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A (a)ventura e a revolução de Ser Mãe

1/5/2014

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Ser mãe é uma revolução. Olhar a gravidez como um período de oportunidade de Desenvolvimento Pessoal e de preparação para uma mudança tranquila, é um primeiro passo. 
Por Cristina Marreiros da Cunha


in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2014
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)


Estou grávida, vou ser Mãe – Esta primeira tomada de consciência pode gerar um turbilhão de emoções dependendo das circunstâncias de quem as vive.

Dizem-nos as estatísticas sobre os casais que procuram terapia de casal, que muitos dos seus problemas começaram com o nascimento do primeiro filho. Seria pois de enterrar a cabeça na areia, como a avestruz, não olhar de frente para tudo o que se passa quando esperamos um filho.

Desejar a gravidez é o primeiro passo para que esta revolução chamada maternidade e paternidade se constitua como um processo tranquilo. Planeada ou não, recebida com maior ou menor surpresa, a partir do momento em que a mãe deseja ter o seu filho a alegria e a preocupação parecem querer dar as mãos.

Talvez a primeira aprendizagem a fazer, seja mesmo a de saber ouvir as preocupações para que nos possamos ocupar delas, perceber que receios escondem, tomar medidas sobre o que está ao nosso alcance fazer para que tudo corra o melhor possível, e saber conviver com essa “poeira” chamada ansiedade, pois o que não podemos controlar, não deve ensombrar a alegria da aventura.

A Gravidez, esses 9 meses que antecedem o grande dia, funcionam como o período de crise, que antecede a revolução. Um período fundamental, em que se visitam memórias, algumas vezes conflituosas, que podem vir acompanhadas de medo e angústia do que desconhecemos, mas também de dúvidas sobre as nossas capacidades, e sobre nós, quer enquanto pessoas complexas com partes menos claras e evidentes, quer enquanto mães e pais iminentes. Este é também um tempo de adaptação às transformações físicas e psicológicas, que possibilita a aprendizagem, a preparação, a antecipação de mudanças e que funciona como uma janela de oportunidade de integrar passado e futuro num presente saudável e luminoso.

A Gravidez pode ser um momento de grande desenvolvimento pessoal, que a natureza nos chama a fazer em acelerado. O Eu-filha/o vai agora passar a ser Eu-mãe ou Eu-pai. O Eu-cuidado - até há pouco tempo, melhor ou pior, cuidado por outros, muitas vezes não sabendo ainda cuidar de Si próprio do ponto de vista psicológico - vê-se agora com a nobre e grandiosa missão de passar a ser um Eu-cuidador. Esta mudança terá que estar, ela própria, grávida de aceitação dessa responsabilidade e do seu significado. Aproveitemos pois a gravidez, como mais um momento de desenvolvimento pessoal consciente, com vista a que a revolução seja recebida com tranquilidade.

Tal como irá agendar as suas idas ao médico, análises, ecografias, cuidar da alimentação, preparar-se para o par to e para receber o seu filho, também não hesite em pedir ajuda profissional, se a sua ansiedade for muito grande, ou se recear não estar à altura das transformações que se adivinham. Cuidar de si, e da sua família atual, é preparar o melhor ambiente para o seu filho que vai nascer.

É da relação entre mãe e pai que nasce um filho. Esta, por vezes “não verdade,” do ponto de vista sexual e reprodutivo, deveria sê-lo sempre do ponto de vista afetivo, pois são os pilares afetivos, as bases mais sólidas que os futuros pais podem construir para, e com, os seus filhos. Também nós somos frutos dos laços que os nossos pais estabeleceram connosco, estes laços afetam a forma como nos relacionamos com o nosso parceiro e como nos relacionamos com os nossos filhos. Esta descoberta nem sempre é pacífica e pode trazer alguma per turbação e até conflitos, aproveite este momento para resolvê-los e para comunicar mais com o seu par. A par tilha entre os futuros pais é fundamental para que ambos se descubram, naquilo que se deseja como sendo simultaneamente o aumento do conhecimento de si e do outro e o aumento dos laços afetivos entre ambos

É a solidez dos laços entre os pais e entre pais e filhos que perdura. Mesmo quando o casal acaba enquanto tal, não pode acabar enquanto pai e mãe do(s) filho(s) de ambos. Porque é a maternidade e paternidade uma revolução? Porque é uma grande transformação com mudanças sensíveis que alteram estrutura, relações e prioridades.

Estrutura - porque a família a 2, passará a ser uma família a 3, alterando assim a dinâmica vivida até ao momento e o ponto de equilíbrio.

Relações - porque as relações que eram em primeiro lugar com o próprio e com o par, passam, a ser relações que implicam um novo papel individual de Eu, enquanto mãe, e do Tu, também enquanto pai. Finalmente surge uma nova relação com o filho que até aqui fazia par te integrante da mãe e que, ao nascer, espelha-se como um ser individual que já não nos pertence, nem faz par te do nosso imaginário, é um ser concreto, real e de Direito Próprio.

Prioridades - precisamente porque o novo ser, mostra agora, não só a sua individualidade, como a sua dependência total, exigindo atenção e cuidados plenos, tornando-se o centro a partir do qual tudo se move e organiza.

Tudo isto, embora com 9 meses de preparação, se dá, de um momento para outro, ao primeiro choro do bebé. É de facto uma revolução. O nascimento dum filho marca o início duma nova fase para o casal, com novas organizações, novos pontos de equilíbrio e novos desafios. É o início da Maternidade e da Paternidade (Parentalidade), para o resto da nossa vida. Como dizia o poeta António Machado, o caminho faz-se caminhando… e quanto mais tranquilos nos sentirmos a percorrê-lo, mais as mudanças e transformações que escolhermos fazer e os desafios que se nos deparem, serão encaradas, protagonizadas e aceites com tranquilidade.

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CRISTINA MARREIROS DA CUNHA
PSICÓLOGA, PSICOTERAPEUTA
PREPARADORA PARA O PARTO

www.espsial.com
cristmcunha@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2014
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)


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O Eneagrama por de trás de Ser Mãe

1/5/2014

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Até conhecer a nossa personalidade defenderemos inconscientemente um conjunto de valores como prioritários. Estarão presentes na nossa forma de educar e tem consequências imensas tanto no relacionamento com os nossos filhos mas também como nos vivenciamos como mães. 
Por Sara Ramos

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2014
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Quem sou eu? Quais são os meus valores? Em quê que acredito? Será que a minha filha irá acreditar no mesmo? Valorizar o mesmo? Como saber se a estou a ver tal e qual como ela é, e não como a desejo ver? Como saber se a estou a deixar ser tudo que ela poderá ser, e não o que eu acho que ela tem que ser?

