Por Liliana Patrício
in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2016
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Entre os elementos da sociedade existem também os conhecidos “seres com sorte” ou “seres iluminados” que mais do que acreditarem nos seus sonhos, confiam em si e no merecimento que têm de ter uma vida marcada pelo bem-estar e realização. Estes “seres com sorte” desenvolvem uma atividade profissional que lhes permite cumprir o seu propósito de vida, num contexto e dinâmica de rotinas consistente com os seus valores pessoais e essência.
A grande diferença entre os elementos desta sociedade é o seu foco. Enquanto os “futuristas” se pré-ocupam com a forma como é possível viver da vida profissional, os “seres com sorte” estão determinados a sentirem-se realizados, a cada momento, com a sua vida profissional. O fator que sustenta esta diferença é a consistência.
A consistência está relacionada com o facto da vida profissional de cada um destes elementos da sociedade se encontrar ou não em equilíbrio com a sua essência, ou seja, lhes permitir utilizar as suas maiores forças e responder aos seus valores. Assim, tanto os “futuristas” quanto os “seres com sorte” podem viver em consistência com a sua vida profissional, ainda que tenham focos tão diferentes. No entanto, o que se verifica é que a maioria dos “futuristas” não se sente realizada por não estar em equilíbrio com a sua essência. Passaram grande parte das suas vidas ocupados com o seu futuro e acabam por não ter tempo para refletir no que é a sua essência; desconhecem as suas forças e fraquezas, paixões e talentos; não se questionam sobre os valores que regem as suas vidas; acreditam que a realização profissional é apenas para os “seres com sorte” e que o trabalho tem que ser algo penoso feito com um enorme esforço diário que lhes consome não só toda a energia vital, mas também praticamente todo o tempo útil do dia.
A boa notícia é que, até mesmo os “futuristas”, têm a possibilidade de reconstruir as suas vidas, alterando o seu foco em consistência com a sua verdadeira essência. Para isto, basta pararem por uns momentos as suas rotinas profissionais pouco realizadoras e se dedicarem a um percurso transformador de descoberta interna em 3 passos:
1-Identificar as principais paixões de vida.As paixões estão relacionadas com atividades que ao serem realizadas têm o poder de induzir um estado de fluxo, onde o tempo deixa de ter relevância e deixa de haver uma dissociação entre a tarefa e quem a esta a realizar. Uma atividade apaixonante permite um estado de envolvimento tão profundo que até as necessidades básicas podem ficar em segundo plano por largas horas.
2-Definir caraterísticas positivas, pontos fortes e valores.Tanto os “futuristas” como os “seres com sorte” têm em si aspetos dos quais se orgulham e outros que prefeririam simplesmente não ter. Por este motivo emerge a necessidade de rentabilizar os pontos fortes, utilizando-os a seu favor com base nos valores que regem a sua vida.
3-Descrever a vida de sonho.Quando as crianças que entre as suas brincadeiras e uma derradeira necessidade de exploração do mundo são questionadas sobre o que querem ser quando forem grandes, elas criam uma resposta mental genuína, mesmo que não a verbalizem. Resgatá-la mesmo depois de se ter construído uma vida profissional “futurista” pode ser fundamental para alterar o seu foco em consistência com a sua verdadeira essência.
Reconstruir a vida profissional pode não ser simples, no entanto, uma vez que profissionais mais realizados são também mais produtivos este processo, por si só, devolve um sentimento enorme de bem-estar e confiança em si mesmo, o que acaba por ter uma repercussão muito positiva noutras áreas da vida.
Vale a pena (re)construir uma vida profissional em consistência com a sua essência.
POSITIVE PSYCHOLOGY COACH
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in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2016
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