Oráculo Celta Ogham
O Ogham é um alfabeto, usado nos primeiros tempos pelos xamãs celtas do Sul da Europa. É certo que a sua popularidade deu-se nas Ilhas-Britânicas, mas os registos históricos mostram que estes povos vieram do Sul da Europa. Foi um oráculo estudado e usado pelos druidas, considerados grandes inteletuais e detentores de um vasto conhecimento sobre a terra e os astros. Seus conhecimentos iam desde as propriedades curativas das ervas à comunicação com os Deuses. Por essa razão eram sempre consultados pelos reis e chefes das tribos celtas. Para se obter este título, eram precisos 25 anos de estudo na sua área.
Quanto à origem da palavra Ogham, segundo a mitologia celta, atribui-se a Ogma, filho de Elatha rei da Irlanda. Um druida bem qualificado no discurso e na poesia que terá criado este alfabeto integrado nas características da flora.
Em termos práticos, este oráculo inicialmente foi um método específico para a comunicação, lembrando a riqueza das árvores como fonte de sabedoria. E porquê as árvores ? Para os xamãs as árvores são aliados da humanidade. Cada árvore possui seus próprios dons, talentos e habilidades a serem compartilhados connosco. Por exemplo, algumas árvores dão frutos, enquanto outras fornecem curas para distúrbios em níveis emocionais ou físicos.
Nos dias de hoje o oráculo Ogham é, principalmente, usado como um caminho para o autoconhecimento e força interior, de modo a conetar-nos com a nossa ancestralidade e inspiração, como parte da centelha divina que flui da Terra Mãe e de toda a Criação.
O oráculo é composto por 25 pedras, representando 25 árvores. Cada árvore com os seus respetivos significados. O alfabeto é dividido em grupos de cinco letras cada. Originalmente continham apenas quatro séries. A quinta série veio mais tarde, mas trazida por línguas estrangeiras. É escrito por uma linha central representando o tronco de uma árvore e os traços , os galhos. Quando escrito na horizontal, em manuscritos, é da esquerda para a direita e na vertical, em pedras, escreve-se de baixo para cima (como se escalasse uma árvore).
Perante uma questão, quem consulta fica a conhecer o presente, o passado, o futuro, o que joga a favor e os obstáculos/desafios à questão que coloca. Para o Terapeuta, é uma ferramenta ideal para afinar a intuição.
DANIEL LAGE TERAPEUTA www.facebook.com/terapeutadl [email protected] in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2017 (clique no link acima para ler o artigo na Revista) |