Respiração Holoscópica = Holos (todo) + Scopos (observar)
CONTEMPLAÇÃO DA TOTALIDADE
O ato de Respirar é a origem da vida e a primeira grande conquista, a primeira grande MUDANÇA. A superação do medo primordial de não conseguir respirar, acontece no momento da primeira inspiração. Até então, nunca tinha sido preciso encher os pulmões de ar.
É um processo completamente novo e o bebé indefeso, incapaz de ser instruído, alcança a sua primeira grande vitória, RESPIRAR.
Apesar de recém-chegado a esta nova realidade, neste ponto da vida, a respiração é perfeita, o bebé inspira e enche o peito de ar (o seu ventre sobe) e quando expira, solta-o (o ventre desce). Só que com o passar do tempo, as experiências de vida conduzem-nos a medos, bloqueios, inseguranças... e assim vamos desaprendendo de respirar, vamos limitando a quantidade de ar (vida) e o oxigénio que chega ao sangue, às nossas células, vai sendo reduzido, por vezes quase a roçar o arriscado veneno de ter nas veias a circular mais sangue venoso que arterial.
Quem não passou já pela experiência de sentir que “quase” não conseguia respirar ou respirou por longos períodos de inconsciência, apenas superficialmente, guardando dentro de si resíduos tóxicos, partículas invisíveis de fragmentos dolorosos ou incompreensíveis da sua vida. Quantos de nós já nos escutámos ou escutámos outros dizer:
“Quero VIVER MAIS E MELHOR”
“QUERO SENTIR-ME MAIS VIVO”
Pois, a prática da Respiração Holoscópica põe-te em contacto com a VIDA EM TI!
A VIDA é um PÊNDULO entre a primeira inspiração e o último suspiro.
A prática da Respiração Holoscópica tem raízes milenares, raízes nas antigas práticas de acesso ao Sagrado: antigos xamãs siberianos, alguns exercícios sufis, rituais em solstícios e equinócios.
Enfim, este trabalho catártico respiratório é feito desde a ancestralidade, como forma de limpeza emocional e espiritual.
Nos anos 70, com as experiências sobre a mente e os estados alterados de consciência, esta prática foi reformulada pelo psiquiatra Stanislav Grof: surgindo a respiração holotrópica.
Grof e a sua esposa Christina aprimoraram esta técnica com resultados excelentes.
Descobriu-se na altura que os mesmos estados induzidos pelo LSD podiam ser vividos através da híper-oxigenação, sem os efeitos secundários daí decorrentes. Surgem depois outras escolas com mais trabalhos respiratórios, como o rebirthing e a respiração holorénica.
A respiração holotrópica, que está na origem da prática da Respiração Holoscópica, segue esse princípio, levando os participantes numa viagem, em que o combustível de excelência, o oxigénio, dispensado ao cérebro numa dose muito superior ao habitual leva os praticantes a estados, não alterados, mas ampliados de consciência.
Este tipo de respiração é uma técnica valiosa, utilizada na Psicologia Transpessoal. Tem vindo a ser utilizada desde 1976 em várias partes do mundo com excelentes resultados terapêuticos e de desenvolvimento pessoal.
Pretende-se que, através duma respiração acelerada e profunda, circular, sem espaço entre a inspiração e a expiração e feita sempre pelo nariz (preferencialmente) ou sempre pela boca, provoquemos uma híper-oxigenação do cérebro, o que nos permitirá viver para além dos estados de consciência considerados “normais”. Nestes casos, o inconsciente, em geral, sabe onde ir, permitindo uma “limpeza” emocional e uma libertação de bloqueios energéticos, traumas antigos, sentimentos reprimidos ou bloqueadores bem como tensões/bloqueios no corpo físico, que foram sendo alojados ao longo de anos.
“O método utilizado na Respiração Holoscópica, combina respiração, música evocativa, trabalho corporal e arte (tal como na respiração holotrópica) permitindo que os participantes ampliem a sua consciência e se conectem à sabedoria e à capacidade de cura próprias do seu corpo e psiquismo”.
