É tolice dizer que gosto de ti?
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“Nunca nos questionamos sobre o significado da vida quando estamos apaixonados” (Bhagwan Shree Rajneesh).
Por vezes sinto que nos perdemos em jogos, em medos, recuos, avanços, indefinições… Vamos sofrendo de “amor” e ganhando uma capa de “realismo”, de descrença, perdendo a ilusão dos sonhos românticos… Talvez nos agarremos demasiado tempo a âncoras do passado, lutando contra a corrente, adiando a disponibilidade para prestarmos atenção ao que o presente nos oferece… a quem está aqui agora… Aninhamo-nos sobre nós mesmos, fechados para o mundo… e… quando percebemos que uma fresta de luz entra pela janela… neste quarto escuro… pensamos… Não me vou apaixonar… é mais seguro, não vou dizer o que sinto… vou parecer ridículo, não vou dizer que és linda, não vou dizer que gosto de ti… Que tal resgatarmos a inocência do sonho, da paixão, do viver intensamente, de algum exagero saudável, de dizer que és bonita, que gosto de ti, por muito estúpido ou tolo que possa parecer…? O outro pode não corresponder? Pode… e depois? O sentir ninguém te tira, está em ti, faz-te sentir vivo, com o coração cheio, embora por vezes pareça encolher com o verter de uma lágrima, mas não quererá dizer que és humano, que sentes, que vives, que te apaixonas… E se corresponde? Sorte essa que te condimenta a vida com música quando andas, te permite dançar a par, e falar a língua dos poetas… Somos seres de Amor, feitos para vivermos com paixão, estamos de visita, de passagem, “amanhã” não estaremos aqui… Que tal abrirmos as janelas de par em par… sairmos à rua, respirarmos a plenos pulmões sentindo o cheiro da natureza, vivermos, convivermos, prestando atenção, abrindo o coração e… se a paixão surgir… dizer sem medo… gosto de ti! :) Pedro Sciaccaluga Fernandes Mais artigos do mesmo Autor aqui |
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