Entrevista a Carla Shakti
“Viagens Espirituais”
Carla Shakti começou aos 16 anos a viajar e já conta com mais de 75 países por onde passou. Encontrou nas viagens uma busca espiritual e o reencontro consigo mesma. Fala aos leitores da Revista Progredir sobre o seu percurso e como aliou as viagens e a espiritualidade na sua vida.
Progredir: Para os leitores que não a conhecem, quatro palavras que o definem como pessoa?
Carla Shakti: Sensível, resiliente, curadora e intuitiva.
Progredir: Fale-nos um pouco do seu percurso?
Carla Shakti: Academicamente sou Farmacêutica, tirei o Mestrado em Ciências Farmacêuticas na Faculdade Clássica em Lisboa, de onde sou natural, e mais tarde tirei uma Pós-Graduação em Yoga, Dharma do Buda e Sânscrito na Universidade Lusófona, e foi pela altura que comecei a trabalhar em farmácia, em 2007, que me comecei a dedicar mais às outras medicinas, as chamadas alternativas ou holísticas. Comecei com o Reiki nesse ano, por motivos de saúde, questões essas que resolvi apenas com recurso a essa terapia, e comecei a praticar meditação também e a fazer formação nesta área. Foi também neste ano que fiz o nível I de Reiki, e há vários anos que tenho o grau de Mestre.
Mais tarde, em 2009 dediquei-me à prática de Yoga e ao estudo desta ciência/terapia bem como ao estudo da filosofia e psicologia do Oriente. Poucos anos mais tarde formei-me como Professora de Yoga e Terapeuta Corporal de Ayurveda (Medicina Indiana). Tenho feito também algumas formações em Coaching e PNL desde 2008, tendo este ano renovado a minha certificação Internacional em Coaching de Alta Performance e em 2013 fiz também o Curso do Método Louise Hay e tenho estado há década e meia em formação contínua para poder entregar um serviço de excelência às pessoas que me procuram e precisam da minha ajuda.
Progredir: Qual a sua maior paixão?
Carla Shakti: Bom, é difícil escolher só uma, dado que sou uma pessoa altamente apaixonada pela Vida e pelas Pessoas e também por ajudar pessoas!
Acho que vou ter de escolher duas paixões, Yoga e Viagens.
E é exatamente por isso que resolvi juntar estas duas paixões e criar o melhor dos dois mundos: organizar Viagens Espirituais com Yoga e Meditação.
Progredir: Para os leitores que não a conhecem, quatro palavras que o definem como pessoa?
Carla Shakti: Sensível, resiliente, curadora e intuitiva.
Progredir: Fale-nos um pouco do seu percurso?
Carla Shakti: Academicamente sou Farmacêutica, tirei o Mestrado em Ciências Farmacêuticas na Faculdade Clássica em Lisboa, de onde sou natural, e mais tarde tirei uma Pós-Graduação em Yoga, Dharma do Buda e Sânscrito na Universidade Lusófona, e foi pela altura que comecei a trabalhar em farmácia, em 2007, que me comecei a dedicar mais às outras medicinas, as chamadas alternativas ou holísticas. Comecei com o Reiki nesse ano, por motivos de saúde, questões essas que resolvi apenas com recurso a essa terapia, e comecei a praticar meditação também e a fazer formação nesta área. Foi também neste ano que fiz o nível I de Reiki, e há vários anos que tenho o grau de Mestre.
Mais tarde, em 2009 dediquei-me à prática de Yoga e ao estudo desta ciência/terapia bem como ao estudo da filosofia e psicologia do Oriente. Poucos anos mais tarde formei-me como Professora de Yoga e Terapeuta Corporal de Ayurveda (Medicina Indiana). Tenho feito também algumas formações em Coaching e PNL desde 2008, tendo este ano renovado a minha certificação Internacional em Coaching de Alta Performance e em 2013 fiz também o Curso do Método Louise Hay e tenho estado há década e meia em formação contínua para poder entregar um serviço de excelência às pessoas que me procuram e precisam da minha ajuda.
Progredir: Qual a sua maior paixão?
Carla Shakti: Bom, é difícil escolher só uma, dado que sou uma pessoa altamente apaixonada pela Vida e pelas Pessoas e também por ajudar pessoas!
Acho que vou ter de escolher duas paixões, Yoga e Viagens.
E é exatamente por isso que resolvi juntar estas duas paixões e criar o melhor dos dois mundos: organizar Viagens Espirituais com Yoga e Meditação.
Progredir: No seu percurso como surgem as viagens à Índia?
