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Biblioterapia - Será que os livros podem ter potencial terapêutico? 

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Ler um texto é ler-se a si mesmo.
(Marc-Alain Ouaknin)

Alguma vez sentiu que um livro o acolheu num momento de dor e dificuldade? Que o ajudou a identificar as emoções que estava a sentir? Que lhe deu a oportunidade de ver outras perspetivas de uma mesma situação que nem sequer imaginava que existiam? Alguma vez sentiu que um livro trouxe transformação à sua vida?

Pois bem. Os livros são a herança indelével da Humanidade. Venerados por uns, incompreendidos por outros. Há quem não viva sem eles. Há quem, desconhecendo o seu valor, os ignore. Inegavelmente  eles fascinam quem ousa mergulhar nas suas páginas, provocando uma multiplicidade de emoções, por vezes inesperadas, de intensidades variáveis.

​Obras de todos os géneros literários, ficcionais ou não ficcionais, podem enriquecer-nos, desconcertar-nos e (re)conduzir-nos na descoberta de nós próprios, se nos dispusermos a isso. Dos clássicos aos contemporâneos, muitas vezes a dificuldade é a escolha do livro certo. Nunca voltamos iguais depois de sermos apresentados a um determinado livro no momento certo. 

Quantas vezes sentiu que não estava ler um livro mas que o livro o estava a ler a si, a perscrutá-lo?

Surge então a questão: será que os livros podem ter um potencial terapêutico? 

A biblioterapia consiste na utilização dos livros ou outros materiais de leitura como recurso terapêutico permitindo o desenvolvimento pessoal integral, podendo ser vários os seus contextos de aplicação. Nenhum livro substitui um qualquer tratamento médico-terapêutico mas pode ser um material auxiliar num contexto de intervenção, terapêutico ou não.   

Todas as circunstâncias de vida, sejam elas quais forem, podem beneficiar com a leitura guiada e orientada de um livro. Há-os para todos os desafios que o ser humano tem de enfrentar. O fim de uma relação, a morte de um ente querido, uma conturbada relação pai-filho, um problema aditivo, demência, solidão, situações traumáticas, depressão, perda de emprego, doença mental, doença oncológica ou uma tomada de decisão são alguns desses exemplos.

No contexto terapêutico, propor um determinado livro perante a realidade individual pode possibilitar novos olhares, favorecer a reflexão e promover a mudança. Enquanto auxiliar terapêutico oferece à pessoa o caminho da sua liberdade no encontro consigo própria, fazendo da sua biografia uma história com sentido.

Partindo da escuta atenta da vivência individual do paciente, cabe ao terapeuta a tarefa de selecionar o(s) livro(s), ou trecho(s) dele(s), que a seu ver vão ressoar dentro da pessoa, que vão despertá-la para um renovado conhecimento de si mesma. Não é uma leitura qualquer, o que se procura é que aquela leitura possa despertar sentimentos, pensamentos e uma nova reflexão perante o que está a ser vivido, o problema que se pretende resolver, as angústias que estão a perturbar o seu funcionamento. 

E é partindo desse material de leitura criteriosamente escolhido que cada pessoa atribui um significado único a partir da sua vivência pessoal. A interpretação é um processo pessoal que favorece a transformação interna. Compreender o texto, compreendendo-se pela atribuição de significado à luz da sua história individual e da sua vivência atual.  

Mas há duas premissas essenciais para quem pretende utilizar os livros num contexto terapêutico. Tem de existir uma compreensão profunda quer do funcionamento individual da pessoa quer da forma como uma determinada temática é tratada ao longo do livro proposto, formulando hipóteses sobre o impacto que esse mesmo material terá para a solução positiva do problema vivenciado pela pessoa ou objetivo que pretenda alcançar. Só assim pode ser eficaz.

São inúmeros os benefícios terapêuticos da leitura que contribuem para a saúde mental individual, alimentada esta por símbolos afetivos, permitindo a clarificação dos problemas individuais e a redescoberta criativa de novas abordagens de resolução dos mesmos, operacionalizado em três etapas- a identificação, a catarse e o insight.

O envolvimento na história promove a identificação do paciente com pontos comuns da sua própria história pessoal. A resolução dos problemas com sucesso provoca a catarse por meio de uma descarga emocional, possibilitando um novo insight, uma nova perspetiva face a um determinado problema que se repercute numa mudança efetiva. A introspeção gerada pela leitura propícia uma nova compreensão das circunstâncias de vida, a redescoberta de novas abordagens de resolução de crises, um maior distanciamento face à dor emocional, uma maior capacidade de expressão de sentimentos. 

O diálogo íntimo entre a obra do escritor e o leitor é único, irrepetível e permite construir uma nova história que, embora não chegue a ser escrita (nalguns casos é proposto esse desafio) gera uma nova vida. Uma vida renovada. Esse é o papel da biblioterapia que permite abrir as portas para a possibilidade desse diálogo interno entre ambos e é transformador na vida de quem ousa permiti-lo.    

Da próxima vez que escolher um livro permita-se ser interpelado por ele, permita-se que ele o transforme. Afinal de contas, como nos diz o conceituado James Hillman a “alma” apenas “quer histórias que curam” e a história que contamos da nossa vida é uma ficção que criamos a partir de fragmentos da própria realidade.

Parafraseando Fiódor Dostoiévski, “Deixei-nos nós, sem livros, e logo ficaremos confusos, perdidos – não saberemos a que nos agarrar, o que seguir, o que amar e o que odiar, o que respeitar e o que desprezar”.

O objetivo deste texto foi apenas, de forma sumariada, apresentar a biblioterapia e todo o seu potencial terapêutico, dando alguns exemplos de sugestões de livros que possibilitam uma vida transformada.

Boas leituras!

IRENE SILVA 
PSICÓLOGA CLÍNICA
ireneramossilva@hotmail.com

in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2020
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
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