Entrevista a José Soutelinho,
"Aos exploradores da Vida"
José Soutelinho apresenta-se com uma perspetiva distinta “Sou um Explorador da Vida! A minha Vida é um Hino à Descoberta”. Criador do conceito Desperturtor, fala aos leitores da Revista Progredir, sobre a sua forma única de ver a vida e ainda da importância do sentir da Gratidão.
Progredir: Quem é o José Soutelinho?
José Soutelinho: Um Ser num Todo que passa pelo Tempo (re) conhecendo-se e expandindo-se no Espaço de relação com outros Seres. Tal como qualquer um de nós! Vejo-me como um explorador da Vida, celebrando-a como um hino à descoberta.
Progredir: Como nasce esta vontade de abraçar a vida de uma perspetiva tão exploradora?
José Soutelinho: Do inconformismo com uma vida antecipadamente determinada por uma sociocultural que quási tudo quer comandar, prever e controlar.
Da saturação de estar imerso num mantra de Consome, Obedece, Cala-te e Morre.
De querer desde sempre saber porque vale a pena andar por aqui, por este Planeta Terra.
De ir descobrindo o que nos faz evoluir como Seres Humanos e procurando por vezes reinventar-me.
De procurar antecipar o caminho que Todos levamos, e não apenas o de cada um de nós, singularmente.
Progredir: Quem é o José Soutelinho?
José Soutelinho: Um Ser num Todo que passa pelo Tempo (re) conhecendo-se e expandindo-se no Espaço de relação com outros Seres. Tal como qualquer um de nós! Vejo-me como um explorador da Vida, celebrando-a como um hino à descoberta.
Progredir: Como nasce esta vontade de abraçar a vida de uma perspetiva tão exploradora?
José Soutelinho: Do inconformismo com uma vida antecipadamente determinada por uma sociocultural que quási tudo quer comandar, prever e controlar.
Da saturação de estar imerso num mantra de Consome, Obedece, Cala-te e Morre.
De querer desde sempre saber porque vale a pena andar por aqui, por este Planeta Terra.
De ir descobrindo o que nos faz evoluir como Seres Humanos e procurando por vezes reinventar-me.
De procurar antecipar o caminho que Todos levamos, e não apenas o de cada um de nós, singularmente.
Progredir: O que é um Desperturtor? Como se enquadra esse projeto na sua filosofia de vida?
José Soutelinho: Um Despertutor é alguém que apoia outros, que assim o escolham, no seu caminho da plena expressão e autenticidade. Alinhados à sua mais pura essência, uma Consciência de Alma.
O nome surge da vontade de ajudar outros a “Tornar Consciente” o Todo que São.
O despertutor (tornando consciente) é simultaneamente:
Um insultor - criando dissonância com respeito e sugerindo alternativas.
Um facilitador - desafiando, orientando, nutrindo e conduzindo a resultados.
Um consultor - aportando experiência e sabedoria.
Um fundador - criando iniciativas emergentes.
Um cooperante - construindo novas realidades partilhando desafios em comunidade.
Pratico o Despertutor através de três eixos de atuação:
1 - Curso de Transição Interior (nova relação connosco mesmos)
2 - Círculos de Diálogo (nova relação entre todos)
3 - Ferramentas Colaborativas (novas formas de cocriar e colaborar)
Esta minha atuação é nuclear e alinhada há minha forma de ler, interpretar e integrar o mundo, porque acredito que juntos estamos a construir a realidade prática de sermos uma grande Família (todos os seres) a habitar uma mesma Casa (planeta Terra).
Sonho com um mundo novo, em que cada um expressa plenamente o seu potencial, feliz e sem sofrimento, manifestando-se autenticamente, transcendendo-se numa espiral de evolução, integrado na natureza que nos suporta, e onde juntos nos reconhecemos uns nos outros, cientes de que tudo é um cosmos onde o verso é único – universo.
Progredir: Que novas vontades surgem de explorar?
José Soutelinho: Face ao respondido na questão 2, reescrevendo o mantra enunciado, gosto de pensar num mantra alternativo: Criar coisas Belas com Significado.
E sigo num caminho de o explorar e o procurar manifestar, mais e mais.
