Entrevista a Carolina Granja,
“Amor Próprio”
"Carolina Granja coach transformacional e mentora, especialista em Amor-próprio e Relacionamentos Amorosos, e também fundadora da comunidade digital «Mulheres como Eu, Mulheres como Nós», fala aos leitores da Revista Progredir, sobre o seu livro “Amor Próprio” e também sobre a sua missão, ajudar mulheres a assumir o seu poder pessoal, ensiná-las a cultivar o seu amor próprio e a atrair relacionamentos saudáveis e felizes."
Progredir: Para os leitores que não vos conhecem, quatro palavras que vos definem como pessoa?
Carolina: Sonhadora, lutadora, generosa, empática.
Progredir: Fale-nos um pouco do seu percurso?
Carolina: Até aos 5 anos, fui uma criança extremamente ativa, confiante, curiosa e alegre. Aos 5 anos, depois de algumas mudanças na estrutura familiar, com a entrada na escola primária, alterações a nível físico (sobretudo o ganho de peso e a queda dos dentes de leite) e bullying na escola de que fui vítima, especialmente entre os 5 e os 7 anos, a criança sorridente e feliz que até então fora foi dando lugar a uma menina insegura que passara a olhar para si mesma como um autêntico patinho feio. Recordo-me, inclusive, de a minha mãe relatar que, por mais de uma vez, se deparou comigo escondida debaixo da cama, e que quando me perguntava o que estava ali a fazer eu respondia que estava a esconder-me do espelho.
A falta de amor-próprio, autoestima e autoconfiança, que se tornou evidente nesta altura, acompanhou-me durante a minha infância, adolescência e início da idade adulta, ainda que manifestando-se de formas diferentes. A dedicação e rigor excessivos nos estudos, a necessidade de aprovação e validação por parte das pessoas que me rodeavam, a vergonha que sentia em relação à minha imagem, a procura incessante por uma relação que preenchesse o vazio que existia em mim e me fizesse sentir tudo aquilo que eu mais desejava: que era bonita, que era importante, que era aceite, que era amada, que pertencia e que estava segura ali.
Aos 17 anos, iniciei o meu percurso académico na Faculdade de Direito de Coimbra. Mais tarde, especializei-me em Direito Internacional e Relações Internacionais na Faculdade de Direito de Lisboa e exerci advocacia durante alguns anos.
Entre o último ano da licenciatura, em 2011, e o ano em que abandonei a minha carreira como advogada, em 2016, enfrentei uma depressão e um distúrbio alimentar que evidenciaram ainda mais o desprezo e desconsideração que sentira para comigo, para com o meu corpo, para com a minha vida durante tanto tempo.
Sentia-me quase sempre triste, frustrada e profundamente insatisfeita, mas não sabia o que fazer de diferente. Procurei respostas em novas casas, cidades, empregos, roupas, sapatos, amigos e relações, mas o vazio apenas se expandia a cada nova investida.
Então acabei por concentrar a minha atenção no meu corpo físico; de certa forma, acreditava que a alimentação e o exercício físico eram as únicas partes da minha vida que conseguia controlar e que dependiam apenas de mim.
No final de 2015, pouco antes de completar os 26 anos, a máscara caiu.
Um dia, depois de sair do escritório de advogados em que trabalhava, cheguei a casa e deixei-me simplesmente cair aos pés da minha cama. Chorei durante muito tempo, até não restar mais nada. Arranhei os meus braços magros e amarelados, sem consciência do que estava a fazer. E foi ali que, por fracções de segundo, que tive o meu primeiro pensamento suicida.
Este momento, o que senti, pensei e fiz a mim mesma foi o meu alerta. Sabia que dali para a frente o caminho não seria nunca promissor e que tinha de pedir ajuda o mais rapidamente possível.
Foi nesse dia que decidi mudar o rumo da minha história.
Procurei ajuda profissional, abandonei a carreira na advocacia, investi em novos interesses, livros, formações e cursos que me ajudassem a superar aquela fase menos boa e a encontrar o meu caminho. Conheci pessoas maravilhosas que me apoiaram, incentivaram e acreditaram em mim.
Fiz as pazes com a comida, com o espelho, com as partes do meu corpo de que não gostava, com as pessoas que me magoaram, com as circunstâncias e acontecimentos que não eram como eu desejava. Fiz e vou fazendo, todos os dias; porque aprendi que gostar de mim e ser feliz é uma escolha e que eu tenho o direito, o poder e a responsabilidade de cuidar de mim, todos os dias, da melhor forma que sei e posso a cada momento.
