Por João Alberto Catalão
in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2013
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Considerando o atual contexto socioeconómico, esta interrogação de Epicteto torna-se ainda mais pertinente.
Mais do que nunca, todos nós necessitamos de enfrentar de forma positiva, não só os desafios do dia-adia, como as incertezas e as dúvidas que pairam no ar.
As circunstâncias não ocorrem para atender às nossas expetativas!
O que pode ajudar o ser humano a desejar QUERER mudar de forma natural?
O livro Atitude UAUme (SmartBook), escrito com a colaboração da Ana Teresa Penim, já partilha alguns resultados, demonstrando que é a emoção básica da SURPRESA POSITIVA, a principal “ferramenta” do ser humano, capaz
de gerar “naturalmente” a desejada e necessária MUDANÇA. A lógica é simples: Ao surpreendermos positivamente alguém, geramos satisfação e vontade de retribuir. Esta teoria surge numa época dominada por uma inquietante “narcotização do egoísmo”, gerando um crescente individualismo e novos estilos de vida, dominados pelo viver aqui & agora!Se pensarmos ainda que a “revolução” provocada pela massificação tecnológica, gerou uma dependência às mesmas na nossa vida pessoal e profissional (tecninércia). Basta estar atento para podermos observar que genericamente, a maioria dos habitantes do planeta, estão obsessivamente preocupados com o UP TO DATE.
Evidentemente, este contexto, acarreta tensões acrescidas, incertezas, confusões e, necessariamente a procura de respostas. Certo? Pois é! Este é exatamente o cerne do problema! A solução NÃO está nas respostas, mas sim nas perguntas!
As perguntas são o “motor” da razão!
Sendo a atividade profissional de Coach Executivo, operacionalizada através de uma ferramenta poderosíssima chamada: perguntas poderosas, quanto mais contatamos com Profissionais de todo o mundo, mais nos convencem de que é através da qualidade das perguntas que soubermos fazer a nós próprios, que vai determinar a QUALIDADE DO NÓS!
Descobrirmo-nos como pessoa e como VALOR para as Organizações, exige necessariamente uma renovada tomada de consciência sobre a influência do CONTEXTO na qualidade dos nossos pensamentos, atitudes e comportamentos. A qualidade dos nossos resultados nunca dependeu tanto desta consciencialização.
Um facto: Ninguém aprende aquilo que acha que sabe!
A nossa inteligência natural deve ser estimulada de forma contínua, para que sejam favorecidos os nossos pensamentos positivos, a nossa criatividade e a nossa resiliência. A “inteligência artificial” decorrente da proliferação tecnológica tende a “normalizar” o ser humano, tornando-o tendencialmente inconstante e insatisfeito pela (in) capacidade de acompanhar, entender e tornar útil tanta informação.
As Organizações necessitam cada vez mais de Profissionais capazes de “fazerem e desfazerem para fazerem melhor”. Significa isto: gente capaz de estar naturalmente fora da “zona de conforto”. Gente capaz de QUERER! Gente capaz de CRIAR!
QUERER é o primeiro passo para o CRIAR!
Escolhemos o título para este artigo - Viver a Vida como um Banquete, porque é assim que gostamos de encarar o ambicionado equilíbrio saudável entre a vida profissional e a vida pessoal. Epicteto tinha uma “receita” para uma vida boa:
Dominar os desejos, desempenhar as obrigações e aprender a pensar com clareza a respeito de si mesmo e do seu relacionamento com os outros. Inspirado nesta “receita”, sugerimos que meditem nesta analogia: Num “banquete”, existem várias opções. Podemos provar um pouco de tudo e depois optar por aquilo que mais tem a ver connosco. Ser inteligente num “banquete” é saber dosear “necessidade” com “prazer”. Se escolhermos mal, ficaremos rapidamente saciados, podendo perder oportunidades para experimentar algo que teria sido muito mais agradável. Se “comermos” demais e rapidamente, ficaremos “enfartados” e mal dispostos. Se demorarmos muito a “escolher”, poderemos ter que nos contentar com as “sobras”, ou já não ter “comida” suficiente para nós.
Se escolhermos mal as companhias para interagir durante o “banquete”, é natural que o mesmo não traga nada de novo à nossa vida. Se escolhermos bem as companhias, é natural que a qualidade das interações durante o “banquete, elevem de algum modo a qualidade da nossa vida pessoal e profissional.
O verdadeiro teste de EXCELÊNCIA está na atenção que damos aos pequenos detalhes...
Pois é:
A Vida Profissional, tal como a Vida Pessoal, são dimensões dominadas por ESCOLHAS.
Não podemos ESCOLHER as circunstâncias externas da nossa vida, mas podemos ESCOLHER a forma como reagimos às mesmas. Como o “bom” escolhe caminhos e o medíocre queixa-se, partilhamos para os “bons”, a “fórmula” para “banquetes” promotores de SUCESSO pessoal e profissional.
Juntem estes “ingredientes”:
Intencionalidade + Entusiasmo + Imaginação + Persistência + Coragem + Métodos e Sistemas.
Conscientes das dificuldades que a maioria de nós tem que enfrentar diariamente, confiamos, sobretudo, na tese do Prof. António Damásio, de que o ser humano sente prazer quando “luta”. Desejemos que essa “luta” seja pela QUALIDADE DO “BANQUETE” DOS NOSSOS PENSAMENTOS E DAS NOSSAS AÇÕES.
Como suar por coisas pequenas não nos parece ser boa ideia e onde há DESEJO há CAMINHO, sugirimos que ESCOLHAM “ampliar horizontes” por vontade própria, reinventando “receitas” novas para o vosso “banquete”. Temos sempre a possibilidade de ESCOLHA quando se trata do conteúdo e da natureza da nossa vida interior.
Em conclusão: O que realmente importa é o tipo de pessoa em que nos transformamos e o tipo de vida que vivemos. Os Profissionais valem para as Organizações pelo bom uso que dão às suas ideias, recursos e oportunidades.
MILITANTE DA VIDA, MASTER EM COACHING E AUTOR DOS LIVROS: ATITUDE UAUME!, FERRAMENTAS DE COACHING E NEGOCIAR & VENDER
www.viatminacatalao.com
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in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2013