Entrevista a Teresa Robles
"Crescer como uma forma de vida"

Uma das maiores autoridades mundiais da psicoterapia e da hipnoterapia
Ericksoniana, conta aos leitores como nasce o seu interesse pela psicologia, da
sua paixão pela escrita e do poder da hipnose. Por Revista Progredir
Progredir: Conte-nos um pouco do seu percurso de vida, fale-nos de Si?
Teresa Robles: Nasci no seio de uma família tradicional mexicana e sempre lutei para ser diferente das mulheres da minha casa. O meu pai apoiou-me muito para ser diferente e a sua influência manteve-se apesar de ter morrido quando tinha 15 anos.
Ele também era muito rebelde a tudo o que sentia como tradicional ou imposição. Ensinou-me a quebrar paradigmas e foi isso que fiz ao longo da minha vida.
Progredir: Como nasceu o interesse pela antropologia e mais tarde pela psicologia clinica?
Teresa Robles: Sempre me interessou. Antropologia, indígenas e história do México eram temas preferidos do meu pai, que partilhava com ele.
Depois do acidente onde morreu o meu pai e a minha irmã mais velha a minha família separou-se. Os irmãos mais velhos foram-se embora de casa. A minha mãe teve uma depressão profunda e a minha irmã mais nova estava agarrada a ela com medo de sair e viver a sua própria vida.
Eu queria estudar alguma coisa que me permitisse ajudar os outros e entre todas as possibilidades, a antropologia permitia-me estar muito tempo fora de casa. Gosto muito de viajar e conhecer outros lugares, outras culturas e através da antropologia viajei muito.
Quando por circunstâncias da vida passei da antropologia “de campo” para a antropologia “de escritório”, descobri que a psicologia era uma forma de trabalhar outra vez com as pessoas e que a psicoterapia era outra forma de ajudar.
Progredir: Qual é para si o grande objetivo da hipnose?
Teresa Robles: Formei-me como psicanalista e apesar de ter ficado fascinada com a teoria, a prática não me entusiasmava. Passei para a terapia familiar sistémica e aí, por casualidade chegou às minhas mãos um livro de programação neurolinguística que me interessou imenso e, procurando as suas origens, cheguei ao Dr. Erickson. Fui de imediato ao congresso seguinte organizado pela Fundação Milton H. Erickson e comecei a estudar profundamente o seu trabalho.
O que mais atraiu a minha atenção da hipnoterapia Ericksoniana foi que através dela se podiam alcançar mudanças importantes e duradoras sem existir necessidade de lembrar situações dolorosas. Isto, juntamente com a epistemologia humanista e positiva do Dr. Erikson fez com que a minha vida, e não apenas o trabalho, fosse a hipnoterapia Ericksoniana.
Progredir: Conte-nos um pouco do seu percurso de vida, fale-nos de Si?
Teresa Robles: Nasci no seio de uma família tradicional mexicana e sempre lutei para ser diferente das mulheres da minha casa. O meu pai apoiou-me muito para ser diferente e a sua influência manteve-se apesar de ter morrido quando tinha 15 anos.
Ele também era muito rebelde a tudo o que sentia como tradicional ou imposição. Ensinou-me a quebrar paradigmas e foi isso que fiz ao longo da minha vida.
Progredir: Como nasceu o interesse pela antropologia e mais tarde pela psicologia clinica?
Teresa Robles: Sempre me interessou. Antropologia, indígenas e história do México eram temas preferidos do meu pai, que partilhava com ele.
Depois do acidente onde morreu o meu pai e a minha irmã mais velha a minha família separou-se. Os irmãos mais velhos foram-se embora de casa. A minha mãe teve uma depressão profunda e a minha irmã mais nova estava agarrada a ela com medo de sair e viver a sua própria vida.
Eu queria estudar alguma coisa que me permitisse ajudar os outros e entre todas as possibilidades, a antropologia permitia-me estar muito tempo fora de casa. Gosto muito de viajar e conhecer outros lugares, outras culturas e através da antropologia viajei muito.
Quando por circunstâncias da vida passei da antropologia “de campo” para a antropologia “de escritório”, descobri que a psicologia era uma forma de trabalhar outra vez com as pessoas e que a psicoterapia era outra forma de ajudar.
Progredir: Qual é para si o grande objetivo da hipnose?
Teresa Robles: Formei-me como psicanalista e apesar de ter ficado fascinada com a teoria, a prática não me entusiasmava. Passei para a terapia familiar sistémica e aí, por casualidade chegou às minhas mãos um livro de programação neurolinguística que me interessou imenso e, procurando as suas origens, cheguei ao Dr. Erickson. Fui de imediato ao congresso seguinte organizado pela Fundação Milton H. Erickson e comecei a estudar profundamente o seu trabalho.
O que mais atraiu a minha atenção da hipnoterapia Ericksoniana foi que através dela se podiam alcançar mudanças importantes e duradoras sem existir necessidade de lembrar situações dolorosas. Isto, juntamente com a epistemologia humanista e positiva do Dr. Erikson fez com que a minha vida, e não apenas o trabalho, fosse a hipnoterapia Ericksoniana.

