Entrevista a Isabel Ferreira
"Um novo Mundo, uma nova Humanidade"
Isabel
Ferreira, um nome de referência na área do desenvolvimento pessoal em Portugal,
fala aos leitores da Revista Progredir do tesouro escondido dentro de cada um
de nós. Por Revista Progredir
Progredir: Conte-nos um pouco do seu percurso de vida, fale-nos de Si?
Isabel Ferreira: Desde que tenho consciência de mim que sinto o impulso irresistível de descobrir o que está além do comum e do que parece ser a construção da vida, tal como a conhecemos. Sempre achei que estamos aqui para desvendar mistérios, ir além e desfrutar de uma magia interna que está por desenvolver e que espera por nós.
Fui uma estudante muito curiosa pelas ciências humanas e dediquei-me a explorar as diversas abordagens ao comportamento humano. Antes de terminar os meus estudos em História e um mestrado em ciências pedagógicas, tornei-me professora. Na verdade desde os 17 anos que dou aulas e senti que a comunicação com os outros era algo que acontecia de forma fácil e gratificante.
Sempre achei que o conhecimento humano devia ser transversal e unificado e, para isso, explorei e, ainda exploro, as muitas possibilidades de explorar o potencial humano, sempre com a ideia de encontrar o grande denominador comum.
Apesar de a vida me ter levado a conhecer outros universos de trabalho, sempre mantive a mesma postura e interesse. Quis trazer para o meu mundo profissional todas as mais-valias que ia encontrando nas abordagens que explorava, em simultâneo.
Fui professora, formadora, vendedora, relações públicas e gestora de equipas. Todos estes trabalhos me mostraram algo importante para a minha busca e, hoje, sinto-me grata por tais experiências, pois ajudaram-me a conhecer a vivência humana a partir de vários pontos de vista, diferentes papéis e múltiplas realidades. Hoje continuo a busca e cada vez que consigo encontrar uma nova peça no puzzle da vida humana, fico maravilhada. Sou entusiasta e apaixonada pela genialidade humana. Continuo e continuarei a ir além dos limites conhecidos, sempre que posso, ouso e ousarei pôr em causa tudo o que foi e é estabelecido porque sim. Gosto de descobrir o que está nas entrelinhas da vida e de as trazer para o mundo onde todos vivemos. Acredito que chegaremos à genialidade num futuro bem mais próximo do que imaginava quando tinha 20 anos.
A idade ajuda-nos a perspetivar a vida e a enriquecê-la com todas as quedas e sucessos e a ganhar sabedoria na síntese entre umas e outras. Cada dia cinzento me ajuda a encontrar mais raios luminosos que estavam escondidos da minha anterior visão e assim, caminho como todos à procura do destino que nos está reservado, irremediavelmente – a genialidade.
Progredir: Como nasceu o interesse pela área do desenvolvimento pessoal?
Isabel Ferreira: Nasci com ele, tanto quanto me lembro. Nunca me senti diferente. Vivi e vivo muitos altos e baixos pois a conquista de quem somos não é tão serena como poderia ser, se estivéssemos mais despertos para uma outra consciência. Culturalmente existem imensas crenças e paradigmas que mais limitam o ser humano que o ajudam a expandir o seu potencial. Graças a Deus existem muitas pessoas que já ousam saltar fora da caixinha cultural, social, religiosa, etc e que se afirmam pela diferença, pela descoberta e pela vontade de se conhecerem melhor.
Algumas pessoas têm mais consciência do que outras de que são génios em potencial. Eu já nasci a pensar que não estava a viver tudo o que havia em mim e, ainda hoje, continuo a expandir as possibilidades.
Para que serviria a vida se não fosse para se descobrir esse tesouro que todos procuramos e do qual desistimos tão cedo? Tenho aprendido imenso ao longo da vida e graças a pessoas extraordinárias com quem me cruzo todos os dias percebo que somos um diamante multifacetado de valor incalculável e que cada ser humano ocupa o espaço de cada faceta, mantendo o diamante na sua beleza e prodígio!
Progredir: Conte-nos um pouco do seu percurso de vida, fale-nos de Si?
Isabel Ferreira: Desde que tenho consciência de mim que sinto o impulso irresistível de descobrir o que está além do comum e do que parece ser a construção da vida, tal como a conhecemos. Sempre achei que estamos aqui para desvendar mistérios, ir além e desfrutar de uma magia interna que está por desenvolver e que espera por nós.