À luz do Eneagrama uma ferramenta interessante que revela de uma forma simples e ao mesmo tempo profunda, como cada um nós poderá estar a ver o mundo, iremos apresentar as 9 visões distintas de experienciar a vida.

Conhecer o nosso perfil e a nossa filosofia de vida, no fundo as nossas motivações primárias, poderá tornar mães mais conscientes e mais próximas de uma vivência tranquila em relação à educação dos seus filhos.

A MÃE ENEATIPO 1: A PERFECCIONISTA

Para a mãe perfeccionista o mais importante na vida é certificarmo-nos que em qualquer situação tivemos a conduta certa. O bom comportamento e seguir as regras é o que vai aumentar a probabilidade de sermos felizes e sermos amados. São mães rigorosas e muito exigentes em relação ao cumprimento das tais normas e regras. Elas são carinhosas e capazes de ser muito brincalhonas mas ao mesmo tempo pode ser o fim do mundo chegar cinco minutos atrasado à mesa de jantar. Esta mãe leva o seu papel de mãe muito à séria. É uma mãe “polícia” no sentido que para garantir que está tudo conforme, estará constantemente à procura daquilo que pode não estar conforme. Há uma busca compulsiva pelo erro. E quem procura, encontra…

Esta mãe irá beneficiar muito se aprender a cultivar a serenidade e se conseguir introduzir uma crença nova na sua filosofia de vida de que está tudo certo no sítio certo. Tudo é per feito tal e qual como é.

A MÃE ENEATIPO 2: A PRESTATIVA

A mãe prestativa acredita que ela pode ajudar todos e que nesta vida para sermos amados e felizes é necessário estarmos disponíveis para satisfazer as necessidades dos outros. Colocará com facilidade as suas necessidades em segundo plano. Aliás pode até nem saber bem o que ela gosta, pois não há tempo para isso já que tem que ajudar e ser prestável. Assim cria uma rede de amigos e de familiares que dependem dela e pode sobrar menos paciência ou tempo para os filhos. Pode acontecer fazer um filho esperar “eternamente” pela sua atenção para dar assistência a uma amiga que precisa de desabafar.

Com o grande coração que tem, irá sofrer com esta falta de paciência e poderá beneficiar se questionar por vezes, se é mesmo verdade que todos lhe pedem ajuda. Concretamente introduzir a crença na sua filosofia de vida de que há mais pessoas que podem ajudar e que também ela pode necessitar ajuda, por outras palavras, cultivar a humildade.

A MÃE ENEATIPO 3: A VENCEDORA

Uma mãe vencedora acredita que nesta vida para sermos felizes e amados temos que melhorar o nosso desempenho em tudo o que fazemos e isto de forma constante. Ela é uma verdadeira “work a holic”. Normalmente tem uma carreira exigente e no caso de não ter, ela dedicará toda a sua capacidade de trabalho e inovação à sua família, considerando os seus filhos produtos da sua obra. No caso da carreira pode ter muita dificuldade de “desligar o botão” quando está ao pé dos filhos e ser normal os filhos terem que esperar para brincar porque falta este ou aquele email. No caso de “super ” dona de casa, irá por exemplo dedicar dias à preparação de uma festa de aniversário pois só será per feita se toda a decoração e bolos foram feitos por ela. Nada de “pré-feito”.

Esta mãe é capaz de esgotar-se facilmente pois pode não aceitar ajuda de terceiros e querer fazer tudo de raiz. Beneficiará imenso integrando uma nova crença no seu sistema de valores: “o ótimo por vezes é o inimigo do bom”. Ela será uma mãe mais tranquila se entender a verdade de que o único reconhecimento válido é nós reconhecermo-nos a nós próprios.

A MÃE ENEATIPO 4: A ROMÂNTICA

A mãe romântica tem uma abordagem intensa à vida, encarando-a como uma sequência de momentos altos e baixos, ligados aos seus sentimentos profundos. Aprecia o lado artístico e belo em tudo e é muito sensível quanto ao sofrimento humano. Seremos felizes e amados se conseguirmos viver a nossa vida de forma mais elevada, única e especial. Pode assim dar mais valor às apreciações filosóficas de certas questões do que partir para uma ação concreta. Por mais amor que sinta pelos seus filhos terá muita dificuldade em não considerar as tarefas mundanas como preparar as refeições, tratar das roupas, arrumar os quartos, fazer trabalhos de casa etc., como um fardo, e não como par te importante no acompanhamento dos filhos. Irá considerar mais válido, conversas profundas sobre como se é suposto viver….

Ela beneficiará muito em abordar a vida de uma forma mais prática e questionar-se se na análise que faz de uma situação, está a ser séria e a considerar todos os factos e sentimentos das pessoas envolvidos e não apenas os seus sentimentos. Irá mudar a sua vida se cultivar a sua capacidade de viver na equanimidade.

A MÃE ENEATIPO 5: A SÁBIA

Esta mãe acredita que o conhecimento é sagrado para sermos pessoas felizes e realizadas. O mais importante e por onde mais garantimos a felicidade é tendo o conhecimento sobre todos os assuntos ou momentos a viver. Assim nunca se sabe o suficiente e é uma preocupação constante “munir-se” de conhecimento sobre um determinado assunto ou momento a viver. Poderá ser mais importante quase do que viver esse momento. Terá longas conversas com os seus filhos e os estimulara muito intelectualmente.

Não é muito apreciadora do contacto pessoal próximo e evitará situações para qual não se consegui preparar. Beneficiara muito se integrar a verdade na sua filosofia de vida de que conhecimento só se torna sabedoria quando associado à experiência. Cultivando a sua capacidade de comunicar irá mudar muito a sua vida.

A MÃE ENEATIPO 6: A PROTETORA

Esta mãe tem como filosofia de vida que mais vale prevenir do que remediar. Acredita que temos que nos salvaguardar de tudo que pode vir a correr mal. Ela tem uma mente bastante ativa à procura de todo o tipo de cenários mais complicados. Sempre com intenção de estar preparada para o pior. É uma mãe dinâmica e flexível mas pode parecer ao mesmo tempo rigorosa e limitadora. A sua primeira reação a um pedido de um filho pode ser “por norma”: não, para depois relaxar e mudar de ideias. Pode levantar objeções para situações bastante normais como ir dormir a casa de amigos mas ao mesmo tempo poderá levar os filhos com ela para uma viagem desafiante. Pois o critério não é o real perigo mas sim a projeção que ela faz daquilo que pode ser perigoso.

