ativação de pensamentos sistemáticos em torno do assunto inacabado. Resignação- refere-se a um não-fechar do assunto de forma passiva, aparentemente conformada e vitimizante.

Qualquer destas respostas não é adaptativa no longo prazo e necessita de um processo de tomada de consciência e aceitação que implica sempre o luto pelo que se passou/perdeu, e pela atribuição de novos significados a essa perda e à nova realidade.

Aceitar o passado e o presente é uma tarefa nem sempre fácil, mas absolutamente necessária. Perdoar é uma escolha.

Durante o processo de aceitação, podem ocorrer desejos de vingança, que são positivos, uma vez que permitem trazer à superfície a zanga escondida e autorizar a fantasia da vingança e podem, a seguir, permitir abrir o caminho para a empatia, para o sentir do outro e, eventualmente, para o perdão genuíno. Após este processo, será então possível responsabilizar (o que não é nem retaliar nem procurar vingança) ou perdoar de facto.

A responsabilização implica que quem ofendeu seja responsabilizado pelos seus atos, ou seja, que, tanto quanto possível, haja reparação ou reposição de justiça sem que seja necessário perdoar.

O Perdão só é possível se não houver sentimentos escondidos de frustração, zanga, desejo de vingança, vergonha… Nas relações mais próximas será mesmo necessário poder restabelecer a confiança. Nos casais, ou o perdão é genuíno, ou as emoções não consciencializadas estarão sempre entre os dois, despoletando comportamentos que podem levar à rutura.

Em conclusão, pode dizer-se que os vários significados e definições de “perdoar”, os contextos diversos a que este ato se pode referir, as diferentes pessoas envolvidas e o seu grau de proximidade, bem como as diferentes dimensões e fatores que estão associados ao perdão, fazem com que este tema seja, complexo e multifacetado, não havendo respostas simples nem fáceis, mas havendo caminhos claramente benéficos e outros não benéficos, quer para o bem-estar psicológico individual, quer para uma ética social mais responsável.

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CRISTINA MARREIROS DA CUNHA
PSICÓLOGA E PSICOTERAPEUTA
www.www.espsial.com
cristmcunha@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2015
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Em busca de um Ser mais leve

1/8/2015

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Atingir um estado de paz, de leveza nem sempre é fácil. Podemos, contudo, fazer um esforço para lá chegar. Em primeiro, temos que arrumar a nossa casa interior, não deixando que o exterior, por vezes, agressivo, nos derrube, nos leve a um estado de permanente ansiedade. Posto isto, levar aos outros, aos ambientes que nos cercam a nova paz reconquistada, onde frutificam a solidariedade, a cooperação, a amizade em vez da competição feroz, da inveja ou os jogos de poder. Por Sandra Ribeiro


in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Estar em paz com a nossa consciência, com os nossos atos, sentir uma leveza capaz de percorrer todo o nosso ser é um estado que, raramente, conseguimos atingir. Se assim fosse, seríamos, perpetuamente, felizes.

E qual a razão de permanecemos, em constante stress, ansiedade, sempre preocupados com o dia de amanhã?

São várias as respostas a esta questão. Desde logo, a nossa própria insatisfação com a realidade que nos cerca. Vivemos em sociedades consumistas que impregnam o nosso espírito das mesmas ânsias: queremos sempre mais e mais, nunca estamos contentes com aquilo que temos ou, até com aquilo que somos. Se, neste momento, possuímos um carro, amanhã queremos um melhor. Se hoje, temos um vestido, amanhã, queremos ter dois. Se, neste minuto, temos um bom emprego, no que se segue, queremos aquela promoção. Se, agora, vivemos numa determinada localidade, para o ano que vem, queremos morar à beira mar. E os exemplos podiam continuar.

Há um borbulhar interno, uma sede, por vezes, implacável, uma guerra que travamos com o nosso interior em busca das expectativas que vêm do exterior que nos deixam inquietos, ansiosos, sempre descontentes qual D. Quixote à procura dos seus moinhos de vento​.

Se, por acaso, essas expectativas são cumpridas, logo, logo, nos encontramos de, novo, inquietos, porque lá à frente, está mais uma meta para alcançar, mais um produto para comprar. Mas, como referimos, existem outras respostas. Os outros. Do nosso interior, dos "demónios" interiores que ferem a nossa alma passamos para aquilo que reside fora de nós, para os nossos semelhantes. Estes, que nos levam os dias e as horas, podem ser uma fonte constante de um viver pesaroso, nada em consonância com aquilo que desejávamos para nós, a tal leveza e felicidade de que todos falam.

Isto acontece quando as relações que estabelecemos com os outros ou eles connosco estão longe de serem saudáveis, um viveiro de harmonia, paz, cooperação, partilha, amizade, amor. E os cenários tal como acontece numa peça de teatro podem ser os mais diversos. Falamos da família, mas também das escolas, das fábricas, dos escritórios, dos locais de recreação.

Ontem como hoje, os seres humanos muitas vezes, egoisticamente, em busca de aplacarem os tais "demónios" interiores, vão prejudicar o outro, o seu bem-estar, a sua paz, o seu equilíbrio. As necessidades do eu justificam tudo. ​É preciso dar vazão à sede de poder, fama, dinheiro. Está­ se disposto a tudo para se atingirem determinados objetivos. O outro passa, então, a ser um empecilho, um obstáculo a retirar do caminho. Já se sabe o que tudo isto gera numa família, empresa ou escritório: maledicência, intrigas, jogos de poder, invejas, conflitos, mal entendidos, má comunicação, provocações e por aí vai.

Será isto que que queremos para as nossas vidas?

