Entrevista a João Fernando Martins
“Aprenda a Influenciar Pessoas”
João Fernando Martins Psicólogo desde 2008, dedica a sua atividade clínica ao atendimento em hospitais e clínicas privadas a adolescentes e adultos na zona do Grande Porto. Fala aos leitores da Revista Progredir sobre o seu livro “Aprenda a Influenciar Pessoas” e da importância de desmistificar estes conceitos.
Progredir: Para os leitores que não a conhecem, quatro palavras que a definem como pessoa?
João Fernando Martins: Psicologia, Rigor, Flexibilidade, Afetividade.
Progredir: Fale-nos um pouco do seu percurso?
João Fernando Martins: Sou da geração de 80, que viveu vários momentos bastante distintos do nosso país, marcados por avanços e recuos, de oportunidades e da falta delas. O gosto pelo comportamento não começa no curso superior. Já desde a adolescência, na convivência dos pares era fascinado pela interação humana e na diferença entre a comunicação e o comportamento que existia entre eles, em diferentes situações.
Sempre me interessei pela psicologia, facto que culminou na entrada no curso, licenciando-me em 2007. Abri o meu consultório em 2008, que mantive até 2015. Durante este período, um interesse mais clínico na construção da chamada relação terapêutica levou-me a procurar e a especializar-me na vertente da comunicação e na melhoria destes processos.
Um salto muito importante na minha carreira foi o mestrado em Medicina Legal, que me abriu uma perspectiva diferente e muito orgânica do comportamento e da ténue (se não inexistente) distinção entre mente e corpo.
Os primeiros pedidos de formação e consultoria nas áreas do Comportamento não verbal e da comunicação persuasiva surgiram em 2012, que a par das consultas sempre fui promovendo. Atualmente dou formação nessas áreas em várias universidades no norte do país e em várias empresas, onde também trabalho como consultor.
Juntamente, dedico uma grande parte do meu tempo ao atendimento clínico, focado nas perturbações da ansiedade, tentando com isto tudo arranjar espaço para as atividades do meu doutoramento.
Progredir: Qual a sua maior paixão?
João Fernando Martins: Sem dúvida o comportamento humano.
Progredir: Para os leitores que não a conhecem, quatro palavras que a definem como pessoa?
João Fernando Martins: Psicologia, Rigor, Flexibilidade, Afetividade.
Progredir: Fale-nos um pouco do seu percurso?
João Fernando Martins: Sou da geração de 80, que viveu vários momentos bastante distintos do nosso país, marcados por avanços e recuos, de oportunidades e da falta delas. O gosto pelo comportamento não começa no curso superior. Já desde a adolescência, na convivência dos pares era fascinado pela interação humana e na diferença entre a comunicação e o comportamento que existia entre eles, em diferentes situações.
Sempre me interessei pela psicologia, facto que culminou na entrada no curso, licenciando-me em 2007. Abri o meu consultório em 2008, que mantive até 2015. Durante este período, um interesse mais clínico na construção da chamada relação terapêutica levou-me a procurar e a especializar-me na vertente da comunicação e na melhoria destes processos.
Um salto muito importante na minha carreira foi o mestrado em Medicina Legal, que me abriu uma perspectiva diferente e muito orgânica do comportamento e da ténue (se não inexistente) distinção entre mente e corpo.
Os primeiros pedidos de formação e consultoria nas áreas do Comportamento não verbal e da comunicação persuasiva surgiram em 2012, que a par das consultas sempre fui promovendo. Atualmente dou formação nessas áreas em várias universidades no norte do país e em várias empresas, onde também trabalho como consultor.
Juntamente, dedico uma grande parte do meu tempo ao atendimento clínico, focado nas perturbações da ansiedade, tentando com isto tudo arranjar espaço para as atividades do meu doutoramento.
Progredir: Qual a sua maior paixão?
João Fernando Martins: Sem dúvida o comportamento humano.
Progredir: Como surge o livro "Aprenda a Influenciar Pessoas"?
João Fernando Martins: O livro surge após um convite da minha editora, que estou extremamente grato por todo apoio. Queria acima de tudo desmistificar algumas questões que a Persuasão tem sido alvo, que o público em geral ainda confunde com algo obscuro, virado para as vendas manipulativas ou para a sedução. Considerar a Persuasão como algo virado para essas áreas é, de facto, bastante redutor e não corresponde à génese do que é persuadir.
Progredir: O que podem esperar os leitores depois de lerem o livro?
João Fernando Martins: Podem esperar um livro com uma abordagem muito sincera e flexível sobre a Persuasão, sem métodos infalíveis nem generalistas que muita vezes não funcionam, muito menos estratégias que não contem com a genuinidade de cada um nem na necessidade de reciprocidade da relação.
Aborda sim um conjunto de estratégias que permitam ao leitor identificar-se com momentos do seu passado onde a comunicação possa não ter sido eficaz e com isso tentar compreender se esse processo comunicativo pode ser melhorado nos contactos futuros.
Progredir: O próximo tema da Revista Progredir é sobre "Vencer", na sua opinião a capacidade de influenciar os outros é um recurso para se Vencer na vida?
