Consideramos os outros objetos ou... Pessoas? |
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Como consideramos os outros? Como
objetos ou como pessoas?
Hoje em dia utilizamos muito o verbo ter… tenho um carro, tenho uma casa, tenho um telemóvel e dizemos também com alguma naturalidade e descontração que temos um(a) namorado(a)… que temos um filho… Podemos de facto TER um namorado(a) ou um filho? Ou qualquer outra pessoa? Como agimos perante os outros? Como se fossem um objeto ou como se fossem pessoas? Agimos no sentido de explorar o outro? De usar o outro? Ou no sentido de o respeitar como pessoa? Quando poderá existir Amor? Quando consideramos o outro uma pessoa, um Ser Livre e tão valioso como nós ou quando o consideramos uma “coisa”? Não estaremos a falar, neste último caso, de um relacionamento utilitário? Onde usamos o outro da mesma forma que usamos uma camisola ou um par de calças? Quando poderemos sentir o outro? Quando o consideramos uma pessoa ou quando o consideramos uma coisa? Teremos medo de sermos reduzidos a coisas? Porque? Andamos a tentar fazer o mesmo e não queremos que nos aconteça? Ninguém quererá sentir-se usado… ser apenas um meio para um fim… sem valor por si mesmo… então… instala-se o medo… Podemos fazer um exercício… recordar como tratámos algumas pessoas que se depararam no nosso caminho no último dia, dias, semanas ou anos (como quisermos…) e pensarmos… trataríamos essas pessoas da mesma forma se imaginássemos que a outra pessoa éramos nós? (podemos também fazer o exercício imaginando que o outro era o nosso filho(a), irmão, pai, mãe ou alguém que amemos muito). A nossa atitude e comportamento seria o mesmo? Se fizermos o exercício diário de considerarmos o outro como pessoa… Poderemos, primeiro, começar por SENTIR o outro… as nossas consciências poderão… então… criar uma ligação, permitindo um fluxo coração a coração, uma intimidade e… a partir daí… em vez de medo… poderá florescer Amor… Pedro Sciaccaluga Fernandes Mais artigos do mesmo Autor aqui |
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