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Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção - Uma Abordagem Corporal


O que afeta a mente afeta o corpo e o que afeta o corpo afeta a mente. Esta é atualmente uma verdade inquestionável que a psicossomática tem vindo cada vez mais confirmar. Nós somos e seremos sempre corpo, mente e espírito e sendo o corpo a maior “sede do nosso inconsciente” é de grande valia no trabalho psicoterapêutico.
Quando olho para o corpo destas crianças/adolescentes diagnosticadas com Hiperatividade e Défice de Atenção, paro sempre para me perguntar o que é que é que aquele corpo me revela. Sem ponderar sobre detalhes, deslocamentos ou assimetrias, simplesmente o que é que aquele corpo me diz globalmente sobre aquela pessoa; A que figura, nome, palavra ou adjectivo associo aquela imagem e o que é que me faz sentir. Esta observação, posteriormente complementada com uma análise mais detalhada, tem sido muito importante no trabalho e investigação que tenho desenvolvido relativamente a esta problemática. A leitura corporal tem sido uma ferramenta insubstituível na análise e compreensão da história emocional, sentimentos profundos e inconscientes, carácter e personalidade.

​Numa análise global, sinto sempre uma tendência para a inação, apatia, falta de vivacidade e brilho no olhar. Vejo um corpo exteriormente hipertónico ou hipotónico, mas interiormente colapsado, sem vontade e sem vitalidade saudável. Nos trabalhos corporais é como se sentisse uma onda que puxa o corpo para a inatividade ou para a atividade desorganizada, que o torna pesado e incapaz de se mover com leveza. Os braços pendem ao longo do corpo, as pernas mobilizam-se com dificuldade e o contato interno é penoso. Fogem do contato consigo próprios, com os seus sentimentos através da apatia, ou através do movimento exagerado e desconetado, como no caso de crianças/adolescentes do tipo hiperativo e misto, nas quais o corpo enlouquece para permitir que a mente se mantenha sã. Não parecem clinicamente deprimidas, mas sim privilegiam o nada fazer, sem energia, vitalidade e ação ou simplesmente querem fazer tudo mas não fazem nada. O corpo evidencia um estado de “depressão falhada” em que “Há uma diminuição da reatividade dos sistemas biológicos de adaptação e um abatimento da auto-regulação homeostática, bem como da capacidade auto-reparadora do organismo” MATOS, 2012.

Este estado evidencia e potencia uma predominância das funções do cérebro inferior em detrimento das funções do córtex cerebral, sede do “domínio de si”. Se existe um predomínio do funcionamento automático, julgo que por necessidade de se adaptarem e conviverem com determinados estímulos emocionais, as pessoas ficam num estado de alheamento, longe do aqui e do agora, sem capacidade de auto-regulação emocional, sem capacidade de serem “donas da sua vida” e é isso mesmo que o corpo revela.

A verdade é que a atenção tem a capacidade de regular a nossas emoções, controlando a agitada amígdala (região do cérebro que faz parte do sistema límbico) que nos desvia do domínio e da consciência de nós próprios. Se pensarmos numa criança pequena, a fazer uma birra e utilizarmos a técnica de redireccionar a sua atenção para qualquer coisa, verificamos que invariavelmente a birra acalma, porque a atenção selectiva da criança foi utilizada para sossegar a amígdala. Esta capacidade, que as crianças começam a desenvolver a partir dos 3 anos de idade, são competências de auto-regulação emocional. A pessoa consegue ter um domínio de si, através do qual é capaz de forçar a sua vontade, ignorar as distracções e inibir os impulsos; É capaz de inibir o seu comportamento de acordo com o meio ambiente e assim não estar apenas susceptível ao ambiente externo, à organização externa, ao planeamento externo… Mas sim, estar inteira e consciente de si própria.

Todo este funcionamento reflete e é reflexo de um padrão interno de colapso, que independentemente da sua estrutura externa (hipertónica ou hipotónica) e forma de expressão (movimento de hiperactividade ou de hipoactividade) denota sempre esta incapacidade de auto-regulação interna, auto-regulação emocional e inibição comportamental. Estão colapsados no domínio e consciência de si próprios, sujeitos à acção involuntária, automática, intuitiva e impulsiva e o corpo espelha essa derrocada interna.

Da minha experiência, julgo que as pessoas do tipo hiperativo/impulsivo ou misto correspondem a um padrão de hipertonia exterior com maior predomínio do sistema simpático numa situação de “over-charge”, que as conduz a comportamentos explosivos, impulsivos e hiperativos. São corpos sobrecarregados com ação desorganizada e descontextualizada. Já as pessoas com défice de atenção (sem sintomas de hiperatividade) apresentam o padrão posto, são muscularmente mais hipotónicas, com falta de carga e predomínio do sistema parassimpático. Privilegiam o pensamento em detrimento da acção e são aquelas pessoas que pensam muito mas não fazem nada. Em qualquer uma das situações, verifica-se uma ineficiência na auto-regulação interna. Não se verifica equilíbrio entre o pensar e o agir, nem capacidade de gerir a vida emocional sem perder o foco. Não desenvolvem um Self autónomo e não têm domínio de si próprios.

É uma vivência pré-consciente, que ficou registada no tronco cerebral que não está ligada à consciência, mas que contribuiu para o desenvolvimento deste núcleo “depressivo” da personalidade. Viver alienado e desorganizado é uma excelente forma de evitar o contato interno e como tal a dor. Infelizmente fugir da dor é também fugir do prazer e da vida, na qual são apenas figurantes e não assumem o seu papel de personagem principal. O termo figurante e personagem principal foram-me mencionados por um paciente de 13 anos, que um dia me disse que para ele “a vida era como um filme, no qual ele era personagem principal ao nível das ideias, mas não conseguia materializar, pelo que, em tudo o resto era figurante”. Achei brilhante esta forma de explicar o modo como vivem desenraizados e a dificuldade de concretização que os carateriza. Vivem no “planeta X” e precisam deste alheamento como fonte indispensável para a sua saúde emocional. Alimentam-se da fantasia e não da ação e da relação.

Na minha opinião, a PHDA não é mais do que um mecanismo de defesa contra o medo que em primeiro lugar comprometeu o direito de ser e existir e depois o sentimento de estar seguro e ser amado para poder ir em direcção à auto-realização. Têm uma identidade pouco construída, num estado em que “a pele pouco limita o nada de fora e o quase nada de dentro” Hegenberg, 2013.

​É preciso ensinar a SER, é preciso confirmar a sua existência, é preciso enraizar, é preciso ensinar a sentir, para que com tempo possam ficar mais inteiros e conscientes de si próprios e se inverta esse mecanismo neurofisiológico que é simultaneamente causa e consequência desses sintomas de hiperatividade e défice de atenção…

29/01/2016

Ana Galhardo Simões

Psicoterapeuta Corporal

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