Ela beneficiara muito se introduzir na sua vida a crença que ela estará à altura dos acontecimentos e de que também coisas boas podem acontecer. Cultivar a sua coragem e partir para a ação confiando que também ela é merecedora do bom, mudará muito a sua vida.

A MÃE ENEATIPO 7: A AVENTUREIRA

Para esta mãe a vida é uma aventura. Fará planos a seguir de mais planos para garantir o divertimento. Pois para além de ser uma aventureira ela gosta de festa e tem uma curiosidade quase insaciável para todo o novo. É muito brincalhona e depois de repente extremamente séria e poderá querer brincar em momentos sérios e em momentos de brincadeira, levar as regras do jogo muito à séria… Pode sem querer evitar tocar em assuntos dolorosos e preferir arrumar o assunto ignorando ou desvalorizando ou até brincando com ele. É muito exigente com os seus filhos pois precisa que estejam bem preparados pois ela quer a todo o custo evitar que tenham uma vida “dolorosa” ou “difícil”.

Ela irá beneficiar muito se introduzir na sua vida a crença de que menos por vezes é mais. Cultivar o aprofundar certas experiências e ter a coragem de lidar com o que a mágoa irá mudar profundamente a sua vida.

A MÃE ENEATIPO 8: A LUTADORA

A mãe lutadora encara a vida como sendo uma tarefa árdua para qual temos que estar preparados e principalmente sermos fortes. Só podemos contar connosco e confiar nos outros poderá se virar contra nós. Aprecia muito a força e assim também quererá que os seus filhos sejam fortes. Para isso por vezes é preciso abana-los e também é preciso ser muito claro quem manda. Pode ser dura e aparentemente fria com os seus filhos. No entanto, tanto impõe regras como depois não controla se realmente estão a ser seguidas. Quando não estão, está novamente na altura de mostrar que manda… Terá muita paciência para boas conversas e grandes discussões mas mais dificuldade em brincar com as bonecas ou carrinhos dos filhos.

Esta mãe anseia mostrar os seu amor aos seus filhos e beneficiará muito em introduzir na sua filosofia de vida a verdade de que a vulnerabilidade é o que mais aproxima os que amamos. Cultivar a sua inocência e capacidade de sentir os outros irá mudar muito a sua vida.

A MÃE ENEATIPO 9: A MEDIADORA

A mãe mediadora é aparentemente calma, tranquila e apaziguadora. Ela acredita que para sermos felizes podemos que ter que abdicar da nossa vontade para o bem de todos. O mais importante é haver paz no seio da família. Para garantir esta paz quer que todos tenham aquilo que querem. Menos ela, pois nem perdeu tempo a analisar qual é a sua vontade pois não a irá expressar, e complicar mais ainda a resolução de um potencial conflito. Fará tudo por tudo para evitar o conflito. Assim no caso de dois filhos brigarem ela irá apoiar ambos. Encontrará uma forma de mostrar a ambos que tiveram razão e ao mesmo tempo pedirá para entenderem as limitações do outro. Evitará o confronto de dizer ao filho onde ele esteve mal. Assim ficam ambos convencidos da sua razão e acreditam estarem apoiados pela mãe… até se confrontarem entre eles novamente…

Esta mãe beneficiará muito se introduzir na sua filosofia de vida a crença de que para haver paz é sempre necessário uma ação. A não-ação afasta a resolução e assim afasta a paz, antes pelo contrário, pode conduzir a um maior desentendimento. Cultivar a ação certa e a comunicação atempada mudará muito a sua vida.

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SARA RAMOS
EXECUTIVE COACH & ENEAGRAM COACH

www.sabersercoaching.com
sara.ramos@sabersercoaching.com

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2014
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A Grande Mãe

1/5/2014

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A descoberta da espiritualidade encontra-se no ponto de encontro na profunda e crucial relação com a Mãe-Terra e com o Pai-do Céu. 
Por Cristina Leal


in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2014
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)


Apesar de hoje em dia um dos temas mais em voga ser o da Espiritualidade, muitos são ainda os que a confundem e se confundem com as pré-concepções que dela têm.

Por estar intrínseca na simplicidade da vida também a espiritualidade é algo extremamente simples e pouco tem a ver com ‘malabarismos espirituais’ de incessantes buscas e repetidos seminários repletos de milagrosas e rápidas receitas. Como definir então Espiritualidade? Resumidamente diria que é um caminho de transformação interior pautado pelo (re) encontro e (re) ligação à divina natureza que dentro de nós habita. Ao identificarmos esta mesma natureza em simultâneo dentro e fora de nós, estamos mais perto de um entendimento profundo na sua/nossa funcionalidade, ordem, dinâmica e do seu/ nosso propósito de incarnação.

Estar em sintonia com esta força é trazer ao consciente uma multiplicidade de saberes, um dos quais, o despertar para a dimensão da nossa Mãe primordial – A Mãe Terra.

Curiosamente em terapia muito se ouve sobre a importância de resgatar a relação com a nossa mãe e com o nosso pai, mas infelizmente pouco se fala de entendermos a profunda e crucial relação com a Mãe-Terra e com o Pai-do Céu – nossos primordiais progenitores.

Parecemos desconhecer ou até ignorar que toda a nossa existência e processo de transformação se passa dentro do Grande útero da Terra-Mãe, onde permanecemos em gestação até deixarmos o corpo físico.

A certeza de que cada um ocupa a seu próprio espaço, contraria a incerteza do tempo que nos é concedido, pois esse permanecerá um mistério até á hora da nossa partida. Porém durante este milagroso processo de gestação, para podermos cumprir a nossa matriz divina, muitos somos convidados pela abundância da VIDA a gerar mais VIDA.

Tal como o grande útero da Terra Mãe, também o útero da mulher está preparado para acolher em gestação mais um SER que ocupará um lugar cativo na humanidade. Processo iniciático para a mulher, transformá-la-á para sempre em corpo, mente, espirito. Respondendo ao mais alto apelo da criação e uma oitava acima de si mesma, pode finalmente entender a superação e o prazer que a dor de parir sabiamente ensina.