O que a Respiração Holoscópica vem acrescentar ao processo é a meditação e a centragem e esse é um grande complemento e a principal diferença entre uma prática e outra.
A meditação antes do exercício, permite entrar em contacto com a testemunha interna, que nos acompanhará em todo o processo. O respirador torna-se um investigador.
A meditação no final do exercício, facilita a integração da experiência, recolocando-a.
Em Silêncio e dando continuidade a todo o processo, convidam-se os participantes a expressar a sua vivência, pintando uma mandala.
A Música que acompanha o processo de respiração, cuidadosamente estudada, está dividida em 3 fases distintas, para facilitar o processo emocional (Catarse, emoção e transcendência).
Muito eficaz, muito segura e poderosa – substitui anos de terapia…
Pode ser feita em grupo ou em sessões individuais, devendo SEMPRE ser facilitada por profissionais experientes.
É uma aventura de exploração ao interior de nós mesmos que, entre outros efeitos, leva ao desbloqueio de energias retidas que remontam a episódios autobiográficos não resolvidos que aconteceram há muito tempo atrás e que, no entanto, continuam a condicionar a nossa vida emocional atual.
Esta é acima de tudo uma EXPERIÊNCIA VIVENCIAL ÚNICA, IRREPETÍVEL.
Viver esta experiência de respiração é SEMPRE UMA VIAGEM NOVA, mesmo repetindo o processo várias vezes seguidas.
O que acontece é que ao respirar desta forma, permitindo que haja uma inundação de Vida, há um processo de rendição à mesma e cada vez que nos permitimos abdicar da ilusão do controle a VIDA ACONTECE DA MELHOR FORMA para nós.
O que podemos experimentar?
Fases vivenciais:
Físicas – dores no corpo, musculares, dormências, caibras, rigidez (tetânia) – é algo normal no começo da prática e só há que atravessar, continuando a respirar dessa forma;
Perinatais – partos (dar à luz ou nascer), sensações de estar dentro do útero, vivências do bebé, etc.;
Biográficas – vivências do passado, nós de dor por falta de compreensão no momento da vivência;
Arquetípicas – vivências de “outras vidas” ou metafóricas, vivências do chamado inconsciente colectivo de Jung: figuras como o sábio, o guerreiro, Buda, Cristo, animais míticos, etc;
Transpessoais – vivências cume ou místicas, de acesso à Unidade de Consciência, estados de Graça, de Não Separação, de Paz profunda, Plenitude, Amor, Certeza…
As Vivências são completamente distintas para diferentes pessoas, pois depende do que cada um guarda, do momento de vida, do que há para viver ou desbloquear no momento. É muito importante Não comparar, as suas próprias vivências ou com as de outras pessoas, sem achar, por exemplo, que a experiência biográfica é pior que a transpessoal. Cada uma é profundamente importante e, na maioria das vezes, não vamos a uma sem passar pela outra.
É indispensável abandonar o controlo, entregar o processo a uma Vontade Maior (“faça-se a tua vontade”), sabendo que o nosso eu superior, inconsciente, nos levará onde é importante estarmos.
“É Atirar-se à piscina”, atravessar, atravessar medos, ansiedades, dor, momentos difíceis...continuar a respirar, intensificar os sintomas, continuar a Observar e a Investigar. Olhar de frente para o que aparece, permitindo, aceitando, abraçando o que aparece, ao invés de se defender disso.
A RESPIRAÇÃO é o laço essencial que nos une. Neste planeta todos respiramos o mesmo ar. Todos somos mortais e essa condição leva-nos ao PODER DE ESCOLHER SER LIVRE PARA SENTIR COM INTENSIDADE E ESTAR CONECTADO COM A VIDA.
Escolher Respirar com Consciência é abrir um portal para a MUDANÇA, para a VIDA PLENA e um acesso à fluidez, à simplicidade do devir.
O RESPIRAR DESPERTO é a música da alma.
RESPIRA FUNDO!
ABRAÇA O MUNDO.