Neste momento alargo o espectro de ação da moldura Despertutor para o meio organizacional, que mostra uma saturação dos velhos paradigmas e anseia por novos.
Estou habilitado por alguns anos de prática empresarial assumindo diferentes papéis, mas sobretudo por poder trazer perceção acerca dos níveis de consciência coletivos às organizações, suportando a sua transformação para realidades colaborativas de última geração e nutrindo bases de cocriação numa dança eternamente paradoxal entre autonomia e comunhão, singular e coletivo.
Paralelamente, também exploro o meu impulso criativo através de esculturas de madeira numa moldura chamada WoodWalker.
Procurando respostas à questão “Como transmitir significados profundos através da arte?” e “Como celebrar a Vida através da arte?”
Cada peça funciona como um elemento de ligação profunda ao Ser Humano ou uma expressão particular de Seres com identidades distintas;
Só uso madeiras que já estejam naturalmente separadas de uma árvore viva enraizada, recolhendo-as em movimentos de caminheiro numa ligação profunda à natureza;
Por outro lado há a questão de “Para onde vamos todos juntos nesta casa única que nos acolhe?”
E que novo Homem e nova Mulher teremos de ser nesse mundo, cada um com a sua expressão Masculino/Feminino? Com que qualidade relacional?
Um imenso impulso de reconhecer, experienciar, sentir, integrar estes temas.
Repetir num movimento da “consciente nova competência” para a sabedoria que a torna na “inconsciente nova competência”.
Transmitir a outros, tornando de espectro mais alargado, mais profundo, mais extenso.
E seguir explorando!
José Soutelinho: Um Despertutor é alguém que apoia outros, que assim o escolham, no seu caminho da plena expressão e autenticidade. Alinhados à sua mais pura essência, uma Consciência de Alma.
O nome surge da vontade de ajudar outros a “Tornar Consciente” o Todo que São.
O despertutor (tornando consciente) é simultaneamente:
Um insultor - criando dissonância com respeito e sugerindo alternativas.
Um facilitador - desafiando, orientando, nutrindo e conduzindo a resultados.
Um consultor - aportando experiência e sabedoria.
Um fundador - criando iniciativas emergentes.
Um cooperante - construindo novas realidades partilhando desafios em comunidade.
Pratico o Despertutor através de três eixos de atuação:
1 - Curso de Transição Interior (nova relação connosco mesmos)
2 - Círculos de Diálogo (nova relação entre todos)
3 - Ferramentas Colaborativas (novas formas de cocriar e colaborar)
Esta minha atuação é nuclear e alinhada há minha forma de ler, interpretar e integrar o mundo, porque acredito que juntos estamos a construir a realidade prática de sermos uma grande Família (todos os seres) a habitar uma mesma Casa (planeta Terra).
Sonho com um mundo novo, em que cada um expressa plenamente o seu potencial, feliz e sem sofrimento, manifestando-se autenticamente, transcendendo-se numa espiral de evolução, integrado na natureza que nos suporta, e onde juntos nos reconhecemos uns nos outros, cientes de que tudo é um cosmos onde o verso é único – universo.
Progredir: Que novas vontades surgem de explorar?
José Soutelinho: Face ao respondido na questão 2, reescrevendo o mantra enunciado, gosto de pensar num mantra alternativo: Criar coisas Belas com Significado.
E sigo num caminho de o explorar e o procurar manifestar, mais e mais.
Neste momento alargo o espectro de ação da moldura Despertutor para o meio organizacional, que mostra uma saturação dos velhos paradigmas e anseia por novos.
Estou habilitado por alguns anos de prática empresarial assumindo diferentes papéis, mas sobretudo por poder trazer perceção acerca dos níveis de consciência coletivos às organizações, suportando a sua transformação para realidades colaborativas de última geração e nutrindo bases de cocriação numa dança eternamente paradoxal entre autonomia e comunhão, singular e coletivo.
Paralelamente, também exploro o meu impulso criativo através de esculturas de madeira numa moldura chamada WoodWalker.
Procurando respostas à questão “Como transmitir significados profundos através da arte?” e “Como celebrar a Vida através da arte?”