Tudo começa em nós e termina nos outros. O leitor pode dizer: o mundo sempre foi assim e assim vai continuar. Não o vamos mudar.

Pergunto: será que não é possível?

A resposta pode e deve ser positiva. Queremos estar em paz, ser mais leves do que uma pluma, mas, a verdade é que, no nosso quotidiano, pouco fazemos para alcançar este estado edílico.

A felicidade total é uma utopia, mas podemos, de facto, contribuir para a construção de uma existência interior e exterior mais profícua, mais serena e estável. Resta-nos respeitar melhor o nosso interior, aquilo que somos e podemos ser em vez de responder a todos os estímulos que vêm de fora, e tentar espalhar à nossa volta, em conjunto com o outro, um universo mais harmonioso.

O nosso contributo pode ser pequeno, nos tais cenários de que se compõem a nossa vida, mais essa gota poderá fazer a diferença, poderá ser o estímulo, há muito, desejado pela nossa alma e pelo nosso semelhante que, no fundo, procura o mesmo: vida feliz num mundo em constante mudança. De dentro para fora, do pequeno para o grande, do átomo para o vácuo que nos cerca, é possível fazer a diferença.

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SANDRA RIBEIRO
POLITÓLOGA/HUMANISTA
www.dalmasabedoria.blogspot.pt
scrisdribeiro@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2015
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Leveza do corpo,o assomo do Espírito

1/8/2015

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A leveza Espiritual pode ser interpretada como sendo da ordem da libertação da “psique”/Inconsciente, ou então, a um nível mais metafísico, como transcendendo o que quer que possa ser conhecido ou sentido, (re) abraçando o Inconsciente. 
Por Luís Coelho

in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

A vida, esta passagem pela forma, a serventia da consciência, a queda prometaica no mundo da matéria, possui um preço. Ela é já o preço do "crescimento" de algo que a transcende, ela paga o preço da visita ao Reino menor, à terra dos homens, onde os prazeres e as desventuras proliferam e se conglomeram em metamorfose. O seu preço maior é o da própria peregrinação, o "sofrimento" requerido à maturação, o caminho necessário da libertação. Pago esse preço, enquistada a evolução, o corpo conhecerá a sua leveza, subtraindo-se ao Espírito, matéria subtil, Substância incomensurável, senão Absoluto de imperecível imensurabilidade, o Nada incognoscível, intraduzível, intemporal.

O corpo é substância "involuída", esqueleto de consciência e ação sobre o meio (e deste sobre o corpo). Ele implica a própria mente nos processos da vontade, do desejo, de transformação. A vida processa-se no mundo das "relações", das múltiplas tragédias de "individualidade consciente", no Universo primevamente ordenado e logo multiplicado na aparente dispersão de "linguagens", disperso na multiplicidade de dilemas.

Submetendo-se (e submetendo) à dualidade, o corpo-mente possui o peso da relação, ora repleta de "Luz", ora coberta de "trevas" (o "bem" e o "mal", que são, na verdade, julgamentos, caracteres da subjetividade), a "gravidade" do caminho, simultaneamente dianteiro e anamnésico, o trajeto dialéctico afeto à persona ("máscara"), no fundo, o peso do devir, que se faz na relação direta com o Passado, jus ao núcleo primitivo do ser.

O corpo-mente é nascido e criado no condicionamento, sob a capa da irrevogável Determinação; a Necessidade, a Fortuna, cede-lhe uma estrada de experiências, a oportunidade de "escolher" entre os "bons" e os "maus" caminhos, a própria conturbação do viver, composta pelo conjunto dos "desvios" ("pecados") e pelas reações a esses "males". O "mal" maior reside dentro de nós, é o nosso Inferno, o mundo subterrâneo, onde os nossos demónios se instalaram no Inverno pré-consciente para logo vociferarem na Primavera da vida, controlarem a ação consciente. Estes demónios, estes dinossauros do Inconsciente, fornecem a força do viver, a ansiedade de conquista, e o que se expugna é este Passado, o que se vence é a morte (a fobia de destruição, o complexo castrador, a ansiedade de separação), o futuro, pelo domínio do Pretérito, dos "dragões do Éden".

O vencimento dos demónios é a vitória maior da vida, só através dele será possível transformar o que vulgarmente se interpreta enquanto "mal" no que é encarado enquanto "crescimento", o "bem" da relação agora facilitada pelo debelar das defesas. O alívio do Inconsciente, do recalcado, é o alívio maior do intento da vida (do amor). Esta é a maior de todas as levezas, a libertação fantasmática e objetal, a eterização psíquica e conflitual, do ser.

No sentido objetivamente Espiritual (ou seja, no ponto de vista do Idealismo Objectivo), metafísico, a "libertação psíquica" trata de ser apenas a "felicidade"; não é, portanto, uma libertação Espiritual. A maior de todas as levezas exige um Caminho Maior que, segundo a tradição Oriental, implica uma (transposição da) Roda da Lei consubstanciada de várias vidas, existências diversas.

Poderíamos, claro, preconizar uma metáfora "psicanalizadora" e interpretar as diferentes "existências" enquanto fases da vida, "mortes" no espaço de uma só existência. Mas esta abstração, esta interpretação, não tem sido efetuada, pelo menos manifesta e diretamente, pela maioria dos espiritualistas e esotéricos; para estes, a libertação implica necessariamente a transcendência, a permuta da unidade "corpo-mente", do Quaternário Inferior (corpo, psique e Alma inferior), senão da própria "Tríade Superior" (Alma superior e Espírito substantivo).