Neste meu processo, mergulhei profundamente nas áreas do Desenvolvimento Pessoal, Amor-próprio e Relacionamentos Amorosos. Num primeiro momento por necessidade, por compreender o quão importante era investir no meu autoconhecimento, curar a minha relação comigo mesma e por consequência a forma como vivia os meus relacionamentos, sobretudo amorosos. E conforme fui seguindo por este caminho, e partilhando as minhas experiências e descobertas na minha página de Instagram, que criara entretanto, percebi que não era a única a passar por estes desafios e que queria colocar-me ao serviço de outras mulheres, guiando-as nos seus próprios processos de cura e transformação pessoal.
Assim, em 2018, enquanto mantinha o meu emprego no departamento financeiro de uma empresa em Inglaterra, para onde emigrara, concluí a minha formação em Coaching Transformacional e Eneagrama e lancei o meu negócio como Coach Transformacional e Mentora, a que me dedico em exclusivo desde Janeiro de 2019.
Transformei as minhas feridas em mais do que um emprego, naquela que hoje é a minha missão: ajudar outras mulheres a assumir o seu poder pessoal, cultivar o seu amor-próprio e atrair relacionamentos saudáveis e felizes. Aprofundei os meus conhecimentos nas áreas do amor-próprio, relacionamentos amorosos, sagrado feminino e sexualidade consciente, e desde então tenho transbordado as minhas vivências e ferramentas que venho adquirindo nas minhas formações, cursos, workshops e retiros para o meu trabalho com outras mulheres.
Foi, e está a ser, a caminhada mais bonita e reveladora que alguma vez imaginei viver. Foi ela que me ensinou que este corpo que eu repudiava é a casa que abriga, protege e mantém vivo o meu espírito, a minha essência, a minha capacidade de amar e esperança inabalável. Foi ela que me mostrou que não há nem nunca houve nada de errado com nenhuma parte de mim, e que quando eu aceito quem sou o Mundo à minha volta passa a aceitar-me também. Foi ela que me trouxe de volta a mim, e me traz de volta sempre que perco o meu Norte.
Hoje estou aqui, não como um ser iluminado e perfeito sem questões por resolver, mas como uma mulher real em constante crescimento, orgulhosa do meu percurso, em paz comigo, confiante em quem sou, no que tenho para dar, no que quero e mereço receber. E feliz, acima de tudo feliz, porque sei que aconteça o que acontecer estarei sempre aqui, a torcer e a zelar por mim.
Progredir: Qual a sua maior paixão?
Carolina: O meu trabalho, sem dúvida. Mesmo nos dias em que me sinto menos motivada (e que fazem parte, mesmo que adoremos o nosso trabalho), sentir que faço a diferença na vida de milhares de mulheres, e que os meus conhecimentos, experiências e partilhas as inspiram e dão coragem para não desistirem de si mesmas, dá-me força e uma vontade enorme de fazer cada vez mais e melhor. Não considero que o meu sucesso enquanto Coach e Mentora seja sorte, porque exigiu e exige muito foco, dedicação e investimento mental, emocional e financeiro, mas todos os dias agradeço por ter iniciado este caminho e por ter uma profissão que me apaixona e preenche tanto.
Progredir: Como surge o livro "Amor Próprio "?
Carolina: Curiosamente, o convite para escrever o meu primeiro livro, “Amor Próprio”, surgiu numa altura da minha vida em que estava a sentir, na minha própria pele e mais intensamente que nunca, a diferença que um amor-próprio forte, estruturado e coeso pode fazer nas nossas vidas.
Estava a viver um momento de grandes mudanças e transformações na minha vida pessoal, nomeadamente o fim doloroso de uma relação amorosa tóxica, e no momento em que li o e-mail da Marta Miranda, directora editorial da Manuscrito, convidando-me para escrever um livro sobre amor-próprio, pensei que era, de facto, mágico poder partilhar com outras mulheres as minhas experiências, bem como os conhecimentos, exercícios e ferramentas que mais me apoiaram na minha jornada de amor-próprio precisamente quando estava a colher, como nunca antes, os frutos dessa viagem.
Progredir: Para os leitores que não vos conhecem, quatro palavras que vos definem como pessoa?
Carolina: Sonhadora, lutadora, generosa, empática.
Progredir: Fale-nos um pouco do seu percurso?