Carla Shakti: Houve uma altura da minha vida em que tinha tudo, mesmo tudo: uma relação maravilhosa e super apaixonada, com o meu companheiro, um trabalho altamente reconhecido pelos utentes e entidade patronal, e muito bem pago, todos os bens e conforto, afinal, tinha a vida que tinha escolhido para mim, no entanto, sentia que me faltava algo, sentia um vazio existencial. O meu Espírito, a minha Alma dizia-me que a Vida era muito mais do que “só aquilo”, que eu nasci para mais, e que precisava ajudar as pessoas ainda mais profundamente e de uma forma altamente transformadora e duradoura. Então desisti de tudo, da profissão, da relação, da cidade, do país e resolvi tirar um ano sabático para viajar pelo Mundo e reencontrar-me e aí, claramente que tinha de ir conhecer a Índia, um destino cuja cultura sempre me atraiu pelo imenso poder transformador do Yoga e do Ayurveda! E assim foi, peguei em mim e comecei por ir à Índia, cerca de 6 semanas só com uma mochila às costas (o que prova que não precisamos de quase nada para ser felizes!) e lá parti à aventura, numa viagem exterior, para o outro lado do Mundo, que me trouxe uma GIGANTE viagem interior. Eu vim uma outra versão de mim mesma, muito melhorada! E ainda agora, passada mais de uma década, de cada vez que lá vou, venho sempre com a melhor versão de mim mesma!
Então senti claramente, com todo o meu coração, que o que eu lá experienciei tinha de ser partilhado com o mundo. Na altura fui publicando diariamente as aventuras na minha página pessoal do Facebook e os comentários foram tão impactantes (eu senti que aquelas pessoas estavam a viver o seu sonho através de mim, foi aliás o que algumas me disseram) que eu senti que isto tinha de ser partilhado com toda a gente, não podia ser egoísta e guardar algo tão maravilhoso só para mim!
E assim surgiu a minha ideia (divinamente guiada) de organizar estas viagens, com alto cariz de desenvolvimento pessoal e espiritual, que, entretanto, se estenderam a outros países que também me transformaram, como o Tibete, o Butão, o Nepal e em breve o Sri Lanka, a Tailândia e o Perú.
Além de que as viagens por mim organizadas têm também carácter social, pois eu sempre, desde pequenina que, me sinto feliz a ajudar os outros.
Este ano, na viagem à Índia, ajudámos uma associação de resgate e tratamento de Animais de Rua e uma associação de vítimas de ataques de ácido e onde a nossa contribuição ajudou a que estas mulheres, que quando mais precisam são expulsas da família e excomungadas da sociedade, possam ter um porto seguro, e a reaprenderem a amar-se, a recuperar a autoestima, pois ficam transfiguradas, e também a empoderarem-se, aprendendo novas profissões para poderem ser independentes!
Eu sou super feliz por poder(mos) contribuir para isso!
Progredir: Quais as maiores transformações que observa nos participantes que acompanham nessas viagens?
Carla Shakti: Bom é difícil responder, uma vez que já experienciei grandes e diversas transformações, mas posso referir que já tive nas viagens quem estivesse com depressão, após uma tentativa de suicídio, e que no primeiro dia estava visivelmente em sofrimento e que no final da viagem era uma pessoa completamente diferente, totalmente renascida, qual Fénix From The Flames. Outros que se tinham divorciado e não estavam a lidar bem com a situação e lá tomaram decisões que ao regressar lhes transformaram a vida. Outros que estavam infelizes com o seu trabalho e ao regressar decidiram tornar-se professores de Yoga, outros criaram o seu próprio projeto que andavam a procrastinar e que era o seu sonho adiado. Outros com doenças crónicas como fibromialgia e esclerose múltipla que afirmam, com admiração, que lá não tiveram sintomas nem as dores que aqui têm, nem lhes custava a levantar às 4h30 da manhã (sim, porque há sempre um dia ou dois que assistimos ao nascer do sol ).
No geral a Índia transforma-nos, faz-nos sair da nossa zona de conforto, faz-nos tomar decisões (é certo que a energia que lá se sente e se vive dá um bom empurrãozinho), e faz-nos valorizar a vida que temos, por isso se diz por aí que, em relação à Índia, ou ama-se ou odeia-se, porque há pessoas que preferem continuar na mesma, na zona de conforto, na mediocridade, a lamentarem-se e preferem não abraçar a transformação e ser a melhor versão de si mesmos e tomar as rédeas da sua própria vida.
A Índia a mim, e pelo que vejo na maioria dos participantes, torna-nos pessoas melhores, mais sábias, sobretudo mais gratas, pelo MUITO que temos, pela liberdade que temos, sobretudo nós, enquanto mulheres, que lá ainda têm muito pouca liberdade de escolha, embora agora as coisas comecem a mudar, felizmente.