É certo que a libertação de um Plano, de uma Escala de Consciência, acarreta necessariamente a projeção de um Plano "superior", de nova camada de Substância, de nova Identidade futuramente cognoscida. Mas, se encararmos o "Espírito" enquanto algo mais para além de "matéria por desvelar", fica a verdadeira Leveza a depender da Nadificação, Absolutização, da coisa comensurável, aí é, de facto, possível encontrar o "Espírito Puro", o ParaBrahman do Sanathana Dharma (vulgo "Hinduísmo"), o Tao para além do Tao (no Taoísmo chinês), os níveis metanóicos (para além do Nöus, na tradição hermética, mistérica e grega), Deus para além do demiurgo, a Coroa Kabbalística. Aqui é a morte (maior) que vence a vida (menor).

Este Absoluto é pura leveza, movimento quântico, mas se este fluxo quântico disfarça outra forma de matéria, "Ordem por desvendar", então o que parecia "leve" não é tão leve assim, e fica tudo a depender de um jogo de Escalas; aí é a visão que é leve, escorreita, desarmada, porque, estando armada, nutrida, de instrumentos poderosos, muito do que era Incognoscível ("Espírito") passa a ser Cognoscível ("Matéria"), como trato no livro «Crítica da Razão Espiritual. Dialéctica e Obsessão» (Edições Mahatma, 2015). E, relevando a metáfora de cima, também o Inconsciente de hoje, sendo desvelado, passa a ser consciente, conhecido, mas aqui era o "incognoscido" que pesava e é a "descoberta" que tudo torna leve, de uma leveza que só o Saber pode prover, como quando novos Universos, renovadas Escalas, são trazidos ao mundo do sonho, depois de arrebatados do sono metafísico. É que o conhecimento liberta. Ou será que escraviza, encarcera o antigo "libertino", quiçá o selvagem que em todos nós habita?

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LUÍS COELHO
TERAPEUTA E ESCRITOR
www.reeducacaopostural.blogspot.com
coelholewis@hotmail.com

in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2015
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A Insustentável Leveza

1/8/2015

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Procuramos a leveza como quem procura o ar que respiramos. Desejamos descomplicar e aligeirar a vida de toda a matéria que a compõe. Mas esquecemo-nos que o peso da substância é aquilo que nos define. Por Marta Nogueira

in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2015
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Gostamos de nos sentir leves, costumamos dizer. Leves como penas. A leveza dos corpos, sobretudo. Leves de pesos, de alimentos, de mazelas. Procuramos constantemente a leveza que nos afaste da nossa condição material, mesmo sem nos apercebermos disso. Gastamos tempo e dinheiro no ginásio e com dietas para nos livrarmos de peso. Dançamos e praticamos desportos radicais para ganharmos a capacidade de largar por momentos o solo opressivo e sermos transportados para as alturas do espaço sem restrições. Flutuamos na água para nos esquecermos por momentos da matéria que arrastamos constantemente connosco. Compramos cremes e operações para nos livrarmos das rugas e das cicatrizes que o tempo nos oferece. Queremos mimetizar a leveza diáfana dos modelos mediáticos que deslizam pelas passerelles da vida como anjos secretos. Sentimo-nos fascinados por homens de asas que apenas povoam as lendas mitológicas ou os romances de ficção mais imaginativos. Aplaudimos os que correm e saltam pelas pistas mundiais de atletismo, furando a resistência do ar em centésimos de segundo.

Seres terrenos que somos, procuramos o ar com avidez constantemente insatisfeita. Precisamos dele não apenas para respirar, mas também para sonhar. Pisando o chão debaixo dos nossos pés, olhamos para o céu à procura de uma infinidade de respostas e de escapes. Quando sonhamos, quando queremos viajar para fugir ao nosso dia-a-dia, quando desejamos que esta vida faça algum sentido na imensidão do turbilhão avassalador de milhentas vidas semelhantes que pululam o mesmo espaço que nós há milénios. As coisas boas estão em cima, nunca em baixo. Os paraísos, os sonhos, as memórias, os desejos, as esperanças, procuramo-las sempre desenhando com o nosso olhar uma curva elíptica dirigida ao infinito. E o infinito é sempre um qualquer zénite que paira acima, muito acima de nós, levado por um leve balão.

As coisas perfeitas parecem ser sempre belas e, sobretudo, leves. A leveza segue a beleza. Também nas ideias, que se querem puras e descomprometidas, nos dias que correm. Pensamentos demasiado complexos, filosofias demasiado complicadas, relações demasiado exigentes deixam-nos desconfiados. O mundo é cada vez mais feito de leveza. Não penses mais nisso, aconselhamos. Ai que complicação, desabafamos. E vamo-nos agarrando a tudo o que possa descomplicar, relativizar, aliviar. Gadgets que trabalhem por nós, amigos coloridos que não nos peçam demasiado, comida rápida e pronta num minuto, químicos que nos anestesiem, arte consumida em meia hora com a ajuda de um balde de diáfanas pipocas, tablets e telemóveis cada vez mais minúsculos que transportam as nossas vidas inteiras, pessoas sem bagagem, porque a bagagem é chata, pesada e complicada.

E dessa forma vamos perdendo também a essência das coisas. O comprometimento com elas. O esforço da dificuldade que demora a dar frutos, mas que é capaz de os tornar muito mais sumarentos. A bagagem que não gostamos de transportar nem de mostrar aos outros, afinal, é o que nos pode explicar melhor, por vezes, como as rugas com que a vida nos vai marcando.

Mas a força da gravidade puxa-nos sempre de regresso à terra. E relembra-nos que não somos como os pássaros, que podem sair disparados das grandes alturas por onde deambulam para rasgar os espaços celestes sem amarras de qualquer espécie e sem sentir o apelo da matéria. E imaginamos como poderá ser a vida assim, sem peso, desenhada em suspiros extraordinários de apêndices alares capazes de atravessar oceanos sem necessidade de pousar. Esquecemo-nos que os pássaros não têm alma e se a tiverem, que será muito mais leve que a nossa porque muito menos rica.

