Grafologia
Muito se fala e se escreve atualmente sobre a grafologia ou psicologia da escrita. Duas denominações que tratam da mesma atividade. O aumento da divulgação deste tema responde, decerto, a um interesse e curiosidade do público, assim como a necessidade de o desmistificar.
De forma geral, podemos descrever a grafologia como sendo um instrumento de investigação e conhecimento da personalidade da pessoa pelo estudo da sua escrita. Com efeito, a análise sistemática dos gestos manuscritos inerentes a cada escrevente, permite identificar vários aspetos da personalidade do mesmo; desde as tendências emocionais, mentais e afetivas, passando pela sociabilidade e adaptabilidade, até às propensões e aptidões comunicativas, o tipo de relacionamento, a orientação espiritual e ai por diante. Sendo esta especialidade um meio rápido de conhecimento de uma pessoa, isso explica porquê, a grafologia é aplicada na área do recrutamento (avaliação de candidatos), na esfera da psicologia (método de reconhecimento psicoterapêutico e complemento de diagnóstico clínico), na psicologia educacional, vocacional e outros domínios. Cada área de aplicação pré-determina tanto o método analítico a adotar, como as informações procuradas e reveladas.
Mas quais são os fundamentos da grafologia? Esta interrogação leva-nos diretamente aos alicerces desta ciência. Lembramo-nos que o ato de escrever, que se torna uma atividade aparentemente automática, envolve uma quantidade de processos psicomotores com as suas interferências ao nível neurofisiológico, neuromuscular e psicológico. Foram anos de aprendizagem, condicionamentos, modelizações e identificações antes de adquirir uma escrita personalizada ou própria. Numa perspetiva histórica, as primeiras obras significativas apareceram no século XVI em Itália, o famoso tratado de Camilo Baldo, declarava que a forma de escrever uma missiva traduzia o carater do autor.
As pesquisas que assentaram os fundamentos científicos emergiram, essencialmente, no século passado, tanto em França, como na Alemanha, no Reino Unido, nos estados Unidos e outros países. A compilação dos resultados corroboraram o que no início pertencia mais a certas alegações vistas com sendo intuitivas e empíricas. As pesquisas e estudos controlados segundo determinados parâmetros psicológicos e neurofisiológicos, acabaram por validar as primícias científicas da grafologia (ainda que por certos contestadas). Depois de ter sido submetido aos critérios de validade, fiabilidade e reprodutibilidade, apoiando-se sobre distintos métodos de classificação e quantificação com cálculos corelacionados, os resultados permitiram estabelecer e reconhecer as bases científicas da grafologia.
Numa perspetiva psicológica, a grafologia é uma prova de projeção, o que significa, tecnicamente, que é possível identificar o carácter duma pessoa. A aceção da palavra carácter, refere-se aqui aos sinais que permitem distinguir o comportamento de um indivíduo, as suas atitudes, a sua maneira de ver, conceber e ser, de sentir, de agir, reagir e interagir. Ou seja, a sua emotividade (aspeto afetivo), o seu comportamento (aspeto comunicativo e sociorelacional) e de raciocinar (aspeto cognitivo-mental).
A análise grafológica é uma espécie de raio-x da pessoa, na medida em que pode identificar as tendências conscientes, subconscientes e
inconscientes da mesma. De facto, contrariamente a certas ideias preconcebidas e práticas mal concebidas, o trabalho de investigação do grafólogo, não se restringe a analisar a escrita com vista a proceder a uma descrição da personalidade.
Esse tipo de práticas oferece, certamente, uma descrição de si próprio e responde a uma curiosidade inicial, mas limitam-se a uma abordagem estática da personalidade com tendência a rotulação. O que não permite um autoconhecimento aprofundado, enriquecedor e propicio a um crescimento pessoal. Quando utilizado com uma ética apropriada, o estudo grafológico constitui uma ferramenta vantajosa para quem procura obter uma ideia sobre uma pessoa. É uma mais-valia para psicólogos, educadores/professores, gestores, juristas, comerciais e público em geral.
Em resumo, tanto o nível teórico como prático, o estudo grafológico possibilita uma descrição dos comportamentos, das predisposições emocionais, do grau de sinceridade e honestidade da pessoa, do tipo de relacionamento, e muitas outras informações que caraterizam a personalidade. É um excelente e relevante instrumento para conhecer a verdadeira personalidade do indivíduo.
