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Paternidade,mais cedo ou mais tarde?

1/3/2015

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Ouvimos muitas vezes dizer: “Devias aproveitar a vida e ser pai mais tarde” ou então “Agora é que é! Mais tarde é mais difícil. Com a idade a paciência é menor!”
​Por Nuno Maçanita Mouronho


in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

“Confesso que sempre tive vontade de ser pai cedo, os meus pais foram pais cedo. O meu pai com 24 anos e a minha mãe com 21anos.”

Tempos diferentes em que, por um lado havia mais disponibilidade das avós, que tinham mais tempo dedicado à família, uma vez que emancipação da mulher ocorreu apenas na geração seguinte.

“Não fui pai relativamente cedo, apenas aos 30, e digo apenas porque hoje, passados 8 anos e 3 filhos, posso afirmar que fui pai um pouco tarde para o que desejaria. Porque sim, com a idade, o trabalho, os filhos, fraldas, bronquiolites, vómitos e febres noturnas entre outras cansam! E muito!”

Ao fim de vários dias, semanas, meses, a tolerância começa a decair e é necessário muita paciência para aguentar tudo isto.

Quem estiver a ler este texto já teve “vontade” de atirar os putos pela janela fora? É uma expressão dura mas creio que entendem? Quem já tem mais de dois filhos com uma diferença de idade curtas pensou alguma vez “onde é que eu me vim meter?”, “tirem-me deste filme!”

Não esquecendo quem carrega o peso de uma gravidez durante 9 meses, mais 6 meses de mamadas, biberons, cólicas, choros. A Mulher! Esse “ser” sobre-humano que passa por uma das maiores provas de vida que temos: Ser Mãe!

Será que é melhor ser mãe mais cedo? Mais tarde? Qual a sua opinião?

Sem a menor dúvida, quanto mais cedo melhor! São outros tempos e as avós emancipadas não têm a mesma disponibilidade das avós caseiras, mas para jovens pais e mães, ser pai cedo tem tantas vantagens, a tão falada paciência/tolerância, a resistência física ao trabalho, ao stress diário, às dores de cabeça mensais de fazer contas à vida, ao 2.º trabalho que se tem quando se chega a casa. Mais cedo! Sem dúvida!

Penso que ser PAI/MÃE é a maior prova que a vida nos coloca à frente! E temos de estar preparados!

Da mesma forma que é importante aproveitar enquanto somos jovens plenos de energia para nos divertimos, é importante ter essa mesma juventude e energia para ter filhos, criá-los e ainda ir a tempo de poder sair à noite, divertir-se, desligar por algumas horas a ansiedade que vem com a paternidade.

É a melhor solução de compromisso para quem quer o melhor desses dois mundos!

“Ainda no sábado de Carnaval, decidimos nos mascarar, algo que não fazíamos faz muitos anos e o que sentimos não se explica! Sente-se uma juventude, uma leve nostalgia de quando achávamos que éramos invencíveis. E foi até umas proibitivas 5 horas da madrugada.

Resultado: dormir 2 horas e meia e acordar como se estivessem a espetar agulhas nas costas, com o despertador humano que tenho lá em casa e que todos os dias acorda às 7.30, independentemente de ter ou não dormido bem durante a noite, o “pai sai da cama!”

Mesmo com estes episódios, estou grato por ter tido o melhor deste dois mundos! “A alegria das crianças versus noitadas/cinema/jantar.

Fica aqui a minha reflecção sobre tema, mesmo não tendo a verdadeira experiência do lado contrario da barrica, sinto que não estaria tão bem preparado nesta sociedade em que a nossa mulher trabalha, e muito. E em que as tarefas da casa, estão todas atribuídas e têm de ser feitas.”

Vale a pena!

E como diria Fernando Pessoa: "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena."

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NUNO MAÇANITA MOURONHO
DIRECTOR EVENTOS E COMUNICAÇÃO
www.fitapreta.com
export@fitapreta.com

in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2015
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Ser pai,ou da observação dos clones

1/3/2015

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Educar sem culpa nem violência como porta para a autenticidade dos nossos filhos, como gerador da liberdade interna que permite estar em contato consigo mesmo e "ouvir " os níveis mais profundos do nosso ser. 


in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)


No reino dos clones o Príncipe é feito à imagem e semelhança do pai, o Rei.  Sobranceiramente, usa a palavra NÓS, referindo-se à linhagem que integra, às suas heráldicas qualidades e aos pequenos grandes vícios que passam de geração em geração.

Mas ser pai, verdadeiramente, é sair do reino dos clones, é educar para a Liberdade, para a manifestação do que de autêntico há nos nossos filhos, que deixam de ser nossos por isso, que passam a ser deles mesmos, da vida se assim entendermos, de Deus se por aí formos.

Sair do reino dos clones na educação dos nossos filhos é ir para lá da violência que gera o medo, e do castigo que gera a culpa: porque educar pelo medo e pela culpa é congelar o ser único que pretende aceder a uma expressão verdadeira de si mesmo na vida.