Em sintonia profunda com a força da Mãe Terra, percebe-lhe a essência através da força do seu próprio ventre capaz de gerar Vida, de acolher, de nutrir através dos seus seios, do seu calor, das suas mãos ternas e maternais.

Tal como a Mãe Terra sabiamente sabe dar suporte à raiz da mais alta árvore, também a mulher dá suporte àquele a quem deu Vida até que ele esteja preparado para sozinho buscar a sua raiz primordial e dar seguimento ao eterno ciclo da Vida na Terra.

É esta a sábia magia da Existência. A sábia linguagem do divino em nós.

SER VIDA, para mais VIDA poder GERAR!

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CRISTINA LEAL
TERAPEUTA TRANSPESSOAL

Tel. 91 296 73 18

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2014
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Ser Mãe uma escolha de vida

1/5/2014

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Sem avisar, o amor incondicional instala-se e não há nada que o demova. E é bom que assim seja, porque esta a união é eterna. 
Por Maggie João


in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2014
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Ser Mãe é uma dádiva, uma bênção! Poder carregar dentro de nós outra vida, muda a nossa e começamos de imediato a viver um novo estilo de vida. Estilo esse em que reordenamos as nossas prioridades, relevamos a importância de tantas coisas, perspetivamos situações de outra forma e aprendemos tantas emoções, cujo significado apenas conhecíamos do dicionário.

A experiência de ser Mãe, é cada vez mais, felizmente, uma escolha consciente, planeada, de querer gerar/criar um ser humano, ensinar-lhe o que é o amor, a amizade e tantos outros valores essenciais à vida.

A relação que se estabelece logo à nascença é maravilhosa: saber que demos e somos a vida daquela pessoa, o seu alimento, o seu conforto, a sua segurança. Mas poderá ser assustador para muitos.

Com as alegrias, vêm as preocupações, os medos, as ansiedades. E o importante é saber atuar com calma, sensatez e amor. Para acalmar o bebé que chora não podemos estar nervosas, tal como para tranquilizar a criança que recebeu justamente uma nota menos boa na escola, não nos podemos enfurecer com os professores.

Tudo o que fazemos, tudo, mesmo tudo está a ser visto e revisto, analisado e repensado e memorizado pelos nossos filhos. Passamos a ser um exemplo vivo, o que é claramente um estilo de vida.

Ser Mãe é tanto um gesto de altruísmo de gerar e proteger outra vida, como o é numa outra perspetiva, um gesto de egoísmo, saber que poderemos contar com alguém que cuide de nós quando as rugas nos taparem os olhos e as mãos encarquilhadas da artrose não nos conseguirem alimentar. Mas se vamos ser Mães a pensar nesse futuro longínquo da nossa velhice, então o tiro sairá certamente pela culatra. Pela simples razão de que nós não controlamos o destino, nós não sabemos o que será o amanhã e essa é mais uma das características agridoces da maternidade – não sabermos o que acontecerá amanhã. Daí que a própria maternidade ajude a mulher na sua caminhada de maturidade. Teremos muitas expectativas do que poderá ocorrer no futuro, poderemos até ter algumas certezas, mas não saberemos tudo. Porque ser-se Mãe é viver-se no presente, neste momento preciso, em que o filho esfolou o joelho quando caiu a jogar a apanhada, ou quando secamos as lágrimas da filha adolescente que sofre a perda no seu primeiro amor, ou então quando disfarçamos as nossas próprias emoções ao nos despedirmos do nosso filho que vai estudar para fora. Ser-se Mãe é viver no momento, é saber cultivar flores num areal, é caçar com gato e rir de nós mesmas, é ser-se gente por dentro e por fora, é amar no silêncio, na gargalhada e é sobretudo estar lá para sempre. Porto seguro de partida, e sempre porto seguro de chegada, de abraços abertos, esforçando-nos por fazer o nosso melhor e educar uma pessoa íntegra, completa e sobretudo uma boa pessoa.

Ser-se Mãe é saber multiplicar com uma conta de dividir! Ser Mãe existe porque acima de tudo se é Mulher. Por isso convém não se esquecer de si própria e de atingir um equilíbrio saudável entre ser-se Mãe, Mulher, Companheira, Profissional e mais os tantos outros papéis que vai tendo ao longo da sua vida.

Quanto mais completa se sentir melhor desempenhará cada papel da sua vida. Sobrecarregar um dos papéis em detrimento de outros não dará frutos a médio e longo prazo. O equilíbrio (que poderá não ser equitativo e certamente é diferente para si e para mim) é a resposta para muitas perguntas nas nossas vidas.

Como está esse equilíbrio na sua vida?

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MAGGIE JOÃO
EXECUTIVE & LIFE COACH

www.coachinglife.eu
maggie.joao@coachinglife.eu

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2014
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Que mensagem enviou aos seus filhos hoje?

1/5/2014

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As mensagens que enviamos diariamente aos nossos filhos, sobre a nossa atitude perante o trabalho que executamos, diz muito em 1º lugar sobre nós próprios/as, mas também sobre a nossa responsabilidade enquanto mães e pais, pela influência que estas mensagens têm na formação de expetativas das crianças e jovens, sobre o trabalho como fonte de realização pessoal e profissional. 
Por Suzana Cisneiros

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2014
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Crianças e jovens são exímios observadores de incoerências.

Ser mãe/pai trabalhador/a significa conciliar 3 áreas importantes da vida: a área pessoal, área familiar e a área profissional. As responsabilidades, as dúvidas, as emoções, as dificuldades, os medos de cada uma destas áreas tornam esta tentativa de conciliação, verdadeiros desafios diários.

Queremos que os nossos filhos sejam bem-sucedidos na escola, no inglês, na informática, nos desportos, na dança, no convívio com os amigos, nas regras de educação. E esforçamo-nos para proporcionar todas as condições para que isso aconteça, para que aprendam cada vez mais e melhor. Depositamos neles toda a esperança de que no futuro venham a ter mais oportunidades de se realizarem pessoal e profissionalmente. Na melhor das intenções, preparamo-los para serem adultos felizes no futuro.

