Entrevista a Fernando Mesquita,
" Deuses Caídos"

Fernando Mesquita, Psicólogo/Sexólogo Clínico e autor do livro “Deuses Caídos”, fala novamente aos leitores da Revista Progredir sobre a importância de relacionamentos
saudáveis e da coragem de se libertar de relações tóxicas.
Progredir: Fernando, para os leitores que não o conhecem, quatro palavras que a definem como pessoa?
Fernando Mesquita: Apaixonado pela vida, pelas pessoas, pelas relações, e pelo (auto)conhecimento!
Progredir: Se não fizesse o que faz, que outras áreas lhe suscitam interesse?
Fernando Mesquita: Sinceramente, adoro o que faço e, por isso, não é fácil responder a essa questão, mas seria algo relacionado com a saúde mental.
Progredir: Do que nos fala o seu Livro "Deuses Caídos"?
Fernando Mesquita: O livro foca-se no facto de no início das relações amorosas, na fase de paixão ou encantamento, as pessoas se preocuparem em dar o seu melhor para o/a novo/a parceiro/a. Além disso, também há uma tendência para se “endeusar” quem acabou de entrar na nossa vida! Ou seja, aos olhos de alguém que está apaixonado, o/a parceiro/a é visto/a como se alguém “perfeito/a” … sem nenhum defeito … (como se fosse um deus)!
Portanto, salvo raras excepções, na fase da paixão, tudo parece um mar de rosas; porém, passado algum tempo começam a surgir as diferenças, os defeitos e as incompatibilidades. E se estes “espinhos” fizerem parte da estrutura de personalidade do/a parceiro/a? E se esse deus, outrora adorado, não passa de um humano com (muitos) defeitos? É neste momento que cai o pano. O/A amado/a sai do pedestal imaginário e “desce à terra”.
Aquele deus, afinal, é feito de “carne e osso”, como qualquer um de nós! No livro “Deuses Caídos”, é possível aprender a identificar as tendências de comportamento das várias Personalidades Amorosas que, de amorosas, pouco ou nada têm! São, na sua maioria, comportamentos rígidos nas dinâmicas amorosas que, normalmente, não acabam bem.
Progredir: Qual a explicação para o facto de podermos ter tanta dificuldade em nos libertar de uma relação tóxica?
Fernando Mesquita: Na nossa vida conhecemos todo o tipo de pessoas. Algumas procuram amar e ser amadas, mas também há aquelas que querem amar mas não conseguem, que se tornam dependentes, que se acomodam às relações, que só procuram sexo, que são inseguras, ciumentas e desconfiadas, ou que apenas querem alguém que as sirva. Existem imensas pessoas que vivem em relações tóxicas. Algumas, apesar de se amarem não conseguem resolver os problemas que vão surgindo e permitem que isso contamine a relação, permitindo que se torne tóxica.
A possibilidade do/a leitor/a aprender a identificar alguns dos “deuses caídos”, apresentados neste livro, poderá ajudá-lo/a a conviver com as particularidades pessoais e/ou relacionais do/a parceiro/a e saber se quer (ou não) permanecer numa relação desse tipo
saudáveis e da coragem de se libertar de relações tóxicas.
Progredir: Fernando, para os leitores que não o conhecem, quatro palavras que a definem como pessoa?
Fernando Mesquita: Apaixonado pela vida, pelas pessoas, pelas relações, e pelo (auto)conhecimento!
Progredir: Se não fizesse o que faz, que outras áreas lhe suscitam interesse?
Fernando Mesquita: Sinceramente, adoro o que faço e, por isso, não é fácil responder a essa questão, mas seria algo relacionado com a saúde mental.
Progredir: Do que nos fala o seu Livro "Deuses Caídos"?
Fernando Mesquita: O livro foca-se no facto de no início das relações amorosas, na fase de paixão ou encantamento, as pessoas se preocuparem em dar o seu melhor para o/a novo/a parceiro/a. Além disso, também há uma tendência para se “endeusar” quem acabou de entrar na nossa vida! Ou seja, aos olhos de alguém que está apaixonado, o/a parceiro/a é visto/a como se alguém “perfeito/a” … sem nenhum defeito … (como se fosse um deus)!
Portanto, salvo raras excepções, na fase da paixão, tudo parece um mar de rosas; porém, passado algum tempo começam a surgir as diferenças, os defeitos e as incompatibilidades. E se estes “espinhos” fizerem parte da estrutura de personalidade do/a parceiro/a? E se esse deus, outrora adorado, não passa de um humano com (muitos) defeitos? É neste momento que cai o pano. O/A amado/a sai do pedestal imaginário e “desce à terra”.
Aquele deus, afinal, é feito de “carne e osso”, como qualquer um de nós! No livro “Deuses Caídos”, é possível aprender a identificar as tendências de comportamento das várias Personalidades Amorosas que, de amorosas, pouco ou nada têm! São, na sua maioria, comportamentos rígidos nas dinâmicas amorosas que, normalmente, não acabam bem.
Progredir: Qual a explicação para o facto de podermos ter tanta dificuldade em nos libertar de uma relação tóxica?