Os nossos filhos, possuídos pelo medo e pela culpa, só vão saber procurar o que os torna seguros, e o que os lava da culpa. Nesse movimento, o que fica pelo caminho são eles próprios. Porque, para nós, seres humanos, nada mais nos pesa do que o medo, tornando a segurança uma necessidade vital. E, à semelhança do medo, pesa-nos toneladas o desamor do outro, que a culpa, a nossos olhos, eterniza. Enquanto me sinto culpado e digno de tal peso, o amor que preciso de receber, e que preciso de esperar receber, fica longe, inacessível, distante como algo a que não tenho direito. Por isso, a minha única resposta interna à segurança que não posso perder e ao amor sem o qual não posso viver, é seguir as regras que o meio me impõe, fazer o que a minha mãe me diz, obedecer ao meu pai, Respeitar pai e mãe, esperando-me o fogo do inferno interno se assim não o fizer.

E de tal modo serei obediente que me esquecerei disso e os imitarei em tudo o que puder, serei como eles. Já assim tendo a ser por natureza, aprendo a ser pessoa por imitação, porque nasci desprovido de instintos que me norteiem no meu meio ambiente sempre em mutação. Mas, com as forças tenazes do medo e da culpa, até me esquecerei da possibilidade de fazer diferente, tornando-me alegremente o clone que querem que eu seja, com prazer e com orgulho, tornando-me, se possível, o mais clone dos clones.

Seguindo os caminhos que a culpa e o medo ditam, eu irei para bem longe de mim. Não saberei quem sou, isto é, do que preciso, do que gosto, do que me faz sentir vivo, do que me aquece o coração... Irei por uma estrada deserta e árida, onde me alimentarei de muito pouco, onde terei frio... Para não chegar a lado nenhum, a não ser ao ponto de perceber que desperdicei a minha vida em troco de um pouco de conforto e de aprovação. A partir daí posso renascer, se não for tarde demais, se ainda me restar algum tempo e vida.

Ser pai, verdadeiramente, é destruir o reino dos clones, arrasar o seu castelo e afundar a sua armada, é educar para além do medo e da culpa, pois só aí agimos como criadores que respeitam o fluxo do que se quer manifestar através das nossas mãos, pois só aí permitimos o nascimento da obra prima, aquela que é única, que nunca aconteceu, isto é, um ser humano autêntico, livre no seu íntimo para se expressar no mundo à sua maneira, consciente das suas necessidades, do seu coração, e do que o torna diferente dos outros como indivíduo. Nesta liberdade e na vida que esta liberdade interna gera, este nosso filho, esta nossa filha, poderá também escutar os níveis mais profundos do seu ser, as aspirações mais preciosas que vão para lá do egocentrismo e dos seus sonhos infantis, mas que o empurram para viver no amor, para viver no bem, para aspirar ao bem, e para cultivar no seu dia a dia o que de mais vital e sagrado tiver encontrado na existência.

Quando aniquilamos os nossos filhos com a nossa violência, com a nossa prepotência, com o nosso controlo irracional, não os colocamos apenas mais longe deles próprios: afastamo-los da sua essência, da possibilidade de ouvir o apelo do inominável neles, daquilo que se manifesta mas não é visto, do que podemos chamar, para simplificar e confundir, da sua própria alma.

Criamos assim não apenas clones, mas clones desalmados, que perpetuam este mundo em que o amor tem de lutar para subsistir, quando ele é a nossa natureza mais profunda e o pão que nos alimenta.

Por isso, ser pai verdadeiramente é dar uma hipótese à Criação, à manifestação do que de melhor existe no ser a quem demos a vida.

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MÁRIO RESENDE
LICENCIADO EM FILOSOFIA
MESTRE EM PSICOLOGIA CLÍNICA E PSICOPATOLOGIA
FORMADOR E PSICOTERAPEUTA TRANSPESSOAL ACREDITADO
www.almasoma.pt
marioresende@almasoma.pt

in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2015
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A Paternidade Consciente como Caminho Espiritual

1/3/2015

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A paternidade é um passo rumo a uma oportunidade de crescimento e evolução pessoal que só esta experiência pode trazer e que consiste em trazer vida à Vida.

in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2015
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A paternidade é, provavelmente, a grande viagem do homem moderno. Um passo rumo a uma oportunidade de crescimento e evolução pessoal que só esta experiência pode trazer e que consiste em trazer vida à Vida. É neste momento de viragem em que começa a Paternidade e o que sucede de seguida, que vamos explorar com mais detalhe.

Sendo cada ser composto por duas energias essenciais, masculina e feminina, este é o momento em que a vida traz a possibilidade de cada homem estabelecer uma conexão com um mundo frequentemente desconhecido que vive dentro de si também, o das emoções e da sua parte feminina. Por um lado, é colocar a sua energia masculina ao serviço desta etapa para garantir a segurança da mulher em todo este processo. É fazer tudo o que há a fazer, libertando, o mais possível, a mulher da tensão e stress do que há a tratar para o momento que se aproxima. Na fase final da gravidez e nos primeiros meses após o parto, é a ele que cabe o papel de trazer esta força e proteção aos protagonistas, a mãe e o bebé. Por outro lado é-lhe estendido o convite para resgatar a ligação com a sua energia feminina, para que tudo isto seja feito de uma forma que tenha em conta a vulnerabilidade e sensibilidade da mulher nesta fase. Desta fusão, aqueles que passam por este período podem reconhecer naquilo que podíamos designar de Força Tranquila. Neste sentido, uma Paternidade Consciente surge muito antes do nascimento propriamente dito.