Fui uma estudante muito curiosa pelas ciências humanas e dediquei-me a explorar as diversas abordagens ao comportamento humano. Antes de terminar os meus estudos em História e um mestrado em ciências pedagógicas, tornei-me professora. Na verdade desde os 17 anos que dou aulas e senti que a comunicação com os outros era algo que acontecia de forma fácil e gratificante.
Sempre achei que o conhecimento humano devia ser transversal e unificado e, para isso, explorei e, ainda exploro, as muitas possibilidades de explorar o potencial humano, sempre com a ideia de encontrar o grande denominador comum.
Apesar de a vida me ter levado a conhecer outros universos de trabalho, sempre mantive a mesma postura e interesse. Quis trazer para o meu mundo profissional todas as mais-valias que ia encontrando nas abordagens que explorava, em simultâneo.
Fui professora, formadora, vendedora, relações públicas e gestora de equipas. Todos estes trabalhos me mostraram algo importante para a minha busca e, hoje, sinto-me grata por tais experiências, pois ajudaram-me a conhecer a vivência humana a partir de vários pontos de vista, diferentes papéis e múltiplas realidades. Hoje continuo a busca e cada vez que consigo encontrar uma nova peça no puzzle da vida humana, fico maravilhada. Sou entusiasta e apaixonada pela genialidade humana. Continuo e continuarei a ir além dos limites conhecidos, sempre que posso, ouso e ousarei pôr em causa tudo o que foi e é estabelecido porque sim. Gosto de descobrir o que está nas entrelinhas da vida e de as trazer para o mundo onde todos vivemos. Acredito que chegaremos à genialidade num futuro bem mais próximo do que imaginava quando tinha 20 anos.
A idade ajuda-nos a perspetivar a vida e a enriquecê-la com todas as quedas e sucessos e a ganhar sabedoria na síntese entre umas e outras. Cada dia cinzento me ajuda a encontrar mais raios luminosos que estavam escondidos da minha anterior visão e assim, caminho como todos à procura do destino que nos está reservado, irremediavelmente – a genialidade.
Progredir: Como nasceu o interesse pela área do desenvolvimento pessoal?
Isabel Ferreira: Nasci com ele, tanto quanto me lembro. Nunca me senti diferente. Vivi e vivo muitos altos e baixos pois a conquista de quem somos não é tão serena como poderia ser, se estivéssemos mais despertos para uma outra consciência. Culturalmente existem imensas crenças e paradigmas que mais limitam o ser humano que o ajudam a expandir o seu potencial. Graças a Deus existem muitas pessoas que já ousam saltar fora da caixinha cultural, social, religiosa, etc e que se afirmam pela diferença, pela descoberta e pela vontade de se conhecerem melhor.
Algumas pessoas têm mais consciência do que outras de que são génios em potencial. Eu já nasci a pensar que não estava a viver tudo o que havia em mim e, ainda hoje, continuo a expandir as possibilidades.
Para que serviria a vida se não fosse para se descobrir esse tesouro que todos procuramos e do qual desistimos tão cedo? Tenho aprendido imenso ao longo da vida e graças a pessoas extraordinárias com quem me cruzo todos os dias percebo que somos um diamante multifacetado de valor incalculável e que cada ser humano ocupa o espaço de cada faceta, mantendo o diamante na sua beleza e prodígio!
Progredir: Fale-nos do seu projeto escola de Coaching a
ECIT?
Isabel Ferreira: A Escola de Coaching ECIT surgiu no seguimento do trabalho que eu já fazia há muitos anos, na área do desenvolvimento pessoal. Conheci o Coaching e apaixonei-me pelas incríveis possibilidades que ele abre para abrirmos a consciência, como seres humanos. Não que houvesse grandes novidades, para mim, mas a forma como estava estruturado fez um “clique” interior e deu-me as respostas que eu procurava naquela altura. A partir daí comecei a fazer novas sínteses e a usar o Coaching como uma estrutura através da qual eu podia “casar” todas as abordagens que me faziam sentido. Assim, dei início a um projeto que considero inovador pois incluo nele tudo o que eu tenho encontrado de melhor e interessante no meu caminho. Tenho a grata experiência de poder partilhar com muitas pessoas que frequentam os cursos, workshops e sessões de trabalho individual, ideias e práticas que, na sua maioria, nem existiam em Portugal. Tenho feito muitas formações no exterior e trazido para Portugal inovação e avanços na área da auto descoberta que só muito mais tarde se tornaram conhecidas do grande público. Gosto da inovação, da novidade e de experimentar os avanços em primeira mão.
