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Entrevista a Isabel Gonçalves,
​
​ " Rumo à minha Plenitude"


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Isabel Gonçalves fundadora da Academia e Centro Holístico Harmonizando e autora do livro “Rumo à minha Plenitude”, fala aos leitores da Revista Progredir, sobre a importância do despertar e da vontade de aprender.

Progredir: Isabel, para os leitores que não a conhecem, quatro palavras que a definem como pessoa? 

Isabel Gonçalves: Definir-me não é fácil – pela minha natureza, pela minha experiência ao longo da vida… e em 4 palavras, menos ainda. Mas recorrendo a associações, diria talvez que:
  1. 1- Sou curiosa e irrequieta, pois nunca nada me pára enquanto me sentir abençoada pela energia da vida que me anima…
  2. 2 - Quando me foco no que quero realizar, sou empenhada, teimosa e “lutadora”… o que me torna inventiva e por vezes mesmo criativa… quando não também cansativa para os mais próximos…
  3. 3 - Nas minhas relações interpessoais, sou fundamental e simultaneamente comunicativa (gosto muito de partilhar tudo o que descubro) e creio que amorosamente empática quando oiço…
4 - Quando por vezes páro, sou sonhadora … e então tudo recomeça: torno-me de novo curiosa, etc. etc…
Numa palavra: sou geminiana!

Progredir: Fale-nos um pouco do seu percurso de vida?

Isabel Gonçalves: Quando hoje olho para o meu “passado” não posso deixar de reconhecer quão abençoada tem a minha vida realmente sido… desde a infância até agora sempre rodeada de muito amor, amigos, oportunidades…  mas foi um trajeto simultaneamente recheado de muitos desafios pelo meu feitio irreverente e irrequieto...

Apesar de ter nascido em Montemor-o-Novo em 1952, não criei (ainda) laços com esta terra maravilhosa que agora visito quando posso. De facto, cresci e “moldei-me” em África, entre as costas oriental (Moçambique) e meridional (África do Sul) de 1954 a 1976. Ali fui educada (essencialmente em colégios de tradição religiosa), ali casei e tive um filho (hoje pai dos meus 2 netos realmente extraordinários), ali obtive a minha licenciatura em Serviço Social (como Assistente Social).

Foi em 1971 em Moçambique que me confrontei com o facto de não me poder formar em nenhum dos 2 cursos superiores que me atraiam (Advocacia e Sociologia) por estes não serem ministrados naquele país por razões políticas. Este facto contribuiu para despertar em mim uma consciência nova pelo não reconhecimento de direitos e liberdades a estratos mais desprotegidos da sociedade – situação a que até então tinha sido alheia. À medida que tentava informar-me cada vez mais e participava na clandestinidade em várias atividades estudantis universitárias então consideradas subversivas (a ponto de me ser instaurado um processo de averiguações na então polícia política, a Pide-DGS) assim fui crescendo em consciência e compaixão. Tinha então quase 20 anos e lembro-me de nessa altura ter posto em causa boa parte das minhas anteriores convicções, incluindo a minha vertente religiosa prática, mas sem nunca perder a conexão interior à minha dimensão espiritual.

Em 1973, numa das minhas viagens a Porto Amélia (hoje Pemba) no Norte de Moçambique – um dos maiores paraísos vivos do globo – vivi de forma quase dramática alguns episódios de guerra, que experienciei direta e pessoalmente e que nunca esqueci.

Foi em 1975, recentemente concluída a minha licenciatura, que tive a minha primeira e quiçá a mais extraordinária experiência profissional: integrar um projeto multidisciplinar das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) nos arredores de Maputo e em que desenvolvi diversas ações de âmbito social e comunitário com as populações e as estruturas políticas locais. Este “trabalho” transformou-me definitivamente: a partir de então, toda a minha consciência e atuação passaram a ser pautadas de forma natural e espontânea pelo humanismo e amor ao próximo.

