Queremos alguém compatível ou alguém “forçado”? |
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Há uns tempos cruzei-me com um “site” onde, não só podemos fazer o nosso mapa astral, como podemos fazer mapas astrais de compatibilidade entre duas pessoas.
Podemos “acreditar” mais ou menos em mapas astrais, a verdade é que o meu me assentou como uma luva, revi-me sem dúvida naquelas páginas, e mais importante que isso tal facto permitiu-me refletir sobre algumas das minhas características pessoais. Mas falei sobre esse assunto mais por causa dos mapas de compatibilidade entre duas pessoas do que sobre os mapas individuais. Quando descobri essa possibilidade comecei a fazer mapas astrais de compatibilidade com várias pessoas, desde amigos amigos a familiares. Um pouco por curiosidade e outro tanto por diversão. O resultado que obtemos nestes mapas astrais de compatibilidade é um número, que pode ser negativo ou positivo e um relatório que descreve que tipo de “conflitos” podem surgir entre as duas personalidades em causa e que aspetos se harmonizam e edificam a relação de uma forma mais positiva. Uma vez mais podemos acreditar mais ou menos nestes números e nestas palavras. Eu, com a minha substancial dose de racionalidade, comecei a pensar no assunto e a transpô-lo para o mundo das relações interpessoais de uma forma mais geral. Ou seja, independentemente de tudo fez-me todo o sentido que, de facto, existam pessoas mais ou menos compatíveis umas com as outras. Isto sem por em causa cada pessoa como indivíduo. Ou seja podemos ter duas pessoas que consideramos “boas pessoas”, com bons princípios e valores e as mesmas não serem as mais compatíveis em termos de personalidade entre elas. Aliás, acho que é aqui que pode surgir algum risco, quando encontramos alguém que achamos que pode ser “perfeito” para nós, porque tem valores e princípios semelhantes, os mesmos objetivos, que até achamos atraente e preenche todos, ou quase todos, os requisitos da lista da pessoa que idealizámos na nossa mente e então decidimos “forçar a relação”, muitas vezes sem existir o “sentir”. Nestes casos pode aumentar o risco de tentarmos fazer com que o outro mude, de forma a transformar o outro em alguém mais “compatível” connosco, podemos forçar mudanças em nós ou as duas coisas em simultâneo, para obter o mesmo resultado. Claro que tal facto irá produzir “stress” se essa mudança nos afastar a nós, e ao outro, das suas verdadeiras essências. E assim impõe-se a pergunta, queremos alguém compatível connosco, com quem possamos ser nós mesmos, ou alguém forçado? Queremos alguém que admiremos e que podemos Amar na plenitude ou alguém que queremos mudar? Queremos Amar na plenitude a pessoa que está ao nosso lado? Ou só nos vemos a Amar essa pessoa se ela mudar para ser como queremos que seja? Queremos alguém que nos é dissonante ou alguém que caminha na mesma pauta e canta as notas que fazem a nossa alma ressoar? Pessoalmente acho que temos que encontrar alguém compatível connosco, porque a nossa Verdadeira Essência não muda. Temos sim que encontrar, tão rápido como possível, a nossa Essência, Aceitá-la e viver bem com ela. Aceitarmo-nos a nós próprios e respeitar a nossa Integridade e o nosso Ser assim como a integridade e o Ser do outro. E, quando nos cruzamos com outra Alma, sermos nós, mostrarmos quem somos, a nossa Essência, com as características que nos convencemos que são mais e menos positivas pois aquelas que achamos menos positivas até podem ser as que iluminam o outro, que encaixam com o outro, que entram em consonância com o outro. E é no encontro dessas Essências que se encontra o Amor que dança e flui… Quando nos aceitamos totalmente e nos mostramos integralmente aparecerá no nosso caminho quem se sinta confortável com o que Somos, com essa companhia, com essa alma como companheira para a vida… Pedro Sciaccaluga Fernandes Mais artigos do mesmo Autor aqui |
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