Quando Milan Kundera escreveu "A Insustentável Leveza do Ser" quis refletir precisamente sobre a dualidade existente entre a leveza da liberdade e o peso do comprometimento. Tomas era livre antes de conhecer Teresa, que o obriga a um comprometimento pesado e opressivo. Mas antes de Teresa a vida de Tomas não tinha sentido. Somos matéria. É por isso que chocamos, que nos ferimos, que caímos e que temos peso. É por isso, também, que sentimos e sofremos. É por isso que os anjos, ao revés, nos invejam, como contou Wim Wenders n' "As Asas do Desejo". Damiel, um anjo com asas, apaixona-se por uma trapezista de circo que voa sem asas, e decide "cair" no nosso mundo para dela se poder aproximar. Conhece Peter, anjo há muito caído na terra e nas malhas de Hollywood, mas rendido ao mundo colorido dos humanos - "To smoke and have coffee - and if you do it together it's fantastic"

Porque a leveza pode ser demasiado insípida, incolor e inodora, sobretudo se quem a procura não possuir substrato que a suporte.

MARTA NOGUEIRA
VIAJANTE DO MUNDO E DAS PALAVRAS
www.andromeda-news.blogspot.com
marta_nogueira@sapo.pt

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O leve sonho de Viver

1/8/2015

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Sucesso profissional, trabalhar arduamente, ter dinheiro, tudo é importante ao seu nível, mas de que vale se não for feliz?
Por Paulo Marques

in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2015
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Vamos fazer uma caminhada pela nossa vida, recuando, até bem lá atrás, à nossa infância, onde tudo teve um novo início.

Tudo recomeçou com o nascimento, onde o importante seria a nossa nutrição, o descanso e o carinho dos pais, um bom colo aconchegante.

Fomos crescendo, aprendendo, foram incutindo em nós diversos padrões sociais, uns aceitáveis, outros sem grande nexo, mas para nós, nada importava, apenas nos queríamos divertir, ser felizes.

Já maiores, a escola, os amigos e aí, a vida social começava a ganhar um outro ênfase, já era importante o que pensavam de nós, como éramos vistos, pois não queríamos ser julgados ou rejeitados. Nessa altura, tal como na vida adulta e para a grande maioria das pessoas, a opinião alheia contava tanto que se tornava mais importante do que nós, do que a nossa própria auto imagem, do que agir pelo coração e sermos felizes.

Os pais, a família, como se já não bastasse a sociedade, também descarregavam em nós, de forma subconsciente, os seus próprios sonhos, ideais, frustrações (ainda bem que não acontece com toda a gente) e isso, aos poucos ia condicionando a nossa forma de estar na vida, o nosso futuro. A certo ponto, já não sabíamos quem éramos, quais os nossos sonhos ou desejos, tudo se baseava nos outros e no que lhes queríamos proporcionar, pois tal como não queríamos ser postos de lado, também não queríamos magoar ou “desiludir”. E essa desilusão vem de um “erro” terrível que cometemos, o criar expectativas dos outros e uma imagem que basicamente é a mais confortável para nós, esquecendo quem são realmente, com as suas virtudes e lacunas. “Nunca me vou esquecer de um grande ensinamento que não ficou pela teoria, pois está no meu coração, o que os meus maravilhosos pais sempre me transmitiram: faças o que fizeres, és tu quem decide, mas sê feliz”. Não há maior dádiva de amor que se possa proporcionar a um filho e a todos os que nos rodeiam, por isso vos deixo esta dica e que não fique só pela teoria. O amor manifesta-se, acima de tudo, na liberdade de viver e aceitar a vida, com tudo o que ela comporta.

Mas, falando de muitos outros casos, assim se escolhe a área profissional, o curso, assim se estuda, sem motivação, onde tantas vezes o álcool e os abusos são a forma escolhida para ilusoriamente fugir à realidade imposta. Muitas e muitas vezes em competição feroz, pois “temos que ser os melhores”, “filho(a) tens que ser o(a) melhor, só assim terás um bom futuro”, são exemplos de frases muito ouvidas pelos jovens e futuros adultos. Pior que isso, já a trabalhar essa forma de estar na vida mantém-se como sendo a única possível e válida, onde se for necessário, espezinhamos quem se “meter no nosso caminho”. Então, como estamos num pais de títulos, onde “Dr. ou Sr. Engenheiro” tem um grande peso social, assim se criam os robots, seres que terminam cursos com médias altíssimas, muitas vezes com capacidades intelectuais notáveis, mas com um deficit emocional notório. Pessoas a quem lhes foi negado um abraço, um beijo, um simples gesto de carinho e afeto e assim, se tornaram frias, superficiais, incapazes de dar o que nunca lhes foi permitido vivenciar. Haverá felicidade nessa vida!? A felicidade existe de forma plena, mesmo havendo episódios de dor e lágrimas profundas, mas apenas quando o amor verdadeiramente nos preenche e envolve.

Então, será que esse tipo de vida, algo onde não há emoção, sentimentos, onde sobrevivemos em função de algo, sim, porque viver é quando o fazemos por nós e com amor, será que há leveza nessas vidas? Ou pelo contrário, nos sentimos presos, acorrentados a um “Eu” que não nós, que não gostamos e não conhecemos, que nos trás infelicidade e um grande vazio interior?