Hoje, a Escola de Coaching ECIT tem um nome de referência pela qualidade com que projeta, estrutura e partilha o seu conhecimento, experiência e interesse nesta área. Acho que temos sempre muito para aprender e descobrir e continuarei a transformar-me em mais e melhor e a levar ao público o melhor que eu conseguir filtrar. Damos formação em Coaching, mas na verdade, todos os nossos serviços têm a mesma linguagem, seja sob o nome de Coaching, seja sob o nome de Desenvolvimento Pessoal, Inteligência Emocional ou Inteligência Espiritual. Caso todo o corpo de ensinamentos e faço de todos os trabalhos, escritos ou apresentados oralmente, uma mensagem única com diferentes suportes estratégicos. Acredito que devemos ser congruentes e manter a mensagem na mesma linha, para não nos confundirmos, nem confundirmos os clientes.
Progredir: Como encara o seu papel de formadora e de orientadora nos cursos que leciona?
Isabel Ferreira: O meu papel é o de ajudar cada pessoa a fazer uma viagem poderosa até onde a sua disponibilidade o permitir, a cada instante. Começo sempre por pedir que não acreditem no que eu disser. O meu lema é: mantenham a mente aberta a tudo e presa a nada e permitam-se descobrir o que vos faz sentido neste momento. Sejam fiéis ao vosso processo e não à experiência de outra pessoa. Se o que ouvirem ou virem vos convidar a ir mais além, aproveitem. Se não, ótimo, também. Cada ser humano tem um percurso único e devemos deixar de rotular as pessoas conforme os nossos pontos de vista. O que podemos fazer é partilhar possibilidades, pontos de vista e respeitar os outros e o seu caminho. Durante séculos tentámos formatar a nossa perceção dos outros por aquilo que achamos melhor ou pior. Isso dá-nos uma certa “segurança” embora falsa e iludida. Cada ser humano tem em si as respostas. Somos facilitadores uns dos outros, mas não “donos” da verdade que é útil ao outro, a cada momento. Se quisermos ser “gurus” teremos de enfrentar o pesado julgamento do mundo que nos responsabiliza pelas suas agruras e obrigamos os outros a se diminuírem para nos servir a necessidade de dominar sobre eles. O verdadeiro Mestre é aquele que sabe o quanto aprende, quando ensina. O Curso em Milagres diz-nos que “ensinamos para aprenderemos”.
Progredir: Como surge a escrita na sua vida?
Isabel Ferreira: A escrita esteve presente na minha vida desde a adolescência. Era nela que eu mergulhava para encontrar respostas para as minhas muitas perguntas e algumas angústias, próprias da idade. Eu vivia em África e os meios eram escassos. O acesso a literatura deste tipo era quase nulo. Habituei-me a falar com a caneta e o papel, pois nessa altura não havia computadores. Depois do hábito criado tornou-se fácil mantê-lo. Durante alguns anos, já na fase adulta, parei de escrever pois estava muito ocupada com os “afazeres” das minhas aventuras profissionais. Depois de ter sido mãe, voltei a sentir necessidade de encontrar respostas e tudo voltou ao que tinha sido, só que desta vez, eu estava rodeada de muitas possibilidades de informação e tinha acesso a muitos cursos e grupos de trabalho. Escrevi e ainda escrevo para conversar comigo e gosto de o fazer. Mais tarde quando surgiu a hipótese de editar um livro fiquei surpresa, pois escrever era um ato íntimo e pessoal. Passei algum tempo a adaptar-me à ideia de que as minhas ideias podiam ser partilhadas e que talvez fossem úteis nesse formato. Por insistência de amigos acabei por o fazer e desde 2001 que vou partilhando, aprendendo e conversando comigo e com o público.
Progredir: Como é ser em Portugal, uma figura de referência na área do desenvolvimento pessoal?