Progredir: Qual a grande diferença da hipnoterapia Ericksoniana comparativamente a outros métodos de hipnose?
Teresa Robles: Cada vez há menos diferenças entre elas, mas para mim, é mais respeitosa pois trabalha de forma indireta. Por essa mesma razão o processo é mais agradável. Não procura a catarse.
Progredir: Que papel tem a escrita na sua vida?
Teresa Robles: Adoro escrever, é um dos grandes prazeres da minha vida. Escrevo muitas coisas. Não somente livros mas também materiais para os nossos alunos e muitas outras coisas que passam pela minha cabeça e que talvez um dia valha a pena publicar.
Progredir: Como foi receber o maior reconhecimento da Fundação Milton H. Erickson?
Teresa Robles: Não estava à espera. Eu trabalho e faço o que faço porque o adoro fazer e sinto que é parte da minha missão de vida. Nunca fiz as coisas para obter reconhecimento. Estou muito habituada às críticas.
Num primeiro momento bloqueei e não entendia. Depois, quando percebi que era a primeira vez que se dava esse reconhecimento a uma mulher latina, disse que também aqui me foi destinado abrir portas e recebi-o em nome das mulheres latinas que até ao momento ainda não foram reconhecidas.
O prémio chama-se “reconhecimento por toda uma vida dedicada a atingir contribuições de destaque no campo da psicoterapia”. Acho que a maior parte da minha vida Profissional sim, esteve dedicada e continuará assim a fazer crescer o campo da psicoterapia.
Teresa Robles: Cada vez há menos diferenças entre elas, mas para mim, é mais respeitosa pois trabalha de forma indireta. Por essa mesma razão o processo é mais agradável. Não procura a catarse.
Progredir: Que papel tem a escrita na sua vida?
Teresa Robles: Adoro escrever, é um dos grandes prazeres da minha vida. Escrevo muitas coisas. Não somente livros mas também materiais para os nossos alunos e muitas outras coisas que passam pela minha cabeça e que talvez um dia valha a pena publicar.
Progredir: Como foi receber o maior reconhecimento da Fundação Milton H. Erickson?
Teresa Robles: Não estava à espera. Eu trabalho e faço o que faço porque o adoro fazer e sinto que é parte da minha missão de vida. Nunca fiz as coisas para obter reconhecimento. Estou muito habituada às críticas.
Num primeiro momento bloqueei e não entendia. Depois, quando percebi que era a primeira vez que se dava esse reconhecimento a uma mulher latina, disse que também aqui me foi destinado abrir portas e recebi-o em nome das mulheres latinas que até ao momento ainda não foram reconhecidas.
O prémio chama-se “reconhecimento por toda uma vida dedicada a atingir contribuições de destaque no campo da psicoterapia”. Acho que a maior parte da minha vida Profissional sim, esteve dedicada e continuará assim a fazer crescer o campo da psicoterapia.

Progredir: Vai estar em Portugal de 24 de Janeiro a 2 de Fevereiro, com
os Curso de Técnicas Avançadas de Hipnose Ericksoniana e o Curso de
Hipnoterapia Ericksoniana Aplicada. Como poderão os profissionais e seus
clientes a que se dirigem estas formações, beneficiar deste conhecimento.
Teresa Robles: Vamos trabalhar de forma muito prática e vão aprender técnicas que vão poder aplicar profissionalmente. Mas para aprender essas técnicas além de as observar e praticar tem que se vivenciar, assim os participantes ao vivê-las, trabalharão com eles próprios e com certeza mudarão para melhor e crescerão.
Progredir: O tema deste mês da Revista Progredir é Crescer, como vê este conceito aplicado ao seu trabalho e à sua vida?
Teresa Robles: Acabo agora mesmo de falar nisso. As pessoas que treinam as técnicas Ericksonianas crescem irremediavelmente e ajudarão a fazer crescer as pessoas à sua volta, não só os seus pacientes.
Progredir: Que mensagem gostaria de transmitir aos leitores da Revista Progredir?
Teresa Robles: Gostava de lhes dizer, citando o Dr. Erickson que mesmo que nos tenham ensinado que a vida é difícil, injusta e que nela existe dor, como vivemos isso depende apenas de nós, da nossa atitude e que vale a pena vivê-la, podemos desfrutar mais do que imaginamos.
Teresa Robles: Vamos trabalhar de forma muito prática e vão aprender técnicas que vão poder aplicar profissionalmente. Mas para aprender essas técnicas além de as observar e praticar tem que se vivenciar, assim os participantes ao vivê-las, trabalharão com eles próprios e com certeza mudarão para melhor e crescerão.
Progredir: O tema deste mês da Revista Progredir é Crescer, como vê este conceito aplicado ao seu trabalho e à sua vida?
Teresa Robles: Acabo agora mesmo de falar nisso. As pessoas que treinam as técnicas Ericksonianas crescem irremediavelmente e ajudarão a fazer crescer as pessoas à sua volta, não só os seus pacientes.
Progredir: Que mensagem gostaria de transmitir aos leitores da Revista Progredir?
Teresa Robles: Gostava de lhes dizer, citando o Dr. Erickson que mesmo que nos tenham ensinado que a vida é difícil, injusta e que nela existe dor, como vivemos isso depende apenas de nós, da nossa atitude e que vale a pena vivê-la, podemos desfrutar mais do que imaginamos.
|