Terapia Sistémica, a sua História

A terapia Familiar Sistémica, é um modelo que nasceu nos anos 50 nos Estados Unidos, mais precisamente na Califórnia, pelas mãos Gregory Bateson e um grupo de colaboradores, desenvolvido junto das famílias de esquizofrénicos. Este modelo tem como base a teoria Geral dos Sistemas, iniciada por Von Bertallanfy em 1947.
A Teoria da Terapia familiar tem como postulado, que o homem não é um ser isolado, mas um membro ativo e reativo de grupos sociais. O indivíduo faz parte de um sistema, que por sua vez é um subsistema de outro sistema maior — a família, sendo esta por sua vez um subsistema da sociedade.
A partir deste modelo chegamos facilmente à intervenção familiar que passou a ser compreendida pela impossibilidade de dissociar o indivíduo do seu meio, pois ambos evoluem simultaneamente e mudam reciprocamente. Neste sentido, podemos dizer que o pensamento sistémico tem a sua tónica no estudo das relações e interações que se estabelecem entre os elementos constituintes.
Em Portugal a sociedade portuguesa de terapia familiar, enquanto associação cientifica sem fins lucrativos, iniciou o primeiro curso de terapia familiar e intervenção sistémica em 1982, sendo atualmente a entidade que forma profissionais certificados como terapeutas familiares ou interventores sistémicos, aos técnicos com formação superior nas áreas da Saúde, Educação, Segurança Social e Justiça. Esta formação tem a duração de cinco anos, sendo os dois últimos anos a supervisão de casos clínicos.
Chegado até aqui a questão coloca-se qual o objetivo da terapia familiar sistémica?
No contexto da terapia familiar o que procuramos é a mudança, para tal, utilizando uma metáfora, enquanto terapeuta procuro “criar um terreno fértil” para que se promova a mudança, através de modificações de comportamentos e processos internos existentes nos sistemas onde o indivíduo está inserido. É neste contexto que a família modificada proporciona aos seus membros novos circunstâncias e novas perspetivas de si mesmos.
Compreende-se assim, que a terapia familiar sistémica é uma intervenção que se desenvolve nas dinâmicas dos subsistemas a trabalhar. É, portanto, uma terapia onde se trabalha os subsistemas, permitindo intensificar o crescimento psicossocial de cada membro.
Outra das questões colocadas é quem pode beneficiar da terapia familiar sistémica?
Todas as famílias são únicas nas suas particularidades e diferentes configurações: monoparentais, reconstituídas e homossexuais, casais sem filhos ou com filhos biológicos e/ou adotados, entre outras.
As crises regulares das famílias — como as vividas com os filhos em idade escolar e/ou a entrada na adolescência — requerem mudanças, a redefinição de tarefas e uma maior flexibilidade no funcionamento do sistema familiar.
Podemos então encontrar uma relação entre o sistema familiar: com o subsistema conjugal (marido/mulher) e o subsistema parental (pais/filhos) e subsistema fraternal / filial (irmãos).
É a partir deste ponto — a relação que se estabelece com os diferentes subsistemas (conjugal, parental; filial, social) — que os diversos elementos das famílias encontram a terapia familiar sistémica, numa procura de se organizar e/ou ter resposta para as suas dúvidas, medos e conflitos.
A terapia sistémica dá aos Terapeutas, uma visão integrada das múltiplas relações e funções dos elementos familiares, permitindo assim alcançar uma perspetiva sobre a realidade social. Será a partir deste contexto que nós escolhemos o modelo de intervenção.
Será então importante referir, que em terapia sistémica o terapeuta trabalha com quem vai à terapia!
A Terapia familiar Sistémica e os terapeutas na Atualidade
A terapia familiar sistémica é um modelo que corresponde a um “novo olhar” sobre a realidade da saúde mental, sendo aconselhada sempre que houver uma perturbação no sistema biopsicossocial humano (casal, família, empresa, grupo de trabalho, escola, etc.). Sendo contra indicada quando exista oposição de toda a família ou mesmo de um elemento significativo desta, ou nos casos em que exista um pedido de uma autoridade exterior à família (polícia, tribunal) e contra a opinião do grupo familiar.
Neste sentido, a prática da terapia familiar exige aos profissionais treinos prolongados e formação especializada e uma ética rigorosa, permitindo que o terapeuta respeite na sua íntegra as características de uma família, acreditando antes de mais nas competências de cada família na resolução da crise.