Respirei fundo e escutei o som do meu coração. EU SOU, EU SOU, EU SOU!!!
É um processo completamente novo e o bebé indefeso, incapaz de ser instruído, alcança a sua primeira grande vitória, RESPIRAR.
Apesar de recém-chegado a esta nova realidade, neste ponto da vida, a respiração é perfeita, o bebé inspira e enche o peito de ar (o seu ventre sobe) e quando expira, solta-o (o ventre desce). Só que com o passar do tempo, as experiências de vida conduzem-nos a medos, bloqueios, inseguranças... e assim vamos desaprendendo de respirar, vamos limitando a quantidade de ar (vida) e o oxigénio que chega ao sangue, às nossas células, vai sendo reduzido, por vezes quase a roçar o arriscado veneno de ter nas veias a circular mais sangue venoso que arterial.
Quem não passou já pela experiência de sentir que “quase” não conseguia respirar ou respirou por longos períodos de inconsciência, apenas superficialmente, guardando dentro de si resíduos tóxicos, partículas invisíveis de fragmentos dolorosos ou incompreensíveis da sua vida. Quantos de nós já nos escutámos ou escutámos outros dizer:
“Quero VIVER MAIS E MELHOR”
“QUERO SENTIR-ME MAIS VIVO”
Pois, a prática da Respiração Holoscópica põe-te em contacto com a VIDA EM TI!
A VIDA é um PÊNDULO entre a primeira inspiração e o último suspiro.
A prática da Respiração Holoscópica tem raízes milenares, raízes nas antigas práticas de acesso ao Sagrado: antigos xamãs siberianos, alguns exercícios sufis, rituais em solstícios e equinócios.
Enfim, este trabalho catártico respiratório é feito desde a ancestralidade, como forma de limpeza emocional e espiritual.
Nos anos 70, com as experiências sobre a mente e os estados alterados de consciência, esta prática foi reformulada pelo psiquiatra Stanislav Grof: surgindo a respiração holotrópica.
Grof e a sua esposa Christina aprimoraram esta técnica com resultados excelentes.
Descobriu-se na altura que os mesmos estados induzidos pelo LSD podiam ser vividos através da híper-oxigenação, sem os efeitos secundários daí decorrentes. Surgem depois outras escolas com mais trabalhos respiratórios, como o rebirthing e a respiração holorénica.
A respiração holotrópica, que está na origem da prática da Respiração Holoscópica, segue esse princípio, levando os participantes numa viagem, em que o combustível de excelência, o oxigénio, dispensado ao cérebro numa dose muito superior ao habitual leva os praticantes a estados, não alterados, mas ampliados de consciência.
Este tipo de respiração é uma técnica valiosa, utilizada na Psicologia Transpessoal. Tem vindo a ser utilizada desde 1976 em várias partes do mundo com excelentes resultados terapêuticos e de desenvolvimento pessoal.
Pretende-se que, através duma respiração acelerada e profunda, circular, sem espaço entre a inspiração e a expiração e feita sempre pelo nariz (preferencialmente) ou sempre pela boca, provoquemos uma híper-oxigenação do cérebro, o que nos permitirá viver para além dos estados de consciência considerados “normais”. Nestes casos, o inconsciente, em geral, sabe onde ir, permitindo uma “limpeza” emocional e uma libertação de bloqueios energéticos, traumas antigos, sentimentos reprimidos ou bloqueadores bem como tensões/bloqueios no corpo físico, que foram sendo alojados ao longo de anos.
“O método utilizado na Respiração Holoscópica, combina respiração, música evocativa, trabalho corporal e arte (tal como na respiração holotrópica) permitindo que os participantes ampliem a sua consciência e se conectem à sabedoria e à capacidade de cura próprias do seu corpo e psiquismo”.
O que a Respiração Holoscópica vem acrescentar ao processo é a meditação e a centragem e esse é um grande complemento e a principal diferença entre uma prática e outra.
A meditação antes do exercício, permite entrar em contacto com a testemunha interna, que nos acompanhará em todo o processo. O respirador torna-se um investigador.