Para quem decida assumir uma paternidade consciente, o nascimento de um filho transforma-se num dos maiores momentos espirituais que se podem viver porque envolve um grandioso processo de autoconhecimento, se nos permitirmos a isso. Como homens, somos “convidados” a entrar em contacto com a nossa vulnerabilidade e impotência para conduzir o rumo dos acontecimentos. Temos que deixar que a natureza e o divino sigam o seu curso. E o único ponto de contacto entre esse mundo e o plano físico, é a mulher que está na eminência de dar à luz. Por isso, o parto, especialmente quando presenciado pelo homem, começa num episódio de total entrega ao que vai acontecer, seguidamente passa para um momento de aceitação ou rendição e termina com o bebé nos braços de um novo pai, em êxtase de alegria e gratidão pela dádiva da criação.

Passada a alegria dos momentos que deram inicio a um novo ser neste mundo, começa uma jornada em várias fases, das quais nos vamos dando conta passo a passo. É por isso que não há que ter quaisquer receios. Está-se sempre preparado para a paternidade, porque tudo acontece gradualmente e não de repente. Está-se agora consciente que se é pai, que existem outras coisas que exigem o nosso foco de atenção e que temos que estar abertos para fazer as necessárias adaptações na nossa vida em função disso. Podemos até sentir alguma castração ao nível da liberdade e de outros valores fundamentais dados como adquiridos, mas toda a hierarquia do que era importante até aí, entra agora em revolução e revisão. Apercebemo-nos que na vida tudo muda, tudo é mudança constante. Até se estabelecer uma nova ordem.

Ser observador de todos estes momentos, mantendo uma atenção plena, não só a tudo o que acontece no exterior mas particularmente a tudo o que acontece no interior, é crescimento espiritual que vale por muitos cursos ou workshops em que se possa participar ou muitos livros que se possam ler. Não há preço nem palavras suficientes para descrever a pureza das emoções e sentimentos que emergem.

Se verdadeiramente envolvido e comprometido com o processo, a paternidade consciente conduz o homem a entrar em contacto com partes de si que ele jamais imaginaria existirem. É a entrada num mundo pleno de emoções, estados de espírito alterados e outras coisas mais que o obrigam a expandir o seu nível de compreensão, tolerância e aceitação para com o que a mulher vive nos primeiros meses ou mesmo anos dos filhos. Isto torna-se verdadeiramente desafiante para o homem porque ele não tem uma noção clara do que está a acontecer com a sua companheira, a não ser que abra o seu coração para sentir juntamente com ela, muitas dessas emoções.

É fundamental compreender que paternidade consciente envolve presença, observação com atenção plena, aceitação, rendição, força e entrega total. Conduz a uma abertura de consciência que permite viver a alegria e o amor num dos estados mais puros que pode ser experienciado. Poucas experiências na vida se lhe podem comparar. A não perder.

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RICARDO LARANJEIRA
FORMADOR – COACH – TERAPEUTA TRANSPESSOAL
www.comunicacaomaiseficaz.com
geral@comunicacaomaiseficaz.com

in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2015
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Sou Pai, e agora?

1/3/2015

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A paternidade aumenta a fragilidade enquanto potência a capacidade para ultrapassar os limites que nos impomos. Aceitar a integração desta magia na nossa vida renova a luz e o brilho que nenhuma outra experiência nos permitiu antes alcançar.

in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2015
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Ser pai representa uma verdadeira aventura. Um constante risco onde o resultado final não se obtém no imediato. Um eterno somatório de vontades, de desejos, de capacidades, de disposições, o tanto de nós que influencia o tanto que um filho é e será. Não adianta passar o tempo a tentar adequar a nossa essência àquilo que julgamos ser o normativo, sob o risco de não explorarmos tudo o que somos e perdermos o que de extraordinário poderíamos ser.

A paternidade não se reduz a palavras, dimensiona-se na medida da relação que se estabelece com um filho. É o amor que cresce dentro de um pai, a partir do momento em que aquele pequeno “estranho” se entranha na vida e no coração, que define tudo o resto. A realidade ajusta-se, ou ajustamo-nos nós aquilo que ela nos dá, e podemos colorir este caminho da paternidade com as cores que melhor nos definem ou que dão mais brilho aquilo que queremos ser.

Uns optam pela permissividade, um estilo onde se tendem a reduzir a exigência e as regras, onde tudo se preenche com o afeto que o coração devolve em cada olhar. Alguns escolhem um caminho com traços rígidos, uma estrada contínua, em que as necessidades de ambos podem nem sempre ser atendidas. E os que defendem a democracia paternal, sabem que a negociação de vontades é o pilar que sustem os limites e as fronteiras estabelecidas. Alguns caminhos que podem alternar-se, cruzar-se, separar-se irremediavelmente ou fundir-se num gesto de abertura e de tentativa para alcançar o melhor. E melhor, esta realidade de ser pai, não é comparável a nenhum outro caso. Cada relação é única, cada momento é uma fotografia sem negativo, sem forma de repetir. Não se pretende perfeição – termo que peca por exagero de qualidades – apenas que sejamos “suficientemente bons” e isso é tudo o que de melhor temos.