João Fernando Martins: A capacidade de influenciar os outros é uma capacidade por si só, em grande parte inerente ao ser humano, uma vez que somos seres sociais e como tal vamos desenvolvendo e aprimorando a nossa comunicação à medida que a nossa vida vai passando.
No entanto, em certos momentos, pode existir a tendência para o desenvolvimento de padrões de comunicação que vamos repetindo quase automaticamente, sem que essa competência seja aprimorada.
Assim, tal como a Persuasão e a influência podem precisar de passar por um processo de melhoria, também a palavra “vencer” encerra em si o conceito de “crescimento”, uma vez que para vencermos em alguma coisa, muito provavelmente vamos ter que falhar bastantes vezes para que o processo seja aprimorado.
Para vencermos, a não ser que essa vitória não dependa do apoio de ninguém, precisamos durante o caminho de saber comunicar e que comuniquem connosco e aqui as competências socio-emocionais onde se inclui a persuasão e a influência podem dar uma ajuda.
Progredir: Uma mensagem para os nossos leitores?
João Fernando Martins: Que não perdessem a sua genuinidade em detrimento do que vem nos livros. Quando se fala de questões como a linguagem corporal, a persuasão ou a influência, existe a tendência para serem partilhados como um conjunto de comportamentos mecanizados.
Essa mecanização torna-se por si só contraproducente, uma vez que se o indivíduo tiver décadas de vida onde os seus trejeitos, as suas palavras e a sua forma de comunicar já estão implantados, se mudar o seu comportamento de um dia para o outro, soará muito provavelmente a falso.
Estas áreas relacionadas com as competências socio-emocionais podem ser muito relevantes para o leitor, mas o foco deverá ser na modificação de pequenas coisas, pequenos comportamentos, pequenas ações em si mesmo e na sua experiência de vida, que face à sua auto-reflexão considere importante corrigir. Grandes mudanças de comportamento sem considerar o que é do indivíduo, o que faz parte do seu “Ser”, não trará muito provavelmente resultados eficazes.
João Fernando Martins
joaofernandomartins.com
www.facebook.com/psicologiaclinicajfmartins
[email protected]
João Fernando Martins: O livro surge após um convite da minha editora, que estou extremamente grato por todo apoio. Queria acima de tudo desmistificar algumas questões que a Persuasão tem sido alvo, que o público em geral ainda confunde com algo obscuro, virado para as vendas manipulativas ou para a sedução. Considerar a Persuasão como algo virado para essas áreas é, de facto, bastante redutor e não corresponde à génese do que é persuadir.
Progredir: O que podem esperar os leitores depois de lerem o livro?
João Fernando Martins: Podem esperar um livro com uma abordagem muito sincera e flexível sobre a Persuasão, sem métodos infalíveis nem generalistas que muita vezes não funcionam, muito menos estratégias que não contem com a genuinidade de cada um nem na necessidade de reciprocidade da relação.
Aborda sim um conjunto de estratégias que permitam ao leitor identificar-se com momentos do seu passado onde a comunicação possa não ter sido eficaz e com isso tentar compreender se esse processo comunicativo pode ser melhorado nos contactos futuros.
Progredir: O próximo tema da Revista Progredir é sobre "Vencer", na sua opinião a capacidade de influenciar os outros é um recurso para se Vencer na vida?
João Fernando Martins: A capacidade de influenciar os outros é uma capacidade por si só, em grande parte inerente ao ser humano, uma vez que somos seres sociais e como tal vamos desenvolvendo e aprimorando a nossa comunicação à medida que a nossa vida vai passando.
No entanto, em certos momentos, pode existir a tendência para o desenvolvimento de padrões de comunicação que vamos repetindo quase automaticamente, sem que essa competência seja aprimorada.
Assim, tal como a Persuasão e a influência podem precisar de passar por um processo de melhoria, também a palavra “vencer” encerra em si o conceito de “crescimento”, uma vez que para vencermos em alguma coisa, muito provavelmente vamos ter que falhar bastantes vezes para que o processo seja aprimorado.
Para vencermos, a não ser que essa vitória não dependa do apoio de ninguém, precisamos durante o caminho de saber comunicar e que comuniquem connosco e aqui as competências socio-emocionais onde se inclui a persuasão e a influência podem dar uma ajuda.
Progredir: Uma mensagem para os nossos leitores?
João Fernando Martins: Que não perdessem a sua genuinidade em detrimento do que vem nos livros. Quando se fala de questões como a linguagem corporal, a persuasão ou a influência, existe a tendência para serem partilhados como um conjunto de comportamentos mecanizados.
Essa mecanização torna-se por si só contraproducente, uma vez que se o indivíduo tiver décadas de vida onde os seus trejeitos, as suas palavras e a sua forma de comunicar já estão implantados, se mudar o seu comportamento de um dia para o outro, soará muito provavelmente a falso.
Estas áreas relacionadas com as competências socio-emocionais podem ser muito relevantes para o leitor, mas o foco deverá ser na modificação de pequenas coisas, pequenos comportamentos, pequenas ações em si mesmo e na sua experiência de vida, que face à sua auto-reflexão considere importante corrigir. Grandes mudanças de comportamento sem considerar o que é do indivíduo, o que faz parte do seu “Ser”, não trará muito provavelmente resultados eficazes.
João Fernando Martins
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