Ser leve para voar, viver o que sentimos, o que amamos, o que nos proporciona felicidade, sim porque a felicidade nunca tem uma origem exterior a nós, ou não será algo verdadeiramente puro, é esse o propósito da nossa vida. Podem afirmar que o contexto social em que nos encontramos não permite, mas e no vosso coração, já estão resolvidos a ponto de se permitirem ser felizes, de largar esse trabalho castrativo, deixar as amarras e voar? A vida é tão mais de uma qualquer limitação de estar ou ser, mas o medo, adquirindo ele tantas máscaras que nos iludem, impede-nos, bloqueia as nossas atitudes, o nosso sentir, impede até que nos vejamos como realmente somos.

Sem ilusões, mas voem, sonhem e agarrem-se a eles, sintam-se leves para que a brisa matinal vos leve para um novo dia, repleto de novas oportunidades, onde sois vós quem decide como vive-las! Aceitem o que a vida vos oferece, sejam gratos, mas se o vosso coração pedir mais (coração, não um rasgo emocional de um ego conturbado), ajam, arrisquem, pois o mundo, o amor, é de quem arrisca abrir as asas perante uma tempestade, mesmo sabendo que pode cair, jamais deixará a felicidade de voar

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PAULO MARQUES
MILITAR DO EXÉRCITO LICENCIADO
EM RADIOLOGIA; FORMADOR E FACILITADOR DO DESPERTAR DA
CONSCIÊNCIA HUMANA; AUTOR DO LIVRO “O SENTIMENTO DE VIVER A EMOÇÃO DE SENTIR”, EDITORA CHIADO
www.facebook.com/despertardaalma
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Leveza financeira, é possível?

1/8/2015

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A relação entre a leveza e o dinheiro, entre o mundo da azáfama hipócrita do lucro e a simples doçura a que o conceito de leveza nos remete. Estaremos preparados para isto?
Por Cristina Leonor Pereira

in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2015
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Esta é uma questão sobre a qual teremos de ponderar e que devemos, antes de tudo, colocar a nós próprios. O caminho da preparação depende na nossa vontade para abandonar velhos alicerces e erigir novos modelos dentro de nós próprios. Apela à nossa autonomia crítica e à capacidade de conseguirmos observar para além dos pré-conceitos que nos inculcaram, das ideias preconcebidas que nos impuseram e nos formaram.

A educação institucionalizada não é inocente, não é por acaso que aprendemos umas coisas e não outras: a escola formata e massifica, ensina a instrumentalizar o homem, reduzindo-o a aço e plástico, a uma máquina automática servil de um sistema financeiro, esvaziando-o de ideias, amputando a iniciativa crítica, alimentando-o de um entediante conformismo e passividade, educando-o para que acredite que nada pode ser e que deve entregar o seu destino às decisões de quem tem; de quem acumula dinheiro, de quem tem poder e monopoliza.

Somos educados para a subserviência, para manter, servir e doar a alma a um sistema de capitalismo e de valores que ombreiam a competitividade, o consumo, a destruição mútua e a solidão. Isto é, sem dúvida, pesado! Mais pesado é inclusivamente para quem ingenuamente alimenta e se regozija com esta engrenagem desumana, que julga estar a salvo no seu oásis dourado de poder, enganando-se ao procurar a sua felicidade nos becos escusos da mentira e nos meandros iníquos da argúcia estulta e vã; soterram-se e alimentam-se de um vazio que não sabem como preencher e morrem na mais completa nulidade. O que também é pesado e revela, meramente, a imensa incapacidade de auto conhecimento e de inteligência emocional por parte das elites de poder que, ao congeminar contra a vida e o mundo, atentam, enormemente, contra si próprias.

No fundo, o capitalismo, e sobretudo a sua expressão global e radical, em que submergimos cada vez mais, caracterizado pelo cúmulo de uma corrupção transparente, cujos atores assumem sem pejo os crimes que praticam, tece uma teia em que todos nos encontramos enleados e que compete a cada um de nós a responsabilidade de a deslindar, desenlaçando-nos do engodo dos seus ilusórios atilhos. Chegados a este extremo, a lei natural estrebucha, exigindo o seu oposto complementar: podemos acreditar que vivemos numa era em que entre os insólitos escrúpulos da ditadura financeira, emergem, cada vez em maior número, significativos empreendimentos voltados para a renovação, resgate da ordem, dos valores humanos, rumo a uma leveza financeira e ao primado do ser sobre o ter.

Dizia o professor Agostinho da Silva que «nascemos de graça e passamos o resto da vida a ganhá-la». Nascemos condenados a ter que ter muitas coisas; a ter que ter para sobreviver e para morrer. E tudo isto se consegue entre correrias e atropelos quotidianos, desgaste e stress emocional para servir, sem questionar, o modelo de vida que nos foi ensinado e dado sem alternativa: o sistema capitalista. A moeda foi criada para trocar e qualquer outra forma de uso, como a sua acumulação estéril, é um insulto à sua essência e uma deturpação do seu sentido inicial, que, em si, é primordialmente inócuo. O dinheiro é um valor simbólico, tornado tão real que não nos apercebemos que a importância que tem, fomos nós que lho demos. É hora de converter esta pirâmide e de pôr os interesses da humanidade no seu cume.

A leveza financeira funda-se numa forma de vida mais subtil e centrada na ecologia. O foco das ações não é a realização de capital, mas a simplicidade, a valorização do que é, de fato, útil. O centro da atenção desloca-se para as necessidades internas de cada pessoa, na sua relação com o ecossistema em que estão inseridas, isto é, com o lugar, com os outros, com o meio ambiente e com todas as possibilidades que podem advir desta articulação. O aspeto financeiro é só uma parte da realidade prática e organizativa do homem em sociedade e não é sensato atribuir-lhe mais peso do que é necessário, para além da função utilitária que ele desempenha no conjunto de todas as dimensões da existência humana.