E, porque a família somos todos nós e dentro de cada um de nós trazemos a bagagem de uma grande família, termino com uma frase que me acompanha todos os dias com as minhas famílias;
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.” (Carl Jung).
A Teoria da Terapia familiar tem como postulado, que o homem não é um ser isolado, mas um membro ativo e reativo de grupos sociais. O indivíduo faz parte de um sistema, que por sua vez é um subsistema de outro sistema maior — a família, sendo esta por sua vez um subsistema da sociedade.
A partir deste modelo chegamos facilmente à intervenção familiar que passou a ser compreendida pela impossibilidade de dissociar o indivíduo do seu meio, pois ambos evoluem simultaneamente e mudam reciprocamente. Neste sentido, podemos dizer que o pensamento sistémico tem a sua tónica no estudo das relações e interações que se estabelecem entre os elementos constituintes.
Em Portugal a sociedade portuguesa de terapia familiar, enquanto associação cientifica sem fins lucrativos, iniciou o primeiro curso de terapia familiar e intervenção sistémica em 1982, sendo atualmente a entidade que forma profissionais certificados como terapeutas familiares ou interventores sistémicos, aos técnicos com formação superior nas áreas da Saúde, Educação, Segurança Social e Justiça. Esta formação tem a duração de cinco anos, sendo os dois últimos anos a supervisão de casos clínicos.
Chegado até aqui a questão coloca-se qual o objetivo da terapia familiar sistémica?
No contexto da terapia familiar o que procuramos é a mudança, para tal, utilizando uma metáfora, enquanto terapeuta procuro “criar um terreno fértil” para que se promova a mudança, através de modificações de comportamentos e processos internos existentes nos sistemas onde o indivíduo está inserido. É neste contexto que a família modificada proporciona aos seus membros novos circunstâncias e novas perspetivas de si mesmos.
Compreende-se assim, que a terapia familiar sistémica é uma intervenção que se desenvolve nas dinâmicas dos subsistemas a trabalhar. É, portanto, uma terapia onde se trabalha os subsistemas, permitindo intensificar o crescimento psicossocial de cada membro.
Outra das questões colocadas é quem pode beneficiar da terapia familiar sistémica?
Todas as famílias são únicas nas suas particularidades e diferentes configurações: monoparentais, reconstituídas e homossexuais, casais sem filhos ou com filhos biológicos e/ou adotados, entre outras.
As crises regulares das famílias — como as vividas com os filhos em idade escolar e/ou a entrada na adolescência — requerem mudanças, a redefinição de tarefas e uma maior flexibilidade no funcionamento do sistema familiar.
Podemos então encontrar uma relação entre o sistema familiar: com o subsistema conjugal (marido/mulher) e o subsistema parental (pais/filhos) e subsistema fraternal / filial (irmãos).
É a partir deste ponto — a relação que se estabelece com os diferentes subsistemas (conjugal, parental; filial, social) — que os diversos elementos das famílias encontram a terapia familiar sistémica, numa procura de se organizar e/ou ter resposta para as suas dúvidas, medos e conflitos.
A terapia sistémica dá aos Terapeutas, uma visão integrada das múltiplas relações e funções dos elementos familiares, permitindo assim alcançar uma perspetiva sobre a realidade social. Será a partir deste contexto que nós escolhemos o modelo de intervenção.
Será então importante referir, que em terapia sistémica o terapeuta trabalha com quem vai à terapia!
A Terapia familiar Sistémica e os terapeutas na Atualidade
A terapia familiar sistémica é um modelo que corresponde a um “novo olhar” sobre a realidade da saúde mental, sendo aconselhada sempre que houver uma perturbação no sistema biopsicossocial humano (casal, família, empresa, grupo de trabalho, escola, etc.). Sendo contra indicada quando exista oposição de toda a família ou mesmo de um elemento significativo desta, ou nos casos em que exista um pedido de uma autoridade exterior à família (polícia, tribunal) e contra a opinião do grupo familiar.
Neste sentido, a prática da terapia familiar exige aos profissionais treinos prolongados e formação especializada e uma ética rigorosa, permitindo que o terapeuta respeite na sua íntegra as características de uma família, acreditando antes de mais nas competências de cada família na resolução da crise.
E, porque a família somos todos nós e dentro de cada um de nós trazemos a bagagem de uma grande família, termino com uma frase que me acompanha todos os dias com as minhas famílias;
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.” (Carl Jung).
SUSANA ENCARNAÇÃO TERAPEUTA FAMILIAR www.terapiafamiliarsistemica.pt in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2020 (clique no link acima para ler o artigo na Revista) |