Isabel Ferreira: Não sei se sou essa referência em Portugal, mas gosto de pensar em mim como alguém que partilha e aprende com todos. É, sobretudo, reconfortante saber que posso ser útil e isso dá-me muita satisfação. Porém, para mim, nunca acho que cheguei ao ponto onde gostaria de estar e continuo na procura e na partilha. Acho mesmo que a vida é uma caminhada e que umas vezes ensinamos, outras vezes aprendemos e que todos os dias esta dança está connosco a desafiar-nos a crescer. Quero ter a certeza de que sou honesta e congruente com o que penso, faço e digo e o facto de ter um papel “institucional” nesta área, faz-me levar ainda mais a sério a minha busca e as descobertas que vou fazendo.
Progredir: O tema da revista progredir deste mês é o Yin, a energia mais feminina, o que pensa sobre este assunto?
Isabel Ferreira: Bom, acho que a energia Yin é a energia que gera e dá vida. É aquela parte de nós que concebe, alimenta, nutre e potencia a criação. Acho que sem ela, o mundo que conhecemos, não existiria. Na verdade, vivemos num mundo de polaridades que se complementam. Uma energia não é mais importante do que outra, pois a vida é una. Sem a energia masculina não faria sentido a feminina existir e vice-versa. O que é importante é que percebamos a energia Yin como parte do Todo, não separada, nem em oposição à energia Yang e que todos nós temos ambas. Tudo no pensamento humano é visto em opostos, mas, na verdade, esses opostos são uma ilusão pois o todo é completo e não pode viver dividido em si mesmo. A ignorância e a inconsciência humana fizeram dessas duas energias um jogo de oposição, sacrificando a sua beleza a um conjunto de regras e limitações que apenas serviu para os seres humanos se afastarem do Centro e da Vida. Todos nós precisamos de articular as duas energias e usá-las de forma sábia e criativa. É importante que os homens reconheçam a sua energia Yin e as mulheres a sua energia Yang. Deste casamento pode e deve nascer um ser harmonioso, feliz, sábio e genial. É nisso que acredito e é sobre isso que trabalho e partilho por ser o que penso ser o sentido da vida.
Isabel Ferreira: A Escola de Coaching ECIT surgiu no seguimento do trabalho que eu já fazia há muitos anos, na área do desenvolvimento pessoal. Conheci o Coaching e apaixonei-me pelas incríveis possibilidades que ele abre para abrirmos a consciência, como seres humanos. Não que houvesse grandes novidades, para mim, mas a forma como estava estruturado fez um “clique” interior e deu-me as respostas que eu procurava naquela altura. A partir daí comecei a fazer novas sínteses e a usar o Coaching como uma estrutura através da qual eu podia “casar” todas as abordagens que me faziam sentido. Assim, dei início a um projeto que considero inovador pois incluo nele tudo o que eu tenho encontrado de melhor e interessante no meu caminho. Tenho a grata experiência de poder partilhar com muitas pessoas que frequentam os cursos, workshops e sessões de trabalho individual, ideias e práticas que, na sua maioria, nem existiam em Portugal. Tenho feito muitas formações no exterior e trazido para Portugal inovação e avanços na área da auto descoberta que só muito mais tarde se tornaram conhecidas do grande público. Gosto da inovação, da novidade e de experimentar os avanços em primeira mão.
Hoje, a Escola de Coaching ECIT tem um nome de referência pela qualidade com que projeta, estrutura e partilha o seu conhecimento, experiência e interesse nesta área. Acho que temos sempre muito para aprender e descobrir e continuarei a transformar-me em mais e melhor e a levar ao público o melhor que eu conseguir filtrar. Damos formação em Coaching, mas na verdade, todos os nossos serviços têm a mesma linguagem, seja sob o nome de Coaching, seja sob o nome de Desenvolvimento Pessoal, Inteligência Emocional ou Inteligência Espiritual. Caso todo o corpo de ensinamentos e faço de todos os trabalhos, escritos ou apresentados oralmente, uma mensagem única com diferentes suportes estratégicos. Acredito que devemos ser congruentes e manter a mensagem na mesma linha, para não nos confundirmos, nem confundirmos os clientes.
Progredir: Como encara o seu papel de formadora e de orientadora nos cursos que leciona?