Podemos testemunhar que os sistemas de trocas, que a vida em cooperação, o respeito por si e pelo outro, e a desaceleração da vida, na sua generalidade, é uma construção que se faz aos poucos, muitas vezes sem plano prévio, e que surge da imperiosa necessidade de criar respostas e condições de sobrevivência para pessoas que desistiram de confiar no sistema e de esperar que a figura do estado lhes resolva os problemas. Na maior parte das vezes, tem sido a extrema necessidade, aliada à força revolucionária de sujeitos que preservaram no seu íntimo, o seu espírito inconformista e criativo, que fez com que pessoas de juntassem, se inter-ajudassem, trocassem, se apoiassem, encontrassem infra-estruturas, com escola e saúde incluídas, que asseguram um sistema financeiro leve, mas, por outro lado, cheio e pesado de valores com sentido humano. O dinheiro não deixou de ser um recurso, mas tornou-se mais leve, voltando à sua posição de mediador entre situações. E as coisas simples, verdadeiras e belas readquiriram o seu valor, voltaram a ser apreciadas.

Mudar está a um passo da nossa consciencialização e da nossa coragem de quebrar a norma e arremessar-se, em conjunto, rumo ao desafio de realizar novos paradigmas.

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CRISTINA LEONOR PEREIRA
PROFESSORA/ COORDENADORA DE PROJETO PEDAGÓGICO:
“APRENDER A APRENDER”
www.empowertolive.pt

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Leveza emocional nos relacionamentos...

1/8/2015

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Quando falamos em leveza emocional é ter sentimentos sem a poluição emocional, livres, libertos dos medos, das inseguranças e das carências emocionais. 
Por Sónia Moura Sequeira

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Muitas vezes tornamo-nos conscientes da escravidão emocional a que estamos sujeitos quando a nossa relação começa a desmoronar. Isso acontece quando uma pessoa que nos fere, ou que nos escraviza ou porque alguma coisa dentro de nós é quebrado e tem que dizer basta. Por vezes somos nós próprios que nos escravizámos.

Nessas situações, nós sentimos que o mundo está desligado e uma onda de imensa dor está a impedir-nos de respirar sobre nós e nos trazer a leveza e a paz que necessitamos e tanto ansiamos.

Esta é a sufocação emocional e o seu ingrediente chave, a dependência emocional.

Mas, às vezes, é hora de libertar o que nos obrigamos a sentir e começar uma nova vida, porque a renovação emocional. Amar porque nos sentimos bem em dar amor, porque cultivamos amor dentro do nosso coração sem estar à espera de nada em troca.

Saber amar é um desafio da humanidade no seculo XXI, amar sem medo de se magoar. Depois do amor nem sempre vem a deceção. A mágoa acontece exatamente quando esperamos demais de quem amamos. É como comer uma refeição deliciosa, ao fim de algumas horas transforma-se em dejetos. Também não é necessário deixar de comer, para deixar de ter prisão de ventre, é só saber comer. O mesmo se passa com as emoções, saber lidar com elas é próprio da inteligência emocional. 

No aspeto das relações interpessoais colocamos como primordial saber lidar com o amor. Por vezes o amor fere, o amor dói, quando existe a deceção amorosa, a mágoa, o odio.  

A mágoa só existe em alguém que amou ou ama de forma presa às suas próprias expetativas e carências emocionais. 

Na maior parte das vezes entendemos o amor de forma errada porque a chave não é o "eu preciso desta pessoa na minha vida", mas "eu prefiro esta pessoa na minha vida." Para ignorar os sentimentos e necessidades de posse que são pesados, necessitamos de substituir por um sentimento de amor mais puro com paz e liberdade com nós mesmos. Para isso basta cultivar o amor-próprio.

A sua verdadeira liberdade vem quando você começa a entender quem é e o que é capaz de fazer. A independência e a liberdade na relação é um troféu que só alguns conseguem e pode alcança-lo desatando as cordas que o prendem à relação e olhar para a frente, sem precisar de alguém para levá-lo/a pela mão.

A Nossa dependência é o que nos torna escravos , especialmente se a nossa auto estima depende de algo ou alguém. A necessidade de elogios, carinho ou atenção faz de nós um barco prezo com âncoras pesadas, faz de nós alguém com um dono do nosso próprio destino.

Quando o nosso barco se livra das âncoras pesadas e prefere ter leveza, percorre de forma harmoniosa o seu caminho, tendo a certeza que a sua felicidade depende exclusivamente de si.

Ninguém o pode magoar sem o seu consentimento, não permita que alguém lhe retire essa leveza, essa paz de espírito tão necessária para tomar decisões com bom senso.

Assim, a autoconfiança e a auto estima mantidas são as melhores ferramentas para dizer adeus aos vícios, à poluição emocional, dando uma leveza primordial à vida.

O conceito de estufa emocional que Jaume Soler deu para definir o ambiente onde nos localizamos nos nossos relacionamentos consiste, em uma estufa pesada leva o casal à exaustão, o stress, a impaciência, o pensamento rígido, a ânsia pela razão que deve ser substituída por um ambiente mais leve e puro.

Quando se investe nos sentimentos pesados podem ficar resíduos emocionais, estes contaminam o meio ambiente através das agressões verbais ou comportamentos destrutivos: queixas, ressentimentos, rancor, mau humor, desânimo, boatos, juízos negativos, fúria, raiva, menosprezo, cinismo...Têm um impacto negativo em nós mesmos e nas relações interpessoais. Optar pela leveza de sentimentos na relação, é a melhor opção para garantir um relacionamento harmonioso e uma estufa saudável.