Cada peça funciona como um elemento de ligação profunda ao Ser Humano ou uma expressão particular de Seres com identidades distintas;
Só uso madeiras que já estejam naturalmente separadas de uma árvore viva enraizada, recolhendo-as em movimentos de caminheiro numa ligação profunda à natureza;
Por outro lado há a questão de “Para onde vamos todos juntos nesta casa única que nos acolhe?”
E que novo Homem e nova Mulher teremos de ser nesse mundo, cada um com a sua expressão Masculino/Feminino? Com que qualidade relacional?
Um imenso impulso de reconhecer, experienciar, sentir, integrar estes temas.
Repetir num movimento da “consciente nova competência” para a sabedoria que a torna na “inconsciente nova competência”.
Transmitir a outros, tornando de espectro mais alargado, mais profundo, mais extenso.
E seguir explorando!
O tema deste mês da Revista Progredir é a Gratidão, como pode a vida nos ensinar a sentir esta emoção e que mudanças ocorrem dentro de nós quando a reconhecemos?
José Soutelinho: A vida convoca-nos a Gratidão quando nos dispomos a Receber algo que valorizamos e isso nos é Dado por aqueles que melhor nos Servem, o que melhor podem, naquele momento. Ao sabermos Reconhecer aquilo que nos é Dado e Valorizarmos o que nos é Dado, sentimos espontaneamente Gratidão.
Um dos grandes desafios da condição humana é o de estendermos o sentir da gratidão, de algo pontual, a algo mais regular e contínuo, e para isso, temos de mudar a nossa perceção daquilo que temos e nos é Dado. Damos muitas coisas como “certas”, inequívocas, e essa atitude fez-nos desvalorizar essas realidades. Cada momento é uma oportunidade para Dar e Receber. Temos vida, oxigénio, relações, água, alimentos, terra, sol…tudo dado e tudo imensamente valioso e gratificante. Não nos é dado por alguém pessoalmente, mas há entidades metidas ao barulho…
Outra dimensão do estender a gratidão é para com o Outro, aquele que nos Dá algo que nós Valorizamos, e que pelo sentir de Gratidão em nós nos convida a estabelecer um outro tipo de Vínculo com a pessoa ou entidade. Este vínculo altera a nossa dimensão de afiliação ao outro, predispondo-nos a Conectar e Servir sem obrigação de devolver ou retribuir.
Esta atitude pressupõe que levemos a máxima de servir o próximo às últimas consequências, porque todos dando e todos recebendo estaremos mais e mais capazes de potenciar o sentir gratidão.
O sentir gratidão leva-nos a estados de bem-estar, felicidade, paz, subtil euforia humana, sentimentos de abundância, maior conexão com os outros, entrega à Vida, mais paixão em tudo o que nos envolvemos, menos pessoalização, menos conflito interno, menos medo, menos tensão, mais tempo em silêncio.
Grato.
Progredir: Uma mensagem para os nossos leitores?
José Soutelinho: Há em nós o potencial de estarmos sempre com alguma centelha de desenvolvimento pessoal ativa, na medida em que podemos progredir a todo o tempo para um novo e melhor estado, seja a nível biológico, emocional, energético, intelectual ou espiritual.
A grande diferença de uns para os outros, é se esse desenvolvimento se faz de uma forma consciente, se estamos em busca de uma nova condição para nós mesmos, conscientemente, cientes de tudo o que concorre para o processo, desde o impulso primário, passando pelas análise de diferentes alternativas, os nossos processos de escolha, as nossas decisões, as ações propriamente ditas e também o impacto das mesmas, em nós e nos outros.
A Evolução é a “história da complexificação da matéria-viva” num sentido expansivo de oportunidades de Ser:
- Expansão do espaço psicológico – em direção a personalidades multifacetadas, formas organizacionais diversas e a um Planeta muito mais complicado.
- Expansão do espaço conceptual – em direção a perspetivas maiores, a intervalos mais amplos de influência, a estruturas de tempo alargadas.
- Um aumento progressivo de alternativas – em direção a mais escolhas a fazer de um menu mais extenso de maneiras de fazer uma coisa.
- Um aumento progressivo nos graus de liberdade de comportamento – em direção a mais possibilidades em termos de como Ser, formas de manifestar emoções, tipos de inter-relações humanas aceitáveis.