Contudo, com que frequência dá por si atualmente a dizer, em frente dos seus filhos: “Não sou suficientemente bom para conseguir um emprego melhor”, “por ser mulher e mãe já não posso fazer aquilo que gosto”, “as coisas no trabalho correm-me sempre mal…já nasci com má sorte…”, “Que chatice, nunca mais é sexta-feira”, “odeio segundas-feiras”, “só serei feliz quando tiver as condições x, y e z no trabalho. Até lá tenho de sofrer”, “para se ter sucesso no trabalho, alguém tem de sair prejudicado”, “o meu chefe é uma besta”, “nunca mais chego à reforma”, etc. Com que frequência dá por si a tomar medicação para o stress que sente no trabalho (ansiolíticos, antidepressivos ou analgésicos) em frente dos seus filhos?

O trabalho tanto pode promover realização pessoal, bem-estar, equilíbrio, saúde, como pode ser sentido como mal- estar, desequilíbrio, frustração e doença. Ouvir com frequência este tipo de desabafos por parte dos pais, não cria com certeza mais segurança e felicidade nos seus filhos agora. E é desta forma mais ou menos subtil, mais ou menos frequente, que enviamos mensagens que em nada contribuem para que acreditem nas suas próprias capacidades, de poderem ativamente influenciar o curso dos acontecimentos de vida, agora e no futuro.

Quer isto dizer que devemos mentir ou esconder a realidade do mercado de trabalho e a forma como nos sentimos, aos nossos filhos? Certamente que não, pois isso seria entrar em negação com a realidade. Mas talvez sejam mensagens de que há algum trabalho a fazer, em primeiro lugar, sobre nós próprios/as.

Ao longo da vida profissional haverá sempre desafios e oportunidades

É certo que as exigências do atual mercado de trabalho são cada vez maiores. As tentativas de adaptação constante a estas exigências, estão a por em causa o equilíbrio de um nível mais profundo, quer em termos físicos como psicológicos.

Há aspetos da vida profissional que não podemos controlar e haverá sempre sucessos e fracassos, desafios e oportunidades. Na verdade, podemos não ter o controlo sobre alguns aspetos do trabalho, mas podemos controlar a forma como os mesmos nos afetam. E o que nos afeta é sobretudo a forma como avaliamos estas exigências (aquilo que nos é pedido) com os nossos recursos internos (o que julgamos poder dar como resposta). Esta avaliação nem sempre é racional ou lógica, mas sim automática e profundamente emocional.

Ter a noção que o próprio diálogo interno, a forma como avalia e organiza o pensamento, tem repercussões no seu estado emocional e consequentemente, na forma como age nas diferentes áreas da sua vida, pode ser um caminho para a mudança. Desafiar e reavaliar até que ponto essas avaliações e interpretações são as únicas possíveis, é algo que pode fazer por si.

Mudar progressivamente a forma de pensar habitual, significa mudar o foco do problema para a procura ativa de soluções. Passa por abrir-se a outras possibilidades e aceder a um imenso potencial interior, capaz de reinventar novas formas de pensar, de sentir e de agir. As situações, por mais adversas que sejam, são enfrentadas e encaradas como oportunidades de reconstrução e crescimento pessoais.

Todas as pessoas fazem o melhor que podem, a cada momento. Isto significa que a cada novo momento é possível a cada mãe/pai criar novas formas de melhorar a sua comunicação. Independentemente da necessidade de uma maior intervenção para cada caso, existem pequenas ações que diariamente podem ser realizadas, de forma a criar espaço para as emoções positivas brilharem, aproveitando os recursos pessoais e sociais: promover e participar em atividades do agrado dos filhos, conviver com os amigos, rir e divertir-se mesmo com pequenas coisas, apreciar as coisas boas que tem na vida, meditar, caminhar, praticar um desporto, dançar, ler/ escrever um livro, ouvir música, jardinar, cozinhar, etc. Quanto melhor conseguirmos estar presentes e acalmar o “barulho” dos pensamentos negativos, mais naturalmente encontramos as estratégias adequadas para lidar com as situações.

Cada criança e jovem terá no futuro o livre arbítrio para escolher seguir ou não o nosso modelo. A diferença estará no maior ou menor esforço para se libertarem das culpas e medos “absorvidos” dos pais ou figuras significativas, de forma a abordarem a vida profissional de uma forma positiva, mais equilibrada e construtiva. Cabe-nos enquanto mães e pais transmitir as bases para facilitar essa tarefa, também através das mensagens que diariamente nos/lhes enviamos. Por nós e por eles.

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SUZANA CISNEIROS
PSICÓLOGA SOCIAL E DAS ORGANIZAÇÕES
CAREER E LIFE COACH

suzanacisneiros.wix.com/coaching
suzana.cisneiros@gmail.com

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Eu, os meus filhos e o supermercado: transformando o dilema em oportunidade

1/5/2014

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Quando o desafio é conjugar as finanças com o papel de mãe… sendo estes dois temas tão interessantes, muito haveria para dizer.
Por Susana Rodrigues Torres


in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2014
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Focando numa situação em concreto, a ida ao supermercado, aquela com que uma mãe se depara quase diariamente, um momento tão rotineiro onde o papel de mãe por vezes parece impossível de poder ser levado a “bom porto”.

Quando falamos de dinheiro, de responsabilidades financeiras, de ter que garantir a comida aos nossos filhos, o assunto passa a ser sério, muito sério.

O dinheiro é e sempre será uma preocupação, e talvez por isso devêssemos olhar para ele, não como algo que satisfaz necessidades, mas como algo que potencia oportunidades.

Se as finanças são um tema que sugere preocupação, que causa desconforto, que nos tira o sono, então talvez esteja na hora de alterar a forma como olhamos para este tema.

Quando a questão está entre recursos financeiros vs despesas e responsabilidades, devemos considerar duas alternativas: ou temos forma de aumentar os nossos recursos financeiros, ou então arranjamos soluções que permitam reduzir as despesas. Um dos grandes desafios que encontramos são as despesas com o supermercado, principalmente se a esta inevitável viagem adicionarmos a companhia das crianças, que insistem em aumentar a lista dos bens essenciais de consumo.

É importante que as crianças aprendam desde cedo a lidar com o dinheiro, e não apenas a saberem introduzir o código do cartão multibanco dos pais na hora de pagar a conta no supermercado (por mais engraçado que isso possa parecer para alguns pais), mas sim a saberem gerir as suas próprias finanças e isso pode muito bem começar na ida às compras.

