Entrevista a Pedro Norton de Matos
"Por detrás do Greenfest"
Um nome de referência no
que diz respeito ao empreendedorismo em Portugal, Pedro Norton de Matos fala
aos leitores da Revista Progredir, sobre si mesmo, sobre o que o apaixona na
vida e revela o ideal por detrás do Greenfest. Por Revista Progredir
Progredir: Quem é o Pedro Norton de Matos? Fale-nos um pouco de si?
Pedro Norton de Matos (PNM): Um apaixonado pela vida. “Aldeia, Terra, Gente e Bichos“ é o título de um dos meus autores favoritos – Aquilino Ribeiro – e revejo-me nesta definição. Sou um amante da Natureza (fauna e flora) e um entusiasta de Pessoas.
Mesmo na grande urbe, continuo rural, procurando a(s) comunidade(s) e a minha gente. Na natureza sinto-me ainda mais vivo e com os sentidos alerta. Gosto de fotografia, sobretudo sorrisos e paisagens. Os sorrisos mais autênticos não os têm encontrado nas grandes cidades... Caminhante, viajante, sou mais nómada do que sedentário. Sonho sonhos e alguns concretizam-se.
Progredir: Palavras como paixão, atitude, confiança, estão presentes na sua forma de viver, o que representam na prática?
PNM: Estar com pessoas de quem gosto e que me inspiram, e executar coisas que me fazem brilhar. Os olhos são a minha procura. Sou oito ou oitenta, e não de meias tintas... Se pensamos positivo, agimos no mesmo sentido. É uma forma de estar que resulta numa espiral positiva e de boa energia. Vejo o copo meio cheio e procuro bebê-lo, privilegiando a ação.
Progredir: O seu nome está muito associado à palavra empreendedorismo. Afinal o que é ser empreendedor na sua visão pessoal?
PNM: É uma vez mais uma questão de atitude, iniciativa, proatividade e resiliência. Todas estas características são aspetos indissociáveis dos empreendedores, seja trabalhando por conta própria, seja por conta de outrem (intrapreneurship). Na vida pessoal, tal como na profissional, passar da visão à ação é o que marca a diferença nas nossas vidas.
Progredir: Como vê a atual situação do país?
PNM: Sinceramente vejo a atual situação do país como uma oportunidade de refundação, suportada num modelo de crescimento sustentável. Viver de acordo com as possibilidades, com a certeza de que cada cidadão para além dos direitos, tem obrigações e é um agente de mudança. A responsabilidade cívica de contribuir para o desenvolvimento do país é de cada um e da comunidade.
Numa economia aberta, frágil e pequena, fomos apanhados pela primeira grande crise da globalização. Os pressupostos em que assentou o crescimento das economias ocidentais nas últimas décadas estão maioritariamente errados e conduziram a uma profunda alienação suportada no consumo exacerbado.
O “homo consumericus”, que o filósofo francês Gilles Lipovettsky eloquentemente retrata, não é um ser mais feliz e confirma que PIB e felicidade não estão forçosamente a par. Acredito no futuro de Portugal e na capacidade de criar uma nova ordem.
Progredir: Na sua opinião serão apenas os mais jovens os novos agentes da mudança?
PNM: Os jovens são muito importantes, mas os agentes de mudança não se regem pela idade. Um agente de mudança acredita na sua capacidade transformadora e por isso age. São inúmeros os exemplos de associação de diferentes níveis etários a movimentos transformadores. O diálogo intergeracional e a coesão social são o mais importante. Aliás, a tendência crescente da inversão da pirâmide etária nos países ocidentais (menor natalidade e maior longevidade) leva a profundas mudanças. A título de exemplo, os regimes de segurança social que emergiram no pós-guerra do século passado estão totalmente condenados. Os atuais jovens não terão reformas tradicionais... E essa é uma profunda transformação da sociedade.
Progredir: Quem é o Pedro Norton de Matos? Fale-nos um pouco de si?
Pedro Norton de Matos (PNM): Um apaixonado pela vida. “Aldeia, Terra, Gente e Bichos“ é o título de um dos meus autores favoritos – Aquilino Ribeiro – e revejo-me nesta definição. Sou um amante da Natureza (fauna e flora) e um entusiasta de Pessoas.
Mesmo na grande urbe, continuo rural, procurando a(s) comunidade(s) e a minha gente. Na natureza sinto-me ainda mais vivo e com os sentidos alerta. Gosto de fotografia, sobretudo sorrisos e paisagens. Os sorrisos mais autênticos não os têm encontrado nas grandes cidades... Caminhante, viajante, sou mais nómada do que sedentário. Sonho sonhos e alguns concretizam-se.
Progredir: Palavras como paixão, atitude, confiança, estão presentes na sua forma de viver, o que representam na prática?