Carolina: Até aos 5 anos, fui uma criança extremamente ativa, confiante, curiosa e alegre. Aos 5 anos, depois de algumas mudanças na estrutura familiar, com a entrada na escola primária, alterações a nível físico (sobretudo o ganho de peso e a queda dos dentes de leite) e bullying na escola de que fui vítima, especialmente entre os 5 e os 7 anos, a criança sorridente e feliz que até então fora foi dando lugar a uma menina insegura que passara a olhar para si mesma como um autêntico patinho feio. Recordo-me, inclusive, de a minha mãe relatar que, por mais de uma vez, se deparou comigo escondida debaixo da cama, e que quando me perguntava o que estava ali a fazer eu respondia que estava a esconder-me do espelho.
A falta de amor-próprio, autoestima e autoconfiança, que se tornou evidente nesta altura, acompanhou-me durante a minha infância, adolescência e início da idade adulta, ainda que manifestando-se de formas diferentes. A dedicação e rigor excessivos nos estudos, a necessidade de aprovação e validação por parte das pessoas que me rodeavam, a vergonha que sentia em relação à minha imagem, a procura incessante por uma relação que preenchesse o vazio que existia em mim e me fizesse sentir tudo aquilo que eu mais desejava: que era bonita, que era importante, que era aceite, que era amada, que pertencia e que estava segura ali.
Aos 17 anos, iniciei o meu percurso académico na Faculdade de Direito de Coimbra. Mais tarde, especializei-me em Direito Internacional e Relações Internacionais na Faculdade de Direito de Lisboa e exerci advocacia durante alguns anos.
Entre o último ano da licenciatura, em 2011, e o ano em que abandonei a minha carreira como advogada, em 2016, enfrentei uma depressão e um distúrbio alimentar que evidenciaram ainda mais o desprezo e desconsideração que sentira para comigo, para com o meu corpo, para com a minha vida durante tanto tempo.
Sentia-me quase sempre triste, frustrada e profundamente insatisfeita, mas não sabia o que fazer de diferente. Procurei respostas em novas casas, cidades, empregos, roupas, sapatos, amigos e relações, mas o vazio apenas se expandia a cada nova investida.
Então acabei por concentrar a minha atenção no meu corpo físico; de certa forma, acreditava que a alimentação e o exercício físico eram as únicas partes da minha vida que conseguia controlar e que dependiam apenas de mim.
No final de 2015, pouco antes de completar os 26 anos, a máscara caiu.
Um dia, depois de sair do escritório de advogados em que trabalhava, cheguei a casa e deixei-me simplesmente cair aos pés da minha cama. Chorei durante muito tempo, até não restar mais nada. Arranhei os meus braços magros e amarelados, sem consciência do que estava a fazer. E foi ali que, por fracções de segundo, que tive o meu primeiro pensamento suicida.
Este momento, o que senti, pensei e fiz a mim mesma foi o meu alerta. Sabia que dali para a frente o caminho não seria nunca promissor e que tinha de pedir ajuda o mais rapidamente possível.
Foi nesse dia que decidi mudar o rumo da minha história.
Procurei ajuda profissional, abandonei a carreira na advocacia, investi em novos interesses, livros, formações e cursos que me ajudassem a superar aquela fase menos boa e a encontrar o meu caminho. Conheci pessoas maravilhosas que me apoiaram, incentivaram e acreditaram em mim.
Fiz as pazes com a comida, com o espelho, com as partes do meu corpo de que não gostava, com as pessoas que me magoaram, com as circunstâncias e acontecimentos que não eram como eu desejava. Fiz e vou fazendo, todos os dias; porque aprendi que gostar de mim e ser feliz é uma escolha e que eu tenho o direito, o poder e a responsabilidade de cuidar de mim, todos os dias, da melhor forma que sei e posso a cada momento.
Neste meu processo, mergulhei profundamente nas áreas do Desenvolvimento Pessoal, Amor-próprio e Relacionamentos Amorosos. Num primeiro momento por necessidade, por compreender o quão importante era investir no meu autoconhecimento, curar a minha relação comigo mesma e por consequência a forma como vivia os meus relacionamentos, sobretudo amorosos. E conforme fui seguindo por este caminho, e partilhando as minhas experiências e descobertas na minha página de Instagram, que criara entretanto, percebi que não era a única a passar por estes desafios e que queria colocar-me ao serviço de outras mulheres, guiando-as nos seus próprios processos de cura e transformação pessoal.