A meditação no final do exercício, facilita a integração da experiência, recolocando-a.
Em Silêncio e dando continuidade a todo o processo, convidam-se os participantes a expressar a sua vivência, pintando uma mandala.
A Música que acompanha o processo de respiração, cuidadosamente estudada, está dividida em 3 fases distintas, para facilitar o processo emocional (Catarse, emoção e transcendência).
Muito eficaz, muito segura e poderosa – substitui anos de terapia…
Pode ser feita em grupo ou em sessões individuais, devendo SEMPRE ser facilitada por profissionais experientes.
É uma aventura de exploração ao interior de nós mesmos que, entre outros efeitos, leva ao desbloqueio de energias retidas que remontam a episódios autobiográficos não resolvidos que aconteceram há muito tempo atrás e que, no entanto, continuam a condicionar a nossa vida emocional atual.
Esta é acima de tudo uma EXPERIÊNCIA VIVENCIAL ÚNICA, IRREPETÍVEL.
Viver esta experiência de respiração é SEMPRE UMA VIAGEM NOVA, mesmo repetindo o processo várias vezes seguidas.
O que acontece é que ao respirar desta forma, permitindo que haja uma inundação de Vida, há um processo de rendição à mesma e cada vez que nos permitimos abdicar da ilusão do controle a VIDA ACONTECE DA MELHOR FORMA para nós.
O que podemos experimentar?
Fases vivenciais:
Físicas – dores no corpo, musculares, dormências, caibras, rigidez (tetânia) – é algo normal no começo da prática e só há que atravessar, continuando a respirar dessa forma;
Perinatais – partos (dar à luz ou nascer), sensações de estar dentro do útero, vivências do bebé, etc.;
Biográficas – vivências do passado, nós de dor por falta de compreensão no momento da vivência;
Arquetípicas – vivências de “outras vidas” ou metafóricas, vivências do chamado inconsciente colectivo de Jung: figuras como o sábio, o guerreiro, Buda, Cristo, animais míticos, etc;
Transpessoais – vivências cume ou místicas, de acesso à Unidade de Consciência, estados de Graça, de Não Separação, de Paz profunda, Plenitude, Amor, Certeza…
As Vivências são completamente distintas para diferentes pessoas, pois depende do que cada um guarda, do momento de vida, do que há para viver ou desbloquear no momento. É muito importante Não comparar, as suas próprias vivências ou com as de outras pessoas, sem achar, por exemplo, que a experiência biográfica é pior que a transpessoal. Cada uma é profundamente importante e, na maioria das vezes, não vamos a uma sem passar pela outra.
É indispensável abandonar o controlo, entregar o processo a uma Vontade Maior (“faça-se a tua vontade”), sabendo que o nosso eu superior, inconsciente, nos levará onde é importante estarmos.
“É Atirar-se à piscina”, atravessar, atravessar medos, ansiedades, dor, momentos difíceis...continuar a respirar, intensificar os sintomas, continuar a Observar e a Investigar. Olhar de frente para o que aparece, permitindo, aceitando, abraçando o que aparece, ao invés de se defender disso.
A RESPIRAÇÃO é o laço essencial que nos une. Neste planeta todos respiramos o mesmo ar. Todos somos mortais e essa condição leva-nos ao PODER DE ESCOLHER SER LIVRE PARA SENTIR COM INTENSIDADE E ESTAR CONECTADO COM A VIDA.
Escolher Respirar com Consciência é abrir um portal para a MUDANÇA, para a VIDA PLENA e um acesso à fluidez, à simplicidade do devir.
O RESPIRAR DESPERTO é a música da alma.
RESPIRA FUNDO!
ABRAÇA O MUNDO.
Respirei fundo e escutei o som do meu coração. EU SOU, EU SOU, EU SOU!!!
ANTÓNIA DOS SANTOS LOUREIRO
PSICOTERAPEUTA E FORMADORA [email protected] in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2017 (clique no link acima para ler o artigo na Revista) |