PNM: Estar com pessoas de quem gosto e que me inspiram, e executar coisas que me fazem brilhar. Os olhos são a minha procura. Sou oito ou oitenta, e não de meias tintas... Se pensamos positivo, agimos no mesmo sentido. É uma forma de estar que resulta numa espiral positiva e de boa energia. Vejo o copo meio cheio e procuro bebê-lo, privilegiando a ação.
Progredir: O seu nome está muito associado à palavra empreendedorismo. Afinal o que é ser empreendedor na sua visão pessoal?
PNM: É uma vez mais uma questão de atitude, iniciativa, proatividade e resiliência. Todas estas características são aspetos indissociáveis dos empreendedores, seja trabalhando por conta própria, seja por conta de outrem (intrapreneurship). Na vida pessoal, tal como na profissional, passar da visão à ação é o que marca a diferença nas nossas vidas.
Progredir: Como vê a atual situação do país?
PNM: Sinceramente vejo a atual situação do país como uma oportunidade de refundação, suportada num modelo de crescimento sustentável. Viver de acordo com as possibilidades, com a certeza de que cada cidadão para além dos direitos, tem obrigações e é um agente de mudança. A responsabilidade cívica de contribuir para o desenvolvimento do país é de cada um e da comunidade.
Numa economia aberta, frágil e pequena, fomos apanhados pela primeira grande crise da globalização. Os pressupostos em que assentou o crescimento das economias ocidentais nas últimas décadas estão maioritariamente errados e conduziram a uma profunda alienação suportada no consumo exacerbado.
O “homo consumericus”, que o filósofo francês Gilles Lipovettsky eloquentemente retrata, não é um ser mais feliz e confirma que PIB e felicidade não estão forçosamente a par. Acredito no futuro de Portugal e na capacidade de criar uma nova ordem.
Progredir: Na sua opinião serão apenas os mais jovens os novos agentes da mudança?
PNM: Os jovens são muito importantes, mas os agentes de mudança não se regem pela idade. Um agente de mudança acredita na sua capacidade transformadora e por isso age. São inúmeros os exemplos de associação de diferentes níveis etários a movimentos transformadores. O diálogo intergeracional e a coesão social são o mais importante. Aliás, a tendência crescente da inversão da pirâmide etária nos países ocidentais (menor natalidade e maior longevidade) leva a profundas mudanças. A título de exemplo, os regimes de segurança social que emergiram no pós-guerra do século passado estão totalmente condenados. Os atuais jovens não terão reformas tradicionais... E essa é uma profunda transformação da sociedade.
Progredir:
Como poderemos todos aprender a ser os criadores das nossas próprias histórias
e podermos assim mudar o futuro global?
PNM: Acredito na máxima de que a mudança começa dentro de nós. Quando Eu mudo, tudo muda! Quando eu mudo, posso ter a capacidade de influenciar ou inspirar outros a fazê-lo, assim como as mudanças dos outros me podem também inspirar a mudar.
Em teoria é fácil mas a história indica que na prática a natureza humana tende a resistir a mudanças. Trocar o conhecido pelo desconhecido é arriscado. É sair da zona de conforto, mesmo que não nos seja muito favorável. Contudo nos momentos de crise, sobretudo com as “barbas a arder”, mudamos mesmo.
O grande desafio é mudar proativamente sem ser em situação limite. Estamos a falar de mudanças comportamentais e não de personalidade. Os comportamentos mudam-se por repetição dos novos desejáveis comportamentos até se tornarem um hábito. A partir daí, já estão apropriados e tudo é mais fluido e natural.
Progredir: O tema desta edição da Revista Progredir, tem por foco “SER VERDE”, como perceciona o tema da sustentabilidade para a criação de um mundo melhor?
PNM: Ser “verde” em sentido lato incorpora o conceito dos três pilares da sustentabilidade. Tem a ver com a vertente ambiental, mas integrada com as dimensões social e económica.
É um triângulo equilátero em que os três lados são igualmente importantes. Ser verde é conseguir o equilíbrio tridimensional. Esta aproximação é inevitável. Um mundo cada vez mais populoso (e que por definição tem recursos limitados) tem de fazer uma gestão muito mais eficiente e eficaz. Não pode haver fome e sede, ao mesmo tempo que se desperdiça comida e água.
Acredito na capacidade inventiva do Homem e no desenvolvimento e execução de novas ideias que criem um mundo mais justo e melhor.
Progredir: O Greenfest vai já na sua 6ª edição, como mentor do projeto fale-nos um pouco da filosofia e conceito deste evento?
PNM: É uma grande plataforma inclusiva, um grande movimento de cidadania. Por um lado aberto a empresas, autarquias e outras instituições e por outro às famílias de todas as gerações. Melhores práticas e exemplos inspiradores encontram o palco ideal neste festival de entrada livre.
