Limpeza de Carma
A palavra “carma”, também frequentemente escrita na sua transcrição como “karma”, é uma palavra que entrou no uso corrente. Expressões como “só pode ser um carma”, “esse relacionamento é um carma” passaram a integrar o vocabulário quotidiano, sem que haja contudo uma consciência clara do seu significado. Afinal, o que é o carma?
Várias tradições filosóficas e religiosas entendem o carma de maneira diferente. Etimologicamente, a palavra é proveniente do sânscrito, da raiz *kr, que quer dizer fazer, agir, e está presente como tal no latim e nas línguas românicas, nomeadamente o português, em palavras como criar, criação. Deste modo, denota o resultado de uma ação, podendo ser algo positivo ou negativo. Porém, a palavra carma popularizou-se com uma carga negativa, tornando-se sinónimo de tudo o que gera sofrimento, seja desta ou de possíveis vidas passadas.
Assim, ações que provocam sofrimento em nós e nos outros geram carma, ações intencionais contra outras pessoas geram carma, relações conflituosas geram carma, que se traduz numa energia mais densa que passa a envolver as pessoas em causa, provocando perda de energia, estagnação e aumento das emoções negativas. Se isto é facilmente perceptível na vida do dia a dia, já não é tão claro quando se fala de vidas passadas. À parte do questionamento filosófico sobre a existência ou não da reencarnação, o que é certo é que várias tradições religiosas e filosóficas a reconhecem e aceitam, apresentando explicações e alegorias diferentes que clareiam e desmistificam esta questão.
Na Grécia antiga, o filósofo Platão, no livro X da República explica que, após a morte, a alma bebe um pouco da água do rio Lethes, que é o rio do esquecimento. Curiosamente, em português, a palavra letal, do latim lethalis, cuja origem etimológica grega é lethe, esquecimento, traz à luz uma associação interessante entre morrer e esquecer, como se o esquecimento e a morte fossem a mesma coisa. E faz sentido, já que a vida é feita de memórias e quando as pessoas perdem as memórias, é como se perdessem a ligação à vida, à sua identidade.
Voltando à limpeza de carma, é um ritual sagrado realizado pelo consultante que brota da sua vontade genuína de se transformar, de renascer, de estar em paz, de se melhorar enquanto pessoa, de perdoar e ser perdoado, de se libertar daquilo que gerou sofrimento, carma, desta ou de vidas passadas. Numa atitude de entrega e abertura ao alto, o consulente, com o suporte energético de entidades celestiais, entrega ao fogo sagrado as energias não qualificadas que estão a afetar o seu campo energético, para que sejam limpas e transmutadas. Assim, relacionamentos conflituosos podem ser apaziguados, mágoas e tristezas podem ser aliviadas e toda ou muita da energia que estava estagnada passa a fluir, abrindo caminho para a libertação pessoal do tesouro e potencial interior de cada um.
A história do Buda de Ouro ilustra um pouco isto. Perante a iminência da invasão birmanesa em 1755 à Tailândia, os sacerdotes decidiram cobrir a estátua com várias camadas de estuque e tinta para que não fosse saqueada. Assim se conservou por séculos, como uma estátua pouco atrativa. Em 1955, quando a tentaram mover para o novo templo, Wat Traimit, em Bangkok, um dos cabos partiu-se e a estátua desvelou, para espanto e encantamento de todos, o majestoso Buda de Ouro. Assim como a estátua, todos nós temos o nosso Buda interior, o nosso tesouro, que muitas vezes está irreconhecível debaixo de camadas de crenças, medos, inseguranças, sofrimentos... e, ao começarmos a limpar os carmas e a aventurar-nos pela densa mata do espírito, renascemos, redescobrimo-nos e passamos a viver uma vida mais plena, cheia de sentido e com mais emoções positivas.
Várias tradições filosóficas e religiosas entendem o carma de maneira diferente. Etimologicamente, a palavra é proveniente do sânscrito, da raiz *kr, que quer dizer fazer, agir, e está presente como tal no latim e nas línguas românicas, nomeadamente o português, em palavras como criar, criação. Deste modo, denota o resultado de uma ação, podendo ser algo positivo ou negativo. Porém, a palavra carma popularizou-se com uma carga negativa, tornando-se sinónimo de tudo o que gera sofrimento, seja desta ou de possíveis vidas passadas.
Assim, ações que provocam sofrimento em nós e nos outros geram carma, ações intencionais contra outras pessoas geram carma, relações conflituosas geram carma, que se traduz numa energia mais densa que passa a envolver as pessoas em causa, provocando perda de energia, estagnação e aumento das emoções negativas. Se isto é facilmente perceptível na vida do dia a dia, já não é tão claro quando se fala de vidas passadas. À parte do questionamento filosófico sobre a existência ou não da reencarnação, o que é certo é que várias tradições religiosas e filosóficas a reconhecem e aceitam, apresentando explicações e alegorias diferentes que clareiam e desmistificam esta questão.
Na Grécia antiga, o filósofo Platão, no livro X da República explica que, após a morte, a alma bebe um pouco da água do rio Lethes, que é o rio do esquecimento. Curiosamente, em português, a palavra letal, do latim lethalis, cuja origem etimológica grega é lethe, esquecimento, traz à luz uma associação interessante entre morrer e esquecer, como se o esquecimento e a morte fossem a mesma coisa. E faz sentido, já que a vida é feita de memórias e quando as pessoas perdem as memórias, é como se perdessem a ligação à vida, à sua identidade.
Voltando à limpeza de carma, é um ritual sagrado realizado pelo consultante que brota da sua vontade genuína de se transformar, de renascer, de estar em paz, de se melhorar enquanto pessoa, de perdoar e ser perdoado, de se libertar daquilo que gerou sofrimento, carma, desta ou de vidas passadas. Numa atitude de entrega e abertura ao alto, o consulente, com o suporte energético de entidades celestiais, entrega ao fogo sagrado as energias não qualificadas que estão a afetar o seu campo energético, para que sejam limpas e transmutadas. Assim, relacionamentos conflituosos podem ser apaziguados, mágoas e tristezas podem ser aliviadas e toda ou muita da energia que estava estagnada passa a fluir, abrindo caminho para a libertação pessoal do tesouro e potencial interior de cada um.
A história do Buda de Ouro ilustra um pouco isto. Perante a iminência da invasão birmanesa em 1755 à Tailândia, os sacerdotes decidiram cobrir a estátua com várias camadas de estuque e tinta para que não fosse saqueada. Assim se conservou por séculos, como uma estátua pouco atrativa. Em 1955, quando a tentaram mover para o novo templo, Wat Traimit, em Bangkok, um dos cabos partiu-se e a estátua desvelou, para espanto e encantamento de todos, o majestoso Buda de Ouro. Assim como a estátua, todos nós temos o nosso Buda interior, o nosso tesouro, que muitas vezes está irreconhecível debaixo de camadas de crenças, medos, inseguranças, sofrimentos... e, ao começarmos a limpar os carmas e a aventurar-nos pela densa mata do espírito, renascemos, redescobrimo-nos e passamos a viver uma vida mais plena, cheia de sentido e com mais emoções positivas.
CARLA PINHEIRO
TERAPEUTA HOLÍSTICA www.facebook.com/carlahopinheiro www.instagram.com/carlahopinheiro [email protected] in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2019 (clique no link acima para ler o artigo na Revista) |