Isabel Ferreira: O meu papel é o de ajudar cada pessoa a fazer uma viagem poderosa até onde a sua disponibilidade o permitir, a cada instante. Começo sempre por pedir que não acreditem no que eu disser. O meu lema é: mantenham a mente aberta a tudo e presa a nada e permitam-se descobrir o que vos faz sentido neste momento. Sejam fiéis ao vosso processo e não à experiência de outra pessoa. Se o que ouvirem ou virem vos convidar a ir mais além, aproveitem. Se não, ótimo, também. Cada ser humano tem um percurso único e devemos deixar de rotular as pessoas conforme os nossos pontos de vista. O que podemos fazer é partilhar possibilidades, pontos de vista e respeitar os outros e o seu caminho. Durante séculos tentámos formatar a nossa perceção dos outros por aquilo que achamos melhor ou pior. Isso dá-nos uma certa “segurança” embora falsa e iludida. Cada ser humano tem em si as respostas. Somos facilitadores uns dos outros, mas não “donos” da verdade que é útil ao outro, a cada momento. Se quisermos ser “gurus” teremos de enfrentar o pesado julgamento do mundo que nos responsabiliza pelas suas agruras e obrigamos os outros a se diminuírem para nos servir a necessidade de dominar sobre eles. O verdadeiro Mestre é aquele que sabe o quanto aprende, quando ensina. O Curso em Milagres diz-nos que “ensinamos para aprenderemos”.
Progredir: Como surge a escrita na sua vida?
Isabel Ferreira: A escrita esteve presente na minha vida desde a adolescência. Era nela que eu mergulhava para encontrar respostas para as minhas muitas perguntas e algumas angústias, próprias da idade. Eu vivia em África e os meios eram escassos. O acesso a literatura deste tipo era quase nulo. Habituei-me a falar com a caneta e o papel, pois nessa altura não havia computadores. Depois do hábito criado tornou-se fácil mantê-lo. Durante alguns anos, já na fase adulta, parei de escrever pois estava muito ocupada com os “afazeres” das minhas aventuras profissionais. Depois de ter sido mãe, voltei a sentir necessidade de encontrar respostas e tudo voltou ao que tinha sido, só que desta vez, eu estava rodeada de muitas possibilidades de informação e tinha acesso a muitos cursos e grupos de trabalho. Escrevi e ainda escrevo para conversar comigo e gosto de o fazer. Mais tarde quando surgiu a hipótese de editar um livro fiquei surpresa, pois escrever era um ato íntimo e pessoal. Passei algum tempo a adaptar-me à ideia de que as minhas ideias podiam ser partilhadas e que talvez fossem úteis nesse formato. Por insistência de amigos acabei por o fazer e desde 2001 que vou partilhando, aprendendo e conversando comigo e com o público.
Progredir: Como é ser em Portugal, uma figura de referência na área do desenvolvimento pessoal?
Isabel Ferreira: Não sei se sou essa referência em Portugal, mas gosto de pensar em mim como alguém que partilha e aprende com todos. É, sobretudo, reconfortante saber que posso ser útil e isso dá-me muita satisfação. Porém, para mim, nunca acho que cheguei ao ponto onde gostaria de estar e continuo na procura e na partilha. Acho mesmo que a vida é uma caminhada e que umas vezes ensinamos, outras vezes aprendemos e que todos os dias esta dança está connosco a desafiar-nos a crescer. Quero ter a certeza de que sou honesta e congruente com o que penso, faço e digo e o facto de ter um papel “institucional” nesta área, faz-me levar ainda mais a sério a minha busca e as descobertas que vou fazendo.
Progredir: O tema da revista progredir deste mês é o Yin, a energia mais feminina, o que pensa sobre este assunto?
Isabel Ferreira: Bom, acho que a energia Yin é a energia que gera e dá vida. É aquela parte de nós que concebe, alimenta, nutre e potencia a criação. Acho que sem ela, o mundo que conhecemos, não existiria. Na verdade, vivemos num mundo de polaridades que se complementam. Uma energia não é mais importante do que outra, pois a vida é una. Sem a energia masculina não faria sentido a feminina existir e vice-versa. O que é importante é que percebamos a energia Yin como parte do Todo, não separada, nem em oposição à energia Yang e que todos nós temos ambas. Tudo no pensamento humano é visto em opostos, mas, na verdade, esses opostos são uma ilusão pois o todo é completo e não pode viver dividido em si mesmo. A ignorância e a inconsciência humana fizeram dessas duas energias um jogo de oposição, sacrificando a sua beleza a um conjunto de regras e limitações que apenas serviu para os seres humanos se afastarem do Centro e da Vida. Todos nós precisamos de articular as duas energias e usá-las de forma sábia e criativa. É importante que os homens reconheçam a sua energia Yin e as mulheres a sua energia Yang. Deste casamento pode e deve nascer um ser harmonioso, feliz, sábio e genial. É nisso que acredito e é sobre isso que trabalho e partilho por ser o que penso ser o sentido da vida.