Em 1976 deparávamo-nos em Moçambique com a inexistência de alimentos frescos e bens essenciais, incluindo escolas e assistência médica.  O meu filho, que tinha então 2 anos, tinha recentemente sido vítima de uma grave avitaminose que lhe provocou um princípio de escorbuto e que colocou a sua vida em risco: não havia médicos nem medicamentos. Concluí então, e só então, que era altura de sair deste país que tanto amei e que de forma tão profunda me edificou, para vir para uma terra distante, sem qualquer apoio externo, que apenas tinha em comum com a minha cultura a língua portuguesa; tudo me era estranho, hostil e ameaçador. Mas esta terra acolheu-me e entretanto aprendi a amá-la.

Após alguns meses de aqui ter chegado, e apenas pela mão de forças “invisíveis” que sempre me protegeram, ingressei após concurso de admissão no quadro de um Hospital estatal na periferia de Lisboa para criar o departamento de Serviço Social onde trabalhei durante mais de 1 ano.

Em 1978 transitei para a então Junta de Investigação Científica (hoje FCT) e depois para outros departamentos do mesmo Ministério da Ciência e Tecnologia onde permaneci até 2009, quando apresentei a minha pré-aposentação. Neste período, fui-me deparando com experiências formativas (pois encaro tudo como aprendizagens) profundamente enriquecedoras:

Fiz o Mestrado em Políticas e Gestão de Recursos Humanos no ISCTE e tornei-me Formadora certificada pelo então IEFP.
Entre 1978 e 2009 servi diversas instituições da Ciência e Tecnologia onde ocupei vários cargos: a minha atividade profissional (coordenação de equipas de trabalho, direção de projetos, gestão de departamentos, ações de representação ministerial e de cooperação internacional, investigação universitária, etc.), bem como toda a formação profissional que fiz durante esse período (desenvolvimento da criatividade, gestão de equipas, técnicas de tomada de decisão, gestão de projetos e gestão do tempo, desenvolvimento pessoal, etc.), aliados à minha formação académica e espiritual – foram valiosos e insubstituíveis contributos para me tornar quem hoje sou, quer na área da gestão, quer como terapeuta transpessoal e formadora.

Em 2005 dei corpo a um projeto pessoal e fundei uma estrutura que designei de academia e centro holístico HarmonizandoÒ que tenho dirigido desde então. Hoje encontro-me certificada, entre outros, como Hay TeacherÒ, Life Coach (ECIT/CCF - Certified Coaches Federation), Terapeuta em Psicoterapia e Hipnoterapia (IACT – International Association of Counselors and Therapists), EFTÒ Practitioner e Mestre-Professor de Reiki e Magnified Healing. Sou autora dos livros "O Pequeno Reikiano", ed. Ariana (2009) e “Rumo à Minha Plenitude”, ed. Mahatma (2018).

Enquanto Formadora, tenho proferido palestras e ministrado cursos e workshops na área do Desenvolvimento Pessoal, sendo também autora desde 2009 de artigos sobre desenvolvimento pessoal e métodos de cura natural, na qualidade de colaboradora permanente de revistas especializadas nacionais nesta área. Na minha atividade diária, realizo sessões terapêuticas e de orientação pessoal e familiar em regime de atendimento individual e em pares (mediação de conflitos). Conduzo regularmente trabalho em grupo com crianças (em regime de parentalidade consciente), jovens e adultos nos Programas “Rumo à Minha PlenitudeÒ”, “Amo-me, Curo a minha Vida e Conquisto os meus Sonhos” (seg. método Heal your LifeÒ de Louise Hay) e “Meditação & Mindfulness Vivencial”.
Em 2018 recebi o título honroso de Global Goodwill Ambassador (GGA) pelo meu trabalho humanitário.

Progredir: O que a motiva na sua área de trabalho?  