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SÓNIA MOURA SEQUEIRA
PSICÓLOGA CLINICA
www.soniapsicologia.wix.com/
psicologaemocional
soniapsicologia@sapo

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Leveza

1/8/2015

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Ser leve é não arrastar connosco o peso do passado, é despojarmo-nos dos fantasmas que nos habitam. Por Fernanda Botelho

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Acordar cada manhã, olhar o céu, respirar fundo e abraçar o presente com a certeza de que esse é, e será sempre o único momento seguro de que dispomos e que vale a pena viver inteiramente.

No tempo que corre à vertiginosa velocidade que nos consome as horas, é difícil não andarmos dispersos em mil e uma coisas, mas é importante que saibamos sempre focarmo-nos no presente e estarmos inteiros em cada momento.

“Enquanto escrevo esta crónica que me propuseram sobre o tema da LEVEZA, sentada na mesa da cozinha, vejo refletidas no écran do computador as árvores do meu jardim. Está sol e vento lá fora, vislumbro uma nesga de céu azul a espreitar entre as folhas da figueira.

Os figos, porque não sabem ser leves e vão obedecendo à incontornável (será?) força da gravidade, vão-se esborrachando no chão para mal dos meus pecados e deleite de tudo o que é bicharada. Passo parte do verão colhendo do chão esta papa em processo acelerado de fermentação, já foram figos e agora metamorfoseiam-se em algo mais leve, sem massa, sem corpo, sem matéria, do figo afinal o que resta?

E de nós o que resta quando esta massa a que chamamos corpo se transforma em larvas, em terra, em sementes escuras esperando o momento de renascimento no reino da luz?”

Estar perto ou dentro da Natureza ou trazer a natureza dentro de nós ajuda-nos a entender e interiorizar o caráter leve e inconstante de tudo o que existe.

Viver os nossos dias em contacto mais ou menos íntimo com o verde que nos rodeia, só traz benefícios para a nossa saúde física, emocional e espiritual.

Existem no entanto muitas plantas que nos podem apoiar e ajudar nessa sensação de leveza e saúde. Difícil é a escolha.

Começamos talvez por um problema recorrente e que afeta muita gente; as enxaquecas.

Estas têm muitas causas, uma delas é a lacuna do verde dentro de nós, de vivermos numa roda-viva urbana e portadora de stresse, propormos-mos fazer muito mais coisas do que aquelas que o tempo permite e isso provoca em nós uma certa angústia que dá muitas vezes origem às mais atrozes dores de cabeça.

Nessas situações existem várias plantas que podem ser úteis: a camomila (Anthemis nobilis) é um bom relaxante do sistema nervoso e portanto poderá ajudar a reduzir a sensação de stresse. Utiliza-se em forma de infusão, três a quatro chávenas por dia.

Uma espécie de camomila mas que na verdade é um tanaceto (Tanacethum parthenum) a que os inglese chamam de feverfew, é dos mais eficazes remédios naturais contra vários tipos de enxaquecas. Na Madeira dão-lhe o nome de artemija, apesar de não ser uma artemísia.

A alfazema é também muito eficaz no tratamento de enxaquecas originadas pelo excesso de energia e tensão. Existem várias formas de a utilizar, uma delas, é ter à mão uma pequena garrafinha de óleo essencial e colocar algumas gotas nos pulsos, na base do pescoço ou nas têmporas, tendo sempre o cuidado de escolher estes e outros produtos de certificação biológica. Evitar também o contacto com a vista.

 Pode ainda usar as flores de alfazema em infusão ou dentro de pequenas saquetas colocadas debaixo da almofada para um sono mais descansado.

Outras plantas que poderemos associar à sensação de leveza trazida por um sono profundo e tranquilo é a valeriana (Valeriana officinalis) de cuja planta se utiliza a raiz em decocção e não em infusão, já que, ao falarmos da utilização de raízes estamos a falar de ferver esta parte da planta e a esse processo se dá o nome de decocção e não infusão. Outra forma de tomarmos a valeriana é em cápsulas, existindo várias marcas no mercado.  É uma depuradora do sistema nervoso, recomendada a pessoas muito inquietas, com insónias e medos.

Recomenda-se juntamente com a valeriana tomar alguma infusão de plantas que ajudem a eliminar as toxinas libertadas pela depuração, tais como o aipo (Apium graveolens), agarra-saias (Galium aparine) ou o dente-de-leão (Taraxacum oficinallis).

E já que falamos de artemísia, a (Atemisia absinthum) que inspirou tantos poetas e pintores devido a um dos seus compostos alcaloides, que se for ingerida em excesso pode conduzir a estados alterados de consciência. Muito inspiradora da poesia de Fernando Pessoa e das pinturas de Van Gogh. Para não caírem em excessos e danificarem os vossos fígados, a artemísia pode ser utilizada de uma outra forma que consiste em colocar um pequeno rolinho feito com a planta fresca, debaixo da almofada já que o seu aroma estimula a atividade onírica.

A Tilia (Tilia sp), a flor de laranjeira (Citrus sinensis) e a Flor de maracujá (Passiflora edulis) são também importantes plantas que poderão trazer sensação de leveza pois são bons relaxantes e ansiolíticos.

Poderíamos falar aqui também nas plantas de poder associadas a rituais xamânicos tão comuns em culturas que têm uma forte ligação à terra e às plantas medicinais; culturas dos povos da Amazónia, ultimo grande pulmão verde do planeta, culturas da Índia, de África, da Indonésia ou da Austrália onde a utilização dessas plantas que esbatem as fronteiras entre a matéria e o espírito, é ainda hoje praticada com intuito de ligar o Homem às suas raízes mais profundas, ao cordão umbilical que nos liga a todos á grande mãe TERRA.