De forma geral, podemos descrever a grafologia como sendo um instrumento de investigação e conhecimento da personalidade da pessoa pelo estudo da sua escrita. Com efeito, a análise sistemática dos gestos manuscritos inerentes a cada escrevente, permite identificar vários aspetos da personalidade do mesmo; desde as tendências emocionais, mentais e afetivas, passando pela sociabilidade e adaptabilidade, até às propensões e aptidões comunicativas, o tipo de relacionamento, a orientação espiritual e ai por diante. Sendo esta especialidade um meio rápido de conhecimento de uma pessoa, isso explica porquê, a grafologia é aplicada na área do recrutamento (avaliação de candidatos), na esfera da psicologia (método de reconhecimento psicoterapêutico e complemento de diagnóstico clínico), na psicologia educacional, vocacional e outros domínios. Cada área de aplicação pré-determina tanto o método analítico a adotar, como as informações procuradas e reveladas.
Mas quais são os fundamentos da grafologia? Esta interrogação leva-nos diretamente aos alicerces desta ciência. Lembramo-nos que o ato de escrever, que se torna uma atividade aparentemente automática, envolve uma quantidade de processos psicomotores com as suas interferências ao nível neurofisiológico, neuromuscular e psicológico. Foram anos de aprendizagem, condicionamentos, modelizações e identificações antes de adquirir uma escrita personalizada ou própria. Numa perspetiva histórica, as primeiras obras significativas apareceram no século XVI em Itália, o famoso tratado de Camilo Baldo, declarava que a forma de escrever uma missiva traduzia o carater do autor.
As pesquisas que assentaram os fundamentos científicos emergiram, essencialmente, no século passado, tanto em França, como na Alemanha, no Reino Unido, nos estados Unidos e outros países. A compilação dos resultados corroboraram o que no início pertencia mais a certas alegações vistas com sendo intuitivas e empíricas. As pesquisas e estudos controlados segundo determinados parâmetros psicológicos e neurofisiológicos, acabaram por validar as primícias científicas da grafologia (ainda que por certos contestadas). Depois de ter sido submetido aos critérios de validade, fiabilidade e reprodutibilidade, apoiando-se sobre distintos métodos de classificação e quantificação com cálculos corelacionados, os resultados permitiram estabelecer e reconhecer as bases científicas da grafologia.
Numa perspetiva psicológica, a grafologia é uma prova de projeção, o que significa, tecnicamente, que é possível identificar o carácter duma pessoa. A aceção da palavra carácter, refere-se aqui aos sinais que permitem distinguir o comportamento de um indivíduo, as suas atitudes, a sua maneira de ver, conceber e ser, de sentir, de agir, reagir e interagir. Ou seja, a sua emotividade (aspeto afetivo), o seu comportamento (aspeto comunicativo e sociorelacional) e de raciocinar (aspeto cognitivo-mental).
A análise grafológica é uma espécie de raio-x da pessoa, na medida em que pode identificar as tendências conscientes, subconscientes e
inconscientes da mesma. De facto, contrariamente a certas ideias preconcebidas e práticas mal concebidas, o trabalho de investigação do grafólogo, não se restringe a analisar a escrita com vista a proceder a uma descrição da personalidade.
Esse tipo de práticas oferece, certamente, uma descrição de si próprio e responde a uma curiosidade inicial, mas limitam-se a uma abordagem estática da personalidade com tendência a rotulação. O que não permite um autoconhecimento aprofundado, enriquecedor e propicio a um crescimento pessoal. Quando utilizado com uma ética apropriada, o estudo grafológico constitui uma ferramenta vantajosa para quem procura obter uma ideia sobre uma pessoa. É uma mais-valia para psicólogos, educadores/professores, gestores, juristas, comerciais e público em geral.
Em resumo, tanto o nível teórico como prático, o estudo grafológico possibilita uma descrição dos comportamentos, das predisposições emocionais, do grau de sinceridade e honestidade da pessoa, do tipo de relacionamento, e muitas outras informações que caraterizam a personalidade. É um excelente e relevante instrumento para conhecer a verdadeira personalidade do indivíduo.
LUÍS PHILIPPE JORGE
PSICOGRAFÓLOGO
PSICOTERAPEUTA
in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2013
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
PSICOGRAFÓLOGO
PSICOTERAPEUTA
in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2013
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