Ler profundamente aquilo que um filho nos revela, é uma aprendizagem e deve servir-nos de referência para a constante melhoria que fazemos no nosso desempenho enquanto pais que o são e o querem ser. Não é um caminho fácil e por muito caloroso que seja o sentimento, nem sempre a emoção do momento se compatibiliza com aquilo que nos coloca à prova. Resistir àquilo que tem mais de inexplicável do que se gostaria, como o choro, as birras, os episódios de alteração física, merece um reforço positivo. E em pais de primeira viagem, que agregam a tudo isto a incapacidade de reconheceram a mulher que têm ao seu lado (também ela num processo de aprendizagem da sua nova condição de mãe e na recontextualização que faz de si nas alterações que o seu corpo e mente sofreram), maior será a dificuldade para traçar um plano lógico.

Não perder o foco na nova página que o livro da vida nos mostra, permitirá manter um olhar límpido sobre a parentalidade. O mundo modifica-se e cabe a nós aproveitar cada alteração com a sensibilidade que esta condição invoca. E será fácil imaginar-se deliciado com um sorriso, uma mão que lhe acena, uma palavra proferida.

A magia de ser pai não se ensina, não se replica, sente-se. Renunciar a pequenos prazeres e necessidades pode ser uma via agridoce mas lentamente poderemos, e deveremos, retomar a uma vida diferenciada que permita que voltemos a ser uma pessoa que não se confunda com o ser pai. É nestes reajustes que ganhamos confiança e conseguimos valorizar a experiência e respirar a energia positiva que este desafio exala.

São estes retrocessos e avanços que nos posicionam num lugar com uma vista privilegiada para a magnífica sensação de completude. Existir e ser, consolidam-se e constroem os laços inquebráveis da relação pai-filho(a).

Em momentos de atrapalhação, de ginástica física e mental, de sensação de incapacidade, uma luz iluminará todo o seu mundo cada vez que a palavra “Pai” lhe encher a alma.

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TÂNIA TAVARES
tmctavares@hotmail.com

in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2015
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Liderar é, mais que tudo,Comunicar

1/3/2015

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Os gestos valem muitas vezes mais do que mil palavras…A comunicação é uma das principais ferramentas na arte de liderar.


in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2015
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Todos os anos se escrevem centenas de livros sobre liderança e gestão de equipas. Em 1999, por exemplo, escreveram-se mais de 2000 livros sobre esta temática. Porque é que existe, então, tão grande interesse pela liderança?

Naturalmente que não existe uma resposta única para esta questão. Pode ser a necessidade que temos de servirmos e inspirarmos os outros, de sermos reconhecidos, de manifestarmos o nosso propósito, de tirarmos o melhor de cada pessoa, de deixarmos um legado, etc. De qualquer forma, seja qual for o motivo, uma das competências mais poderosas de que dispomos para atingir estes diversos fins é a comunicação. A este respeito, a ciência revela que os líderes investem, em média, 75% do tempo a comunicar. Comunicam através das palavras, para veicularem ideias, e através do corpo e do tom de voz para transmitirem emoções e intenções. Culturalmente, somos educados para atribuir especial ênfase à primeira, não obstante, mais de 60% do processo de comunicação é não-verbal. Um dos desafios da Liderança é, então, sermos capazes de interagir de forma mais integrada e congruente. Para tal, é necessário existir um alinhamento entre aquilo que dizemos, e aquilo que sentimos enquanto dizemos. O desafio é ousado, mas esta é seguramente uma competência-chave para executarmos um estilo de liderança mais autêntico, influente e eficaz.

A Liderança a que nos referimos não é apenas aquela que diz respeito aos CEO’s ou aos Diretores de Primeira Linha de uma empresa. Um Pai e uma Mãe, são Líderes. Alguém que lidera um projeto na sua comunidade local é um líder. Uma pessoa que procura ser proativa na sua relação com os outros pode ser um líder. Enfim, a Liderança pode ser encarada de uma perspetiva mais ampla. Por isso, a Liderança interessa-nos a todos.

Existem uma competência em liderança que se designa de contágio emocional. Este contágio é crucial para criarmos vínculos afetivos robustos com as outras pessoas. As palavras são fundamentais para comunicarmos ideias e raciocínios mas são menos relevantes para transmitirmos emoções e sentimentos. No que respeita a esta última, a Linguagem Corporal é Rainha.

Os nossos gestos, em especial os das mãos, dada a ênfase que o nosso cérebro dá a esta parte do corpo, por questões que estão relacionadas com a evolução natural da espécie humana, têm um papel fundamental no processo de contágio emocional. Apresentamos de seguida, um conjunto de gestos que o vão ajudar a comunicar de uma forma mais sólida, credível, autêntica e influente.