Progredir: Como encara a evolução da mulher no último
século?
Isabel Ferreira: Acho que a mulher deu um salto gigantesco na sua mentalidade e que o mesmo salto foi dado pelos homens. Qualquer dos lados desta moeda dualista está sempre ligada ao outro e o que muda num, muda no outro, pois são duas caras da mesma moeda. O que muda, na verdade, é a moeda, não propriamente só uma das suas caras. Para dizer melhor, a humanidade deu um salto pois abriu-se a novas abordagens, abriu a sua mentalidade e hoje assistimos a uma aproximação entre os opostos, para que estes venham a encontrar-se no ponto de síntese, onde todos acordaremos para a nossa genialidade. O espaço que a mulher começou a ocupar no mundo expandiu-se, embora tenha havido ganhos e perdas, como sempre existe em qualquer processo evolutivo. Para cada mulher que ocupa um lugar no mundo do trabalho, há um homem que encontra sentido a dedicar-se aos filhos, à família ou ao seu caminho pessoal e vice-versa. Os papéis estão cada vez menos definidos e isso representa uma mudança na trajetória da consciência humana. Pretendemos tornar-nos seres completos e não continuar a viver num mundo de dependências, desigualdades e desníveis. Estamos a caminhar para o nosso grande acordar, como humanidade e as mulheres podem ser e são pilares importantes, pois através delas, o Amor pode falar mais alto. Porém, os homens ocupam um lugar de grande força, pois à medida que se deixam ganhar pela energia feminina, descobrem a beleza que vive em si e podem ajudar a construir a harmonia integral da humanidade.
Apesar dos exageros que se têm registado na emancipação das mulheres, tanto da parte masculina, como na feminina, as lições têm sido aprendidas e estamos a amadurecer com as experiências, até encontrarmos o equilíbrio e a sabedoria. Muita da transformação que está a acontecer no planeta se deve à abertura das mulheres para mudar, adaptar, amar, aceitar, reinventar e ajustar a vida a novos parâmetros. Na verdade, todas as mulheres precisam de se consciencializar da sua sensibilidade para ajudar o mundo a mudar e a ver em si uma missão brilhante e luminosa. Graças à energia Yin que está mais aberta, mesmo nas mulheres, o mundo vai crescendo e expandindo, mesmo que seja feito à custa de grandes desafios e pesadelos …
Progredir: Que mensagem gostaria de transmitir aos leitores da Revista Progredir?
Isabel Ferreira: A mensagem que me parece mais relevante, neste momento em que estamos a viver os enormes desafios da conjuntura atual, centra-se na urgente mudança de mentalidades que está eminente e nas lições que estamos a aprender para reinventar novas formas de perceber a vida e de nos ligarmos à totalidade de tudo o que existe.
O que nos é pedido, em termos de evolução, é algo que, para nós, parece ser uma montanha intransponível. Mas não o é. Cada dia que vivemos traz-nos oportunidades incríveis de mudança, aceitando o que é, tal como é. A aceitação não significa concordância. Significa que podemos retirar do mundo a nossa perceção, os nossos julgamentos, as nossas queixas e dores e perceber que tudo o que vemos fora vive em nós, pois somos aquele que olha, pensa, vê e sente.
Na medida em que concordamos ou discordamos, empoderamos e reafirmamos o que existe. Lutar contra não resolve, antes pelo contrário, dá força. É preciso acedermos a um nível de consciência mais elevado, onde a neutralidade nos oferece uma saída inteligente e sábia. O mundo dualista reafirma-se pela constante reação a cada um dos seus lados. O mundo sábio, inteligente e unificado reafirma-se pela ausência de luta, esforço, sacrifício e medo.
Saber atingir esse nível de neutralidade precisa de ser uma prioridade na agenda de desenvolvimento pessoal de cada ser humano, pois quanto mais pessoas se soltarem da matriz dualista, mais rapidamente a humanidade retomará a sua vida numa consciência luminosa e livre.
Aceitar o que é, simplesmente porque é, sem julgamento, dá-nos um poder incalculável! Não ficamos vazios, antes pelo contrário, ficamos ricos de possibilidades para saltar fora dessa caixa dualista e limitada. A recompensa é fabulosa. Um Novo Mundo e uma Humanidade que pode, finalmente, conhecer o AMOR.