Isabel Gonçalves: Em primeiro lugar o sentido de “serviço”, de ajuda, o DAR. Quando me dou sinto-me fraternalmente integrada, em comunidade com os que me cercam ou me procuram; quando me dou todo o meu ser reverbera de amor e alegria. O poeta e filósofo indiano Tagore escreveu: “Dormia e sonhava que a vida não era mais do que alegria; Acordei e vi que a vida não é mais do que servir; Servi e vi que servir era a alegria.” – é mesmo isso que sinto. A exortação da consciência da fraternidade enquanto pressuposto para a “ressurreição” ou ascensão grupal é também uma das mensagens nucleares dos ensinamentos agrupados no Curso em Milagres (UCEM), que amo e tento estudar. Considero realmente que todos os que me procuram refletem partes de mim e chegam até mim para eu me descobrir, reinventar, curar, transformar… agradeço a cada um esta oportunidade.
Em segundo lugar, e correlacionado com a anterior, motiva-me a oportunidade de aprendizagem, o RECEBER. Nada existe “fora” de nós mesmos, apenas a ilusão nos faz crer o oposto e assim transmito nos meus cursos esta consciência de gratidão e empatia por cada novo ser que surge em cada atendimento. Por esta razão considero que as minhas sessões “terapêuticas” individuais ou familiares são fundamentalmente ações de formação 1-para-1, caminhando com cada um para que se redescubra ou reequilibre de retorno à sua essência – sabendo que não estamos realmente separados…
Em terceiro lugar, motiva-me a diversidade e pluralidade de situações e oportunidades que vão surgindo, seja em processo terapêutico ou de formação – recordando-me a cada instante este caleidoscópio que é a vida, a nossa natureza de personalidade multifacetada…
E finalmente sou motivada por este renovar constante da consciência da nossa natureza espiritual – cinética, em movimento, apelando ao desapego, à aprendizagem e experiência contínuas…


Progredir: Como nasce a Academia e Centro Holístico Harmonizando? 
​
Isabel Gonçalves: Do meu “despertar”, da minha libertação da ilusão. Da minha necessidade de transformação. Da vocação para servir e partilhar. Quando a “voz” interior surgiu, quando a Luz me abençoou (terá sido loucura?) não hesitei em deixar o que alguns consideram uma carreira quase “gloriosa” para começar a ensinar a prática da meditação a adultos e crianças e com sessões de coaching transpessoal… assim comecei. Pouco tempo depois fui associando outros colaboradores em outras áreas, que considerava complementares, e outras terapias e áreas de formação à medida que eu mesma alargava formalmente os meus conhecimentos e competências na área em que já exercia atividade, por forma a servir melhor.


 

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Progredir:  No seu Livro "Rumo à minha Plenitude" que ferramentas pretende transmitir ao leitor? ​
​
Isabel Gonçalves: Toda a minha atividade se orienta pela necessidade de partilhar o que vou descobrindo e que funciona para mim e para aqueles que sirvo, mostrando a cada um que ele também é capaz. Como refiro no livro, entendo que não há mágicos nem curadores; há apenas alguns que partiram mais cedo e ao descobrirem novas paragens e formas de fazer, as partilham com os demais que estejam despertos e queiram aprender. Desta forma tiram as pedras do seu caminho, nada mais fazem além disto. Tudo o resto é ego, ilusão, é maya.

O que tento fundamentalmente transmitir é a consciência de que cada um tem em si o seu próprio “curador” e que através da vontade, disciplina e auto compromisso pode transformar-se, transformar as condições da sua vida e “curar-se”. Para suportar essa mudança transmito de forma muito rudimentar algumas ferramentas que podem ser facilmente praticadas por qualquer um, como a meditação (enquanto processo de expansão da consciência da vida e dos fenómenos numa base abstrata) e o mindfulness (enquanto atenção plenamente focada e aplicada), o self-help coaching (como meio de auto orientação para a concretização com sucesso de projetos pessoais) bem como algumas técnicas da “psicologia positiva”, como as constelações sistémicas (psicodrama), as afirmações positivas (como prática da PNL) e visualização criativa (imagery ou imaginação ativa segundo Jung).