Fernando Mesquita: Na nossa vida conhecemos todo o tipo de pessoas. Algumas procuram amar e ser amadas, mas também há aquelas que querem amar mas não conseguem, que se tornam dependentes, que se acomodam às relações, que só procuram sexo, que são inseguras, ciumentas e desconfiadas, ou que apenas querem alguém que as sirva. Existem imensas pessoas que vivem em relações tóxicas. Algumas, apesar de se amarem não conseguem resolver os problemas que vão surgindo e permitem que isso contamine a relação, permitindo que se torne tóxica.
A possibilidade do/a leitor/a aprender a identificar alguns dos “deuses caídos”, apresentados neste livro, poderá ajudá-lo/a a conviver com as particularidades pessoais e/ou relacionais do/a parceiro/a e saber se quer (ou não) permanecer numa relação desse tipo

Progredir: Acredita que nos dias de hoje temos mais ferramentas para melhores relacionamentos?
Fernando Mesquita: Embora seja possível encontrar muita informação sobre relações amorosas, a verdade é que muitas pessoais ainda vivem/permanecem em relações tóxicas!
Por muito amor que se sinta por alguém, não se deve permanecer numa relação onde não existe respeito. Por mais penoso que seja o processo, é importante pormos um ponto final em histórias que não nos fazem bem!
Progredir: Na sua opinião qual o maior propósito de uma relação amorosa?
Fernando Mesquita: Os Parceiros Saudáveis no Amor sabem que existe um hiato entre o que gostariam de ter do/a parceiro/a e o que este/esta pode dar. Reconhecem que amar implica aceitarem-se, tal como são. Com os defeitos e virtudes de cada um. Por isso, não ficam amarrados ao que não conseguem ter. Pelo contrário, procuram aproveitar, ao máximo, o que cada um pode dar de melhor! No amor saudável, cada elemento do casal tem direito à sua individualidade e valorização pessoal. Ou seja não há necessidade de os parceiros se anularem mutuamente, por dependência, medo, ciúmes ou acomodação. Muitas relações amorosas tornam-se tóxicas porque os parceiros não se conhecem verdadeiramente. Tentam ser algo que não são, ou exigem que o outro seja aquilo que não é. Assim, vivem numa ilusão que os leva a permanecer como dois estranhos!
Porém, não devemos cair no erro de pensar que estes casais estão sempre a rir e felizes! Eles também passam por momentos difíceis. No entanto, veem as dificuldades como desafios e não como obstáculos inultrapassáveis. Não viram as costas às adversidades, pelo contrário, enfrentam-nas de frente em vez de ficarem presos às causas do sofrimento. Focam-se na resolução dos conflitos, e não em jogos de poder e psicológicos, para saber quem tem razão, ou quem manda em quem! No fundo, as pessoas com esta Personalidade Amorosa reconhecem que a felicidade corresponde a um saldo positivo entre as dificuldades e os prazeres da vida a dois.
Progredir: Uma mensagem para os nossos leitores?
Fernando Mesquita: De que vale permanecer apegado/a a alguém que lhe faz mal? Decida que merece estar numa relação com alguém que o/a ama e respeita, verdadeiramente! Aceite que merece ser AMADO/A!
Fernando Mesquita
www.fernandomesquita.net
Fernando Mesquita: Embora seja possível encontrar muita informação sobre relações amorosas, a verdade é que muitas pessoais ainda vivem/permanecem em relações tóxicas!
Por muito amor que se sinta por alguém, não se deve permanecer numa relação onde não existe respeito. Por mais penoso que seja o processo, é importante pormos um ponto final em histórias que não nos fazem bem!
Progredir: Na sua opinião qual o maior propósito de uma relação amorosa?
Fernando Mesquita: Os Parceiros Saudáveis no Amor sabem que existe um hiato entre o que gostariam de ter do/a parceiro/a e o que este/esta pode dar. Reconhecem que amar implica aceitarem-se, tal como são. Com os defeitos e virtudes de cada um. Por isso, não ficam amarrados ao que não conseguem ter. Pelo contrário, procuram aproveitar, ao máximo, o que cada um pode dar de melhor! No amor saudável, cada elemento do casal tem direito à sua individualidade e valorização pessoal. Ou seja não há necessidade de os parceiros se anularem mutuamente, por dependência, medo, ciúmes ou acomodação. Muitas relações amorosas tornam-se tóxicas porque os parceiros não se conhecem verdadeiramente. Tentam ser algo que não são, ou exigem que o outro seja aquilo que não é. Assim, vivem numa ilusão que os leva a permanecer como dois estranhos!
Porém, não devemos cair no erro de pensar que estes casais estão sempre a rir e felizes! Eles também passam por momentos difíceis. No entanto, veem as dificuldades como desafios e não como obstáculos inultrapassáveis. Não viram as costas às adversidades, pelo contrário, enfrentam-nas de frente em vez de ficarem presos às causas do sofrimento. Focam-se na resolução dos conflitos, e não em jogos de poder e psicológicos, para saber quem tem razão, ou quem manda em quem! No fundo, as pessoas com esta Personalidade Amorosa reconhecem que a felicidade corresponde a um saldo positivo entre as dificuldades e os prazeres da vida a dois.
Progredir: Uma mensagem para os nossos leitores?
Fernando Mesquita: De que vale permanecer apegado/a a alguém que lhe faz mal? Decida que merece estar numa relação com alguém que o/a ama e respeita, verdadeiramente! Aceite que merece ser AMADO/A!
Fernando Mesquita
www.fernandomesquita.net
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