Isabel Ferreira: Acho que a mulher deu um salto gigantesco na sua mentalidade e que o mesmo salto foi dado pelos homens. Qualquer dos lados desta moeda dualista está sempre ligada ao outro e o que muda num, muda no outro, pois são duas caras da mesma moeda. O que muda, na verdade, é a moeda, não propriamente só uma das suas caras. Para dizer melhor, a humanidade deu um salto pois abriu-se a novas abordagens, abriu a sua mentalidade e hoje assistimos a uma aproximação entre os opostos, para que estes venham a encontrar-se no ponto de síntese, onde todos acordaremos para a nossa genialidade. O espaço que a mulher começou a ocupar no mundo expandiu-se, embora tenha havido ganhos e perdas, como sempre existe em qualquer processo evolutivo. Para cada mulher que ocupa um lugar no mundo do trabalho, há um homem que encontra sentido a dedicar-se aos filhos, à família ou ao seu caminho pessoal e vice-versa. Os papéis estão cada vez menos definidos e isso representa uma mudança na trajetória da consciência humana. Pretendemos tornar-nos seres completos e não continuar a viver num mundo de dependências, desigualdades e desníveis. Estamos a caminhar para o nosso grande acordar, como humanidade e as mulheres podem ser e são pilares importantes, pois através delas, o Amor pode falar mais alto. Porém, os homens ocupam um lugar de grande força, pois à medida que se deixam ganhar pela energia feminina, descobrem a beleza que vive em si e podem ajudar a construir a harmonia integral da humanidade.
Apesar dos exageros que se têm registado na emancipação das mulheres, tanto da parte masculina, como na feminina, as lições têm sido aprendidas e estamos a amadurecer com as experiências, até encontrarmos o equilíbrio e a sabedoria. Muita da transformação que está a acontecer no planeta se deve à abertura das mulheres para mudar, adaptar, amar, aceitar, reinventar e ajustar a vida a novos parâmetros. Na verdade, todas as mulheres precisam de se consciencializar da sua sensibilidade para ajudar o mundo a mudar e a ver em si uma missão brilhante e luminosa. Graças à energia Yin que está mais aberta, mesmo nas mulheres, o mundo vai crescendo e expandindo, mesmo que seja feito à custa de grandes desafios e pesadelos …
Progredir: Que mensagem gostaria de transmitir aos leitores da Revista Progredir?
Isabel Ferreira: A mensagem que me parece mais relevante, neste momento em que estamos a viver os enormes desafios da conjuntura atual, centra-se na urgente mudança de mentalidades que está eminente e nas lições que estamos a aprender para reinventar novas formas de perceber a vida e de nos ligarmos à totalidade de tudo o que existe.
O que nos é pedido, em termos de evolução, é algo que, para nós, parece ser uma montanha intransponível. Mas não o é. Cada dia que vivemos traz-nos oportunidades incríveis de mudança, aceitando o que é, tal como é. A aceitação não significa concordância. Significa que podemos retirar do mundo a nossa perceção, os nossos julgamentos, as nossas queixas e dores e perceber que tudo o que vemos fora vive em nós, pois somos aquele que olha, pensa, vê e sente.
Na medida em que concordamos ou discordamos, empoderamos e reafirmamos o que existe. Lutar contra não resolve, antes pelo contrário, dá força. É preciso acedermos a um nível de consciência mais elevado, onde a neutralidade nos oferece uma saída inteligente e sábia. O mundo dualista reafirma-se pela constante reação a cada um dos seus lados. O mundo sábio, inteligente e unificado reafirma-se pela ausência de luta, esforço, sacrifício e medo.
Saber atingir esse nível de neutralidade precisa de ser uma prioridade na agenda de desenvolvimento pessoal de cada ser humano, pois quanto mais pessoas se soltarem da matriz dualista, mais rapidamente a humanidade retomará a sua vida numa consciência luminosa e livre.
Aceitar o que é, simplesmente porque é, sem julgamento, dá-nos um poder incalculável! Não ficamos vazios, antes pelo contrário, ficamos ricos de possibilidades para saltar fora dessa caixa dualista e limitada. A recompensa é fabulosa. Um Novo Mundo e uma Humanidade que pode, finalmente, conhecer o AMOR.
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