Por Rui Galhós
in REVISTA PROGREDIR |AGOSTO 2017
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Será o prazer mais outra busca incessante como a felicidade, mais outra busca sem fim que nos consome antes mesmo de lá chegarmos? Será que alguma vez lá chegaremos? Onde fica o lá? Parece que há algo que temos de fazer ou um lugar onde temos de ir para experienciar o prazer, parece uma coisa de fora para dentro, e sempre condicional!
Tantas perguntas sem respostas, tantas metáforas para tentar descrever um sentimento, ou será uma emoção, talvez uma sensação.
Mas o que é na realidade o prazer e porque é que é tão importante para nós?
Imaginemos um Mundo onde todos nós, sem excepção, de uma forma inata, temos acesso a todo um leque de emoções e sensações, um infinito potencial de possibilidades. Nesse Mundo feito de uma inteligência perfeita, também nós somos perfeitos e completos, sem qualquer lacuna, problema, limitação ou incapacidade.
Infelizmente a maioria de nós não parece ter acesso a este Mundo, e procuram compensar e de certa forma mascarar, todas essas imperfeições com as quais se identificam. É aqui, que ingenuamente, nos tornamos “escravos” de algo exterior a nós e passamos a acreditar que temos de fazer algo para podermos trazer essa sensação de volta para dentro de nós, para nos sentirmos completos e realizados.
É este o ciclo do prazer, uma experiência subjetiva e pessoal, que começa bem cedo, logo nos primeiros meses de vida, e vai se tornando cada vez mais complexa e enraizada, ao ponto de não nos permitirmos usufruir do que estamos a experienciar no presente enquanto não adquirirmos isto ou fizermos aquilo. O prazer, é assim, segundo esta perspetiva, condicional e condicionante.
Um novo paradigma sobre a experiência humana tem vindo a tomar forma e a transformar a vida de muitas pessoas. Esse novo paradigma aponta numa nova direção, numa direção de dentro para fora onde todos os Homens pensam e criam a sua realidade através do poder do Pensamento. Isto significa que tudo aquilo que sentimos, desde emoções, sensações, sentimentos, são sempre antecedidos por um pensamento. A realidade nua e crua nunca pode ser percepcionada tal como ela é, mas sempre filtrada pela mente humana, pela subjectividade de cada um de nós e sempre de dentro para fora.
Onde se enquadra então o prazer neste novo paradigma e como afeta as nossas experiências?
Nesse novo paradigma, o prazer é algo que acedemos com naturalidade sem termos que fazer nada. O prazer é apenas mais uma das infinitas possibilidades de experienciar o momento presente. Ao termos a noção de quem somos e de como experienciamos a realidade que nos rodeia, passamos a ser guiados por uma intuição natural e inata em todos os momentos das nossas vidas.
O prazer deixa de ser condicional e condicionante para ser abundante e livre. O prazer está sempre presente, assim como o Sol, e não vai e vem como as nuvens, apesar de por vezes parecer que é esse o caso.
O nosso estado de espírito, observável através da qualidade dos nossos pensamentos, é a única coisa que nos pode impedir de viver nesse estado “conectado”. Sentir prazer é sentirmos o Mundo, sentir que fazemos parte de algo incrível e infinito que se manifesta em tudo o que nos rodeia, sem excepção.
Poder ter prazer em tudo é o apogeu da liberdade, sem qualquer condicionamento. Viver em pura liberdade talvez seja impossível para um ser humano adulto, devido aos valores e crenças criados ao longo dos anos, mas caminhar nesta direção deve ser uma viagem muito prazerosa.
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in REVISTA PROGREDIR |AGOSTO 2017
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