Entrevista a Sister Jayanti,
"Construir um Mundo melhor"
Representante da Brahma Kumaris, Sister Jayanti a mensageira da paz, fala aos leitores da Revista Progredir, da importância da comunhão entre o ser Humano e a Natureza para uma vida mais Feliz e Saudável.
Progredir: Quem é a Sister Jayanti, conte-nos um pouco da sua história?
Sister Jayanti: Nasci na Índia onde vivi até aos oito anos. Em 1957 emigrei para Inglaterra com os meus pais e Londres que tem sido, desde então, o meu lar. Estudei em Londres e depois entrei na Brahma Kumaris, mas responderei com mais pormenores na pergunta seguinte.
Progredir: Como surge a Brahma Kumaris na sua vida?
Sister Jayanti: Quando era criança, na India, a minha mãe e a minha avó começaram a estudar Meditação Raja Yoga com a Brahma Kumaris e claro, eu também estava em contacto com eles e com os seus amigos. De regresso a Londres, a minha mãe continuou a sua prática e quando voltávamos à India nas férias, eu e os meus amigos adolescentes mantínhamo-nos em contacto com a Brahma kumaris, não como estudantes, simplesmente como amigos, quando tomei um ano sabático, em 1968 foi então que comecei a estudar com a Brahma Kumaris e seis semanas mais tarde, decidi que queria fazer deste caminho a minha vida. De volta a Londres, um ano mais tarde, em 1969, comecei a ensinar meditação e em 1971 foi aberto o primeiro centro da Brahma Kumaris em Londres, onde estou, desde então, ao serviço da Brahma Kumaris. Hoje temos centros em mais de 120 países à volta do mundo.
Progredir: Quem é a Sister Jayanti, conte-nos um pouco da sua história?
Sister Jayanti: Nasci na Índia onde vivi até aos oito anos. Em 1957 emigrei para Inglaterra com os meus pais e Londres que tem sido, desde então, o meu lar. Estudei em Londres e depois entrei na Brahma Kumaris, mas responderei com mais pormenores na pergunta seguinte.
Progredir: Como surge a Brahma Kumaris na sua vida?
Sister Jayanti: Quando era criança, na India, a minha mãe e a minha avó começaram a estudar Meditação Raja Yoga com a Brahma Kumaris e claro, eu também estava em contacto com eles e com os seus amigos. De regresso a Londres, a minha mãe continuou a sua prática e quando voltávamos à India nas férias, eu e os meus amigos adolescentes mantínhamo-nos em contacto com a Brahma kumaris, não como estudantes, simplesmente como amigos, quando tomei um ano sabático, em 1968 foi então que comecei a estudar com a Brahma Kumaris e seis semanas mais tarde, decidi que queria fazer deste caminho a minha vida. De volta a Londres, um ano mais tarde, em 1969, comecei a ensinar meditação e em 1971 foi aberto o primeiro centro da Brahma Kumaris em Londres, onde estou, desde então, ao serviço da Brahma Kumaris. Hoje temos centros em mais de 120 países à volta do mundo.
Progredir: Qual a filosofia por detrás da Brahma Kumaris?
Sister Jayanti: A Brahma Kumaris tem a visão de um mundo melhor, e como tal, vemos este período de tempo como uma preparação para esse mundo melhor. Para entender isto, são essenciais três conceitos básicos:
Primeiro, como ser humano, eu não sou o corpo, o humano, mas o ser, a alma, uma energia radiante não física, que trás consigo as faculdades do conhecimento, consciência e sabedoria e ainda a habilidade de perceber o que é certo e errado, personalidade e memória. A identidade do ser humano está, na verdade, dentro deste ser, a alma.
Segundo, na meditação, ligamo-nos ao Supremo, o ser mais elevado, o divino e vemos Deus como um ser de luz, a fonte de todos os atributos positivos. Quando na meditação conectamos os nossos pensamentos, a mente, com Deus, somos capazes de sentir este relacionamento com o divino e experimentamos yoga, união, com o Supremo, é este poder que permite não só a nossa transformação mas também trazer ao de cima o mais alto potencial que existe dentro do próprio ser.
Terceiro, percebemos a importância do karma ao saber que cada pensamento é uma semente, e que cada pensamento trás um retorno, mas também que cada pensamento é a semente da ação e que a ação por sua vez, é a semente através da qual criamos o bem e o mal nas nossas vidas. Então tudo o que vemos acontecer nas nossas vidas e no mundo que nos rodeia, é consequência direta da ação humana e hoje olhamos para trás e vemos o que fizemos, mas não é questão de lamentos ou arrependimentos, apenas compreender o que devemos então fazer para o futuro.
Progredir: Academia Para Um Mundo Melhor, como seria para si um mundo melhor?