Complexificação que traz mais possibilidade de escolha, para uma Vida paradoxalmente muito mais simples.
A questão chave é: Como buscarmos conscientemente um nível de complexificação crescente da condição humana de cada um de nós e isso promover uma vida mais simples, sã e feliz?
Para onde estou a ir? Para onde está a Ir?
Para onde Vamos?
Sigamos o que nos alegra!
José Soutelinho
www.despertutor.pt
[email protected]
José Soutelinho: A vida convoca-nos a Gratidão quando nos dispomos a Receber algo que valorizamos e isso nos é Dado por aqueles que melhor nos Servem, o que melhor podem, naquele momento. Ao sabermos Reconhecer aquilo que nos é Dado e Valorizarmos o que nos é Dado, sentimos espontaneamente Gratidão.
Um dos grandes desafios da condição humana é o de estendermos o sentir da gratidão, de algo pontual, a algo mais regular e contínuo, e para isso, temos de mudar a nossa perceção daquilo que temos e nos é Dado. Damos muitas coisas como “certas”, inequívocas, e essa atitude fez-nos desvalorizar essas realidades. Cada momento é uma oportunidade para Dar e Receber. Temos vida, oxigénio, relações, água, alimentos, terra, sol…tudo dado e tudo imensamente valioso e gratificante. Não nos é dado por alguém pessoalmente, mas há entidades metidas ao barulho…
Outra dimensão do estender a gratidão é para com o Outro, aquele que nos Dá algo que nós Valorizamos, e que pelo sentir de Gratidão em nós nos convida a estabelecer um outro tipo de Vínculo com a pessoa ou entidade. Este vínculo altera a nossa dimensão de afiliação ao outro, predispondo-nos a Conectar e Servir sem obrigação de devolver ou retribuir.
Esta atitude pressupõe que levemos a máxima de servir o próximo às últimas consequências, porque todos dando e todos recebendo estaremos mais e mais capazes de potenciar o sentir gratidão.
O sentir gratidão leva-nos a estados de bem-estar, felicidade, paz, subtil euforia humana, sentimentos de abundância, maior conexão com os outros, entrega à Vida, mais paixão em tudo o que nos envolvemos, menos pessoalização, menos conflito interno, menos medo, menos tensão, mais tempo em silêncio.
Grato.
Progredir: Uma mensagem para os nossos leitores?
José Soutelinho: Há em nós o potencial de estarmos sempre com alguma centelha de desenvolvimento pessoal ativa, na medida em que podemos progredir a todo o tempo para um novo e melhor estado, seja a nível biológico, emocional, energético, intelectual ou espiritual.
A grande diferença de uns para os outros, é se esse desenvolvimento se faz de uma forma consciente, se estamos em busca de uma nova condição para nós mesmos, conscientemente, cientes de tudo o que concorre para o processo, desde o impulso primário, passando pelas análise de diferentes alternativas, os nossos processos de escolha, as nossas decisões, as ações propriamente ditas e também o impacto das mesmas, em nós e nos outros.
A Evolução é a “história da complexificação da matéria-viva” num sentido expansivo de oportunidades de Ser:
- Expansão do espaço psicológico – em direção a personalidades multifacetadas, formas organizacionais diversas e a um Planeta muito mais complicado.
- Expansão do espaço conceptual – em direção a perspetivas maiores, a intervalos mais amplos de influência, a estruturas de tempo alargadas.
- Um aumento progressivo de alternativas – em direção a mais escolhas a fazer de um menu mais extenso de maneiras de fazer uma coisa.
- Um aumento progressivo nos graus de liberdade de comportamento – em direção a mais possibilidades em termos de como Ser, formas de manifestar emoções, tipos de inter-relações humanas aceitáveis.
Complexificação que traz mais possibilidade de escolha, para uma Vida paradoxalmente muito mais simples.
A questão chave é: Como buscarmos conscientemente um nível de complexificação crescente da condição humana de cada um de nós e isso promover uma vida mais simples, sã e feliz?
Para onde estou a ir? Para onde está a Ir?
Para onde Vamos?
Sigamos o que nos alegra!
José Soutelinho
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