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Gesto da Palma da Mão para Baixo Revela Autoridade e Domínio sobre o Tema
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Gestos Ilustradores 
Conferem um poder adicional à mensagem pois reforçam as palavras que são ditas
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Gesto do Pequeno Circulo 
Revela Rigor e Precisão
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Gesto de Agarrar a Bola 
Revela Autoconfiança e Segurança relativamente àquilo que comunicamos
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ANTÓNIO SACAVÉM
DOCENTE UNIVERSITÁRIO ESPECIALISTA EM COMUNICAÇÃO
FUNDADOR DAS MARCAS MICROEXPRESSÕES FACIAIS ® E LINGUAGEM CORPORAL ®
www.antoniosacavem.com
antonio.sacavem@microexpressoes.ptr.

in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2015
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Uma paternidade financeiramente consciente

1/3/2015

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Colocar as palavras “paternidade”, “finanças” e “consciente” numa mesma frase é algo que pode, à vista desarmada, parecer perturbador, e fazer aumentar um elevado sentido de responsabilidade ou mesmo de “pronto, acabaram-se os jantares fora, as saídas à noite e as escapadelas de fim de semana! E agora?”

in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2015
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Se nos detivermos a refletir sobre o assunto em vez de hiperventilar ou de entrar em pânico, apercebemo-nos, que na verdade, esta situação é bem mais interessante e benéfica para a nossa vida do que alguma vez poderíamos imaginar!

A paternidade está aí, está um filho prestes a entrar pela porta, às vezes sem pedir licença, outras vezes até deixámos a porta escancarada e as janelas abertas de par em par! Seja como for, a verdade é que vem algo que nos mexe na carteira, que nos agita as contas, nos custa dinheiro (e no final até faz muito mais que isso...). Lembram-se de, num passado recente, se começarem a contabilizar os gastos que cada filho trazia? E digo num passado recente, pois ainda com certeza nos lembramos dos nossos avós que tinham meia dúzia ou mais irmãos, num tempo e num momento em que contabilizar filhos era algo impensável? E não era que houvesse mais abundancia de dinheiro, não, não se tratava disso, pelo contrário! A questão é que pura e simplesmente, onde comiam dois comiam três, onde dormiam quatro dormiam cinco, até chegar a altura onde todos ajudavam e contribuíam para o equilíbrio financeiro familiar.

É claro que os tempos agora são outros, e as comodidades da vida física e material também, mas digam-me, por favor, quanto vale afinal um filho? É que a questão fundamental não é quanto custa a criar, é quanto vale essa vida na nossa vida? Quanto? As respostas normalmente são sempre: “não tem preço, não tem, vale tudo para Ser Mãe e Ser Pai, para ter esta experiencia de Amor, de Abundancia (sim, porque filhos são Abundancia) de Felicidade.”

O Universo é sábio, e sempre dá o que podemos ultrapassar, melhorar, aperfeiçoar. O Universo da paternidade, acende no nosso coração as luzes da Esperança, da Paciência, da Harmonia, do Amor... Acende estas luzes de uma forma tão intensa, que temos de aprender a fazer exercícios que nunca pensámos fazer ou sequer que existiam nalgum lado deste planeta rico e abundante. E estes exercícios, financeiros, treinam-nos para tudo, para sermos mais criativos e generosos (“quem dá mais recebe mais”), mais humildes, mais ecológicos, mais conscientes, mais humanos.

Alguns exemplos práticos e financeiramente equilibrantes: aceitar roupas, livros e brinquedos em segunda mão, comer mais frutas e vegetais, educando os nossos filhos para comerem de tudo e não dizerem não quero e não gosto sem sequer provarem o que está no prato, ser criativos com a alimentação e incentivá-los a novos gostos e sabores; AMAMENTAR pelo menos durante o primeiro ano de vida do bebé é bom para ele, para nós e para a carteira!

Mudarmos a nossa forma de pensar e de sentir em relação à paternidade e às finanças. Pensando e sentindo, que na verdade, um filho significa abundância e prosperidade e não pobreza nem miséria. Um filho significa uma aprendizagem de que o dinheiro pode e deve fluir para nós, pois todos merecemos e ainda mais depois de sermos pais. O Universo é sábio e deseja que evoluamos através dos desafios que apenas servem para o nosso crescimento e superação pessoal.

Lembremo-nos que as nossas finanças crescem e se desenvolvem também nos desafios e nos investimentos. Pensemos que somos realmente afortunados e abundantes e que o dinheiro flui para nós como todas as coisas boas que queremos na nossa vida. Sintamos verdadeiramente essa energia a fluir para nós. Falemos de forma abundante de nós e da vida em geral. Atuemos de acordo com os nossos pensamentos e sentimentos.

Devemos permitir sentirmo-nos ricos e abundantes, pois dentro de nós temos a verdadeira Abundância, a verdadeira capacidade de lidar com a energia do dinheiro, e respeitá-la, encontrando sempre novas formas de a cativarmos e de a aumentarmos na nossa vida e na dos outros. E os nossos filhos representam uma motivação extra para essa consciência de que as finanças e a paternidade não têm de ser “uma desgraça”, mas sim o contrário, são uma verdadeira abundância de tudo quanto é bom nas nossas vidas! Desafios? Sempre os haverá, mas se nos agarrarmos aos nossos filhos e à nossa própria abundância interior, ultrapassaremos com certeza, tudo o que nos surgir na vida!