Ter um mealheiro, uma conta bancária, uma semanada ou um sistema de objetivos com base nas notas da escola, tudo é válido, o importante é que a relação das crianças com o dinheiro aconteça desde cedo, para que o valorizem e o saibam gerir da melhor forma possível.

Assim, se poupar é importante, não menos importante é saber gastar. São vários os conselhos que têm surgido ultimamente sobre como gerir melhor as nossas finanças, sobre como organizar e planear melhor o nosso dinheiro, com alguma pesquisa acedemos facilmente a artigos que nos podem ajudar nesta matéria, ainda assim, importa considerar alguns fatores na hora de gastar o nosso dinheiro, como por exemplo, os filhos!

A ida ao supermercado, o início de uma aventura…

Na altura de ir ao supermercado, todos têm tarefas definidas sendo que, funciona bem melhor quando se leva uma lista.

As regras são colocadas antes de entrar no supermercado, e sim…. A maioria das crianças quer tudo! São aliciados pelos cromos da Violetta e dos Invisimals… mas as regras do jogo fazem a diferença, se uns dias até podem comprar alguma coisa, existem outros em que não podem comprar nada.

As tarefas são distribuídas, uma das crianças pode ter a tarefa de organizar as compras no carrinho, separar os frescos dos detergentes e garantir que a ordem de entrada dos produtos no tapete é aquela que potencia uma melhor organização na hora de colocar nos sacos.

A outra criança, que já aprendeu a ler, trata de ir buscar os produtos, umas vezes procura pelo nome/marca, outras escolhe pelo preço, a sua grande responsabilidade é procurar alternativas. Na hora de escolher os produtos, é muito importante conjugar todas as variáveis, tais como o preço e a qualidade, sendo que esta análise pode ser feita por eles.

Incluir as crianças nesta atividade tão indispensável no nosso dia-a-dia, é uma forma de conseguir educar e ao mesmo tempo tornar esta experiência agradável para todos, sensibilizando os nossos filhos para compras conscientes. Muitas vezes também podem ser eles a fazer a lista das faltas antes de ir para o supermercado, nomeadamente no que respeita aos produtos que são para eles. Passa a ser assim uma tarefa de todos, envolvendo a todos e onde todos têm participação e responsabilidade, passa a ser uma tarefa da família e não só da mãe ou do pai.

Entrar com crianças no supermercado pode ser uma grande aventura, um verdadeiro filme de terror ou um momento que potência a aprendizagem.

A experiência diz-nos que tudo aquilo que é conquistado tem outro valor, que aquilo em que participamos nos envolve, nos motiva, faz-nos sentir que pertencemos a algo, faz-nos sentir importantes e úteis. Conhecer o valor das coisas e saber tirar o melhor partido delas, saber para que servem, o quanto custam, apelar à criatividade, à autonomia, à decisão, à escolha… tudo isto se pode fazer numa simples ida ao supermercado.

Muitas vezes as crianças apenas precisam de atenção, e por vezes solicitam-na da forma mais diabólica que conseguem. Cabe-nos a nós criar as alternativas e dar espaço para a escolha, escolha é sempre delas, e se soubermos criar boas alternativas, elas farão certamente melhores escolhas.

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SUSANA R. TORRES
DIRETORA COMERCIAL
TEAM LEADER
COACH

susanacvrtorres@gmail.com

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Uma Mãe com vários colos

1/5/2014

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Se quiser definir Mãe, a definição mais completa é dar vida e ver crescer. Mas de tão simples que é tem por dentro uma enorme complexidade.
Por Teresa Brito de Lima


in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2014
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Todas as mães no reino animal têm uma função bem definida: dar vida, alimento e proteção. Mas esta é a parte simples. A complexidade está em como nós humanos a entendemos desempenhar.

Ser Mãe é uma vocação, a maior de todas, a mais valiosa e mais profunda. Não se compra nem se ensaia, ela está dentro de nós e quem não a tem devia questionar-se seriamente sobre esta importante responsabilidade, a de ser Mãe.

Uma outra perspetiva é a de que Ser Mãe tem um sabor especial, que se sente no ar, no coração, nas emoções de um olhar e nas horas que se passam em conjunto. É uma relação de enorme cumplicidade, um tal sentido especial que só de facto quem foi Mãe o consegue desenvolver. É este sentido que nos torna especiais e com uma enorme capacidade de adivinhar o não visto e de antever a necessidade de intervirmos ou darmos espaço de decisão e experimentação.

Poderemos dizer que a diferença aqui é fazê-lo tranquilamente… é como a arte de saber conduzir uma orquestra, onde cada um é livre de ser um instrumento diferente mas aprende a contribuir para o todo de uma forma harmoniosa.

Mais uma vez poderíamos dizer também que Ser Mãe é criar desafios e deixar aprender pelas próprias mãos, aplaudindo nos momentos certos e consolando as desilusões. É ensinar a serem vencedores, a gostarem do que são e a olhar para a vida com um sorriso. Esta é também uma enorme missão. Ter filhos não é só fazê-los felizes mas sim ensiná-los a serem felizes. E este é talvez o ponto mais difícil nesta função de Mãe pois exige de nós próprios esta capacidade a de sabermos ser felizes.

Ao longo dos anos é possível constatar que outra coisa extraordinária ao longo deste percurso é que Ser Mãe É Ensinar e Aprender. É dar sem esperar nada em troca. É sentir um orgulho especial SEMPRE! Os filhos aprendem com o exemplo dos pais e os pais também podem aprender com o exemplo dos filhos.

Aqui ficam as palavras de uma mãe para uma filha de 7 anos depois de ultrapassado com sucesso um internamente de 2 meses da filha por um problema de saúde, que tão bem exemplifica o quanto podemos aprender com os filhos e como esta relação de uma forma saudável é um dos maiores fertilizantes do nosso desenvolvimento enquanto pessoas:

…Dei o meu melhor, aquele que sabia e que consegui, para que sentisses sempre que o tempo que passámos juntas era para te levar ao colo e manter-te segura e acarinhada.

Mas tudo isto é infinitamente mais pequeno que a tua enorme valentia!

Ensinaste o verdadeiro valor da amizade, que precisamos uns dos outros para ultrapassarmos os desafios da vida e que a disponibilidade sem fim é a melhor arma que temos. Mostraste que o respeito pela vida, a capacidade de esperar, de acreditar, de aceitar e confiar é um extraordinário dom que só alguns têm.