Assim, em 2018, enquanto mantinha o meu emprego no departamento financeiro de uma empresa em Inglaterra, para onde emigrara, concluí a minha formação em Coaching Transformacional e Eneagrama e lancei o meu negócio como Coach Transformacional e Mentora, a que me dedico em exclusivo desde Janeiro de 2019.
Transformei as minhas feridas em mais do que um emprego, naquela que hoje é a minha missão: ajudar outras mulheres a assumir o seu poder pessoal, cultivar o seu amor-próprio e atrair relacionamentos saudáveis e felizes. Aprofundei os meus conhecimentos nas áreas do amor-próprio, relacionamentos amorosos, sagrado feminino e sexualidade consciente, e desde então tenho transbordado as minhas vivências e ferramentas que venho adquirindo nas minhas formações, cursos, workshops e retiros para o meu trabalho com outras mulheres.
Foi, e está a ser, a caminhada mais bonita e reveladora que alguma vez imaginei viver. Foi ela que me ensinou que este corpo que eu repudiava é a casa que abriga, protege e mantém vivo o meu espírito, a minha essência, a minha capacidade de amar e esperança inabalável. Foi ela que me mostrou que não há nem nunca houve nada de errado com nenhuma parte de mim, e que quando eu aceito quem sou o Mundo à minha volta passa a aceitar-me também. Foi ela que me trouxe de volta a mim, e me traz de volta sempre que perco o meu Norte.
Hoje estou aqui, não como um ser iluminado e perfeito sem questões por resolver, mas como uma mulher real em constante crescimento, orgulhosa do meu percurso, em paz comigo, confiante em quem sou, no que tenho para dar, no que quero e mereço receber. E feliz, acima de tudo feliz, porque sei que aconteça o que acontecer estarei sempre aqui, a torcer e a zelar por mim.
Progredir: Qual a sua maior paixão?
Carolina: O meu trabalho, sem dúvida. Mesmo nos dias em que me sinto menos motivada (e que fazem parte, mesmo que adoremos o nosso trabalho), sentir que faço a diferença na vida de milhares de mulheres, e que os meus conhecimentos, experiências e partilhas as inspiram e dão coragem para não desistirem de si mesmas, dá-me força e uma vontade enorme de fazer cada vez mais e melhor. Não considero que o meu sucesso enquanto Coach e Mentora seja sorte, porque exigiu e exige muito foco, dedicação e investimento mental, emocional e financeiro, mas todos os dias agradeço por ter iniciado este caminho e por ter uma profissão que me apaixona e preenche tanto.
Progredir: Como surge o livro "Amor Próprio "?
Carolina: Curiosamente, o convite para escrever o meu primeiro livro, “Amor Próprio”, surgiu numa altura da minha vida em que estava a sentir, na minha própria pele e mais intensamente que nunca, a diferença que um amor-próprio forte, estruturado e coeso pode fazer nas nossas vidas.
Estava a viver um momento de grandes mudanças e transformações na minha vida pessoal, nomeadamente o fim doloroso de uma relação amorosa tóxica, e no momento em que li o e-mail da Marta Miranda, directora editorial da Manuscrito, convidando-me para escrever um livro sobre amor-próprio, pensei que era, de facto, mágico poder partilhar com outras mulheres as minhas experiências, bem como os conhecimentos, exercícios e ferramentas que mais me apoiaram na minha jornada de amor-próprio precisamente quando estava a colher, como nunca antes, os frutos dessa viagem.
Progredir: O que podem esperar os leitores depois de lerem o livro?
Carolina: A cada palavra, linha e parágrafo, a minha intenção foi levar colo, apoio e amor, sobretudo amor, a mulheres que se sintam perdidas e inseguras de si mesmas; o mesmo colo, apoio e amor que, ao longo do meu percurso, tanto precisei e nem sempre tive.
Neste livro partilho histórias reais de superação, exercícios e ferramentas preciosas que me apoiaram e apoiam no meu processo de cura e transformação pessoal, e que hoje ensino e coloco em prática com as mulheres que ajudo enquanto Coach e Mentora. Este livro guiará as leitoras nas suas próprias jornadas de amor-próprio e permitir-lhes-á: desenvolver a sua autoestima e autoconfiança; conhecer, aceitar e amar quem verdadeiramente são; identificar os seus valores de vida e crenças; criar uma rotina de autocuidado perfeita para elas; conectar-se com a sua criança interior e ser mais gentis consigo mesmas; investir no seu desenvolvimento pessoal e construir a vida dos seus sonhos; aceitar e amar o seu corpo, tal como é; descobrir o seu propósito de vida; curar os seus relacionamentos amorosos, de dentro para fora.