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RUTE PEREIRA
TERAPEUTA DE MEDICINA QUÂNTICA E MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
INSTRUTORA DE MEDITAÇÃO
andromeda.meta13@gmail.com

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“Ser ou não ser, eis a questão”

1/3/2015

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Este artigo pretende ser uma abordagem “light” a um tema bastante complexo e multifacetado, que deve ser adaptado a cada contexto e núcleo familiar. Espero com estas breves mas incisivas linhas, sublinhar aspetos que julgo vitais para uma criança se tornar, futuramente, num adulto funcional e poder VIVER em toda a sua plenitude. 


in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2015
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O que todos sabemos mas que nem sempre aplicamos.

Embora o facto de ser pai ou mãe seja encarado por parte da sociedade como um proform, há mesmo quem pretenda ser pai e mãe de forma convicta, encarando o nascimento da criança como um projeto de vida. Infelizmente, uma parte muito considerável da sociedade vive o dia-a-dia de forma quase esquizofrénica, o que leva a um desequilíbrio no estabelecimento de prioridades. Já imaginou uma pirâmide assente pelo vértice?   

O resultado não é nada interessante. Mas isso já todos sabemos, basta sair à rua (ou não). Agora, adicione uma ou mais crianças a essa equação.

Todos sabemos que os pais fazem o melhor que sabem e podem. Também eles, provavelmente, receberam uma educação com fortes lacunas por preencher e foram igualmente submetidos à quase letal pré-formatação padronizada da sociedade. No entanto, o ser humano ao chegar a certo ponto da existência, com maior ou menor dificuldade, tem o dever de melhorar, de se optimizar, de procurar apoio, ajuda, orientação. Ninguém é uma ilha, e sozinhos pouco podemos. Tem noção disso ou o ego patológico fala mais alto? Tenha a humildade de pedir ajuda.

Então, verificamos que não obstante o estilo de vida do pai e/ou da mãe, existe toda uma máquina social que se encarrega de sabotar, desvirtuar e formatar a criança de forma sublime e requintada. Por exemplo: desde a alimentação e a sua publicidade não coerente; ao sistema de ensino caduco (do qual a maioria dos professores são também vitimas) que não aproveita e sobrevaloriza a capacidade, intuição e criatividade da criança, criando máquinas pedagógicas que mal têm tempo para VIVER; passando pelas dezenas de vacinas administradas, sendo que uma grande fatia dessas substâncias, segundo os últimos estudos científicos (credíveis e elaborados ao mais alto nível), indicam que as mesmas danificam seriamente, entre muitos outros aspetos, o sistema imunitário da criança, não obstante a importância de algumas vacinas como por exemplo a do tétano.

Embora existam centenas de tópicos passiveis de abordar num tema tão vasto, centramo-nos de forma sucinta e prática na relação do pai e/ou mãe (se presentes) com o recém-nascido, visto ser até aos 3 anos de idade que se estruturam os alicerces base da personalidade do ser humano. 
 
Quando chega o novo Ser

Quem não está disponível para alterar as suas rotinas e iniciar outras que requerem paciência, determinação e, sobretudo, AMOR, deverão repensar o timing para gerar um novo ser humano (exceção aos nascimentos não planeados). Efetivamente, ser pai ou mãe requer mais do que vontade e intuição. Requer, por exemplo, maturidade, disponibilidade (também interior), e especificamente: capacidade para se levantar a meio da noite e não empurrar as tarefas para a companheira; capacidade para lidar com barulho, desarrumação e com o reajuste necessário dos horários e hábitos em função das necessidades da criança, com as saídas relacionadas com a saúde, elaboração de uma alimentação responsável (diferente do fast food comprado em boiões e seus afins, que embora mais práticos, são mais caros e altamente prejudiciais a médio prazo).

O fator financeiro é incontornável, apesar do simbólico apoio entregue na fase inicial pelos serviços sociais. Por tudo o que foi anteriormente referido e por muitas dezenas de páginas que poderiam ser escritas, atualmente, optar de forma nobre por ser pai ou mãe é um acto que redefine TUDO, nomeadamente o conceito de responsabilidade (diferente de “fardo”).

Assim, ao optar por “ter” uma criança ou em viver com alguém que já as “tenha” (não é igual), adquira a noção que um bonsai ou um animal de estimação são bem diferentes do que um ser humano. Nesta abordagem ao recém-nascido, embora cada idade tenha os seus enormes desafios. Há que realçar que por inúmeros motivos, os pais em Portugal são autênticos heróis e heroínas, tal é um facto. Ficam mais algumas sugestões:

- Deixe a criança sujar-se, tocar na terra, sentir a natureza, a água, as árvores, a areia! Há máquinas de lavar. Está com isso a evitar que se torne num “zombie” de vídeo jogos e TV, está a torna-la mais humana. Além disso, está a fortalecer o seu sistema imunitário;

- Deixe-a pisar uma poça de água, bater com os tachos, fazer barulho. Incentive-a a brincar com materiais que existem em casa e não só com brinquedos já pré feitos. Sabia que está com isso a desenvolver a criatividade e capacidade para resolver facilmente desafios que ela vai encontrar no futuro?

