Descongelar o Coração e voltar a Amar... |
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Surge o “amor”! Borboletas
esvoaçam no estômago, a paixão percorre o nosso corpo e enche-o de vitalidade,
corremos para o telemóvel para ver se é Ele (ou ela), sorrimos com as mensagens
e com as suas palavras, o coração… esse… pula quente e contente.
À paixão e à história de “amor” segue-se a deceção, a desilusão, a dor, o sofrimento… “Morremos” de Amor, encaracolamo-nos na cama ou no chão em sofrimento, choramos… surge o sentimento de abandono, podemos até acreditar que valemos pouco. Acreditamos (crença) que o passado será igual ao futuro, que Amor gera dor e, com medo de voltarmos a sentir essa dor profunda, congelamos o coração. Podemos nem perceber que o congelámos, podemos até nem perceber que temos medos, pois esses podem ser profundos e inconscientes. Assim podemos iniciar relações que sabemos que não vão ter sucesso, pois dessa forma evitamos a nossa verdadeira entrega; ou podemos sabotar um relacionamento quando percebemos que poderá chegar a ser real e profundo, pois esse facto assusta-nos, e temos medo de sofrer, e mais vale sabotar agora que sofrer depois. Acreditamos que controlamos e que controlando não sofremos. Podemos até acreditar que estamos disponíveis e que procuramos alguém mas, esse alguém depois não aparece, as borboletas não surgem… O engraçado é que com este tipo de comportamento podemos evitar alguns sofrimentos, mas evitamos também as borboletas no estômago, os bons momentos, os sorrisos, a paixão… evitamos o Amor. Existirá assim espaço para um de dois sentimentos: O Medo ou o Amor. Vencendo aquele que escolhermos alimentar… Podemos escolher viver em Medo e manter o coração congelado. Ou podemos escolher agir com CORAGEM (Cor + Agem = Agir com o Coração, do Latim), Agir com o Coração e Viver em AMOR, livres da culpa do passado e do medo do futuro. Com medo e com o coração congelado parece que permanecemos numa busca de algo que não conseguimos encontrar. Tentamos prever e controlar mas continuamos a sentir-nos isolados, sós e mal-amados. Queremos afastar a dor e a frustração mas queremos manter o nosso sistema de crenças, baseado no passado, provocando a repetição de padrões e resultados. Acreditamos com frequência que os medos do passado serão os medos do futuro, vivendo grande parte do tempo preocupados com o passado ou com o futuro, e deixando pouco espaço para a alegria e o Amor no presente. Apesar de procurarmos o Amor parecemos incapazes de vivê-lo. Os medos carregados de culpa limitam a nossa capacidade de dar e de receber HOJE. Medo e Amor não podem ser vividos simultaneamente. No entanto se escolhermos alimentar mais, e de forma mais consistente, o Amor em vez do medo podemos alterar a natureza e qualidade das nossas relações. Querendo resultados diferentes urge a mudança do nosso sistema de crenças e, com Coragem, libertarmo-nos do passado, dissolvermos o medo das nossas mentes e descongelarmos o coração… Sairmos da zona de conforto… deixarmos surgir o inesperado… a paixão… as borboletas e… o Amor… Pedro Sciaccaluga Fernandes Mais artigos do mesmo Autor aqui |
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