Agricultores de fim de semana
As terras começam agora a ser cultivadas por jovens engenheiros, farmacêuticos, médicos, sapateiros, padeiros, desempregados e por quem quer mais que seja. O trabalho da terra passou a ser valorizado e honrado. A tradição já não é o que era e a ideia de que esse trabalho era apenas para homens antigos e sem estudos deixou de existir com a urgente necessidade de repensar valores e objetivos.
É cada vez mais comum, ouvir histórias de pessoas que largaram a vida agitada das cidades, para abraçarem uma nova vida, mais despojada de objetos e mais rica em vivência e partilha.
Numa Era onde se põe em causa antigos modelos de educação, casamento e carreira, novos valores nascem e com eles novos caminhos. Cansados de rotinas, obrigações e pressões, o ser humano começa a sentir necessidade de voltar à simplicidade da terra. Os alimentos de supermercado são vazios de sabor, cheiro e nutrientes. Vendidos como artigos e não como fator saúde, os mais baratos e perfeitos ao olho são geralmente os mais procurados pelas massas nas grande superfícies comerciais. A comida passou a ser substituída por suplementos alimentares e produtos maravilha que fazem milagres em poucos dias. Procura-se rapidez e poupança, que naturalmente mais tarde se traduz em doenças com nomes de medicamentos.
Dedicar tempo à leitura dos rótulos dos alimentos, pode tornar-se uma viagem alucinante e assustadora, o que lá se encontra é tudo menos comida. A grande maioria dos produtos alimentares, são impróprios para consumo e prejudiciais à saúde.
Cabe a cada um fazer essa descoberta e sentir o que é melhor para si.
Mas como em todas situações limite, surge o lado positivo. São cada vez mais as pessoas que tomam consciência de que são aquilo que comem e procuram por alternativas.
Em varandas, em vasos, em terrenos comunitários, em cooperativas, em pedaços de terra à beira da estrada, onde quer que haja vontade, nascem hortas com alimentos maioritariamente de produção biológica. Uma dessas formas de cultivo é através da Permacultura, um método holístico que traduzindo à letra, significa cultura permanente. Onde a médio prazo, as hortas tornam-se autossustentáveis, tornando o Homem mais livre e dono do tempo da sua vida.
Desde a semente ao prato, são já muitos os cursos onde se aprende a cultivar. Há um sítio particularmente especial em Colares, onde vestidos com simplicidade e despidos de títulos, homens e mulheres de todas as idades, aos fins de semana pegam na enxada e cultivam os seus próprios alimentos. Na Cooperativa Ecológica, “Quinta dos Sete Nomes”, as crianças brincam de forma livre e os adultos partilham conhecimentos e ideias. As gargalhadas e os abraços são a prata da casa e são também o elo que liga as pessoas que por ali passam e que acabam por ficar.
Do composto, ao minhocário, à recolha de sementes, à sementeira, à plantação e à apanha, tudo é feito por todos. Dar à terra uma pequena semente e semanas depois vê-la transformada num alimento é um processo mágico e transformador. Ver nascer comida da terra é uma fonte de inspiração e é perceber que tudo tem o seu tempo, o seu ciclo e que deve ser respeitado.
Há uma atmosfera característica neste tipo de espaços, pode ler-se na cara das pessoas o desejo de ser livre e autossuficiente. A imagem cuidada fica do lado de fora e andar de pés descalços e mãos sujas é, sinal de trabalho e relaxamento. As gravatas e as calças apertadas dão lugar às coisas simples e boas da vida.
Trabalhar a terra, dá trabalho, mas traz paz de espírito.
Já Hipócrates, pai da medicina, dizia há muitos anos antes de Cristo,
“Que o teu alimento seja o teu medicamento”.
É cada vez mais comum, ouvir histórias de pessoas que largaram a vida agitada das cidades, para abraçarem uma nova vida, mais despojada de objetos e mais rica em vivência e partilha.
Numa Era onde se põe em causa antigos modelos de educação, casamento e carreira, novos valores nascem e com eles novos caminhos. Cansados de rotinas, obrigações e pressões, o ser humano começa a sentir necessidade de voltar à simplicidade da terra. Os alimentos de supermercado são vazios de sabor, cheiro e nutrientes. Vendidos como artigos e não como fator saúde, os mais baratos e perfeitos ao olho são geralmente os mais procurados pelas massas nas grande superfícies comerciais. A comida passou a ser substituída por suplementos alimentares e produtos maravilha que fazem milagres em poucos dias. Procura-se rapidez e poupança, que naturalmente mais tarde se traduz em doenças com nomes de medicamentos.
Dedicar tempo à leitura dos rótulos dos alimentos, pode tornar-se uma viagem alucinante e assustadora, o que lá se encontra é tudo menos comida. A grande maioria dos produtos alimentares, são impróprios para consumo e prejudiciais à saúde.
Cabe a cada um fazer essa descoberta e sentir o que é melhor para si.
Mas como em todas situações limite, surge o lado positivo. São cada vez mais as pessoas que tomam consciência de que são aquilo que comem e procuram por alternativas.
Em varandas, em vasos, em terrenos comunitários, em cooperativas, em pedaços de terra à beira da estrada, onde quer que haja vontade, nascem hortas com alimentos maioritariamente de produção biológica. Uma dessas formas de cultivo é através da Permacultura, um método holístico que traduzindo à letra, significa cultura permanente. Onde a médio prazo, as hortas tornam-se autossustentáveis, tornando o Homem mais livre e dono do tempo da sua vida.
Desde a semente ao prato, são já muitos os cursos onde se aprende a cultivar. Há um sítio particularmente especial em Colares, onde vestidos com simplicidade e despidos de títulos, homens e mulheres de todas as idades, aos fins de semana pegam na enxada e cultivam os seus próprios alimentos. Na Cooperativa Ecológica, “Quinta dos Sete Nomes”, as crianças brincam de forma livre e os adultos partilham conhecimentos e ideias. As gargalhadas e os abraços são a prata da casa e são também o elo que liga as pessoas que por ali passam e que acabam por ficar.
Do composto, ao minhocário, à recolha de sementes, à sementeira, à plantação e à apanha, tudo é feito por todos. Dar à terra uma pequena semente e semanas depois vê-la transformada num alimento é um processo mágico e transformador. Ver nascer comida da terra é uma fonte de inspiração e é perceber que tudo tem o seu tempo, o seu ciclo e que deve ser respeitado.
Há uma atmosfera característica neste tipo de espaços, pode ler-se na cara das pessoas o desejo de ser livre e autossuficiente. A imagem cuidada fica do lado de fora e andar de pés descalços e mãos sujas é, sinal de trabalho e relaxamento. As gravatas e as calças apertadas dão lugar às coisas simples e boas da vida.
Trabalhar a terra, dá trabalho, mas traz paz de espírito.
Já Hipócrates, pai da medicina, dizia há muitos anos antes de Cristo,
“Que o teu alimento seja o teu medicamento”.