Aprendi imenso contigo, com a simplicidade com que encaras a vida, com o inesperado em que algumas situações nos põem mas que nos obrigam a enfrentar os momentos mesmo que com uma enorme dose de insegurança. De toda esta experiência, apesar de dura, sei que ganhámos imenso; tu uma enorme batalha vencida; eu uma lição que aprendi com o teu enorme sorriso conquistador e valentia; as duas a enorme devoção com que ficámos pela vida!”

A capacidade de ser Mãe e educar é a peça fundamental da sociedade, uma vez que esta é constituída por pessoas e são estas pessoas que agem, constroem e se relacionam.

As relações maternais são estruturantes na vida de qualquer pessoa, os sucessos são pilares fortes para aguentar os embates da vida e as falhas pontos de fragilidade. Não existem receitas muito menos instruções. Existe sim bom senso, reflexão, intuição, coragem, criatividade, capacidade de abdicar e acima de tudo Amor!

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TERESA BRITO DE LIMA

Teresa.b.lima@gmail.com

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Quero Ter Um Filho ou Quero Ser Mãe?

1/5/2014

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Pequenas e simples mudanças em cada um de nós poderão operar grandes alterações na nossa saúde, na dos filhos e na saúde do planeta em que vivemos.
por Maria Lourdes Fernandes

in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2014
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Seria interessante que esta questão fosse objeto de reflexão quer individualmente quer no seio do casal quer ainda pela sociedade em geral. Para muitos dos problemas atuais, emergiriam soluções relativamente fáceis se meditássemos sobre os nossos valores individuais e coletivos. As nossas ações estariam em consonância com os nossos valores profundos, com a nossa intuição, em suma com a nossa essência como seres humanos, livres, solidários, pacíficos e compassivos. Seríamos felizes e, apesar da evolução de conhecimento científico e tecnológico, deixaríamos como legado aos nossos filhos e netos um planeta melhor do que o que herdamos.

Ter ou Ser?

Na era do consumo rápido, fácil e aparentemente barato pode parecer mais lógico pensar na maternidade como aquisição de um bem, a concretização de mais um objetivo na vida dos pais ou até apenas um direito sem obrigações. Será este um dos motivos pelos quais o apelo pela maternidade desponta em idades cada vez mais tardias? Na verdade, os filhos serão nossos? Vale a pena ler o poema “Filhos” de Gibran Kahlil Gibran (1883–1931). Ser mãe implica tomar consciência do papel primordial e fundamental que ela desempenha na vida dos filhos, não para os formatar mas sim para lhes proporcionar uma vida plena em termos de saúde, bem-estar e felicidade. Assim, eles possam ser independentes, pensar pelas suas próprias cabeças e corações e atingir os seus propósitos de vida. Para tal a futura mamã deverá reconhecer que, os seus pensamentos, as suas emoções e o seu estilo de vida, assim como os do seu parceiro nesta caminhada, poderão influenciar a saúde e a vida dos filhos. Deverão por isso assumir o poder na decisão das escolhas de estilo de vida, alimentação e saúde.

Medicina e Saúde Materna

Ser mãe é um processo natural, contudo nos nossos dias, a saúde materna encontra-se, talvez, demasiado medicalizada. Penso que seria útil questionarmos mais sobre as consequências daquilo que chamamos evolução e modernidade. Muitas das relações de causa efeito são hoje comprovadas cientificamente. É também reconhecida a influência do uso de tabaco, álcool, droga, radiações, do consumo de certos medicamentos e alimentos no processo embriológico e desenvolvimento fetal.

O Parto, momento único e especial para o novo ser, está a ser objeto de maior atenção da parte da medicina convencional que neste ponto já aceita, em algumas instituições do serviço nacional de saúde, partos mais naturais e até em ambiente aquático. Existem orientações para a redução do número elevado de cesarianas que são efetuadas tanto no sistema público de saúde como em instituições privadas. Há ainda um longo percurso para que o parto seja considerado natural.

Alimentação, Medicamentos e Saúde

Será inevitável o aparecimento de Diabetes Gestacional? A alimentação adequada para controlo do peso poderá evitar o seu aparecimento e deste modo evitar o recurso à insulinoterapia, bem como complicações tanto para a mãe como para o bebé. Mais controversas poderão ser outras questões. Quantas jovens mulheres questionarão o uso de contracetivos, em especial os hormonais, ou o consumo de laticínios e açúcar no aumento de casos de infertilidade? E na saúde dos filhos que conceber?

Questionamos o papel do açúcar como produto potencialmente aditivo e corresponsável por doença física e psíquica? Depressão? Alterações do comportamento? Hiperatividade e défice de atenção?

O China Study, maior estudo epidemiológico que relaciona hábitos alimentares com risco de desenvolver doenças, (resultados estão registados em livro de autoria de Collin Campbell), questiona a relação entre o consumo de proteína animal, em especial a do leite de vaca, com doenças autoimunes, particularmente diabetes tipo 1 cuja incidência aumenta mundialmente cerca de 3% em cada ano. Leite e ovo são os alergénios mais importantes na infância o que está relacionada com os nossos padrões alimentares e podem ser responsáveis pelo eclodir de doenças, como Asma, Rinite, Eczema Atópico e Alergias Alimentares, bem cedo na vida da criança.

Questionar e Refletir

Estamos a dedicar alguns momentos das nossas vidas para nos questionarmos? Para percebermos o efeito das nossas escolhas, no nosso corpo, na saúde do nosso planeta, no aumento das pegadas de carbono e da água?

Ao consumirmos mais cereais integrais em grão, leguminosas, vegetais, alguma fruta, reduziremos muito os consumos de produtos animais e seus derivados, como enchidos ou lacticínios, comprovadamente corresponsáveis pelo aumento da pegada ecológica, dos gases de estufa, bem como de doenças cardiovasculares e epidemias da civilização como são a Diabetes tipo 2 e a Obesidade. Estas atingem cada vez mais crianças e jovens o que não acontecia até há poucas décadas atrás. Portugal é dos países Europeus com mais elevada taxa de prevalência de obesidade infantil e Diabetes do adulto entre os 20 e os 79 Anos de idade (PREVADIAB study SPD, 2011).

O Poder do Consumidor

Esquecemos frequentemente o nosso poder potencial como consumidores no estabelecimento das leis do mercado ao nos deixarmos enganar pelas poderosas campanhas de marketing de algumas empresas e milionárias multinacionais.