É difícil não sair transformado duma viagem à Índia, onde temos a oportunidade de conhecer e contactar com um povo genuíno e curioso, de sorriso gigante e olhar profundo e que tão bem nos recebe, a oportunidade de praticar Yoga e meditação em lugares místicos, a oportunidade de aprender preciosos ensinamentos diários, valorizando, sempre com gratidão no coração, tudo o que o Universo nos permite experienciar, a oportunidade de praticar a gratidão e o desapego, a oportunidade de conviver com as povoações locais e seguir as suas tradições e costumes, a oportunidade de visitar vários locais que são Património da Humanidade (UNESCO), a oportunidade de nos sentirmos profundamente conectados connosco mesmos e com os outros, e a oportunidade de regressar a casa mais motivados e com a inspiração, o foco, a coragem e a determinação necessários para implementar as mudanças que temos vindo a procrastinar e que nos proporcionarão uma vida mais plena, saudável e feliz e permitirão continuarmos a cumprir o nosso dharma e não o dos outros.
No fundo é aprendermos e apreendermos tudo o que a Índia tem para nos oferecer: a sua poderosa mensagem de Espiritualidade, o grande ensinamento de viver no Presente, no “Aqui e Agora”, que é de facto o único momento que é Real, onde não estamos a viver em ilusão (ou, como os indianos dizem, em Maya – palavra em sânscrito para ilusão), o foco na respiração e o lembrar de que Somos Todos UM. Somos uma só família Universal.
Progredir: O próximo tema da Revista Progredir é sobre "Fama", na sua visão existe diferença entre sucesso e fama?
Sim, para mim sucesso e fama são diferentes embora acabem por se tocar.
Carla Shakti: Para mim ser bem-sucedida é atingir as minhas metas, os objetivos a que me proponho. Ter sucesso ou ser bem-sucedida é ter resultados com os meus alunos de Yoga e meditação, com os meus pacientes de Reiki e com os meus pacientes das consultas e massagens de Medicina Indiana, o Ayurveda. É resolver o seu problema.
Se eles tiverem bons resultados, se o trabalho que desenvolvo com eles lhes trouxer a resolução do(s) seu(s) problema(s) é sinal de que sou bem-sucedida.
Fama é quando o meu trabalho ganha reputação, pelos bons resultados que tenho, e assim a fama acaba por ser uma consequência do sucesso, daí eu dizer inicialmente que sucesso e fama se tocam.
Progredir: Uma mensagem para os nossos leitores?
Carla Shakti: Sejam felizes. Parece um cliché, mas é simples! Ser feliz é simples, não quer dizer que seja fácil, mas é uma escolha, uma decisão TUA. E é nos momentos de decisão que o nosso destino é traçado!
Lembra-te que quando a vida se torna difícil, é sinal que tens que te tornar mais forte e não deixares que um acontecimento menos bom, e que é apenas isso, um acontecimento menos bom, te defina a ti, ou ao rumo da tua vida.
Tu, na maioria das vezes, não vais poder controlar o que te acontece na vida, mas podes sempre controlar a forma como escolhes reagir perante o que te acontece, ou seja, o problema não é o problema, o problema é a forma como tu vês o problema.
Tens de decidir se queres ser o passageiro ou o condutor da tua própria vida!
E se ainda não tens o que queres na tua vida, é porque ainda não estás a fazer nem a SER o que é preciso para lá chegar, e se não sabes como, procura um mentor, um coach, alguém que já percorreu esse caminho das pedras e te pode ajudar.
Dificilmente serás feliz e livre se viveres a vida que os outros querem para ti.
Termino com uma frase, que já havia citado num dos artigos que escrevi para esta revista em 2019, que é do Baghavad Gita, um dos mais famosos textos sagrados indianos, que faz parte da epopeia Mahabharata,, em que a Divindade Krishna, explica ao guerreiro Arjuna o que é o dharma, visto que Arjuna encontra-se num grande conflito interno, resistindo a lutar e a cumprir o seu dharma de guerreiro, pois do outro lado do campo de batalha estão os seus familiares e conhecidos. Então Krishna diz a Arjuna, no Capítulo 3, versículo 35, que “mais vale viver o nosso dharma de forma imperfeita, do que o dharma dos outros de forma perfeita”.
Por isso acredita em ti! Deixa a tua luz brilhar e permite que ela se liberte com total intensidade!
Tu nasceste para brilhar e para iluminar os outros!
Estou aqui para te receber e te ajudar a cuidar da tua saúde, felicidade e bem-estar. Beijinho e até breve. Namastê!
Carla Shakti
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