Por Sandra Cristina Lima Pereira
in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Segundo uma certa lógica, todos deviríamos conseguir tomar decisões financeiras de forma racional, infelizmente deixa-se a cargo das emoções esta capacidade de autocontrole.
Portanto, saber utilizar a razão na gestão financeira, controlando sentimentos que atrapalham, levando ao endividamento.
Por exemplo, emoções como a frustração e auto comiseração levam à sucessiva aquisição de bens não necessários para saciar momentos menos bons.
O que é inteligência Emocional nas finanças?
É a capacidade de reconhecer,identificar e avaliar as próprias emoções face à relação com o dinheiro.
Uma pessoa é emocionalmente inteligente quando consegue gerir os seus próprios sentimentos e comportamentos em relação ao dinheiro ou relação com as suas finanças pessoais. Desta forma consegue planear e atingir os seus objetivos deforma organizada e metódica.Colocando e prática, a capacidade de gestão financeira é baseada em:
1- Contenção de impulsos no ato de consumo;
2- Administração do orçamento pessoal de forma pragmática;
3- Planear e manter o foco na gestão do orçamento;
4- Tomada de decisão financeira baseada em dados/cálculos;
5- Pensar no futuro e não apenas no presente;
6- Controlar opiniões ou influências exteriores.
A I.E. é uma habilidade ou desenvolvimento importante para as relações, sejam estas humanas ou não. Neste caso, é predominante a capacidade de auto-gestão e autocontrole,conhecendo os pontos fortes e fracos da personalidade de cada um.
É mesmo necessária, a Inteligência Emocional nesta área? Há outras alternativas para atingir o mesmo fim?
Para tudo, é necessário equilíbrio.
Desde que seja um aspeto positivo e construtivo, qualquer relação deve ser saudável. Não é necessário poupar sem medida, assim como não é abrir a carteira para tudo o que atrai ou sacia necessidades.
Posto isto, a palavra de ordem é: priorizar necessidades.
É obvio que por vezes é importante saber relaxar e aproveitar o momento, mas para ajudar é necessário questionar-se: necessito mesmo disto? Qual é a finalidade da aquisição de um determinado produto ou serviço? Irei prejudicar o meu orçamento?
Segundo as neurociências, 95% das decisões de compras, são influenciadas pelo subconsciente, mesmo que conscientemente a resposta seja racional, a emoção é o que motiva a compra final. Por esta razão as campanhas de marketing exploram as camadas mais profundas da mente humana, invocando gatilhos internos sem que o consumidor tenha esta perceção.
A Inteligência emocional ajuda a perceber e gerir estes gatilhos, neutralizando as emoções que estão ativas nestes processos de desejos e necessidades.
Quais são estes gatilhos emocionais?
- Necessidade de prazer imediato
- Desejo de obter algo novo e que está na moda
- Autoestima: qualquer produto/serviço que promova a melhoria de
- Carência de afeto pessoal
É fácil cair em tentação?Que pilares da I.E. poderão auxiliar a combater estes desejos?
- Autoconhecimento das emoções e sentimentos pessoais: qual é o desejo real que necessita de ser ressarcido?
- Gestão das emoções: controlar o impulso.
- Tomada de decisão: procurar resolver o conflito ou necessidade real.
- Automotivar para conquistar objetivos válidos.
- Planear metas exequíveis.
- Auto-tolerância quando surge o arrependimento derivado de algum impulso.
- Se algum ou alguns destes pilares forem trazidos para a realidade financeira, promove-se a melhoria de uma relação mais saudável com o dinheiro.
- Incluir o hábito de planear a rotina financeira: programar despesas, conhecer com pormenor cada necessidade a ser adquirida. Primeiro começar diariamente e depois planear à semana e ao mês, conhecendo todos os hábitos de consumo por cada etapa.
- Compreender as compras/gastos por impulso: antes de controlar, é preciso conhecer e compreender que existe um motivo para isto acontecer. Aqui a capacidade auto analise é fundamental, a ajuda de alguém próximo que conheça os hábitos pessoais, pode ser uma mais-valia.
- Observar para o dinheiro, de outro ponto de vista: o dinheiro não serve só para pagar contas ou para obrigações. Também é necessário perceber que existem desejos pessoais que não sendo impulsos de momento, necessitam de atenção. Este é o caminho do auto-recurso na vida. O que é mais importante: viver ou apenas sobreviver? O dinheiro serve para realizar sonhos, dentro das possibilidades de cada um.
INTERNATIONAL CERTIFIED PNL & COACH, FORMADORA, ESCRITORA, AUTORA
sandrapereiracoaching.blogspot.com
[email protected]
in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)