Como SER a pessoa certa? (Num Relacionamento Espiritual ou Maduro…)
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Muitas vezes andamos preocupados em encontrar a pessoa certa. Fazemos tudo o que podemos para a encontrar. Muitas vezes até achamos que a encontramos mas, quando tal acontece, por um motivo ou por outro para elas somos… as pessoas erradas…
Como quebrar esta tendência? Como podemos SER a pessoa certa? Reconhecendo que existem vários tipos de relacionamento (que dependerão do estágio em que nos encontramos) falarei de como podemos ser a pessoa certa para encetar um relacionamento que designarei como espiritual (ou maduro). Neste tipo de relacionamento (espiritual) existirá uma harmonia entre emoção e razão (ou consciência) em oposição a: 1) Relacionamentos emocionais, que apesar de emocionalmente intensos são racionalmente destrutivos (seja por violência física, psicológica, ou por outro tipo de violência racionalmente intolerável) ou a 2) Relacionamentos racionais que são estruturalmente funcionais (podem até ser vistos como “perfeitos”) mas onde não existe emoção, nem criatividade, reinando a estagnação e monotonia. O relacionamento espiritual é vivenciado por duas pessoas que aceitam que estão em crescimento e em mudança (em oposição a pessoas com visão dogmática ou rígida). Duas pessoas que, cada uma através do seu próprio processo, encontraram a sua unicidade, foram ultrapassando inseguranças e dependências afetivas, sabem quem são e o que querem, o que gostam e necessitam, pessoas que se respeitam e respeitam os outros. Que sabem que são “perfeitamente” imperfeitas e aceitam a “perfeita” imperfeição dos outros… Como podemos SER essa pessoa certa? Trabalhando o nosso carácter e a nossa capacidade de Amar. Desenvolvendo uma estrutura afetiva adulta e maturidade emocional. Conhecendo-nos... Conhecendo quem somos na nossa essência, respeitando essa essência, ultrapassando dependências e o desejo de explorar os outros, trabalhando a objetividade. Cultivando e trabalhando valores como a responsabilidade, o respeito, a tolerância, a paciência, a disciplina, a concentração... Na prática podemos crescer, desenvolver e trabalhar o nosso caráter e a capacidade de amar através da meditação (aulas podem ser uma ajuda numa fase inicial), leituras, cursos de desenvolvimento pessoal, consultas (de psicologia, coaching, etc.), leitura do nosso mapa astral, aprendendo com as experiências que vamos tendo, (…), e aplicando na “vida real” os conhecimentos que formos adquirindo através dos diversos meios referidos… No fundo somos todos a “pessoa certa” resta-nos olhar para dentro, encontrá-la, aceitá-la e trazê-la cá para fora… o mundo precisa delas… Nota: Para mim faz pouco sentido falar de “certo” e “errado”, faz-me mais sentido falar de processos, caminhos e aprendizagens, no entanto utilizei os termos referidos para facilidade de percepção/assimilação. Pedro Sciaccaluga Fernandes Mais artigos do mesmo Autor aqui |
Foto por Tiago Sousa
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