Uma vez encontrado esse elo de ligação seremos com certeza seres mais leves, mais felizes e mais em paz com o verde que nos rodeia.

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FERNANDA BOTELHO
AUTORA DE VÁRIOS LIVROS E AGENDAS SOBRE PLANTAS
MEDICINAIS. O SEU ÚLTIMO LIVRO “ UMA MÃO CHEIA DE PLANTAS QUE CURAM” É UMA COLEÇÃO DE TEXTOS E FOTOS DE 55 PLANTAS MEDICINAIS ESPONTÂNEAS EM PORTUGAL

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Leveza de Espírito,o Caminho para a Tranquilidade

1/8/2015

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O segredo está em olhar para cada acontecimento da nossa vida como uma aprendizagem, relativizar as situações mais traumáticas e pacificar o coração. Por Rute Calhau

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Cada um de nós tem uma história de Vida. História essa que transborda inúmeras experiências/vivências. São essas vivências que fazem de nós aquilo que somos hoje, aqui e agora, neste momento.

E cada momento é vivido de acordo com aquilo que sentimos, com a sua real intensidade e sabor.

Cada história tem o seu sabor. Amargo ou doce. Agridoce ou picante.

Seja em que setor for (familiar, profissional, relacional, etc.) cada momento tem a sua magia. E acreditemos que mesmo os momentos mais amargos, são os momentos que mais nos fazem crescer e fazem de nós pessoas mais puras, seguras e com um despertar de consciência diferente.

São esses momentos mais amargos que fazem de nós pessoas mais fortes e capazes de vencer qualquer batalha.

Essa força deve ser agarrada com “unhas e dentes” para que nos mantenhamos fieis a nós mesmos ao longo da nossa vida. Que sejamos verdadeiros connosco próprios e que aceitemos a nossa essência, respeitando o nosso Ser.

Por mais que o passado tenha sido sombrio e que nos tenha magoado, do que vale viver em rancor, mágoa, culpa, ódio? É difícil aceitar a ideologia de que nada acontece por acaso, mas a realidade é que sem dúvida alguma, são esses momentos menos bons que fazem de nós pessoas melhores. Basta querer ser melhor e superar-se a cada dia. É necessário muito trabalho interior, é verdade. Mas do que vale continuar com pensamentos e/ou atitudes menos boas se isso não nos leva a lado nenhum e só nos causa mais transtorno?

Ninguém nasce ensinado. E não se aprende a lidar com as nossas emoções na escola. Nem mesmo os nossos pais nos podem ensinar isso. Teremos que ser nós mesmos e por vontade própria que teremos que alcançar a paz de espirito através da nossa força de vontade para transmutar o que é negativo para positivo.

Lembremo-nos que a vida não é um palco em que um ator faz o ensaio antes da estreia. A vida é o próprio ensaio. E cada um de nós reage à sua maneira, conforme a aprendizagem de cada um.

Podemos e devemos também respeitar que temos um lado Sombra e que ao aceitarmos esse nosso lado, podemos trabalhá-lo de forma a transmutar essa energia para algo mais positivo. Por exemplo: Se o seu lado sombra é a agressividade, com toda a certeza assistiu a episódios de agressividade entre o pai e a mãe ou mesmo entre os avós. É normal que uma criança que cresça neste ambiente, tenha atitudes mais agressivas, tal como ser mais respondona ou impulsiva. Em adulto torna-se uma pessoa mais conflituosa. E isto acontece porque é o fluxo natural da vida. No entanto, se a pessoa se der conta do seu lado sombra e o quiser trabalhar, pode fazê-lo. Assim, em vez de gerar um conflito sem pensar e reagir ao mero impulso, pode primeiramente refletir sobre a situação e quando exteriorizar o seu sentimento/pensamento, certamente terá um diálogo mais assertivo e conclusivo.

Leveza advém da palavra inglesa “lightness”. Não há Luz sem Sombra. Por isso falamos da sombra. Devemos respeitar estes nossos dois lados, pois um não vive sem o outro. Yin & Yang, Lua e Sol, Masculino e Feminino, etc.

Viver na Luz é ter consciência daquilo que somos, aquilo que fomos e aquilo que queremos ser.

Viver na Luz é respeitar cada momento como único e integrar cada aprendizagem.

O caminho para o autoconhecimento, evolução de espírito, despertar de consciência… como quiserem chamar… não é fácil. E também é verdade que quando se dá o despertar de consciência, não há como voltar atrás. Automaticamente tornamo-nos pessoas mais atentas a tudo aquilo que nos rodeia, a cada pormenor à nossa volta.

Devemos sim estar atentos, mas não nos prendermos a tudo e nada.

Ninguém é de ninguém e todo o bem material, de nada nos serve em outra dimensão.

Podemos alcançar a leveza de espírito/paz de espírito através de práticas diárias como a meditação, o auto-reiki, transmutação/transformação da linha de pensamento (todos os dias integrar uma nova e positiva linha de pensamento, visão e maneira de estar na vida), através de uma alimentação saudável, práticas espirituais… e inúmeras outras ferramentas que estão ao acesso de todos. Basta seguir o coração. Largar o velho para dar espaço ao novo. (Podem fazer o exercício de deitar fora ou dar aquilo que já não precisam – livros, roupa, móveis…- Arrumar as gavetas é também arrumar as ideias).

Terminamos com uma célebre frase, com a intenção de promover a reflexão sobre a mesma. “A paz não é apenas o nosso objetivo final, é também a única maneira de conquistá-lo.” – Martin Luther King 

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RUTE CALHAU
NATUROPATA E TERAPEUTA HOLÍSTICA
www.naturalmentezen.jimdo.com
rutecalhau.therapies@gmail.com

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