Sister Jayanti: Em primeiro lugar e acima de tudo, um mundo melhor é para mim um mundo de igualdade, igualdade entre géneros, raças, e pessoas de todas as proveniências e tradições religiosas, de modo a formar uma verdadeira família humana. Um mundo melhor é aquele em que cada um tem direito à dignidade e ao respeito e é capaz de tratar os outros com o mesmo respeito, um mundo onde há uma boa relação não só com as outras pessoas, mas também com todas as formas de vida, com a natureza e com os próprios elementos da natureza. Num mundo melhor, vejo como a natureza coopera com os seres humanos, que a não-violência é um modo de vida, todos os seres humanos seguem princípios de pureza, honestidade e transparência, é um lugar com uma boa governação, preenchida de sabedoria, espirito de serviço e humildade. Um lugar em que cada um vive a vida no máximo do seu potencial, que tem liberdade de se expressar e que permite que os outros também se expressem. É um mundo de felicidade, amor, sorrisos, alegria e harmonia.
Progredir: Identificam-na como a mensageira de esperança e paz, como vive essa missão?
Sister Jayanti: A paz vem ao conhecermos o ser interior que somos, porque no estado original do ser, eu sou paz, esse é o meu estado natural, por isso dizemos ‘om shanti’. Om, eu sou esse ser interior, Shanti, paz. Eu tento viver a minha vida na consciência de ser um ser espiritual não material, e ver os outros também nessa consciência de serem seres espirituais, ao manter-me nesse estado de paz, as minhas ações irão ser um reflexo disso também. Para mim, a esperança vem da fé. Fé em que há um Ser Benevolente, que é Deus, fé, de que, o que quer que esteja a acontecer neste mundo, que parece ser um mundo de escuridão, será no futuro um mundo de claridade, de luz, e esta fé é o impulso que me permite continuar a viver e fazer o que estou a fazer. O meu foco é que a minha vida deveria estar profundamente centrada em Deus, conectada com Deus, de modo a poder seguir as Suas instruções na minha vida, e a minha esperança é de que as outras pessoas comecem a perceber que quando há fé em Deus, a vida pode ser cheia de muita alegria e amor.
Sister Jayanti: A Brahma Kumaris tem a visão de um mundo melhor, e como tal, vemos este período de tempo como uma preparação para esse mundo melhor. Para entender isto, são essenciais três conceitos básicos:
Primeiro, como ser humano, eu não sou o corpo, o humano, mas o ser, a alma, uma energia radiante não física, que trás consigo as faculdades do conhecimento, consciência e sabedoria e ainda a habilidade de perceber o que é certo e errado, personalidade e memória. A identidade do ser humano está, na verdade, dentro deste ser, a alma.
Segundo, na meditação, ligamo-nos ao Supremo, o ser mais elevado, o divino e vemos Deus como um ser de luz, a fonte de todos os atributos positivos. Quando na meditação conectamos os nossos pensamentos, a mente, com Deus, somos capazes de sentir este relacionamento com o divino e experimentamos yoga, união, com o Supremo, é este poder que permite não só a nossa transformação mas também trazer ao de cima o mais alto potencial que existe dentro do próprio ser.
Terceiro, percebemos a importância do karma ao saber que cada pensamento é uma semente, e que cada pensamento trás um retorno, mas também que cada pensamento é a semente da ação e que a ação por sua vez, é a semente através da qual criamos o bem e o mal nas nossas vidas. Então tudo o que vemos acontecer nas nossas vidas e no mundo que nos rodeia, é consequência direta da ação humana e hoje olhamos para trás e vemos o que fizemos, mas não é questão de lamentos ou arrependimentos, apenas compreender o que devemos então fazer para o futuro.
Progredir: Academia Para Um Mundo Melhor, como seria para si um mundo melhor?
Sister Jayanti: Em primeiro lugar e acima de tudo, um mundo melhor é para mim um mundo de igualdade, igualdade entre géneros, raças, e pessoas de todas as proveniências e tradições religiosas, de modo a formar uma verdadeira família humana. Um mundo melhor é aquele em que cada um tem direito à dignidade e ao respeito e é capaz de tratar os outros com o mesmo respeito, um mundo onde há uma boa relação não só com as outras pessoas, mas também com todas as formas de vida, com a natureza e com os próprios elementos da natureza. Num mundo melhor, vejo como a natureza coopera com os seres humanos, que a não-violência é um modo de vida, todos os seres humanos seguem princípios de pureza, honestidade e transparência, é um lugar com uma boa governação, preenchida de sabedoria, espirito de serviço e humildade. Um lugar em que cada um vive a vida no máximo do seu potencial, que tem liberdade de se expressar e que permite que os outros também se expressem. É um mundo de felicidade, amor, sorrisos, alegria e harmonia.
Progredir: Identificam-na como a mensageira de esperança e paz, como vive essa missão?
