A Ludoterapia na intervenção terapêutica com crianças
A criança precisa de muitas coisas para ser feliz principalmente de amor, família, respeito, educação, saúde, no entanto por vezes esquecemo-nos de incluir o brincar.
A Ludoterapia é uma técnica utilizada com crianças entre os 3 e os 11 anos e que tem como objetivo principal o contacto com o mundo interno da criança, permitindo compreender a sua linguagem simbólica. Quando as crianças têm dificuldade para se expressarem verbalmente, o brincar é utilizado como o único recurso que lhes permite sentir segurança para expressar coisas que são difíceis de explicar ou de verbalizar (por exemplo: abuso sexual, mau trato, medos, angústias, dúvidas).
A função simbólica do brincar é muito importante, pois é ela que faz a ponte entre a experiência concreta e o pensamento abstrato. Enquanto a criança brinca, esta lida com os objetos de forma sensório-motora que são concretos (existem, são reais), mas que simbolizam outra coisa, algo que a criança experienciou direta ou indiretamente. O brincar dá forma ao mundo interno da criança, isto é, as experiências emocionais da criança são projetadas para as brincadeiras e para a maneira como a criança manipula objetos enquanto brinca. Brincar ajuda a criança a ser imaginativa, a criar e a imitar situações que já vivenciou, interiorizar regras e a assimilar padrões culturais. Brincar também é cultura. Brincar ajuda a desenvolver as suas capacidades, aprender a lidar com frustrações e a gerir stress.
Os brinquedos (objetos físicos e reais), são utilizados como ferramentas para expressar o que a criança pensa ou sente em determinado momento, ou sobre uma situação específica. No fundo, os brinquedos são como as palavras e o brincar como a linguagem que a criança usa para comunicar. Através do brincar a criança sente-se segura, pois encontra-se no seu meio natural, sendo mais fácil expressar as suas emoções (a raiva, a dor, a alegria, a tristeza, a felicidade, a frustração).
A ludoterapia é uma intervenção psicoterapêutica que apresenta resultados positivos nomeadamente, na diminuição de comportamentos agressivos, na melhoria no ajuste emocional em diversas problemáticas como a separação dos pais, no maltrato ou abuso, na violência doméstica; proporciona ainda a redução da ansiedade e stress, potencializa o desempenho escolar, melhora a auto-estima da criança, contribui para o ajuste social com os pares e adultos e diminui os sintomas de depressão infantil. Esta técnica pode ainda ser usa em irmãos para ajudar na relação e vinculação entre ambos.
Uma sessão de ludoterapia dura entre 30 a 45 minutos, dependendo da idade e caraterística da criança. Em cada sessão a criança é incentivada a escolher livremente os materiais, brinquedos a utilizar que por norma se encontram numa caixa-ludo e deve ser dado espaço à criança para que esta se sinta livre e compreendida. Ao ludoterapeuta cabe a tarefa técnica de interpretar cada gesto/ação, palavra ou silêncio que é feito ou dado pela criança através do seu mundo simbólico. O ludoterapeuta deve mostrar-se inteiramente disponível e sobretudo encarando-a como ela é de verdade. A relação que se estabelece é de empatia e compreensão, só desta forma a criança é capaz de ser ela própria e sentir-se segura na relação com o terapeuta. É importante compreender que o ludoterapeuta é por isso parte ativa e não diretiva do processo de desenvolvimento da criança, deve estar atento aos sentimentos, comportamento, tomadas de decisão e atitudes expressas pela criança.
A Ludoterapia é uma técnica utilizada com crianças entre os 3 e os 11 anos e que tem como objetivo principal o contacto com o mundo interno da criança, permitindo compreender a sua linguagem simbólica. Quando as crianças têm dificuldade para se expressarem verbalmente, o brincar é utilizado como o único recurso que lhes permite sentir segurança para expressar coisas que são difíceis de explicar ou de verbalizar (por exemplo: abuso sexual, mau trato, medos, angústias, dúvidas).
A função simbólica do brincar é muito importante, pois é ela que faz a ponte entre a experiência concreta e o pensamento abstrato. Enquanto a criança brinca, esta lida com os objetos de forma sensório-motora que são concretos (existem, são reais), mas que simbolizam outra coisa, algo que a criança experienciou direta ou indiretamente. O brincar dá forma ao mundo interno da criança, isto é, as experiências emocionais da criança são projetadas para as brincadeiras e para a maneira como a criança manipula objetos enquanto brinca. Brincar ajuda a criança a ser imaginativa, a criar e a imitar situações que já vivenciou, interiorizar regras e a assimilar padrões culturais. Brincar também é cultura. Brincar ajuda a desenvolver as suas capacidades, aprender a lidar com frustrações e a gerir stress.
Os brinquedos (objetos físicos e reais), são utilizados como ferramentas para expressar o que a criança pensa ou sente em determinado momento, ou sobre uma situação específica. No fundo, os brinquedos são como as palavras e o brincar como a linguagem que a criança usa para comunicar. Através do brincar a criança sente-se segura, pois encontra-se no seu meio natural, sendo mais fácil expressar as suas emoções (a raiva, a dor, a alegria, a tristeza, a felicidade, a frustração).
A ludoterapia é uma intervenção psicoterapêutica que apresenta resultados positivos nomeadamente, na diminuição de comportamentos agressivos, na melhoria no ajuste emocional em diversas problemáticas como a separação dos pais, no maltrato ou abuso, na violência doméstica; proporciona ainda a redução da ansiedade e stress, potencializa o desempenho escolar, melhora a auto-estima da criança, contribui para o ajuste social com os pares e adultos e diminui os sintomas de depressão infantil. Esta técnica pode ainda ser usa em irmãos para ajudar na relação e vinculação entre ambos.
Uma sessão de ludoterapia dura entre 30 a 45 minutos, dependendo da idade e caraterística da criança. Em cada sessão a criança é incentivada a escolher livremente os materiais, brinquedos a utilizar que por norma se encontram numa caixa-ludo e deve ser dado espaço à criança para que esta se sinta livre e compreendida. Ao ludoterapeuta cabe a tarefa técnica de interpretar cada gesto/ação, palavra ou silêncio que é feito ou dado pela criança através do seu mundo simbólico. O ludoterapeuta deve mostrar-se inteiramente disponível e sobretudo encarando-a como ela é de verdade. A relação que se estabelece é de empatia e compreensão, só desta forma a criança é capaz de ser ela própria e sentir-se segura na relação com o terapeuta. É importante compreender que o ludoterapeuta é por isso parte ativa e não diretiva do processo de desenvolvimento da criança, deve estar atento aos sentimentos, comportamento, tomadas de decisão e atitudes expressas pela criança.
FILOMENA CONCEIÇÃO PSICÓLOGA, LUDOTERAPEUTA E FORMADORA tangerinapsicologiablog.wordpress.com www.facebook.com/ConceicaoFilomena [email protected] in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2017 (clique no link acima para ler o artigo na Revista) |