Quase não lemos os rótulos dos produtos que adquirimos, a maior parte, processados industrialmente, cheios de aditivos, açúcar, corantes, gorduras trans, e excessivamente salgados.

Caso contrário perceberíamos que os alimentos mais saudáveis são os que se aproximam mais da sua origem natural, colhidos o mais próximo do local onde vivemos, da época, e de preferência biológicos dispensando o uso de herbicidas ou pesticidas químicos e sem modificação genética (OMG).

Ser mãe é por isso uma tarefa grandiosa que ultrapassa os limites da conceção, gravidez, parto e aleitamento materno. Neste contexto, faz mais sentido “ Vou ser mãe” em vez de “Vou ter um filho”.

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MARIA L. FERNANDES
MÉDICA CLÍNICA GERAL MEDICINA FAMILIAR, 
ORIENTAÇÃO ALIMENTAR E MACROBIÓTICA

mlourdes.macro@sapo.pt

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A Terra Mãe que nos acolhe

1/5/2014

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Pense em si como se fosse um planeta, que se rejubila por ser habitado e principalmente por amar quem o habita. Alimente esta forma de estar na vida, e sentirá que maternidade é tudo o que faz.
por Natália Rodrigues Porto


in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2014
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Mãe é o planeta que habitamos e ao qual chamamos Terra. Percorremos os seus caminhos, mergulhamos nos seus braços feitos de água e sal, respiramos o verde das suas folhas, aquecemo-nos no fogo da sua madeira, alimentamo-nos do que as suas entranhas libertam e raramente demonstramos gratidão para com a sua existência: a mesma que possibilita a nossa.

Habitamos um lugar maravilhoso que nos acolhe a todos, independentemente da nossa condição, raça ou ideologia. Mas isso não parece chegar-nos para querermos aprender com a Mãe Terra os seus grandes ensinamentos. Aqueles que tornam possível o grande milagre que é o ciclo da natureza, e do qual somos (fazemos) parte.

A sabedoria da Mãe Terra é indelével e mesmo assim ela passa por nós como se fosse invisível. As estações, as marés, o vento, a chuva e os animais (aos quais chamamos irracionais), convivem em uníssono e parecem perceber com muita facilidade quais são as suas competências, prioridades e limites. Mas nós, que estudamos e somos importantes, não agimos deste modo. E a Terra tal como uma Mãe, a tudo isto assiste, e às vezes sacode-nos. O seu colo estremece para nos ensinar o valor daquilo que parecemos não valorizar. A isto costumamos chamar tragédias, mas maior tragédia que o nosso comportamento não há.

À Terra que é Mãe, cobre-a um Céu que é Pai. E dele nos chegam inúmeras influências. Esta harmonia que ocorre entre as “peças” da natureza é o maior espetáculo a que algum dia poderemos assistir.

Ao Pai Céu cabe a gestão desta casa onde moramos. E quando nos ajoelhamos sobre a Terra, é para ele que conduzimos as nossas preces. Precisamos da Mãe para chegar ao Pai. E do Pai para entender a Mãe.

Mãe é um ser que acolhe dentro de si a oportunidade de se transformar. Ter um filho é um dos meios de ser Mãe, mas há mais.

A grande qualidade que é experimentada quando a maternidade nos acolhe é a aceitação. Uma Mãe aprende de forma muito rápida a aceitar e cedo descobre, que amará o seu filho independentemente do que ele escolha ser, parecer, dizer ou fazer. Porque o sentimento que a Mãe nutre pelo seu rebento, será sempre maior do que as diferenças entre ambos.

No momento em que se pega o bebé ao colo, acontece um milagre, um batismo que une aqueles seres para toda a eternidade. Por ele podemos dar a vida, e com isso transformamo-nos em seres imortais. Saber aceitar, é o treino recomendado para quem quer ser Mãe, sem experimentar o aumento do seu ventre. A felicidade dos pais passa a ser diferente, porque a felicidade deles contém a felicidade do seu filho.

Com o parto, chegam muitas outras coisas. Talvez pudéssemos dizer que ter um filho é também um nascimento para a Mãe, dá-se a partida da menina e filha, para nascer a mulher mãe.

E com isso nascem muitas outras preocupações, motivações e opiniões.

Entre muitas, consideremos a alimentação, pois ela faz parte das necessidades básicas de todos os seres que habitam a Terra Mãe.

O principal alimento de uma criança é o Amor. E o Amor cuida. Por isso se amamos, teremos todos os cuidados. Naturalmente que estes gestos dependem dos nossos conhecimentos e informação. Mas mesmo incompletos, se amarmos terão tempero. Procurar o melhor não é um trabalho para a Mãe, é uma oportunidade. Alimentar um filho é, sem dúvida, algo que encerra uma grande responsabilidade. Os filhos (ou aqueles de quem cuidamos) são quem nos fazem crescer em diferentes direções. Por eles esticamo-nos e aprendemos a olhar o mundo de forma mais alargada.

Amamentar um filho é um prolongamento da maternidade. Nenhum outro alimento se compara ao leite materno. Nem o contacto que é estabelecido entre ambos pode ser substituído. Quando começam as refeições, a procura de alguém em que se confie é essencial para despistar algumas dúvidas. Iniciar como? E quando? São questões que devem ocupar a nossa procura do melhor.

Sugerimos que a Mãe cozinhe sem temperos, com Amor e de forma simples, introduzindo aos poucos os diferentes grupos de alimentos, sempre atenta às reações do bebé. Desta forma, simples, e lentamente, se conduz o bebé ao mundo vasto dos alimentos.

Os primeiros dois anos de vida são extremamente importantes para a formação da criança, eles têm uma influência decisiva no seu desenvolvimento. Por tudo isto vale a pena o tempo que investimos na procura de uma alimentação saudável para o nosso filho.

Tal como acontece com a Terra, ser Mãe é por vezes uma tarefa de bastidores. A grande importância não está na visibilidade, mas na grandiosidade que reside nas nossas ações. Podemos nunca ser homenageados, mas se sentirmos que fizemos e demos o nosso melhor, valeu a pena de certeza a vida que vivemos.

Ser Mãe é sentir e pensar mais além, e ser semelhante à Terra, que tudo nos dá, e que tudo nos pode tirar sempre que não a estamos a respeitar.

Porque o Amor não é só dar. Reside também no saber educar, aconselhar e por vezes também negar.

NATÁLIA RODRIGUES PORTO

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