- Deixe-a acabar a birra e imponha limites, mas não o deixe a chorar 1h até se calar para adormecer. Gostava de ser abandonada/o? No futuro a criança terá tendência para ser carente e insegura;

- Sugestão de leitura: o livro: “Coaching Para Pais”, de Cristina Valente.      

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RODRIGO BELARD
ESPECIALISTA DE MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
www.rodrigobelard.com

in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2015
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A saúde emocional na paternidade

1/3/2015

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A paternidade assume uma extrema importância na educação das nossas crianças, para que possam ter uma vida emocionalmente saudável e assim desenvolverem também relações saudáveis. A saúde emocional da paternidade implica uma gestão de emoções adequada do progenitor, para que assim possa educar o seu filho saudavelmente.

in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2015
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A edição deste mês da revista Progredir, tem como tema central a paternidade, conceito que envolve vários fatores e que tem motivado diversos estudos nas áreas da sociologia, psicologia, educação entre outras.

A paternidade está relacionada com a relação de um progenitor para com o seu filho, seja biológico ou adotado, sendo mais do que a representação de um elo, ou seja sendo mediada por um conjunto de valores, sentimentos, emoções, comportamentos entre um progenitor e o seu filho.

Uma particularidade da paternidade que tem sido muito estudada ao longo dos últimos tempos, é a denominação de paternidade sócio afetiva, onde se estudam os elos afetivos e os papéis sociais representados por um progenitor e o seu filho, além dos laços genéticos que possam existir. A paternidade está associada ao estatuto de um pai independentemente da origem do elo que tem com o seu filho.

Neste sentido, mais do que abordar os conceitos inerentes à paternidade, pretende-se abordar a sua saúde emocional, no que concerne à gestão de emoções do pai e a forma como apoia o seu filho a gerir as suas emoções através da educação, da proteção, da responsabilidade pelo seu crescimento e desenvolvimento.

Os elos genéticos ou afetivos não definem de todo as diversas dinâmicas vivenciais da paternidade, sendo que essas dinâmicas são desenvolvidas e potenciadas através da relação diária, da presença, do acompanhamento e partilha e só deste modo é possível promover a saúde emocional da paternidade, pois indivíduos com uma adequada gestão de emoções, têm uma preparação e capacidade diferentes para serem educadores emocionais.

Assim, os progenitores poderão potenciar a relação com os seus filhos e serem agentes transformadores das suas vidas, não por os criarem à sua medida, mas sim, porque são capazes de compreender, aceitar e integrar as emoções de cada um dos intervenientes desta relação, de modo a transformarem a forma como se relacionam e partilham as suas emoções.

Viver a paternidade na sua plenitude implica estar presente na vida da criança que se cria, de modo a poder acompanhar cada etapa do seu desenvolvimento e poder ser um guia orientador para as suas decisões, celebrando as suas vitórias e apoiando nas suas derrotas. Uma paternidade saudável implica por si só uma relação onde o tempo não tem limites, onde é preciso estar, para se poder sentir, viver, partilhar, pois a ausência não potencia a paternidade, esmorecendo a relação entre um progenitor e o seu filho.

Outra forma de promover a saúde emocional da paternidade é assumir e compreender que o filho é e tem uma vida diferente em relação ao seu progenitor, num tempo diferente, com vivências diferentes, sendo necessário um exercício diário de adaptação, transformação, para que se possa aceitar as diferenças de cada um e assim encontrar os pontos comuns, que serão os alicerces de uma relação segura e estável.

Ser pai em nada indica que se está a viver saudavelmente a paternidade, pois é mais do que um elo biológico, do que um papel e estatuto social e familiar, mais do que uma herança hereditária ou de nome. É a vivência de um conjunto vasto de emoções, experiências e mudanças na sua plenitude, desenvolvendo as capacidades de aceitação, adaptação e valorização pessoal e familiar.

Tanto que, por vezes, se ouve dizer que um determinado indivíduo tem um instinto paternal desenvolvido, sem que seja pai ou tenha qualquer criança ao seu cuidado e esta afirmação está relacionada com algumas dimensões da paternidade como o sentimento de proteção, de responsabilidade, de amor, carinho, dedicação a uma criança seja, por exemplo, a nível familiar e até profissional.

É tendo em consideração estes aspetos que este artigo aborda a saúde emocional da paternidade, de modo a que propicie uma reflexão a todos aqueles que são pais, que querem ser pais ou que cuidam de crianças e sentem o seu instinto paternal desenvolvido.

É preciso aprimorar a paternidade de modo a que com relações afetivas e emocionais saudáveis, se eduquem e criem crianças saudáveis, para que possam posteriormente dar continuidade a um novo sentido e significado de paternidade.

De igual modo, é necessário que os progenitores adequem a gestão das suas emoções, tendo em mente que o seu filho não é uma cópia do seu viver, mas sim uma vida diferente que tem a necessidade de cuidado e proteção para que possa demonstrar a sua individualidade e potencialidade.

