Tentei sair da zona de conforto! Sabes o que aconteceu? |
|
O que significa “zona de conforto”? Estamos na nossa chamada “zona de conforto” quando repetimos uma série de ações, pensamentos e/ou comportamentos que nos são familiares e que não nos causam nenhum tipo de medo, ansiedade ou risco. Nessa condição repetimos padrões comportamentais com resultados “constantes” ou “semelhantes”, eventualmente sem crescimento e desenvolvimento mas… que nos “garantem” uma sensação de segurança.
Com tanta coisa “boa” na zona de conforto não é de estranhar a resistência (e procrastinação) que colocamos para sair dela… ora se na zona de conforto não existe medo, ansiedade nem risco e temos ainda uma sensação de segurança porque tentar sair dela? Bem… foi precisamente isto que eu pensei quando os meus caros amigos, Paulo Martins e Mané Rato, me fizeram o convite para ser um dos oradores num evento que estavam a organizar. Para quem me conhece um pouco melhor sabe que, para mim, grupos formados por mais de 4 pessoas são uma multidão. Tenho uma natureza mais introvertida e reservada e a minha zona de conforto passa mais por navegar em pensamentos próprios, escrever ou agir (fazer acontecer) do que por verbalizar ou socializar. Logo ser orador não será (seguramente) a minha tendência natural. Pelas razões descritas andei dias e semanas a pensar se aceitava ou não o convite feito. Então pensei: “Bem… tu defendes que se saia da zona de conforto, acreditas que o melhor que podemos fazer por nós e pelos outros é desenvolvermo-nos pessoalmente, crescermos como pessoas… então o mínimo que podes fazer é seres congruente com o que acreditas, e se te estão a dar a oportunidade de saires fora da zona de conforto, dizeres que sim! E como se costuma dizer em inglês “Walk the Talk” ou seja fazeres aquilo que dizes e aquilo em que acreditas”. Bom… decidi então dizer que sim, peguei no telefone, liguei ao Paulo, transmiti a minha vontade e agradeci a oportunidade. Tomada a decisão veio a… preparação. Porque acredito que, lá por nos irmos aventurar a sair fora da zona de conforto, não significa que não nos podemos… ou que não devemos… planear, organizar, trabalhar, aprender e crescer para tal da melhor forma possível. Criei, estudei e trabalhei numa apresentação (não vou dizer quantos “slides” fiz no total para falar meia hora), falei também com amigos para ouvir conselhos e palavras de apoio, que ajudam sempre e que agradeci de coração e… surgiu o dia “D”… Estava naturalmente algo nervoso, mas apesar de tudo… fui, avancei, falei, partilhei… E qual o resultado? Foi sem dúvida maravilhoso, não pela qualidade da palestra em si que seguramente (ainda) não foi brilhante, mas pela sensação de enfrentar e superar medos, pela sensação de quebrar barreiras, pela sensação de estar a fazer alguma coisa em que se acredita e que nos aproxima mais da pessoa que queremos ser, pela confiança que cresce dentro de nós, pela aprendizagem, pela sensação de crescimento. E aprendizagem e crescimento não só pelo momento em si mas por toda a preparação envolvida, por todo o caminho percorrido que conduziu àquele momento e que produziu sem dúvida crescimento intelectual e emocional. Como se tudo o que foi dito anteriormente não fosse suficiente houve ainda outra coisa que me sensibilizou, e me deixou profundamente grato, que foi o apoio, carinho e até paciência dado pelas pessoas que estiveram presentes a assistir à palestra, que me fizeram sentir em casa e incentivaram a continuar. E… contada esta pequena história o que achas? Vale a pena sair fora da zona de conforto? No que me diz respeito SIM! Recomendo! Tens estado a procrastinar? A adiar? A deixar a vida passar por ti? Que tal todos os dias trabalharmos um pouco em nós? No nosso próprio crescimento? Empurrarmos mais para lá as fronteiras da nossa zona de conforto? Vivermos… Arriscarmos… Para que, em congruência e felicidade… Sejamos tudo o que podemos Ser! Pedro Sciaccaluga Fernandes Mais artigos do mesmo Autor aqui |
Foto por Pedro Capelas
|
Partilha a tua Opinião... |
|