No GREENFEST procura-se sensibilizar mas sobretudo criar condições para que se passe à ação.
PNM: Acredito na máxima de que a mudança começa dentro de nós. Quando Eu mudo, tudo muda! Quando eu mudo, posso ter a capacidade de influenciar ou inspirar outros a fazê-lo, assim como as mudanças dos outros me podem também inspirar a mudar.
Em teoria é fácil mas a história indica que na prática a natureza humana tende a resistir a mudanças. Trocar o conhecido pelo desconhecido é arriscado. É sair da zona de conforto, mesmo que não nos seja muito favorável. Contudo nos momentos de crise, sobretudo com as “barbas a arder”, mudamos mesmo.
O grande desafio é mudar proativamente sem ser em situação limite. Estamos a falar de mudanças comportamentais e não de personalidade. Os comportamentos mudam-se por repetição dos novos desejáveis comportamentos até se tornarem um hábito. A partir daí, já estão apropriados e tudo é mais fluido e natural.
Progredir: O tema desta edição da Revista Progredir, tem por foco “SER VERDE”, como perceciona o tema da sustentabilidade para a criação de um mundo melhor?
PNM: Ser “verde” em sentido lato incorpora o conceito dos três pilares da sustentabilidade. Tem a ver com a vertente ambiental, mas integrada com as dimensões social e económica.
É um triângulo equilátero em que os três lados são igualmente importantes. Ser verde é conseguir o equilíbrio tridimensional. Esta aproximação é inevitável. Um mundo cada vez mais populoso (e que por definição tem recursos limitados) tem de fazer uma gestão muito mais eficiente e eficaz. Não pode haver fome e sede, ao mesmo tempo que se desperdiça comida e água.
Acredito na capacidade inventiva do Homem e no desenvolvimento e execução de novas ideias que criem um mundo mais justo e melhor.
Progredir: O Greenfest vai já na sua 6ª edição, como mentor do projeto fale-nos um pouco da filosofia e conceito deste evento?
PNM: É uma grande plataforma inclusiva, um grande movimento de cidadania. Por um lado aberto a empresas, autarquias e outras instituições e por outro às famílias de todas as gerações. Melhores práticas e exemplos inspiradores encontram o palco ideal neste festival de entrada livre.
No GREENFEST procura-se sensibilizar mas sobretudo criar condições para que se passe à ação.
Progredir:
O que podem esperar os leitores da Revista Progredir ao visitarem a edição
deste ano do Greenfest?
PNM: Não conheço ninguém das minhas relações pessoais, sociais ou profissionais que não encontre algum motivo de interesse no GREENFEST. O grande desafio, atendendo a que temos um exíguo orçamento de comunicação é conseguir fazer chegar a informação certa a cada pessoa. Quem tenha oportunidade de consultar o site do GREENFEST (www.greenfest.pt) encontrará seguramente o motivo da visita e dará por bem empregue o seu tempo.
Com efeito, são inúmeros os conteúdos que podem interessar a diferentes tipos de pessoas. Para facilitar a própria organização dos temas, criámos oito “clusters” de eco tendências transversais que cobrem grande parte do espectro de interesses.
É comum referirem-nos que é pena que se passem tantas coisas interessantes ao mesmo tempo, pois isso implica ir a umas e perder outras.
Progredir: Que mensagem gostaria de transmitir aos leitores da Revista Progredir?
PNM: Fazendo jus ao nome da revista que muito aprecio, gostava de convidar todos os leitores que se identifiquem com os objetivos do certame a ajudarem o GREENFEST a progredir, marcando presença e/ou divulgando o evento. Cada um pode fazer a diferença!
PNM: Não conheço ninguém das minhas relações pessoais, sociais ou profissionais que não encontre algum motivo de interesse no GREENFEST. O grande desafio, atendendo a que temos um exíguo orçamento de comunicação é conseguir fazer chegar a informação certa a cada pessoa. Quem tenha oportunidade de consultar o site do GREENFEST (www.greenfest.pt) encontrará seguramente o motivo da visita e dará por bem empregue o seu tempo.
Com efeito, são inúmeros os conteúdos que podem interessar a diferentes tipos de pessoas. Para facilitar a própria organização dos temas, criámos oito “clusters” de eco tendências transversais que cobrem grande parte do espectro de interesses.
É comum referirem-nos que é pena que se passem tantas coisas interessantes ao mesmo tempo, pois isso implica ir a umas e perder outras.
Progredir: Que mensagem gostaria de transmitir aos leitores da Revista Progredir?
PNM: Fazendo jus ao nome da revista que muito aprecio, gostava de convidar todos os leitores que se identifiquem com os objetivos do certame a ajudarem o GREENFEST a progredir, marcando presença e/ou divulgando o evento. Cada um pode fazer a diferença!
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