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RICARDO FONSECA
ESCRITOR
ENFERMEIRO
ricardosousafonseca.pt.to

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Pai de corpo e alma

1/3/2015

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A paternidade é a eternidade para lá do corpo, para cá da alma. Paternidade é tornar eterna a existência… 


in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2015
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Contemplar como pai as marcas dos pés na areia da vida, é ter o privilégio de perceber que as marés do tempo não apagam o sentido da existência. Ser pai é poder acompanhar com a firmeza de quem protege e a doçura de quem ama, um Ser tão especial quanto celestial. Um pai não dá à Luz, mas gera Luz e sustenta o brilho. Na paternidade não há escuridão. O único cinzento da partilha de um pai com um filho é o enlace das sombras: a sombra do filho… a sombra do pai… Sob a Luz da Confiança.

Paternidade e Confiança caminham num enlace profundo. Quando se olha nos olhos de um filho e se vê nas íris um brilho luminoso, contempla-se a confiança e o reflexo da nossa própria confiança. Paternidade é confiança mútua.

Sempre que um “Amo-te Pai” se torna melodia no momento em que o Tudo se pausa numa lágrima de emoção, percebe-se o quanto um filho é Clave de Sol na pauta da existência. O Amor espelhado pela paternidade é como uma galáxia: no Universo representa um conjunto de estrelas… de Vida. Cada estrela é um abraço, um aconchego, uma carícia nos cabelos, um beijo de boa noite, um sorriso de bom dia… Uma repreensão seguida de um beijo e de um “acredito em ti”. Ser pai é nomear uma galáxia única, onde a díade com um filho é incomparável com qualquer outra.

Ser Pai é então mais que uma condição: é uma identidade… Um marco espiritual que nos transforma e é transformador do Mundo. Na Paternidade não há tempo… Há um momento único que se conjuga num único tempo verbal: a Eternidade. No Amor entre um pai e um filho, o beijo encerra sempre um até já, pois o sangue torna-se tinta permanente que une o papel e a caneta numa única identidade, que escreve o genótipo de ambos num só Espírito.

Numa relação genuína de Pai e Filho, não cabe o perdão, porque não cabe a desilusão… Pai e Filho não se perdoam… Transformam-se na Luz da aprendizagem mútua. Paternidade é pois Mestria. É saber Ser, Estar, Saber, Transformar-se na mais pura concretização do Ser Humano.

Conforme escrito no livro “Margens”, de Pedro Melo: Moldar uma Margem é ser dotado do Milagre da Parentalidade. À medida que a Água da Verdade transforma em Barro de Vida os grãos de areia partilhados pelas Margens de Conceção, a Luz do Sentido de Existirmos vai-se tornando mais intensa. Ser Pai é por isso mesmo dar Sentido à Existência. Mesmo quem não é Pai, tem o privilégio de amar: não um filho de sangue… Mas os “filhos” do sangue da partilha… Quando amamos alguém e transformamos e somos transformados por essa pessoa, também vivemos uma forma de paternidade… Somos pais da obra que a metamorfose da partilha nos proporciona… Tornamo-nos filhos e pais uns dos outros.

Um filho é por isso e acima de tudo, sangue de Amor… Sangue de pertença… Quando amamos um filho, é no suor e nas lágrimas que está o corpo… todo o resto é Alma. Com esta premissa, entendemos o quanto a paternidade é a Alma da Existência. A paternidade é a conceção… A proteção… a transformação… A paternidade é pois a imortalidade. Um pai jamais é mortal quando ama incondicionalmente um filho! Um filho jamais é mortal quando se deixa amar incondicionalmente pelo pai! Ambos se imortalizam na fusão do Amor mútuo.

Quem se permite à paternidade sabe o que significa o que leu antes neste texto. Todos de alguma forma podem ser pais, lembram-se? Sim, mesmo as mães… [pensamentos irrompem agora a vossa consciência: “uma mãe ser pai? Não, a paternidade é masculina e a maternidade feminina!”] – Será? Uma mãe só é completa se se permitir à paternidade. Se se permitir à conceção, à proteção, ao suor e às lágrimas… Sim são quatro genes do ser Pai que a Mãe pode e deve ter… Tal como o Pai só é completo se tiver dedicação única, resiliência de amor, sussurros de amor e calor no coração (genes da mãe). Mãe é paterna e Pai é materno quando se fala da parentalidade espiritual… E o alimento do Espirito é tão importante como o leite materno para o corpo.

Por isso, em qualquer tipo de família, seja quem for que exerça a parentalidade, se se dedicar ao Amor profundo e incondicional a um filho, saberá ser um espirito tanto materno como paterno e orientar a cápsula que é o corpo no seu trabalho material.

A paternidade é assim o sangue e a tinta… a história no papel da existência… A paternidade é o espelho… é o reflexo… Ser Pai é Corpo e Alma.

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PEDRO MELO
PROFESSOR NA UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA (ICS – PORTO)
ESCRITOR
www.facebook.com/escritorpedromello



in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2015

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