Por Sandra Carujo
in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Se, por um lado, sentimos isso como algo maravilhoso, por outro, podemos sentir-nos assoberbadas e fragmentadas no nosso todo. E isso, é totalmente natural, portanto, não nos desesperemos.
A magia de conseguirmos desempenhar vários papeis, ao mesmo tempo, permite uma diversidade e plasticidade incríveis que, por vezes, pode ser prejudicada pela angústia de nos sentirmos divididas. Esta angústia aparece pela necessidade de querermos ser perfeitas em todos os papéis e irrepreensíveis.
Como todos sabemos, a perfeição não existe e, por isso, a urgência de nos obrigarem a esta divisão constante nas diversas áreas da nossa vida, torna-se frustrante.
É frequente ouvirmos que as mulheres são mais exigentes (e não é totalmente mentira) mas, torna-se urgente desmistificar este peso onde a exigência e a perfeição se tocam, levando a um esgotamento da mulher, enquanto ser individual.
É aqui, que aparece a necessidade de unificar. E este unificar refere-se ao foco no que realmente importa. E, o que realmente importa, é a mulher no seu todo, preservando a sua individualidade.
Ao entender que unificando cria, a cada dia, a sua melhor versão, permite gerar um bem-estar maior consigo e com todos os papéis a desempenhar. Isto deve-se ao facto de que a mulher se começa a libertar de “imposições” e de “papéis” que foram criados, ao longo da sua vida, pela sociedade.
Até chegarmos a unificar a mulher dentro de nós, existem dúvidas, medos e receios, próprios da saída da zona de conforto. São as chamadas crenças limitantes que, como o nome indica, nos limitam na eliminação de barreiras criadas pelas ideias que nos impuseram, mas principalmente, criadas por nós.
A unificação impõe-se para bem da nossa sanidade mental e para bem do nosso bem-estar e fortalecimento do nosso amor próprio.
Ao unificar permitimos que o nosso empoderamento apareça. Este gera uma confiança, a mesma que procuramos por anos e anos, e que não consegue aparecer por nos sentirmos exaustas e divididas.
Unificar traz leveza e paz. Traz alegria e sabedoria. E serenidade. E compreender isto, permite um crescimento pessoal constante que se liga a um bem-estar real e necessário para o equilíbrio e fluidez da nossa vida.
Sabendo que é natural a mulher, tal como o homem, perderam-se no “ter” e no “parecer” criando a divisão de papéis, entendemos que devido a essa divisão e fragmentação do eu, as emoções passaram a ser escondidas, podendo até ser marginalizadas. E, com isso, entramos na desconexão do nosso ser.
Eu, como mulher, reflito muito, no papel da mulher como unificadora de si mesma e das suas relações interpessoais, e como é importante compreendermos a importância da unificação.
Vivemos tempos de grandes mudanças, e, por isso, estamos a entrar numa nova era, que nos quer despertar, para nós, para o nosso “ser” e para a nossa essência interior, gerando uma maior união entre quem somos e os outros que estão à nossa volta.
Assim sendo, é urgente unificar a mulher no seu todo, pois a mesma é uma base sólida na família e até mesmo nas relações próximas. Quanto mais entendermos que o seu bem-estar e, o bem-estar geral dos que estão à sua volta, passa por unificar a mulher enquanto um todo, parando de fragmentar os seus papéis, tudo se clarifica.
Quando acrescentamos em vez de diminuir e quando juntamos em vez de dividir conseguimos, facilmente, entender que mais com mais dá mais. É matemático. A unificação torna-se essencial para todos nós, criando uma empatia, harmonia e um sentido de pertença maior.
Este vai sendo um efeito boomerang e engane-se quem ache que a base para uma sociedade saudável, não começa dentro dos lares. É aí que se começam a ver as mudanças quando a mulher consegue a sua unificação. É aí que começa o equilíbrio, a felicidade e o bem-estar, deixando de lado a tristeza, a angústia e o desespero de ter de se colocar em vários papéis.
Acredito que esta energia de união permite que a mulher seja cada vez mais forte, para este propósito maior, para si e para os que estão à sua volta, porque na verdade, vivemos todos numa grande tribo, interligada entre si, por emoções, desejos e realizações.
Por último, é importante compreender que o ser humano vai mais longe e mais rápido quando está em união, e para isso, tal como a mulher unificada, deverá estar consciente e confiante que, o seu papel, em todas as áreas da sociedade é fundamental.
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