
Por Carmen Krystal
in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2016
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
A Espiritualidade carrega em si o conceito primordial da nossa existência e para que o entendamos temos sempre de começar por colocar uma simples pergunta: Quem somos nós?
O filme What the bleep do we know? revela realidades inimagináveis para a maior parte de nós. O mundo da física quântica torna a espiritualidade muito mais palpável e concreta, ao mesmo tempo que nos faz perceber que aquilo que consideramos ser concreto e palpável, afinal pode não o ser assim tanto. Tudo porque a verdadeira base da vida, e neste caso da vida física, daquilo a que chamamos matéria, está em algo que na sua plenitude, é vazio: o átomo. No fundo, a matéria, é energia pura.
Por outro lado, pegando na perspetiva divina, como afirmou Teilhard de Chardin, “não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana”. Logo, tem de haver uma consciência conjunta de energia e de sabedoria para a vivência da experiência terrena, que será limitada no tempo, para que possamos construir da melhor forma aquilo a que chamamos Vida.
Para o comum dos mortais esta é uma questão que raramente se coloca de uma forma substancial e concreta. Apenas quando se passa por uma perda, quando a vida nos tira o tapete ou quando surgem desconfortos emocionais de origem incompreendida parece surgir a necessidade que respostas a questões existenciais. Mas a verdade é que se desde cedo a noção de finitude estiver presente em nós, poupa-nos muitas desilusões e ajuda-nos a focar naquilo que é realmente importante: Viver!
Marco Meireles, no seu livro Esqueça Tudo o que Sabe, revela que “ter a noção da minha mortalidade sempre me ajudou a tomar decisões e a agir com maior propósito e desprendimento.” Se tivermos a noção real de que o tempo de presença na Terra é limitado, vamo-nos centrar de forma mais consciente naquilo que é efetivamente importante para o caminho que queremos percorrer e, indo mais além, para aquilo que de bom queremos deixar feito nesta nossa passagem pelo planeta.
“Eu própria a partir dos 33 anos, tendo tido uma vida sempre agitada, preenchida e de alguma forma instável, até aí, comecei a questionar-me: se eu morrer aos 80 anos, tenho cerca de mais 50 anos pela frente… quererei eu continuar a viver cheia de pressa como se o mundo fosse acabar amanhã? Ou será melhor abrandar, fazer um balanço deste primeiro terço de vida, analisar o que fiz e não devia ter feito, o que não fiz e queria ter feito, e reformular a minha forma de olhar para a vida e até para mim própria? Acreditem que muita coisa mudou, significativamente.”
Já Buda tinha explicado com a sua célebre resposta à pergunta “O que mais te surpreende na Humanidade? Ao que ele respondeu: “Os homens … Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer… e morrem como se nunca tivessem vivido.”
Apesar do podermos querer ter uma vida longa, costuma dizer-se que nunca sabemos o dia de amanhã. E apesar de termos de deixar margem de manobra para o fluir da vida, há planos e projetos que têm de ser pensados e planeados, porque antes que qualquer coisa ser posta em prática antes foi uma ideia… e viver, seja no fluir da vida, seja na planificação estratégica, tem de ser algo sempre prazeroso, apaixonado e que nos devolva a maior satisfação possível. Porque ser espiritual é isto mesmo: viver em plenitude com a totalidade do nosso Ser. Para isso temos de ter em mente e em consciência sempre aquilo que nos faz feliz.
Deixo-vos com a pergunta que Marco Meireles faz todos os dias ao planear o seu dia: “se amanhã for o meu último dia de vida, quero mesmo fazer o que estou a agendar?” Se a resposta for sim, tranquilo, avancem. Se a resposta for não repensem o vosso dia, as vossas prioridades, as vossas escolhas, tendo em conta que todas as escolhas têm uma consequência, por mais ínfima e inconsciente que possa ser.
Porque o mais importante da vida é nós nos sentirmos bem, vivam em plenitude e, como diria o nosso querido e saudoso Raul Solnado: Façam o Favor de Ser Felizes!!!

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in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2016
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