Culpa! Culpa! Culpa! Ahhhhhhhhhhh! |
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Já te sentiste perseguido pelo “sentimento de culpa”? Esse sentimento provocado por pensamentos e sensações que te dizem que não agiste (ou não estás a agir) como devias, que não estiveste (ou não estás) à altura dos teus padrões morais ou das tuas crenças, ou que não foste como “deverias” ter sido?
Podemos, por exemplo, adiar o fim de uma relação por meses ou anos, pelo sentimento de culpa de que, se o fizermos, não estaremos a cumprir a “promessa” feita em determinado momento. Ou pelo sentimento de culpa que teremos, ao imaginarmos o outro em sofrimento, como consequência da nossa decisão. Podemos sentir culpa pelos pensamentos que temos, pelo que achamos que somos, não nos aceitando, oprimindo-nos… Podemos também sentir culpa quando traímos, quando somos traídos, por pensarmos hoje diferente de ontem, por pensarmos hoje o mesmo que ontem, por sermos gordos ou magros, etc., etc., etc… Será que esse “sentimento de culpa” nos é prejudicial? Será que é um ato de violência autoinflingida? Tenderia a responder que sim se tal sentimento nos castrar, se servir de desculpa para não seguirmos o nosso coração ou os nossos sonhos, se servir para nos vitimizarmos, se pesar em nós de tal forma que nos impede de sermos felizes. Por outro lado responderia que não se tal sentimento nos permitir ver para além de nós próprios, evitando ações levianas que possam prejudicar outros. Ou seja, a inexistência de consciência moral (e a ausência de algo parecido com “sentimento de culpa”) poderá fazer com que as nossas ações deixem de ter “filtro”, o que nos poderá prejudicar a nós e aos outros. Assim parece-me que será no “justo meio” que estará a virtude. Possuirmos, ao invés de um “sentimento de culpa”, um sentido de… responsabilidade. Sabermos que errar é humano e que, por isso, todos erramos. Termos capacidade de nos perdoarmos, de nos aceitarmos, de aceitarmos o nosso crescimento, sabendo integrar as aprendizagens de cada comportamento e agindo de forma cada vez mais consciente… com respeito por nós, pelos outros e pelo Todo… Pedro Sciaccaluga Fernandes Mais artigos do mesmo Autor aqui |
Foto por Pedro Capelas
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