Progredir: O amor próprio é o ingrediente secreto para sermos felizes?
Carolina: Eu acredito que sim. Que quando aceitamos, respeitamos e cuidamos de quem somos, não só nos dias bons, mas também (e sobretudo) nos dias menos bons; quando nos permitimos a viver em alinhamento com a nossa verdade; quando compreendemos (mais com que o coração do que com a razão) que somos, sempre seremos, o maior e mais bonito amor das nossas vidas; a vida se desenrola da forma certa e leva-nos aos sítios perfeitos para nós (ainda que diferentes daqueles que um dia idealizámos).
Progredir: O próximo tema da Revista Progredir é sobre "Empreender", considera-se empreendedora?
Carolina: Considero-me uma sonhadora e uma lutadora nata. E o desejo enorme de fazer chegar a minha mensagem a cada vez mais mulheres tornou-me numa empreendora. Lancei o meu negócio há pouco mais de dois anos, sem saber bem no que estava a meter-me, mas com muita fé de que o amor que depositara nele se encarregaria do resto. Hoje, é um negócio de sucesso que não pára de crescer. Acredito muito nele e que é apenas o início de algo muito bonito que mudará para melhor a vida de milhares de mulheres.
Progredir: Uma mensagem para os nossos leitores?
Carolina: Nunca é tarde para escolhermos ser felizes. Escutem o vosso coração, confiem que já são tudo aquilo que precisam de ser (e que isso chega), e que o amor, sobretudo o amor-próprio, vos guiará sempre na direcção certa para vocês.
Carolina Granja
www.carolinagranja.com
Carolina: A cada palavra, linha e parágrafo, a minha intenção foi levar colo, apoio e amor, sobretudo amor, a mulheres que se sintam perdidas e inseguras de si mesmas; o mesmo colo, apoio e amor que, ao longo do meu percurso, tanto precisei e nem sempre tive.
Neste livro partilho histórias reais de superação, exercícios e ferramentas preciosas que me apoiaram e apoiam no meu processo de cura e transformação pessoal, e que hoje ensino e coloco em prática com as mulheres que ajudo enquanto Coach e Mentora. Este livro guiará as leitoras nas suas próprias jornadas de amor-próprio e permitir-lhes-á: desenvolver a sua autoestima e autoconfiança; conhecer, aceitar e amar quem verdadeiramente são; identificar os seus valores de vida e crenças; criar uma rotina de autocuidado perfeita para elas; conectar-se com a sua criança interior e ser mais gentis consigo mesmas; investir no seu desenvolvimento pessoal e construir a vida dos seus sonhos; aceitar e amar o seu corpo, tal como é; descobrir o seu propósito de vida; curar os seus relacionamentos amorosos, de dentro para fora.
Progredir: O amor próprio é o ingrediente secreto para sermos felizes?
Carolina: Eu acredito que sim. Que quando aceitamos, respeitamos e cuidamos de quem somos, não só nos dias bons, mas também (e sobretudo) nos dias menos bons; quando nos permitimos a viver em alinhamento com a nossa verdade; quando compreendemos (mais com que o coração do que com a razão) que somos, sempre seremos, o maior e mais bonito amor das nossas vidas; a vida se desenrola da forma certa e leva-nos aos sítios perfeitos para nós (ainda que diferentes daqueles que um dia idealizámos).
Progredir: O próximo tema da Revista Progredir é sobre "Empreender", considera-se empreendedora?
Carolina: Considero-me uma sonhadora e uma lutadora nata. E o desejo enorme de fazer chegar a minha mensagem a cada vez mais mulheres tornou-me numa empreendora. Lancei o meu negócio há pouco mais de dois anos, sem saber bem no que estava a meter-me, mas com muita fé de que o amor que depositara nele se encarregaria do resto. Hoje, é um negócio de sucesso que não pára de crescer. Acredito muito nele e que é apenas o início de algo muito bonito que mudará para melhor a vida de milhares de mulheres.
Progredir: Uma mensagem para os nossos leitores?
Carolina: Nunca é tarde para escolhermos ser felizes. Escutem o vosso coração, confiem que já são tudo aquilo que precisam de ser (e que isso chega), e que o amor, sobretudo o amor-próprio, vos guiará sempre na direcção certa para vocês.
Carolina Granja
www.carolinagranja.com
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