Neste livro procuro caraterizar uma visão do mundo e analisar o processo social que conduziu à construção, divulgação e aceitação da macrobiótica na Europa e nos EUA. Centro-me assim na construção de um quadro de pensamento e na importância da circulação de indivíduos, ideias e mercadorias para compreender o alastramento da macrobiótica. Analiso com detalhe as circunstâncias do aparecimento e desenvolvimento da macrobiótica em Portugal, nos anos 1960, e os movimentos que gerou. Detenho-me no modo como a macrobiótica é ensinada e divulgada em Portugal, nos seus adeptos, nas questões que permite colocar quando pensada como forma que integra um espaço social alimentar mais vasto. Analiso ainda a macrobiótica enquanto sistema terapêutico não convencional, visto que na macrobiótica se propõem formas de tratamento. Destaco as relações, ou inexistência delas, entre lugares centrais de produção de conhecimento (Ciências da Nutrição e Biomedicina) e as margens (a macrobiótica), procurando evidenciar dinamismos e contaminações entre discursos científicos e não científicos.

Progredir: Qual o seu Lema de Vida?

Isabel Gonçalves: Desde muito criança e até agora senti sempre uma força interior que me faz acreditar que “eu consigo” e que “eu nasci livre”. Também a alegria me caracterizou desde sempre.

Não tenho um “lema de vida” específico: adapto a cada circunstância um pensamento e postura positivas que me orientam e apoiam em cada circunstância e que espontaneamente me surgem do repositório do meu tesouro espiritual interno. Prefiro talvez dizer que alguns princípios conscienciais estão comigo todos os dias e tento que isso permeie todos os meus atos e todas as circunstâncias:
Globalidade – Unicidade – Fraternidade – Alegria – Amor e Compaixão.

Progredir: O tema deste mês da Revista Progredir é “Depressão”. Na sua opinião qual o melhor programa e estratégias para lidar com a Depressão? 

Isabel Gonçalves: O que tenho observado no meu coração e sentido pela minha perceção cognitiva (é mesmo isto que quero dizer) através da minha experiência profissional é que as pessoas que “sofrem” de “depressão” precisam ser ajudadas a descobrir o seu mérito e valor próprios, aprendendo a amar-se; precisam ser ajudadas a reeducar-se para o presente, para o aqui-agora, e também para a aceitação, para a alegria e para a gratidão.

No meu último livro (Rumo à minha Plenitude) aconselho algumas estratégias muito simples e fáceis de praticar; cada um poderá paulatinamente transformar essa situação que tenderá a tornar-se crónica se tratada superficialmente e com recurso a um meio exterior – seja ele de origem “química” ou “natural”. Mudar exigirá, além da tomada de consciência, o cumprimento cumulativo dos 3 requisitos que aponto: Disponibilidade, Vontade e Confiança.

Este treino (e qualquer mudança requer treino) pode ser feito individualmente – e o livro aponta algumas sugestões práticas numa base programática – ou de forma assistida em sessões individuais em que se estabelecem os princípios e os exercícios a praticar especificamente delineados a cada situação e monitorizados periodicamente no Centro.

Progredir: Uma mensagem para os nossos leitores?

Isabel Gonçalves: Em cada um de nós há uma fração “divina” (pura, perfeita e única) à espera de ser revelada e partilhada. Tentar imitar seja o que for ou seguir padrões externos de forma inconsciente é desperdiçar esse tesouro. Descobri-lo e manifestá-lo é a grande tarefa (ou o grande desafio) de cada um – então advirá a satisfação, a plenitude e a paz que nos convidará a partilhar, em amor, esse atributo especial com todos; e tal acontecerá então sem a auto perceção do ato de “dar”, apenas sendo e manifestando naturalmente quem se é. E então a vida terá mesmo valido a pena para cada um!

Em cada um de nós há uma fração “divina” (pura, perfeita e única) à espera de ser revelada e partilhada. Tentar imitar seja o que for ou seguir padrões externos de forma inconsciente é desperdiçar esse tesouro. Descobri-lo e manifestá-lo é a grande tarefa (ou o grande desafio) de cada um – então advirá a satisfação, a plenitude e a paz que nos convidará a partilhar, em amor, esse atributo especial com todos; e tal acontecerá então sem a auto perceção do ato de “dar”, apenas sendo e manifestando naturalmente quem se é. E então a vida terá mesmo valido a pena para cada um!
​
Isabel Gonçalves
www.harmonizando.com



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