Sister Jayanti: A paz vem ao conhecermos o ser interior que somos, porque no estado original do ser, eu sou paz, esse é o meu estado natural, por isso dizemos ‘om shanti’. Om, eu sou esse ser interior, Shanti, paz. Eu tento viver a minha vida na consciência de ser um ser espiritual não material, e ver os outros também nessa consciência de serem seres espirituais, ao manter-me nesse estado de paz, as minhas ações irão ser um reflexo disso também. Para mim, a esperança vem da fé. Fé em que há um Ser Benevolente, que é Deus, fé, de que, o que quer que esteja a acontecer neste mundo, que parece ser um mundo de escuridão, será no futuro um mundo de claridade, de luz, e esta fé é o impulso que me permite continuar a viver e fazer o que estou a fazer. O meu foco é que a minha vida deveria estar profundamente centrada em Deus, conectada com Deus, de modo a poder seguir as Suas instruções na minha vida, e a minha esperança é de que as outras pessoas comecem a perceber que quando há fé em Deus, a vida pode ser cheia de muita alegria e amor.
Progredir: O tema deste mês da Revista Progredir é “Viver”, como podemos, na sua opinião, Viver de uma forma mais plena a nossa vida?
Sister Jayanti: Se sinto que o meu tempo está a ser usado da melhor maneira, se sinto que os meus talentos e capacidades estão a ser usados de forma construtiva e criativa e para uma boa causa, então haverá preenchimento na minha vida. Se vivo a vida mais a um nível superficial e materialista, não há essa sensação de preenchimento, ao contrário, há uma sensação de vazio interior. Se vivo numa consciência espiritual e as minhas ações estão preenchidas de verdade, são construtivas e criativas, de forma a contribuir positivamente para o mundo que me rodeia e ajudar os outros a atingir a sua realização e verdade, então a vida torna-se compensadora e sinto-me completamente preenchida. Começar o dia com uns minutos de silêncio e preparar-me para o dia que tenho pela frente, é uma boa forma de começar, no final do dia, posso verificar o que foi bom no dia de hoje e agradecer a Deus a oportunidade de fazer alguma coisa boa, se não foi tao bom e se nesse momento sou capaz de entender a lição que tenha que aprender, peço perdão, e com consciência e honestidade posso prosseguir, de modo que o amanha traga algo de melhor, desta forma posso continuar a avançar e cada dia será preenchido de muitos outros tesouros e terei uma vida plena.
Progredir: Uma mensagem para os nossos leitores?
Sister Jayanti: Houve um tempo em que os seres humanos tinham uma relação amorosa com a natureza e a natureza tem apoiado a vida humana durante milhares de anos, a terra cuidou de nós com toda a sua abundancia. Contudo, há cerca de cem anos atrás, quando começámos a tornarmo-nos mais materialistas, passámos a ver a natureza não como sagrada, mas como um recurso que podia ser explorado e desde então tem sido explorada de forma cada vez mais agressiva, em vez de apreciar a beleza das florestas, dos bosques, das árvores e do fantástico papel que desempenham no suporte da vida e no subministro de oxigénio para todos nós, passámos a ver as arvores como dinheiro, e começamos a sua destruição indiscriminada para a exploração da madeira, isto é apenas um pequeno exemplo.
Neste momento percebemos que levámos a natureza para lá dos seus limites, pensámos que era inesgotável em termos de recursos, crescimento e energia, uma energia não renovável, e agora que quase esgotámos todos os recursos deste planeta, começamos a preguntar-nos: o que está a acontecer? O estado interno de caos e a negatividade dos seres humanos, foram os causadores do estado de desequilíbrio da natureza, mas os padrões do clima são já tão impactantes, que o câmbio climático se tornou algo dramático, todo o sistema ecológico perdeu o equilíbrio, devido às coisas que o ser humano tem feito, neste momento precisamos de mudar a nossa atitude relativamente á natureza e aprender a ter respeito por ela, de uma perspetiva espiritual, quando me respeito como um ser espiritual, olho para a natureza com sentimentos de respeito também e, nessa consciência, começo a viver segundo as leis da natureza, em vez de agredir as leis da natureza, quando respeitarmos a natureza e vivermos a nossa vida com simplicidade, em vez de nos limitarmos a tirar da natureza, então podemos começar a restaurar, de alguma forma, o equilíbrio e a harmonia entre os humanos e a natureza, e o mundo pode começar a endireitar-se. Penso que com respeito por nós próprios, pela vida, por todas as formas de vida e pela natureza, a harmonia neste planeta pode ser restaurada uma vez mais.
A minha mensagem, é que cada ser humano é importante, todo o ser humano tem um papel importante na terra, e quando reconheço o valor da alma humana, do espirito humano, e aprendo a cuidar de mim próprio, reservando algum tempo para manter a minha serenidade e paz, de modo a alimentar a mente com bons pensamentos, pensamentos que possam reforçar a minha bondade interna, então, à medida que continuo a fazer esforços neste sentido, com apenas uns minutos de silencio e o estudo espiritual de ideias que possam ser uma fonte de inspiração, cada dia será preenchido com muita verdade e beleza, a minha esperança é de que aqueles que me escutam possam ser levados a fazer as mudanças necessárias na sua vida para continuar a avançar e a receber o amor de Ser Supremo (do Criador) e dividir esse amor com todos os que os rodeiam. Om Shanti
Sister Jayanti
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